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Cachoeira do Sul, Rs, Brazil
Fundada em 19 de Junho de 2000, com objetivo de pesquisar, resgatar e incentivar a cultura e os costumes da raça negra através de atividades recreativas,desportivas e filantrópicas no seio no seu quadro social da comunidade em geral, trabalhar pela ascensão social, econômica e politica da etnia negra, no Municipio, Estado e no Pais.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Balanço Positivo

O Relatório de Ações Desenvolvidas pela Coordenação neste semestre que em breve será divulgado, demonstra que, entre erros e acertos, o saldo foi favorável e os desafios serão maiores para o ano de 2010.


No dia 21 de dezembro passado estivemos - Coordenação de Políticas para a População Negra e Indígena, Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra, e o Centro de Direitos Humanos da Academia da Polícia Civil do Estado de São Paulo - na cidade de Ribeirão Preto, para nos solidarizarmos com a vítima e a comunidade local, frente ao caso de racismo ocorrido, no qual três jovens de forma inconseqüente, agrediram um senhor negro.
Fomos contribuir para o esclarecimento sobre os aspectos específicos da Lei nº 7.716/89, pois a expectativa era que o caso fosse tratado como racismo, mas em um segundo momento foi tipificado como "injúria", e as pessoas indiciadas como agressores foram liberadas.

Fomos também parabenizar as autoridades locais, por exercitarem o que se espera do poder público, a coragem em cumprir com o seu dever institucional, e não terem se furtado frente aqueles que insistem em se colocar como detentores de pessoas, se julgam superiores e detentores dos poderes e, principalmente, crêem que na força, na intimidação, e na transgressão poderão encobrir as falhas, as violências, os atos de intolerância e subordinar o "poder local", que, de forma justa e equilibrada agiu em prol da garantia do Estado de direito, do direito ao exercício pleno de todos os cidadãos, e o respeito as liberdades individuais.

E, saudar a imprensa local que não se furtou em denunciar os fatos e repudiar de forma enfática este tipo de ocorrência.

A sociedade ribeirãopretense quer se pronunciar contra este tipo de fato, e exigiu a punição dos agressores, pois constatamos quando da audiência promovida pelos parlamentares locais, a presença de inúmeras lideranças que estabeleceram uma interlocução coerente e consistente para a firmação de políticas de promoção da igualdade racial, na cidade, transformando-a em pólo irradiador do convívio pacífico entre diferentes.

Em relação à vítima de racismo, conversamos ao telefone e emprestamos a solidariedade do Governo do Estado e colocamo-nos a disposição. Este, felizmente, já havia sido acolhida pelo movimento negro local, e então restou-nos a tarefa de documentar a Delegacia de Crimes Raciais e de Intolerância - DECRADI, para o pleno acompanhamento do caso.

Em uma leitura menos atenta poderíamos dizer que os casos de discriminação étnico-racial/ injúria e racismo estão aumentando, mas, salvo melhor juízo, podem significar a coragem da reação destes agrupamentos historicamente alijados dos bens sociais e das oportunidades, e que até recentemente, não acreditavam que o ato de denunciar poderia alterar as relações de poder e garantir os direitos fundamentais de todos os cidadãos, e que as referidas denúncias poderiam ficar adormecidos, hoje, estão conscientes que somente a partir da justa exigência de seus direitos, e punição aos discriminadores, é que dê fato poderemos conceber uma sociedade justa, plural e democrática.

A população negra não está mais omissa frente aos acontecimentos de violência, estão encontrando aliados para se fortalecer na busca de seus direitos, exigindo do poder público instituído o resgate de sua auto-estima, e punição aos culpados. Estas ocorrências podem ainda significar a presença do Estado na acolha destas denúncias, se antes havia um descrédito, que a busca do poder público, os atos de denuncia, os fatos estavam fadados a serem esquecidos em alguma gaveta institucional, portanto, esquecidos em sua humanidade, hoje a consolidação do Estado de direito está na capacidade deste mesmo Estado, em responder bravamente a favor dos grupos humanos violados em seus direitos fundamentais.

Que se há um movimento na sociedade, os agentes públicos também vêm acompanhando as mudanças reivindicadas pela sociedade civil, e conscientes de sua função de guardiães do bem social, além de contar com alguns servidores que imbuídos do espírito de agentes transformadores das relações humanas e promotor de uma nova socialização, compreendem e aceitam este papel histórico, acolhem os anseios dos injustiçados, e respaldados na legislação, encontram o amparo necessário para o exercício pleno de sua função institucional.

Infelizmente, este caso de uma dona de casa na cidade de Cubatão, em uma rede de supermercados, nos remete ao caso do Sr. Januário, aos casos de racismo nos meios eletrônicos, das discriminações continuadas contra as religiões de matriz africana e afro-brasileira, e de tantos outros que no anonimato da cena, no constrangimento, na sua auto-estima rebaixada, se angustiam, deprimem e se recolhem na vergonha da honra, ou ainda estes casos podem ser considerados como os alavancadores da consolidação de um cenário de iguais, os mártires destes novos tempos de direito.

De direito a vida, do exercício da cidadania e da tolerância e que quiçá possam ser diminuídos na medida que avançarem as ações de promoção de uma sociedade de iguais.

São casos como estes que deverão ser objeto de nossas ações, não bastando cursos continuados para compreensão dos nexos históricos da realidade deste país, a existência de leis punitivas, deverá também, a sociedade assumir de assalto à luta pelos seus direitos, e nós agentes públicos imbuídos da missão de construtores de uma ordem que preserve os valores e direitos humanos - que é o respeito e a garantia de direitos, nos pronunciarmos através de ações concretas que qualifiquem a ação do Estado como agente de mudança, amparados na legislação e na coragem vital de fazer um mundo melhor para todos e oportunizar a garantia dos direitos.

Está no enfrentamento ao racismo institucional, no fortalecimento dos atores estratégicos, na proteção e promoção dos direitos humanos a real possibilidade de mudanças históricas, e que somente a partir de ações que examinem as construções e lógicas institucionais, que desconstruam o olhar entre o sujeito suspeito e a atitude suspeita, que desmistifique a democracia racial, desnaturalize o racismo subjetivo e puna o objetivo é que poderemos avançar para a conciliação entre o passado e o futuro de gerações que se constituem como agentes históricos merecedores do status de cidadãos plenos.

 Fonte: Roseli de Oliveira
É Coordenadora da Coordenação de Políticas para a População Negra e Indígena de S. Paulo.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Centrais se articulam para a defesa das cotas para negros

S. Paulo - Dirigentes das principais centrais sindicais brasileiras, reunidos na tarde desta terça-feira (15/12), na sede do Secretariado Nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), na Rua Formosa, centro de S. Paulo, decidiram assumir a defesa das ações afirmativas e cotas para a população negra e intervir como Amicus Curiae (Amigos da Corte) na Ação Direta de Inconstitucionalidade que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

A ação foi movida pelo Partido Democratas (DEM) e tem como alvo a adoção da política de cotas para negros na Universidade de Brasília (UnB). A posição do STF, que até o momento não se manifestou sobre o tema, é aguardada com ansiedade, pois poderá afetar toda a política de ações afirmativas no país.
Cerca de 90 instituições públicas já adotaram cotas para negros e indígenas. O mesmo ocorreu com empresas como a Camisarias Colombo e a Kalunga, por força de acordo coletivo assinado com o Sindicato dos Comerciários de S. Paulo.
O Amicus Curiae é um instrumento processual que permitirá aos dirigentes fazer a defesa dessas posições no plenário do STF.
Na reunião desta terça-feira, apenas duas centrais não compareceram - a Nova Central e a Força Sindical – porém, a ausência, segundo o Ouvidor da Seppir, advogado Humberto Adami, e dirigentes sindicais presentes, não significa desacordo, uma vez que as duas centrais estiveram, na semana passada com o ministro Edson Santos e se comprometeram com a defesa das cotas.

Reunião histórica

Segundo Adami, que veio de Brasília representando o ministro, a proposta é que todos os presidentes das centrais se posicionem publicamente e intervenham também na audiência, marcada para março de 2010 convocada pelo ministro do STF, Ricardo Levandowski, para discutir o assunto.
“Essa reunião tem uma importância histórica porque foi a primeira vez que dirigentes sindicais de diferentes posições políticas e ideológicas, chegaram a um consenso no sentido de fazer a defesa de políticas de cotas e ações afirmativas para trabalhadores negros”, afirmou.
Cleonice Caetano, presidente do Instituto Sindical Interamericano pela Igualdade Racial (Inspir), também destacou o fato de ter sido essa a primeira vez que as centrais constroem um consenso em torno do tema.

Bandeira comum

O Secretário Nacional da Secretaria da Diversidade da UGT, Magno Lavigne, disse que só a mobilização e a unidade propostas pelas centrais poderão garantir que não haja retrocesso nos avanços conquistados. “Hoje essa é uma bandeira que não é só nossa, da UGT, mas de todos os trabalhadores. Precisamos defender a manutenção da política de cotas, contra o a ação do DEM no STF, do contrário corremos o risco de perder os pequenos avanços que conseguimos. O que precisamos é ampliar os avanços conquistados para os trabalhadores negros. Essa posição não é apenas nossa, mas de todo o movimento social e sindical”, afirmou.
A Secretaria Nacional de Combate ao Racismo da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Valmira Luzia, disse que a reunião serviu para que o movimento sindical se unifique em torno da manutenção das cotas. O assessor jurídico da CTB, Hudson Marcelo da Silva, afirmou que, embora o tema não esteja na pauta do dia “já passou da hora de se tornar um tema central”.
Hakon Jacino, que participou da reunião em nome da CUT, representando a Secretaria Nacional de Combate ao Racismo, Maria Júlia Nogueira, destacou a importância da participação das centrais no Amicus Curiae e na audiência já convocada pelo ministro do STF, Ricardo Levandowski, marcada para março de 2010.
Também o diretor de gênero e Raça da CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil – João Batista, destacou o fato de que essa é a primeira vez que se constrói consenso nas centrais sobre o tema. “Foi muito bom. Um passo muito importante que estamos dando dentro do Movimento sindical”, acrescentou.

Gaúchos querem maior presença negra

Porto Alegre - O Centro de Apoio Operacional de Direitos Humanos do Ministério Público do Rio Grande do Sul entregou nesta quarta-feira (17/12), ao advogado Humberto Adami (foto) Ouvidor da Seppir, o projeto de um curso visando estimular a presença de afrodescendentes no MP gaúcho e nas demais carreiras jurídicas.

Há apenas um único negro ocupando os quadros do MP do Rio Grande do Sul, estado de maioria branca de origem alemã e italiana - por ter sido o principal destino da onda de imigrantes no final do século XIX e início do século XX – mas que conta com 15% a 16% de negros.
o projeto foi entregue pelo coordenador do Centro, promotor Francesco Conti. Conti pretende que o Centro de Apoio dos Direitos Humanos incorpore recorte racial nas suas atividades e cursos, em articulação com o governo e sociedade civil, porque entende ser essa a forma de promover a inclusão. Uma das formas de se fazer isso, defende, é a aplicação da Lei 10.639/2003, que obriga a inclusão da disciplina História da África e Cultura Afro-Brasileira nas escolas de ensino fundamental e médio, das redes oficial e particular.

Passo importante

A entrega do projeto foi feita na sede do MP gaúchio, na Rua Aureliano de Figueiredo Pinto, centro de Porto Alegre, na presença de promotores, advogados e lideranças negras do Estado.
Segundo o advogado Jorge Floriano, assessor do Centro de Apoio “a reunião foi um passo importante para a consolidação do projeto”. “A presença da Seppir, por intermédio do Ouvidor Adami, serviu para dar visibilidade nacional à proposta”, afirmou Floriano.

Com a OAB
Ainda em Porto Alegre, Adami, que esta semana fez um giro pelo país representando o ministro Edson Santos (esteve em Aracaju, São Paulo e Porto Alegre), reuniu-se com o presidente da Ordem dos Advogados gaúchos, Cláudio Lamachia.
Lamachia garantiu que o Programa “OAB vai a Escola” passará a incorporar advogados negros nas suas atividades e se comprometeu a realizar um Seminário, em março para tratar de questões ligadas à igualdade racial.
“A inclusão racial é um assunto que, certamente, merece não somente a atenção da Ordem gaúcha como de toda a sociedade e, por isso, não mediremos esforços para este tema seja devidamente abordado em um seminário”, afirmou.
Para o coordenador da Comissão, Ricardo Breier, que participou da reunião, é também uma função da Ordem gaúcha trazer à tona a discussão sobre temas que envolvam, por exemplo, as minorias sociais e questões ligadas à exclusão racial, especificamente.
“Neste sentido, teremos a honra de sediarmos este encontro que tratará sobre uma realidade que, infelizmente, muito nos entristece e exatamente por isso deve ser evidenciada”, destaca.
No encontro de Adami com a OAB também participou o procurador Jorge Terra, o único procurador negro do Estado, que apresentou o projeto de um curso preparatório para carreiras jurídicas com o objetivo de elevar o número de profissionais afro-descendentes na administração pública.
“Tenho poucos colegas em minha profissão e isto me motivou a criar o projeto deste curso, que seria específico para a carreira jurídica”, explica. Uma reunião preparatória para o evento será realizada na sede da OAB/RS no dia 22 de dezembro.
Também participaram do encontro, nesta quarta-feira (16), o vice-presidente da OAB/RS, Jorge Fernando Estevão Maciel; a secretária-geral, Sulamita Santos Cabral; o presidente da CAA/RS, Arnaldo Guimarães; o assessor do Centro Operacional de Direitos Humanos do MPE, Jorge Floriano, advogados, estudantes de Direito e representantes de entidades.

MP do Trabalho instaura procedimento contra a empresa Gol

Aracaju/SE - O Ministério Público Federal do Trabalho, por meio da Procuradoria Regional da 20ª Região, em Aracaju, instaurou procedimento preparatório de investigação para apurar a posição da empresa Gol Transportes Aéreos Ltda., no caso da agressão racista praticada pela médica Ana Flávia Pinto contra o supervisor da companhia, Diego José Gonzaga, em outubro passado.

O Procurador Mário Luiz Vieira da Cruz - cuja intervenção foi pedida pela Ouvidoria da Seppir - já marcou audiência para esta quarta-feira (16/12), e deu a Gol prazo de 10 dias para que informe o endereço do funcionário vítima da agressão.
Audiência Pública
A abertura do procedimento foi anunciada nesta segunda-feira (14/12) em audiência pública, no Auditório da Secretaria da Inclusão Social, no Bairro São José, e que contou com a presença do ouvidor da Seppir, advogado Humberto Adami.
Além de Adami, a audiência contou com a presença da delegada Georlize Teles, coordenadora do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), da Secretaria de Segurança de Sergipe, e do coordenador de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial do Governo do Estado, Pedro Neto.
A delegada Georlize anunciou que já está concluindo o inquérito que deverá indiciar a médica por crimes previstos na Lei 7.716/89.

Descontrole e agressão

A agressão aconteceu no momento em que Ana Flávio Pinto foi impedida de seguir viagem para Buenos Aires, por ter chegado atrasada ao embarque. Recém-casada, ela chegou ao aeroporto, acompanhada do marido, quando o avião ainda estava no páteo, mas já com portas fechadas para a decolagem.
Descontrolada invadiu o balcão do check-in e passou a xingar os funcionários, dizendo “serem um bando de analfabetos, mortos de morto sem dinheiro nem para comprar feijão" e arrematou dirigindo agressões de natureza racial contra Diego. "Esse nego", disse aos gritos em tom ofensivo e depreciativo.
"Expliquei que eles seriam encaixados para embarcar no voo da tarde, mas ela queria embarcar naquele voo, mas não adiantou", contou Gonzaga.
O vídeo mostrando o descontrole e as agressões acabou indo parar no Youtube e já tem mais de 100 mil acessos. Segundo a delegada Georlize, o vídeo será usado como prova. "Todas as provas são fundamentais, mas o vídeo é uma boa prova. Acredito que a perícia não será necessária", informou Georlize. A previsão é que o inquérito policial seja concluído em um prazo mínimo de 30 dias.
O advogado da médica, Emanuel Cacho, disse que a médica estava emocionalmente estressada e perdeu o controle o controle ao saber que não poderia passar a noite de lua de mel em Buenos Aires, conforme programara. “Ela pede desculpas as pessoas e a sociedade pelo que ocorreu”, disse Cacho.

Auxiliar negro é atacado por estudantes

Ribeirão Preto/SP - O auxiliar de produção Geraldo Garcia, 55 anos (foto), foi atacado na manhã deste sábado (12/12) pelos estudantes de Medicina Abrahão Afiune Júnior, 19 anos, Emílio Pechulo Ederson, 20 anos, e Felipe Grion Trevisani, de 21 anos, que o chamaram de “negro”, enquanto o espancavam.

Garcia estava numa bicicleta e transitava pela Avenida Doutor Francisco Junqueira, em Ribeirão Preto. “"Eu estava indo trabalhar e de repente ouvi eles gritando ‘ô seu negro, ô seu negro’ e senti algo em minhas costas", afirmou.
O auxiliar de produção sofreu pequenas escoriações nas mãos ao ser derrubado da bicicleta. "Isso nunca me aconteceu, estou triste, frustrado. Eu não perturbo ninguém, não fiz nada com ninguém, estava indo trabalhar, isso é o fim do mundo", desabafou

Em flagrante

Os agressores foram presos sob acusação de injúria e discriminação racial, depois que testemunhas chamaram a Polícia. O delegado Mauro Coraucci disse que a agressão foi seguida de ofensa e ficou caracterizada também injúria e discriminação racial. “Ao desferir a pancada o chamaram de negro, o que já evidencia o racismo”, afirmou a autoridade.
A prisão em flagrante dos três agressores só ocorreu porque o motorista Adilson Castro de Morais, de 31 anos, e outros seguranças que estavam no posto em frente ao local da agressão, conseguiram alcançá-los na Avenida 9 de Julho, parando o veículo. "Nós fomos atrás deles e conseguimos fechar o carro. Depois, seguramos os meninos e chamamos a polícia", contou Morais.

Calendário Afro

DEZEMBRO


02 - Dia Nacional do Samba
02 - Nascimento de mestre Didi, em Salvador, BA
02 - Nascimento de Francisco de Paula Brito, primeiro editor brasileiro, em Magé, RJ / 1809
05 - A Constituição proíbe negros e leprosos de frequentar escolas no Brasil / 1824
08 - Dia de Oxum
10 - Comemoração da Declaração Universal dos Direitos Humanos
12 - Independência do Quênia / 1963
20 - A lei 7437 condena o tratamento discriminatório no mercado de trabalho, por motivo de raça ou de cor
29 - Nascimento, no Senegal, do Cheik Anta Diop, autor de um trabalho de revisão da história africana

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Revista África e Africanidades

A Revista África e Africanidades, periódico on-line com publicação trimestral (ISBN 1983-2354) recebe até o proximo dia 10 de janeiro artigos, resenhas, relatórios de pesquisa para avaliação e publicação em sua 8ª Edição (fevereiro/ 2010).

Tendo como missão a divulgação de estudos relativos às temáticas africanas, afro-brasileiras e afro-latinas e o subsídio de práticas pedagógicas e formação continuada de professores da educação básica a Revista África e Africanidades tem como principais linhas de estudo: Estudos africanos: pesquisa e divulgação. A cultura afro-brasileira em seus diversos desdobramentos; Literatura, mito e memória; Educação, formação de professores e relações étnico-raciais;
Desenvolvimento econômico social e discriminação; Corpo, gênero e sexualidade; Teoria social e estudos raciais;
Questões negras na educação; Comunicação, mídia e representações: produção, sentidos e veiculação da imagem do negro; Os movimentos sociais negros brasileiros: do pós-abolição à contemporaneidade; Relações raciais em discursos midiáticos e literários; Trajetórias e estratégias de ascensão social de afro-descendentes; Territórios e o patrimônio material e imaterial; Territórios, religiões e culturas negras; A África na sala de aula: questionamentos e estratégias; A literatura africana para jovens e crianças; Ritmos da Identidade: música, territorialidade e corporalidade
Literatura, história e artes: entrelaçamentos possíveis; Estudos de narrativa: tendências contemporâneas; Afrodescendências e africanidades nas artes no Brasil;Direitos Humanos e população negra; O comparativismo literário: interdisciplinaridade e hibridismo; Tradições orais; Religiosidade; Juventude e identidades; Luta e resistência em espaços urbanos e rurais; Saúde da população negra; Preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural; Políticas de ação afirmativas no Brasil e no exterior: avaliações e perspectivas; Participação e representação política; Identidades e trajetórias socais; Educação: mudanças, desafios e novas perspectivas; Mercado de trabalho; Racismo institucional.

Veja as normas para envio de trabalhos em www.africaeafricanidades.com/normas


Cabe ressaltar que todos os trabalhos publicados em nosso periódico passam a participar da seleção para composição da Coletânea Cadernos África e Africanidades, versão impressa organizada por temáticas diversas, atualmente distribuída em 7 volumes, a saber:

Cadernos África e Africanidades 1: Literaturas Africanas e Afro-Brasileiras;

Cadernos África e Africanidades 2: Mulheres Negras;

Cadernos África e Africanidades 3: Memória, Tradição e Oralidade;

Cadernos África e Africanidades 4: Educação e Relações Étnicorraciais;

Cadernos África e Africanidades 5: História

Cadernos África e Africanidades 6: Religiosidade, Identidade e Resistência

Cadernos África e Africanidades 7: Política Educacional

Os volumes acima podem ser adquiridos em nossa livraria virtual - www.africaeafricanidades.com/livraria1

Conheça mais o nosso trabalho em www.africaeafricanidades.com

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Nágila Oliveira dos Santos
Diretora / Editora

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

FERTILIZANDO O ORÍ


Dia Nacional do Samba

Samba, a gente não perde o prazer de cantar

E fazem de tudo pra silenciar
A batucada dos nossos tantãs
No seu ecoar, o samba se refez
Seu canto se faz reluzir
Podemos sorrir outra vez
Samba, eterno delírio do compositor
Que nasce da alma, sem pele, sem cor
Com simplicidade, não sendo vulgar
Fazendo da nossa alegria, seu habitat natural
O samba floresce do fundo do nosso quintal
Este samba é pra você
Que vive a falar, a criticar
Querendo esnobar, querendo acabar
Com a nossa cultura popular
É bonito de se ver
O samba correr, pro lado de lá
Fronteira não há, pra nos impedir
Você não samba, mas tem que aplaudir

Dia Nacional do SAMBA

RODA DE SAMBA COM JANTAR
DIA 04 DEZEMBRO
HORARIO: 21H
LOCAL: CAIÇARA PISCINA TÊNIS CLUBE 
CARDÁPIO:  GALETO, ARROZ, SALADAS DIVERSA
VALOR: R$ 7,00
RESERVAS PELOS FONES 97674153 , 99954957 OU 84621640
PROMOÇÃO: CLUBE CULTURAL BENEFICENTE UNIÃO INDEPENDENTE 

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Homenagem ao Ex-Vereador Nicolau Barbosa

A homenagem a Semana da Consciencia Negra de Cachoeira do Sul, este ano diferente do que acontece todos os anos foi feita  ao  centenario de JOSE NICOLAU BARBOZA na sexta dia 27, teve samba e apresentação de danças. A iniciativa da homenagem foi feita de forma conjunta com o presidente da Associação Cachoeirense da Cultura Afro-brasileira, Luciano Ramos e o ver. Luciano Figueiró proponente da Sessão Solene. José Nicolau foi o vereador com maior número de mandatos em Cachoeira, num total de seis, sendo também o responsável pela construção do hospital da Liga.
O presidente atual do Legislativo, ver. Luciano Figueiró acrescenta que além da homenagem, ficará afixada uma placa com o nome do ex-vereador Nicolau e sua história no prédio da Câmara. As Sessões Solenes são transmitidas via internet pelas rádio e tv Câmara.

JOSÉ NICOLAU BARBOSA

Nascimento: 6 de dezembro de 1909 ,Fazenda do Cedro, propriedade de Leandro  Barbosa, localizada na margem direita do Jacuí e na margem esquerda do Arroio São  Nicolau.
Falecimento: Cachoeira do Sul, 24 de maio de 1988.
filiação: Apolinária Barbosa e Eloy da Silva Lisboa.
Considerava Leandro Ferreira Barbosa, proprietário  da fazenda onde nasceu, seu pai adotivo. 
Casamento: Aurora Gomes, 5 de fevereiro de 1936.
Filhos: Maria de Lourdes, Alfeu José, Edson, Maria Tereza,
Luiz Fernando,Venceslina, João Carlos da Silva e o  filho adotivo Pedro dos Santos Nogueira.
Profissão: Pintor de paredes dos 12 aos 23 anos.
Funcionário da Receita Federal de Cachoeira de  1945 a 1976, aposentando-se como agente de
portaria classe C.

Títulos e Distinções:
1955 - Benfeitor da Igreja Matriz de Santo Antônio
1963 – Sócio Benemérito da Sociedade Floresta   Aurora, Porto Alegre título de Benfeitor da Fundação Vale do Jacuí
1967 - Destaque especial pelo Jornal do Povo
1977 - Homenagem das Bancadas da ARENA e MDB   pelos 25 anos de vereança
1979 - Troféu Viver para Servir, da Sociedade de   Senhoras Metodistas
1983 - Benfeitor da Escola Padre Abílio Sponchiado
1984 - Portaria da Prefeitura Municipal para integrar a   Comissão de Honra do Sesquicentenário da
Revolução Farroupilha
1990 - Denominação patronímica de via pública no   bairro Soares
1994- Inauguração de busto em sua homenagem junto   ao Hospital da Liga Operária

Outras Atividades:
*Fundador, em 1937 juntamente com o primo João Luiz Barbosa e amigos, da Sociedade Carnavalesca Cordão de Ouro, sendo seu primeiro presidente. Esta sociedade abrilhantou os carnavais cachoeirenses, e foi campeã do carnaval da Vitória em comemoração ao fim da segunda Guerra Mundial.
*Fundador juntamente com os amigos Baltazar Machado e Livindo José da Silva, da Sociedade Espírita Caminho da Salvação, sendo seu primeiro presidente, em 1938.
*Membro da Ordem Maçônica, como obreiro da Augusta Loja Liberdade, onde foi orador por diversos anos.
*Fundador e presidente, em 1939, do Esporte Clube Cruzeiro, de futebol amador.
*Músico na Banda Musical Estrela Cachoeirense, do Maestro Miguel Iponema, em 1941, tocando bombardino.
*Presidente da Liga Operária Cachoeirense, em 1945.
*Presidente do Clube União Independente, em 1963, tornando-a uma das mais conceituadas sociedades negras do Estado.
*Presidente da Sociedade Recreativa 13 de maio.
*Vereador em Cachoeira, por mais de 30 anos, da 3ª Legislatura (1955/59) a 9ª Legislatura (1983/88).
*Vereador pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), em 1955, ingressando mais tarde no MDB, hoje PMDB.
* Presidente da Câmara Municipal de Vereadores em 1984, sendo o primeiro vereador da bancada do PMDB a chegar presidência do Legislativo, dedicando seu trabalho à classe operária.

José Nicolau Barbosa
– um operário acima de tudo –
O “Major”, apelido com o qual gostava de ser chamado entre os amigos, tinha 78 anos quando faleceu e sempre se identificou como um operário.
Sempre trabalhou para classe operária, tanto que foi presidente da Liga Beneficente Operária Cachoeirense por 41 anos.
A sede atual da Liga foi inaugurada em 1º de maio de 1955, na Rua Saldanha Marinho, nº 188.
m 1º de maio de 1961, houve o lançamento da pedra fundamental do Hospital da Liga Beneficente Operária Cachoeirense, na Rua Milan Krás, na Vila Barcelos.
O Hospital da Liga Beneficente Operária foi a marca comunitária do trabalho de José Nicolau Barbosa, ele se dedicou para sua construção, obtendo sempre o reconhecimento dos amigos pela obra na qual se empenhava com toda dedicação.
Em 1994 houve a inauguração de um busto em sua homenagem, no hall de entrada do Hospital da Liga.
Além desta graciosa obra, o vereador participou da fundação e de diretorias de muitas entidades, todas ligadas aos operários, como clubes de futebol e sociedades carnavalescas.
Sua simplicidade e seriedade em tudo que fazia eram a marca registrada deste Líder Operário.
















quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Eventos


Negros ganham apenas 56,3% de brancos

Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (DIEESE) feito nas seis regiões metropolitanas brasileiras confirma, no período entre 2004 e 2008, o abismo entre negros e não negros: em S. Paulo, por exemplo, o rendimento dos negros representa apenas 56,3% do rendimento dos não negros.
Em Belo Horizonte, a renda média dos negros cresceu 15,7% no período, porém a diferença continua grande: o rendimento médio de negros na capital mineira é de R$ 5,03 contra R$ 8,80 do recebido pelos brancos.
Em Salvador, embora os negros representem 85% da população, a hora de trabalho dos negros equivale a R$ 4,75 e a dos brancos R$ 9,63.
As diferenças são grandes também na ocupação da mão de obra negra em postos de direção, gerência e planejamento, segundo o Estudo. Em S. Paulo, por exemplo, apenas 5% dos negros ocupados estavam em funções de direção, gerência e planejamento, em 2008. Entre os brancos, o percentual é de 17,4%.

Fonte: afropress
Brasília - O presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, senador Demóstenes Torres, do DEM (foto), escolheu para a audiência pública que fará nesta quinta-feira (26/11), um grupo de debatedores abertamente contrários ao projeto do Estatuto da Igualdade Racial, que já foi aprovado por acordo de liderança na Câmara dos Deputados.
Entre os treze nomes que participarão da audiência seis são totalmente contrários e, entre eles, estão os líderes da brigada anti-cotista, a antropóloga Yvonne Maggie e o geógrafo Demétrio Magnolli, o advogado José Roberto Ferreira Militão, e o coordenador do Movimento Negro Socialista, José Carlos Miranda.

Enquanto escalou o time titular dos contrários, Demóstenes chamou para fazer a defesa do Estatuto, Frei Davi Raimundo dos Santos, da Rede Educafro, o juiz William Douglas, também ligado a mantenedora da Rede Educafro, e a ativista Deise Benedito, de S. Paulo.

Frei David tem sido criticado por lideranças do Movimento Negro e anti-racista favoráveis às cotas e ao Estatuto, pela fragilidade dos argumentos que tem usado e o fraco desempenho nos debates de que tem participado, o que acaba por fortalecer as posições contrárias.

O nome mais destacado do time de favoráveis é o deputado Edson Santos, ministro chefe da Seppir.
O texto do projeto está no senado desde o início de novembro e, além da Comissão de Constituição e Justiça, será analisado pelas Comissões de Educação, de Assuntos Sociais, de Agricultura e Reforma Agrária e de Direitos Humanos e Legislação Participativa, antes de ser votado em plenário. Não há previsão de quando isso acontecerá.
A CCJ é presidida por Torres e tem como vice-presidente o senador Wellington Salgado, do PMDB, de Minas Gerais.

Veja o time escalado por Demóstenes para a Audiência Pública

- os deputados federais Antônio Roberto (PV-MG, relator da matéria na Câmara) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS);

- o procurador do Estado do Rio de Janeiro e professor da PUC-RJ, Augusto Werneck;

- a professora do Departamento de Antropologia Cultura da UFRJ, Yvonne Maggie;

- o cientista político Bolívar Lamounier;

- o doutor em Geografia Humana Demétrio Magnoli;

- o advogado José Roberto Ferreira Militão;

- o representante da Rede de Pré-Vestibulares Comunitários e Educação para Afrodescendentes e Carentes (Educafro), frei David Santos;

- o conselheiro da mantenedora Saecith (vinculada à Educafro), William Douglas;

- o coordenador do Movimento Negro Socialista, José Carlos Miranda;

- a ativista de Direitos Humanos e Igualdade, Étnica Deise Benedito, e

- a representante do Fórum da Educação Indígena, Rosani Fernandes Kaingang.

Lula anuncia que 20 de Novembro será feriado nacional

S. Paulo - O Dia Nacional da Consciência Negra, em homenagem à memória de Zumbi dos Palmares, será transformado em Feriado Nacional, a partir do ano que vem. O anúncio foi feito pelo Presidente Luis Inácio Lula da Silva, durante o Ato Público, na praça Castro Alves, em Salvador. A data já é considerada feriado ou ponto facultativo em 757 cidades brasileiras.
As principais manifestações do dia dedicado à memória de Zumbi – o líder negro que liderou a resistência de Palmares, a maior no período colonial - aconteceram em Salvador, e em S. Paulo.
Em S. Paulo, cerca de 5 mil pessoas, segundo os organizadores, participaram, debaixo de chuva, da 6ª Marcha da Consciência Negra, que começou no Largo do Paissandu e terminou na Praça Ramos, em frente ao Teatro Municipal.
Flávio Jorge, da Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN), disse que a Marcha - que contou com o apoio das Centrais Sindicais e entidades do Movimento Negro - foi prejudicada pela chuva. “De qualquer forma, as pessoas que compareceram não arredaram pé durante todo o trajeto, debaixo de chuva”, afirmou.
O tema da Marcha este ano foi a denúncia da intolerância religiosa, a defesa da regularização das terras quilombolas e o fim do genocídio da juventude negra.
Salvador

Em Salvador, na Bahia, a Caminhada organizada pelo Fórum de Entidades Negras, saiu do Curuzu, no bairro da Liberdade, por volta das 16h15, puxada pelos blocos Ilê Aiyê, Malê Debalê e Olodum e seguiu até a Praça Castro Alves, onde se juntou com a Marcha da Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN), que saiu do Campo Grande.
Na Praça, que dá nome ao poeta baiano, autor do poema "Navio Negreiro", aconteceu o ato Público com a presença do presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva.
Lula assinou decretos com a regularização fundiária a quilombolas de 14 Estados e anunciou que a partir do ano que vem, o 20 de Novembro será declarado Feriado Nacional.
Rio

No Rio, as manifestações pelo Dia da Consciência Negra se estenderam até o final da noite desta sexta-feira na Praça Onze, que é considerada o berço do samba e onde está localizado o monumento a Zumbi dos Palmares.
Durante a tarde, o cantor Arlindo Cruz e as baterias das escolas de Samba Acadêmicos do Cubango e Estação Primeira de Mangueira fizeram show. As homenagens a Zumbi dos Palmares começaram logo nas primeiras horas da manhã, com a lavagem simbólica do monumento e as apresentações do grupo de afoxé Filhos de Gandhi e dos meninos da Capoeira do Quilombo do Mestre Arerê.
Ainda na programação, houve desfile cívico com alunos da rede estadual, encenação do Auto da Escrava Anastácia, com o grupo Nossa Senhora do Teatro, e um ato interreligioso, que contou com a presença do governador Sergio Cabral.
Em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, cerca de 20 mil pessoas compareceram na noite passada ao show Baixada Zumbi/Tributo a Luiz Carlos da Vila. Além de reverenciar o compositor, falecido em 2008, o evento contou com grandes nomes do samba e atrações locais que celebraram o Dia Nacional da Consciência Negra.
Os cantores Mart’nália, Dudu Nobre, Marcelo D2, Claudio Jorge, Dorina, Mauro Diniz e Macyr Luz também participaram do show.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O domingo foi de muita dança para comemorar o Mês da Consciência Negra em Cachoeira do Sul.
 A Kizomba reuniu cerca de 300 pessoas que assistiram a diversas apresentações culturais na tarde de ontem junto ao Clube Caiçara.
 O presidente da Associação Cachoeirense da Cultura Afro (ACCA), Luciano Ramos, lamentou o mau tempo do início da manhã, que obrigou os organizadores do evento a transferirem as atividades para o Caiçara. “Sabemos que na Praça José Bonifácio mais pessoas iriam participar.
 Mesmo assim, ficamos contentes com o público que nos prestigiou”, comenta Ramos. Uma das consequências da transferência de local foi o cancelamento das oficinas de basquete que aconteceriam na praça.
Uma das apresentações da tarde foi do jovem Luan Cavalheiro, 21 anos, de Restinga Seca, que apresentou uma dança valorizando o gingado do negro. Luan, que afirmou que a partir de janeiro de 2010 será secretário da Cultura de seu município, deve trazer para Cachoeira do Sul a partir de março do próximo ano um projeto seu que visa à valorização da cultura afro. “Vi aqui uma valorização grande dos negros nas escolas, mas em muitas comunidades isto não acontece. Meu objetivo é um trabalho junto a um grupo de psicólogos para saber o que pode ser feito para o negro ser realmente respeitado e valorizado. Gosto de desafios e acredito que Cachoeira do Sul está aberto a este trabalho”, observa Luan, que desde os seis anos de idade já dança e desde os 13 anos trabalha profissionalmente com a dança.



Apresentaram-se tambem o Grupo de Dança da Escola Miltom da Cruz, o Grupo Filhos da Noite, os grupos de pagode Simplicidade e Pura Magia o Grupo de pagode da Escola Angelina.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Sindicalistas se reúnem com senadores

Brasília - Uma reunião na tarde desta terça-feira (17/11) convocada pelo senador Paulo Paim (PT-RS), com senadores, lideranças negras e sindicalistas tentará selar o compromisso do Senado de votar o Estatuto da Igualdade Racial antes desta-feira (20/11) Dia Nacional da Consciência Negra.

Segundo o vice-presidente da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) e do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB), Ubiraci Dantas de Oliveira (foto), ainda há esperanças de votar o projeto a tempo de ser sancionado pelo Presidente Luis Inácio Lula da Silva no Ato Público que a Presidência da República, por meio da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), realizará na Praça Castro Alves, em Salvador.
Lula já confirmou presença no ato, que será encerrado com um grande show da cantora negra baiana, Margareth Menezes.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Filme sobre Besouro no Dia Nacional da Cultura debate a importância da cultura negra no Brasil

O diretor do filme Besouro: da capoeira nasce um herói, João Daniel Tikhomiroff e os atores Leno Sacramento, Sérgio Laurentino e Flávio Rocha do elenco conversam com o público ontem (5) sobre o processo de produção do filme, história, escolha do elenco, desenvolvimento dos personagens e, principalmente, sobre a abertura que o filme traz para a cultura negra, para a capoeira e para falar das religiões de matrizes africanas. A exibição foi uma sessão especial, cedida pela produtora do filme, Mixer Produções Cinematográficas, para a Fundação Cultural Palmares em celebração ao Dia Nacional da Cultura.


O diretor do filme contou que sua inspiração foi o livro Feijoada no Paraíso, de Marco Carvalho e que sua proposta era fazer um resgate de parte da história do Brasil. "É falar de nossas raízes, de nossos mitos, de nossos heróis. Não temos que ter vergonha de nossa cultura, outros povos também têm seus deuses, seus heróis. Não tem ligação com fé ou religião, é uma questão de respeito às tradições e culturas de um povo".




O ator Sérgio Laurentino, que faz o personagem de Exu - a entidade mais temida fora das religiões de matrizes africanas - explica que a entidade nada mais é do que uma força da natureza que liga céu e terra. "Tivemos muito cuidado ao montar o personagem, justamente para quebrar essa idéia de ser do mal, com sangue nos dentes, comparado ao diabo".



Sacramento falou da importância do filme para a cultura negra. "Há uns dez anos era impossível fazer cinema falando da capoeira sobre uma ótica positiva, falar de Orixás - de Exu, nem pensar! É muito bom que tudo isso esteja sendo mostrado, esteja sendo desmistificado. É muito bom ver o negro ser herói no cinema".



Na platéia, prestigiando o filme e os atores, estavam o Ministro da Cultura, Juca Ferreira; o presidente da Palmares, Zulu Araújo e os cantores, Sandra de Sá, Tonho Matéria e Roberto Mendes e a atriz da Banda Teatro Olodum, Eliane Nascimento. Esses artistas também estiveram presentes na sessão solene mista do Congresso Nacional pela manhã, para comemorar a data, quando o ministro aproveitou a oportunidade para pedir apoio aos parlamentares para aprovarem os projetos que envolvem o setor. Em seu discurso Juca Ferreira disse que é necessário acabar com o "apartheid cultural" existente no país.




Palmares participa de debate sobre políticas para mulheres

A representante da Fundação Cultural Palmares - vinculada ao Ministério da Cultura - na Bahia, Luciana Mota, é uma das palestrantes do debate "Políticas públicas para as mulheres negras de Salvador: ações e perspectivas. O evento é promovido pelo Centro de Referência Loreta Valadares e acontece amanhã (19), às 9h, na sede do Centro.
A atividade inicia a campanha nacional dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres.
Além de Luciana, participam do debate a professora Vilma Reis, socióloga e coordenadora executiva do CEAFRO - Educação e Profissionalização para a Igualdade Racial e de Gênero, Adriana Nascimento, gestora do FIEMA - Fundo Municipal para o Desenvolvimento Humano e Inclusão Educacional de Mulheres Afro-descendentes.
O Centro de Referência Loreta Valadares - Prevenção e Atenção a Mulheres em Situação de Violência (CRLV), foi criado em 2005 e oferece serviço público e gratuito de prevenção e atendimento psicológico, social e jurídico a mulheres que sofrem violência pelo fato de serem mulheres.

Instituto Rio Branco abre vagas

Brasília - O Instituto Rio Branco (IRBr) e o Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), receberão até dia 29 deste mês, inscrições para o processo seletivo do Programa de Ação Afirmativa - Bolsa-Prêmio de Vocação para a Diplomacia. 
O programa tem como objetivo ampliar as oportunidades de acesso e incentivar o ingresso de afrodescendentes (negros) na carreira de diplomata, mediante a concessão de bolsas-prêmio destinadas ao custeio de estudos preparatórios ao concurso que está oferecendo 108 vagas para o cargo.
O valor total da bolsa-prêmio é de R$ 25 mil e será desembolsado entre março e dezembro de 2010, para pagamento de cursos preparatórios ou de professores especializados nas disciplinas exigidas pelo concurso.
A seleção será composta por prova objetiva de língua portuguesa, história do Brasil e política internacional, prova de redação e análise de documentação.
As provas serão realizadas nas cidades de Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS),
Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES). A análise de documentação acontecerá somente em Brasília (DF).

Judiciário tenta amenizar racismo, afirma desembargador

. Paulo - Em café convocado pelo secretário de Justiça Luiz Antonio Marrey para discutir “O papel do Sistema de Justiça na Promoção da Igualdade Racial”, e que reuniu membros do Tribunal de Justiça, da Defensoria e do Ministério Público de s. Paulo, o desembargador Antonio Carlos Malheiros, disse que as decisões do Judiciário ainda disfarçam o racismo. “São decisões que, muitas vezes tentam amenizar. Acredito que decisões firmes melhorem essa situação de desigualdade racial”

Malheiros, que dividiu a mesa presidida por Marrey, com o desembargador Erikson Gavazza Marques, com o promotor Eduardo Dias de Souza Ferreira, com presidente da CONAD, Marco Antonio Zito Alvarenga, e com o ex-Secretário de Justiça Hédio Silva Jr. - contudo, salientou que “isso, por si só não basta". É preciso um trabalho ,de educação, de inclusão, trazendo meninos brancos e negros para as boas escolas. Se isso não acontecer não bastam decisões judiciais”, concluiu o desembargador.


O Café da manhã, realizado nesta quarta-feira (12/11) no auditório Franco Montoro da Secretaria da Justiça, foi chamado por Marrey para marcar o mês da Consciência Negra. S. Paulo é o estado com maior população negra do país em números absolutos com 12,5 milhões de afro-descendentes. A capital é a maior cidade negra do mundo fora da África, com uma população de cerca 4 milhões de negros,ficando atrás apenas de Lagos, na Nigéria, e do Cairo, no Egito.

Quesito cor no funcionalismo

           Nos debates que se seguiram, o público presente - formado, especialmente, por advogados e membros do Judiciário - sugeriu a introdução do quesito cor no funcionalismo estadual e no próprio Judiciário, para se verificar a presença de negros em cargos dos escalações superiores da administração.
          Segundo o próprio Marrey, não passa de 2% o percentual de promotores de justiça negros no Estado. “O que fazer para quebrar essa desigualdade”, perguntou aos presentes.
            Também foi proposta a efetiva aplicação da Lei 10.639/03, que obriga a inclusão da história da África e da cultura afro-brasileira nas escolas, e que não vem sendo cumprida nos estabelecimentos de ensino da rede oficial nem particular.

Cotas na Moda
               O promotor Eduardo Dias de Souza Ferreira relatou as ações que o MP vem acompanhando de perto e citou o caso da adoção do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) na S. Paulo Fashion Week, que obrigou os seus organizadores a adoção de uma cota de 10% de modelos negros.
            “Essa medida já teve um impacto grande em todo o mundo da moda e a matéria foi pautada em todos os continentes”, afirmou.

Falta de cultura dos Tribunais

              O desembargador Gavassa Marques citou dados da jurisprudência para afirmar que o percentual de ações com reconhecimento de racismo é baixo, ficando em 48% do total de ações que são ajuizadas na Justiça. “Isso demonstra a falta de cultura dos tribunais no reconhecimento de questões relacionadas à raça”, acrescentou.
            O ex-secretário da Justiça, Hédio Silva Jr., lembrou que o poder judiciário tem contribuído para a reflexão do tema e lembrou que apesar da intensa polêmica sobre cotas nas Universidades “nem juiz invalidou a decisão das 94 instituições que adotaram o sistema”, ressaltou.
        O presidente da Comissão do Negro e Assuntos Antidiscriminatórios da OAB-SP (CONAD), Marco Antonio Zito destacou que “apenas a dedicação aos estudos, muitas vezes não é o suficiente para a grande maioria dos negros que compõem a base da pirâmide social deste país”. É preciso criar mecanismos mais efetivos”, enfatizou.
           Marrey, que como procurador geral do Estado, assumiu a bandeira das ações afirmativas – encerrou o encontro admitindo que há uma carência de espaços para atender as questões relacionadas à Justiça e ao combate ao preconceito racial. “O encontro de hoje é uma pequena contribuição, mas assumimos o compromisso de transformar num foro permanente, ampliando o debate com a participação de outros importantes agentes, como a polícia”, afirmou.

Dia Mandela será o Dia do Ativismo

Nova York/EUA - O Dia 18 de julho passa a ser a partir do ano que vem o Dia Internacional Nelson Mandela. A data corresponde ao dia em que nasceu o ex-presidente sul-africano e maior líder negro vivo no mundo e Prêmio Nobel da Paz, ícone na luta contra o regime do apartheid.

"Nelson Mandela é um ícone internacional e um exemplo de esperança para todos os oprimidos e marginalizados em todo o mundo", declarou o embaixador da África do Sul ante a ONU, Baso Sangqu.

A Resolução o tem como objetivo recompensar Mandela por toda sua vida dedicada a causas defendidas pela ONU, como resoluções dos conflitos, as relações inter-raciais, a promoção dos direitos humanos, a reconciliação e a igualdade dos sexos.

Dia Internacional do Ativismo


Um comunicado divulgado em Johannesburgo pela Fundação Nelson Mandela, declarou que com a decisão da ONU por unanimidade o dia do aniversário de Mandela passa a ser o “Dia Internacional do ativismo".



"O Dia de Mandela é um dia internacional de ação humanitária para celebrar a vida de Mandela e a sua herança. Deve servir de catalisador para que todas e cada uma das pessoas compreendam que elas têm a capacidade de mudar o mundo com sua ação", afirma a nota.



"Esta em nossas mãos criar um mundo melhor", afirma a Fundação, ao citar Mandela, enquanto agradece ao governo da África do Sul seus esforços para tornar possível esta resolução internacional.



Mandela, diz a nota, "passou 67 anos de sua vida se dedicando ativamente a promover e conseguir a mudança social" e, por isso, a fundação pede que, no Dia de Mandela, "as pessoas dediquem simbolicamente pelo menos 67 minutos de seu tempo para servir suas comunidades em qualquer coisa que quiserem".

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Carlos Santos, pioneirismo negro na política gaúcha



As questões de raça começaram a ganhar visibilidade política no Rio Grande do Sul, em 1935, quando foi eleito o primeiro deputado negro da história do Parlamento gaúcho, Carlos Santos. Percursor na luta pela igualdade de raças, seus ideais foram seguidos por outros tantos políticos que também fizeram história na defesa das minorias no Estado do Rio Grande do Sul: Alceu Collares, Paulo Paim e Edson Portilho são exemplos de gaúchos que continuam lutando pelos ideais de Santos.
Neto de escravos alforriados e filho de libertos, Carlos Santos nasceu em 1904, em Rio Grande/RS. A liderança de Carlos Santos como metalúrgico lhe rendeu o seu primeiro mandado como deputado estadual classista. A partir da nova Constituição Estadual, promulgada em junho de 1935, que seguiu o modelo corporativista já adotado na Carta Federal, foi criada a figura do representante classista, espécie de líder sindical com assento na Assembléia.
Aos 31 anos deu início a sua carreira política como deputado classita, exercendo o mandato de apenas dois anos até a instituição do Estado Novo, quando todos os Parlamentos do país foram fechados, em 1937. Com o golpe do Estado Novo, Carlos Santos voltou a Rio Grande e foi trabalhar como fiscal de alunos no Ginásio Lemos Júnior. Aos 46 anos, formou-se em Direito pela Universidade Federal de Pelotas, passando a exerceu as atividades como advogado no fórum de Rio Grande até 1959. Com o retorno das eleições em 1946, Santos concorreu a uma vaga na Assembléia Legislativa e ficou como suplente de deputado estadual pelo PSD sendo chamado três anos depois para ocupar o cargo por alguns dias. Em 1959, é eleito novamente como deputado estadual pelo PTB, permanecendo na Assembléia até 1975, sendo que nos dois últimos mandatos ficou na bancada do MDB.
Mas foi em 31 de janeiro de 1967, que Carlos Santos alçou o seu vôo mais alto ao ser eleito como presidente do Legislativo gaúcho. Esse ano lhe reservou ainda a materialização do sonho de todo o político - governar seu Estado. A viagem do governador e ex-oficial da Brigada Militar, Walter Peracchi de Barcellos, para fora do Estado em duas ocasiões elevou Carlos Santos ao cargo eletivo mais importante do Rio Grande do Sul em tempos de duro regime de exceção. Foi o primeiro negro a ser eleito presidente da Assembléia e governar o Estado. Apenas após 23 anos, em 1990, Alceu Collares seria eleito, em voto direto, o governador dos gaúchos. Carlos Santos também entrou para história como o presidente da Assembléia que inaugurou o Palácio Farroupilha, em 1967.
Após deixar o Legislativo, assumiu como deputado na Câmara Federal no ano de 1975. Neste mesmo ano, presidiu a CPI do Menor Abandonado, que teve grande repercussão no país. Após meio século de vida pública, Carlos Santos encerrou a sua carreira política, em 1982, como deputado federal. Em maio de 1989, o Rio Grande do Sul perde o percursor na luta pela igualdade de raças e na defesa das minorias. Por Oscar Henrique Cardoso, Especial para o Portal Palmares

Conto- Poder da Consciencia

Augusto é um negro de estatura baixa magro, que saiu de Palmeira dos Índios em Alagoas, para aproveitar o verão de Santa Catarina, e ganhar um dinheirinho, como muitos nordestinos fazem, vendem queijo coalho, castanhas, etc.
Nesse domingo Augusto estava exatamente em Jurêrê Internacional, na praia, passando com seu saco de castanhas, quando de repente esbarra com um garoto "branco" e o derruba, com todo carinho Augusto o levanta e pede desculpas com toda sua subserviência, mas o pai do garoto irado começa a acusar Augusto chamando-o de "negro sujo" e conclamando outros "brancos" a agredi-lo.
Augusto assustado começa a correr pela praia e uma pequena multidão começa a correr atrás dele gritando: "pega esse negro", e quanto mais Augusto corria mais o numero de pessoas atrás dele crescia.
De repente, Augusto foi percebendo que seus passos crescia de tamanho e ele se afastava cada vez mais da multidão que crescia.
Quanto mais aumentava o numero de pessoas atrás dele... Augusto sentia que ele ia crescendo... de um metro e cinqüenta, Augusto passou a um e sessenta... setenta...oitenta...noventa... dois metros dois e vinte ... e trinta.. e quarenta.
Quando Augusto percebeu ele era o homem mais alto da praia e o mais forte, ele parou olhou para trás, a multidão, estancou apavorada, e cada um deles foi dando meia volta a principio devagar, depois cada um ao percebeu o poder que emanava de Augusto foram aumentando os passos e começaram a correr de volta cada um mais desesperados , brancos, "brancos" morenos, argentinos, paraguaios, negros sem consciência, todos correram de volta para suas vidas vazias, envergonhados.
Augusto aos poucos foi tomando consciência de seu poder...

Daniel Silva Gomes
Professor de artes do Cefet-Ba Unidade de
Ensino de Eunápolis
Artista Plástico graduado pela Escola de Belas Artes da UFBa

Luis Inácio Lula da Silva, Presidente da República, em pronunciamento durante as comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra, Serra da Barriga,

Vencer a desigualdade racial é, também, lutar por soberania. Não a soberania baseada na dominação de um povo sobre o outro. Mas aquela baseada no estreitamento de relações comerciais, políticas e culturais com aqueles povos e continentes, que aspiram, como nós, a um futuro de independência e dignidade.
Sinto-me de alma lavada por ter sido o presidente da República que, no primeiro ano de mandato, decidiu saldar uma dívida antiga do Brasil: acabamos de percorrer uma parte do imenso continente africano para dizer e ouvir em cinco países: somos irmãos, somos parceiros, temos desafios comuns, temos lições a trocar. Vamos caminhar juntos. Vamos acelerar o nosso passo, conscientes de que não é possível superar, em quatro anos, o que se estabeleceu em quatro séculos nos dois continentes. Mas essa é a verdadeira globalização humanitária; essa é uma forma de desenvolvimento pela qual vale a pena viver e lutar: aquela na qual a cor de um ser humano não define o seu caráter, a sua inteligência, os seus sentimentos e a sua capacidade, mas apenas expressa a maravilhosa diversidade racial e cultural da qual somos feitos".

Luis Inácio Lula da Silva, Presidente da República

Programação do Distrito Federal para o Dia 20 de novembro inclui degustação de acarajé e contação de histórias

Em Brasília a Fundação abre suas portas a uma das mais conhecidas quituteiras do Planalto Central, Yayá Ribeiro. Yayá ira preparar o mais famoso prato de culinária afro-baiana, eleito como patrimônio imaterial brasileiro: o acarajé. A distribuição de senhas para os interessados na degustação acontece ao meio-dia desta sexta-feira, dia 20 de novembro, na sede da Fundação.

Já em Planaltina, de 16 a 20 de novembro, no Centro de Ensino Fundamental (CEF) Mestre D´Armas, no Vale do Amanhece, acontece a Oficina "Conta-contos, a arte de contar e ouvir histórias" - projeto selecionado pelo Edital idéias criativas, promovido pela Palmares e que integra a Agenda 20 . A oficina é voltada para crianças, jovens e adultos, que aprenderão parlendas, trava-línguas, jogos de palavras e mitos da diáspora negra. Tão antiga quanto o desenvolvimento da fala, a arte de contar histórias era uma prática dos griôs africanos - os contadores de história.

O objetivo é incentivar as artes da negritude dentro do espaço escolar e também refletir sobre implementação da lei nº 10.639/2003 - que torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-brasileira nas escolas.

No dia 21, no encerramento às 10h, serão apresentados os resultados das oficinas, além de dança afro, hip hope exposições de artesanatos e várias atividades culturais.

A Oficina é coordenado pela professora e historiadora Edileuza Penha de Souza.

CEF Mestre D´Armas - Rodovia DF 130 km 26 - Vale do Amanhecer - Planaltina-DF

O Brasil não está preparado para eleger um presidente negro, diz ZULU ARAUJO


Dirigente da Fundação Cultural Palmares afirma que senadora Marina Silva terá dificuldades na campanha eleitoral de 2010, mas que seria um grande avanço para o país ter uma líder mulher e negra.

Zulu Araújo, presidente da Fundação Cultural Palmares – Ministério da Cultura, em entrevista ao Roda Viva programa da TV Cultura, diz que o Brasil não está preparado para eleger um presidente negro, como fez os Estados Unidos com Barack Obama.

Ressalta ainda que, lamentavelmente, temos uma resistência forte da sociedade brasileira para a inclusão do povo negro. “Isso se deve, em grande parte, à nossa história.

Foram 400 anos de escravidão e 120 posteriores, nos quais não foram adotadas medidas corretas para promover a igualdade e a oportunidade”.
Ao ser questionado, então, se a senadora Marina Silva não teria chances de chegar à presidência por ser negra, ele diz acreditar que ela terá dificuldades na campanha eleitoral de 2010.

“A Marina Silva, sem dúvida, vai enfrentar dificuldades bem maiores que um euro-descendente. Mas o Brasil é um país surpreendente e seria um avanço pelo fato dela ser mulher e negra”.
Durante a entrevista, Zulu também fala sobre as cotas raciais nas universidades e afirma que a critica que se faz a essa política pública é sinal de que a medida deu certo.
Segundo ele, não há nenhum registro de que a qualidade de ensino caiu nas universidades por conta das cotas e nem que isso gerou desafetos entre negros e brancos na sala de aula. “Se não se adotar mecanismos de aceleramento da inclusão dos negros nas universidades, nós teremos daqui a 100 anos a mesma realidade que temos hoje”.
O presidente ainda completa: “eles [os negros que hoje estão nas universidades pelo sistema de cotas] poderão ser juizes, empresários. Sem o processo educacional isso ficaria muito mais difícil. Não podemos desenvolver o Brasil sem que haja inclusão dos negros na universidade. Eles precisam ter um tratamento diferenciado, por conta da questão histórica”.
Zulu Araújo também afirma que o presidente Lula tirou 21 milhões de afro-descendentes da pobreza extrema. “O governo do qual eu faço parte, com muito orgulho, conseguiu retirar da pobreza extrema 30 milhões de brasileiros. Desses, 70% devem ser afro-descendentes. Isso é bom para o Brasil. Gerou consumo e contribuiu para que tivéssemos saído da marola mais rapidamente”.
O entrevistado é indagado sobre a existência da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e responde: “a criação da SEPPIR é o entendimento que o Estado brasileiro tem que sem política pública não será possível vencer essa desigualdade provocada pelo processo escravista no Brasil. Então, é positivo”.
O presidente da Fundação Cultural Palmares ainda ressalta que a igualdade é boa para a sociedade brasileira e que combater o racismo não pode ser apenas reagir. “Nós temos que ser pró-ativos. E nesse sentido a Palmares cumpriu esse papel. Ou seja, mostrar que no plano da cultura, promover a igualdade através das manifestações culturais de origens negras é bom para todos, não só para a comunidade negra, mas para toda a sociedade brasileira”.
No programa, Araújo também comenta sobre o negro e a religião. Ele diz que a Fundação Cultural Palmares não compartilha da ideia de que toda a comunidade negra tem que pertencer às religiões de natureza africana. “A liberdade de culto é um direito constitucional de qualquer cidadão brasileiro. O negro pode ser ateu, espírita, católico, do candomblé, da igreja neopentecostal… o que não pode é ele ser objeto de descriminação porque pratica determinada religião”.
Com apresentação de Heródoto Barbeiro, o programa, em homenagem à Semana da Consciência Negra, foi exibido ontem (16/11) na TV Cultura.

ACCA prestigia mostra de pintura em homenagem ao mês da Conciência Negra









Zumbi é o símbolo do orgulho afro



Zumbi dos Palmares é o grande símbolo da consciência negra no Brasil. Líder do Quilombo dos Palmares (localizado na atual região de União dos Palmares, em Alagoas), que foi uma comunidade autossustentável formada por escravos negros que haviam escapado das fazendas, prisões e senzalas brasileiras.

O Brasil possuía muitos quilombos, mas Palmares alcançou alta sofisticação, vindo a ser reconhecido como reino ou até mesmo uma república. Ocupava uma área próxima ao tamanho de Portugal e chegou a ter 30 mil habitantes.
Zumbi nasceu livre em Palmares, no ano de 1655, mas foi capturado e entregue a um missionário português quando tinha aproximadamente seis anos de idade.

Batizado como Francisco, Zumbi recebeu os sacramentos, aprendeu português e latim e ajudava diariamente na celebração da missa.

Apesar destas tentativas de aculturá-lo, Zumbi escapou em 1670 e com 15 anos, retornou ao seu local de origem. Zumbi se tornou conhecido pela sua destreza na luta e estrategista militar respeitável quando chegou aos 20 anos.
Por volta de 1678, o governador da Capitania de Pernambuco, cansado do longo conflito com o Quilombo de Palmares, se aproximou de outro líder de Palmares, Ganga Zumba, com uma oferta de paz.

Foi oferecida a liberdade para todos os escravos fugidos se o quilombo se submetesse à autoridade da Coroa Portuguesa. A proposta foi aceita, menos por Zumbi, que desafiou a liderança de Ganga Zumba. Prometendo continuar a resistência contra a opressão portuguesa, Zumbi tornou-se líder único de Palmares.
15 anos após Zumbi ter assumido a liderança, o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho foi chamado para organizar a invasão do quilombo.

Em 6 de fevereiro de 1694, a capital de Palmares foi destruída e Zumbi ferido.

Apesar de ter sobrevivido, foi traído. Apunhalado, resiste, mas é morto com 20 guerreiros quase dois anos após a batalha, em 20 de novembro de 1695.

Teve a cabeça cortada, salgada e levada ao governador Melo e Castro. Em Recife, a cabeça foi exposta em praça pública para desmentir a crença da população sobre a lenda da imortalidade de Zumbi.

Semana da Consciência Negra em Cachoeira do Sul 2009

Até o dia 30: Mostra de telas em homenagem ao mês da Consciência Negra no hall do Hamburgo Hotel. Promoção da Noss'Arte e Atelier Livre Municipal


HOJE Workshop de hip hop, às 18h, na Casa de Cultura,
Oficina de dança de rua na Escola Dora Abreu, com Dionatam Boher e Rodrigo Soarez, a partir das 9h30min.
Também no Dora, às 14h, tem oficina de fuxico, com Herondina Duarte Santos e oficina de penteado afro, com Sônia Rosa.
Às 19h, acontece apresentação de danças afro axé da escola
Gincana Cultural Afro na Escola Antônio Vicente da Fontoura, manhã e tarde
Palestra na Uergs, a partir das 14h, com o coordenador da União dos Negros pela Igualdade, Sérgio dos Santos Júnior, seguido de oficina de penteados afro com Marines Rodrigues, do Movimento Negro Unificado e apresentação do Grupo A Cor da Pele, da Escola Angelina Salzano, e do grupo Filhos da Noite

Uergs na semana da Consciência Negra

Cachoeira do Sul- A cultura afro-brasileira vai tomar conta da Uergs/Cachoeira nas tardes de hoje e amanhã durante a programação especial elaborada pela professora Marilise Mesquita em homenagem ao mês da Consciência Negra.
As atividades iniciam hoje, às 14h, com a palestra “A educação no processo de formação da igualdade racial”, que será ministrada pelo coordenador local da União dos Negros pela Igualdade (Unegro), Sérgio dos Santos Júnior.
Às 14h30min, a integrante do Movimento Negro Unificado (MNU) Marines da Silva Rodrigues ensinará a fazer penteados afros e tranças.
As atividades seguem com show de dança e música dos grupos A Cor da Pele, da Escola Angelina e Filhos da Noite com o espetáculo “Magia dos orixás”, mostrando a religiosidade afro.
Amanhã, às 19h, a universidade receberá o show de percussão do Grupo Olorum da Escola Liberato. “Contamos com a presença de toda a comunidade, para valorizar e apreciar a cultura negra que resiste e que ajuda a construir e a manter a história de Cachoeira do Sul”, destacou Marilise. O público poderá prestigiar gratuitamente os dois dias de atividades na Uergs.

BELEZAS NEGRAS - Amanhã, acontece um dos eventos estudantis mais esperados da comunidade afro, o concurso de escolha das belezas negras das escolas municipais nas categorias belezinha, infanto-juvenil e juvenil.
O evento acontecerá às 13h30min, na Escola Dora Abreu, aberto gratuitamente ao público.
A direção da escola aguarda 18 candidatas dos cinco aos 17 anos de idade. As fichas de inscrição com os nomes das meninas serão entregues na hora do concurso.
A comissão avaliadora terá a secretária municipal de Educação Dulce Lopes, as professoras Ivouny Dargélio e Ana Maria Rodrigues, o presidente da Associação Cachoeirense de Cultura Afro-brasileira (Acca), Luciano Ramos, a mais bela negra do Rio Grande do Sul, Sirlei Cruz, o mais belo negro de Cachoeira do Sul, Marcelo Lopes e a ativista Eloá Santos.
O nome das vencedoras do concurso serão divulgados somente sábado à tarde, na kizomba da Escola Dora Abreu.

Marcha da Consciência Negra da Cidade de Pelotas


Seminário de Avaliação da Semana de Consciência Negra de 2009 e construção da Agenda de Mobilização de 2010

E debate sobre Estatuto da Igualdade Racial Estadual e Nacional,
no dia 12 de dezembro.
Local e Horário a ser definido.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Convite


Minas é modelo em tratamento falciforme

Belo Horizonte - Minas Gerais é referência nacional no tratamento da anemia falciforme, doença genética de maior incidência no Brasil. Enquanto outros hemocentros em todo país funcionam dentro dos hospitais, a Fundação Hemominas é o único do Brasil que integra os serviços de doação, coleta de sangue e o tratamento da doença falciforme, que inclui muitas transfusões sanguíneas.
Os pacientes e seus familiares contam ainda com a Casa de Apoio, onde pedagogos auxiliam nas atividades escolares e brincadeiras.
A doença falciforme, também conhecida como anemia falciforme, ocorre com mais frequência nos afrodescendentes, reflexo da imigração imposta dos negros, durante séculos, no Brasil.
O drama dessa enfermidade é que ela se concentra na população de baixa renda.
O "gene falciforme" altera o formato dos glóbulos vermelhos (foto), o que dificulta a passagem dessas células pelos vasos sangüíneos. A redução da circulação sanguínea pode resultar em lesões em diversos órgãos, Acidente Vascular Cerebral (AVC), infecções, úlceras de difícil cicatrização, crises de dores intensas que não cedem com analgésicos usuais, sendo necessário até o uso de morfina.Minas Gerais possui o terceiro maior programa de triagem neonatal do mundo e é modelo para a África.
Atualmente sete profissionais de Gana estão em treinamento no Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico, onde é feito o diagnóstico da doença.
Uma parceria entre a Fundação Hemominas, a Secretaria de Saúde do Estado e a UFMG realiza também um atendimento dos pacientes em todos os hemocentros do interior do Estado.
Assim que o bebê é diagnosticado como portador da anemia falciforme pela triagem neonatal é encaminhado junto com a família para um hemocentro.
Por meio de transfusões de sangue é possível reduzir o número de hemoglobinas anormais no organismo e evitar complicações.
Estimativas apontam que uma em cada 30 pessoas nascidas em Minas é portadora da moléstia, sendo que a Fundação Hemominas acompanha, atualmente, 6.300 pessoas com atendimento pelo Estado.

Estados com maioria negra ainda ignoram 20 de Novembro

S. Paulo - Os três Estados com maior população negra do Brasil – a Bahia (78,8%), na região Nordeste, e Amazonas (78,3%) e Amapá (78%), na região Norte – praticamente ignoram o dia 20 de Novembro – Dia Nacional da Consciência Negra, que lembra a morte de Zumbi dos Palmares, o mitológico líder negro brasileiro declarado herói nacional, com nome inscrito no Panteão da Pátria, em Brasília. Os dados sobre a presença negra (pretos e pardos) na população dos Estados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Cidade africana
Em Salvador, por exemplo, a capital baiana, que tem uma população majoritariamente descendente de africanos, escolhida pelo Governo Federal para as comemorações do 20 de Novembro deste ano, não é feriado municipal.
Na Bahia e no Amazonas em apenas uma cidade o 20 de Novembro foi declarado feriado. Na Bahia, em Itaparica; no Amazonas, o feriado é respeitado na capital, Manaus. No Amapá, em nenhuma cidade a data é lembrada.
Segundo levantamento feito pela Seppir, 435 dos 5.564 municípios brasileiros respeitarão o dia em memória de Zumbi.

Estados
Em três Estados – Rio de Janeiro, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul - o feriado é estadual, ou seja, é respeitado em todos os municípios. No caso do Mato Grosso do Sul, o feriado foi declarado no ano passado e atinge os 77 municípios do Estado.
S. Paulo, que é o Estado com maior população negra do país, em números absolutos – com 12,5 milhões de afro-brasileiros - segundo a Fundação Seade, 97 dos 645 decretaram feriado municipal por iniciativa de suas Câmaras Municipais.
Nos Estados como Piauí, Maranhão e Tocantins, que tem, respectivamente 75,3%, 74,3% e 74,2% de população negra, a data é praticamente ignorada.
No Piauí e no Maranhão, ambos na região Nordeste, em nenhum município é feriado, e no Tocantins, na região Norte, dos 139 municípios, a data é lembrada apenas no município de Miracema de Tocantins, com cerca de 26 mil habitantes, segundo o IBGE, e que foi a primeira capital do Estado até 1.990.

Governo lança Planseq Afro

Brasília - Cerca de 25 mil trabalhadores negros de 15 Estados e mais o Distrito Federal, receberão qualificação profissional por meio do Planseq Afro, que será lançado a partir do dia 20 de Novembro - Dia Nacional da Consciência Negra, numa parceria entre o Ministério do Trabalho e Emprego, do ministro Carlos Lupi (foto) e a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir).
Minas Gerais, rio de Janeiro e Mato Grosso serão os Estados que oferecerão o maior número de vagas para os cursos profissionalizantes, num total de 6.945, 3.860 e 2.940, respectivamente.
As oficinas de ensino profissionalizante abrangem 14 áreas, tais como operador de telemarketing, eletricista, gerente de supermercado, borracheiro, carpinteiro e costureira.
O destaque do Planseq Afro, porém, será o Curso de Cuidador de Pessoas com Doença Falciforme, que prepara mão de obra para cuidar de pessoas com a patologia que atinge predominantemente a população negra.

Cidades terão recursos para aplicar na juventude negra

Brasília - Jovens de 24 cidades brasileiras, nas cinco regiões do país – incluindo capitais como S. Paulo e Recife – estão incluídos nos 24 projetos enviados ao Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), por meio do Projeto Farol – Oportunidade em Ação, promovido pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e Ministério da Justiça.
A relação de projetos foi publicada nesta quarta-feira (04/10) no Diário Oficial da União. No total serão repassados às prefeituras R$ 3,3 milhões, que deverão ser investidos na ampliação do acesso a oportunidades econômicas, sociais, políticas e culturais de jovens entre 15 e 24 anos em situação de conflito com a lei, com baixa escolaridade ou expostos à violência doméstica e urbana.

Alvo
Segundo o Subsecretário de Ações Afirmativas da Seppir, Martvs Chagas (foto), a juventude negra é a principal vítima da violência urbana. "Está nos dois campos: o de quem sofre e o de quem pratica.
O estereótipo confirmado pelas estatísticas é o de que o jovem negro é aquele que tanto mata quanto morre", afirma Martvs, acrescentando que o fato de se nascer negro no Brasil significa a redução em 20% da expectativa de vida.
Indíce de Homicídios na Adolescencia (IHA) divulgado recentemente pelo Governo revela que um jovem negro na faixa entre 12 e 19 anos tem 2,6 mais chances de ser assassinado do que um não negro.


Todas as regiões
O Projeto atinge todas as regiões do país, sendo que a sudeste ficou com 67% dos projetos aprovados – 48% dos quais só em S. Paulo. Entre os municípios paulistas contemplados estão Guarulhos, São Paulo, Santo André, Campinas e Taboão da Serra.
A região Nordeste é a segunda em propostas aprovadas (16%), seguida pelas regiões Sul (13%), e pelas regiões Norte e o Centro-Oeste, ambos com 2% dos projetos.
O Pronasci está presente em 13 estados e no Distrito Federal. De acordo com o subsecretário de Ações Afirmativas da Presidência da República, do total de 40 milhões de jovens atendidos pelo programa, 51% são negros e índios.
Martvs disse que a meta é estimular nos estados e municípios a elaboração de planos de ação para reduzir homicídios, o uso de drogas e casos de gravidez precoce entre adolescentes.
O programa ainda não tem data ainda para ser implementado, mas terá um ano de duração. Técnicos do Ministério da Justiça e da Seppir vão monitorar as ações.
Se a proposta inicial for "bem-sucedida", Martvs disse que poderão ser expandidas, inclusive, com a ampliação dos recursos destinados ao projeto.