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Cachoeira do Sul, Rs, Brazil
Fundada em 19 de Junho de 2000, com objetivo de pesquisar, resgatar e incentivar a cultura e os costumes da raça negra através de atividades recreativas,desportivas e filantrópicas no seio no seu quadro social da comunidade em geral, trabalhar pela ascensão social, econômica e politica da etnia negra, no Municipio, Estado e no Pais.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Balanço Positivo

O Relatório de Ações Desenvolvidas pela Coordenação neste semestre que em breve será divulgado, demonstra que, entre erros e acertos, o saldo foi favorável e os desafios serão maiores para o ano de 2010.


No dia 21 de dezembro passado estivemos - Coordenação de Políticas para a População Negra e Indígena, Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra, e o Centro de Direitos Humanos da Academia da Polícia Civil do Estado de São Paulo - na cidade de Ribeirão Preto, para nos solidarizarmos com a vítima e a comunidade local, frente ao caso de racismo ocorrido, no qual três jovens de forma inconseqüente, agrediram um senhor negro.
Fomos contribuir para o esclarecimento sobre os aspectos específicos da Lei nº 7.716/89, pois a expectativa era que o caso fosse tratado como racismo, mas em um segundo momento foi tipificado como "injúria", e as pessoas indiciadas como agressores foram liberadas.

Fomos também parabenizar as autoridades locais, por exercitarem o que se espera do poder público, a coragem em cumprir com o seu dever institucional, e não terem se furtado frente aqueles que insistem em se colocar como detentores de pessoas, se julgam superiores e detentores dos poderes e, principalmente, crêem que na força, na intimidação, e na transgressão poderão encobrir as falhas, as violências, os atos de intolerância e subordinar o "poder local", que, de forma justa e equilibrada agiu em prol da garantia do Estado de direito, do direito ao exercício pleno de todos os cidadãos, e o respeito as liberdades individuais.

E, saudar a imprensa local que não se furtou em denunciar os fatos e repudiar de forma enfática este tipo de ocorrência.

A sociedade ribeirãopretense quer se pronunciar contra este tipo de fato, e exigiu a punição dos agressores, pois constatamos quando da audiência promovida pelos parlamentares locais, a presença de inúmeras lideranças que estabeleceram uma interlocução coerente e consistente para a firmação de políticas de promoção da igualdade racial, na cidade, transformando-a em pólo irradiador do convívio pacífico entre diferentes.

Em relação à vítima de racismo, conversamos ao telefone e emprestamos a solidariedade do Governo do Estado e colocamo-nos a disposição. Este, felizmente, já havia sido acolhida pelo movimento negro local, e então restou-nos a tarefa de documentar a Delegacia de Crimes Raciais e de Intolerância - DECRADI, para o pleno acompanhamento do caso.

Em uma leitura menos atenta poderíamos dizer que os casos de discriminação étnico-racial/ injúria e racismo estão aumentando, mas, salvo melhor juízo, podem significar a coragem da reação destes agrupamentos historicamente alijados dos bens sociais e das oportunidades, e que até recentemente, não acreditavam que o ato de denunciar poderia alterar as relações de poder e garantir os direitos fundamentais de todos os cidadãos, e que as referidas denúncias poderiam ficar adormecidos, hoje, estão conscientes que somente a partir da justa exigência de seus direitos, e punição aos discriminadores, é que dê fato poderemos conceber uma sociedade justa, plural e democrática.

A população negra não está mais omissa frente aos acontecimentos de violência, estão encontrando aliados para se fortalecer na busca de seus direitos, exigindo do poder público instituído o resgate de sua auto-estima, e punição aos culpados. Estas ocorrências podem ainda significar a presença do Estado na acolha destas denúncias, se antes havia um descrédito, que a busca do poder público, os atos de denuncia, os fatos estavam fadados a serem esquecidos em alguma gaveta institucional, portanto, esquecidos em sua humanidade, hoje a consolidação do Estado de direito está na capacidade deste mesmo Estado, em responder bravamente a favor dos grupos humanos violados em seus direitos fundamentais.

Que se há um movimento na sociedade, os agentes públicos também vêm acompanhando as mudanças reivindicadas pela sociedade civil, e conscientes de sua função de guardiães do bem social, além de contar com alguns servidores que imbuídos do espírito de agentes transformadores das relações humanas e promotor de uma nova socialização, compreendem e aceitam este papel histórico, acolhem os anseios dos injustiçados, e respaldados na legislação, encontram o amparo necessário para o exercício pleno de sua função institucional.

Infelizmente, este caso de uma dona de casa na cidade de Cubatão, em uma rede de supermercados, nos remete ao caso do Sr. Januário, aos casos de racismo nos meios eletrônicos, das discriminações continuadas contra as religiões de matriz africana e afro-brasileira, e de tantos outros que no anonimato da cena, no constrangimento, na sua auto-estima rebaixada, se angustiam, deprimem e se recolhem na vergonha da honra, ou ainda estes casos podem ser considerados como os alavancadores da consolidação de um cenário de iguais, os mártires destes novos tempos de direito.

De direito a vida, do exercício da cidadania e da tolerância e que quiçá possam ser diminuídos na medida que avançarem as ações de promoção de uma sociedade de iguais.

São casos como estes que deverão ser objeto de nossas ações, não bastando cursos continuados para compreensão dos nexos históricos da realidade deste país, a existência de leis punitivas, deverá também, a sociedade assumir de assalto à luta pelos seus direitos, e nós agentes públicos imbuídos da missão de construtores de uma ordem que preserve os valores e direitos humanos - que é o respeito e a garantia de direitos, nos pronunciarmos através de ações concretas que qualifiquem a ação do Estado como agente de mudança, amparados na legislação e na coragem vital de fazer um mundo melhor para todos e oportunizar a garantia dos direitos.

Está no enfrentamento ao racismo institucional, no fortalecimento dos atores estratégicos, na proteção e promoção dos direitos humanos a real possibilidade de mudanças históricas, e que somente a partir de ações que examinem as construções e lógicas institucionais, que desconstruam o olhar entre o sujeito suspeito e a atitude suspeita, que desmistifique a democracia racial, desnaturalize o racismo subjetivo e puna o objetivo é que poderemos avançar para a conciliação entre o passado e o futuro de gerações que se constituem como agentes históricos merecedores do status de cidadãos plenos.

 Fonte: Roseli de Oliveira
É Coordenadora da Coordenação de Políticas para a População Negra e Indígena de S. Paulo.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Centrais se articulam para a defesa das cotas para negros

S. Paulo - Dirigentes das principais centrais sindicais brasileiras, reunidos na tarde desta terça-feira (15/12), na sede do Secretariado Nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), na Rua Formosa, centro de S. Paulo, decidiram assumir a defesa das ações afirmativas e cotas para a população negra e intervir como Amicus Curiae (Amigos da Corte) na Ação Direta de Inconstitucionalidade que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

A ação foi movida pelo Partido Democratas (DEM) e tem como alvo a adoção da política de cotas para negros na Universidade de Brasília (UnB). A posição do STF, que até o momento não se manifestou sobre o tema, é aguardada com ansiedade, pois poderá afetar toda a política de ações afirmativas no país.
Cerca de 90 instituições públicas já adotaram cotas para negros e indígenas. O mesmo ocorreu com empresas como a Camisarias Colombo e a Kalunga, por força de acordo coletivo assinado com o Sindicato dos Comerciários de S. Paulo.
O Amicus Curiae é um instrumento processual que permitirá aos dirigentes fazer a defesa dessas posições no plenário do STF.
Na reunião desta terça-feira, apenas duas centrais não compareceram - a Nova Central e a Força Sindical – porém, a ausência, segundo o Ouvidor da Seppir, advogado Humberto Adami, e dirigentes sindicais presentes, não significa desacordo, uma vez que as duas centrais estiveram, na semana passada com o ministro Edson Santos e se comprometeram com a defesa das cotas.

Reunião histórica

Segundo Adami, que veio de Brasília representando o ministro, a proposta é que todos os presidentes das centrais se posicionem publicamente e intervenham também na audiência, marcada para março de 2010 convocada pelo ministro do STF, Ricardo Levandowski, para discutir o assunto.
“Essa reunião tem uma importância histórica porque foi a primeira vez que dirigentes sindicais de diferentes posições políticas e ideológicas, chegaram a um consenso no sentido de fazer a defesa de políticas de cotas e ações afirmativas para trabalhadores negros”, afirmou.
Cleonice Caetano, presidente do Instituto Sindical Interamericano pela Igualdade Racial (Inspir), também destacou o fato de ter sido essa a primeira vez que as centrais constroem um consenso em torno do tema.

Bandeira comum

O Secretário Nacional da Secretaria da Diversidade da UGT, Magno Lavigne, disse que só a mobilização e a unidade propostas pelas centrais poderão garantir que não haja retrocesso nos avanços conquistados. “Hoje essa é uma bandeira que não é só nossa, da UGT, mas de todos os trabalhadores. Precisamos defender a manutenção da política de cotas, contra o a ação do DEM no STF, do contrário corremos o risco de perder os pequenos avanços que conseguimos. O que precisamos é ampliar os avanços conquistados para os trabalhadores negros. Essa posição não é apenas nossa, mas de todo o movimento social e sindical”, afirmou.
A Secretaria Nacional de Combate ao Racismo da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Valmira Luzia, disse que a reunião serviu para que o movimento sindical se unifique em torno da manutenção das cotas. O assessor jurídico da CTB, Hudson Marcelo da Silva, afirmou que, embora o tema não esteja na pauta do dia “já passou da hora de se tornar um tema central”.
Hakon Jacino, que participou da reunião em nome da CUT, representando a Secretaria Nacional de Combate ao Racismo, Maria Júlia Nogueira, destacou a importância da participação das centrais no Amicus Curiae e na audiência já convocada pelo ministro do STF, Ricardo Levandowski, marcada para março de 2010.
Também o diretor de gênero e Raça da CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil – João Batista, destacou o fato de que essa é a primeira vez que se constrói consenso nas centrais sobre o tema. “Foi muito bom. Um passo muito importante que estamos dando dentro do Movimento sindical”, acrescentou.

Gaúchos querem maior presença negra

Porto Alegre - O Centro de Apoio Operacional de Direitos Humanos do Ministério Público do Rio Grande do Sul entregou nesta quarta-feira (17/12), ao advogado Humberto Adami (foto) Ouvidor da Seppir, o projeto de um curso visando estimular a presença de afrodescendentes no MP gaúcho e nas demais carreiras jurídicas.

Há apenas um único negro ocupando os quadros do MP do Rio Grande do Sul, estado de maioria branca de origem alemã e italiana - por ter sido o principal destino da onda de imigrantes no final do século XIX e início do século XX – mas que conta com 15% a 16% de negros.
o projeto foi entregue pelo coordenador do Centro, promotor Francesco Conti. Conti pretende que o Centro de Apoio dos Direitos Humanos incorpore recorte racial nas suas atividades e cursos, em articulação com o governo e sociedade civil, porque entende ser essa a forma de promover a inclusão. Uma das formas de se fazer isso, defende, é a aplicação da Lei 10.639/2003, que obriga a inclusão da disciplina História da África e Cultura Afro-Brasileira nas escolas de ensino fundamental e médio, das redes oficial e particular.

Passo importante

A entrega do projeto foi feita na sede do MP gaúchio, na Rua Aureliano de Figueiredo Pinto, centro de Porto Alegre, na presença de promotores, advogados e lideranças negras do Estado.
Segundo o advogado Jorge Floriano, assessor do Centro de Apoio “a reunião foi um passo importante para a consolidação do projeto”. “A presença da Seppir, por intermédio do Ouvidor Adami, serviu para dar visibilidade nacional à proposta”, afirmou Floriano.

Com a OAB
Ainda em Porto Alegre, Adami, que esta semana fez um giro pelo país representando o ministro Edson Santos (esteve em Aracaju, São Paulo e Porto Alegre), reuniu-se com o presidente da Ordem dos Advogados gaúchos, Cláudio Lamachia.
Lamachia garantiu que o Programa “OAB vai a Escola” passará a incorporar advogados negros nas suas atividades e se comprometeu a realizar um Seminário, em março para tratar de questões ligadas à igualdade racial.
“A inclusão racial é um assunto que, certamente, merece não somente a atenção da Ordem gaúcha como de toda a sociedade e, por isso, não mediremos esforços para este tema seja devidamente abordado em um seminário”, afirmou.
Para o coordenador da Comissão, Ricardo Breier, que participou da reunião, é também uma função da Ordem gaúcha trazer à tona a discussão sobre temas que envolvam, por exemplo, as minorias sociais e questões ligadas à exclusão racial, especificamente.
“Neste sentido, teremos a honra de sediarmos este encontro que tratará sobre uma realidade que, infelizmente, muito nos entristece e exatamente por isso deve ser evidenciada”, destaca.
No encontro de Adami com a OAB também participou o procurador Jorge Terra, o único procurador negro do Estado, que apresentou o projeto de um curso preparatório para carreiras jurídicas com o objetivo de elevar o número de profissionais afro-descendentes na administração pública.
“Tenho poucos colegas em minha profissão e isto me motivou a criar o projeto deste curso, que seria específico para a carreira jurídica”, explica. Uma reunião preparatória para o evento será realizada na sede da OAB/RS no dia 22 de dezembro.
Também participaram do encontro, nesta quarta-feira (16), o vice-presidente da OAB/RS, Jorge Fernando Estevão Maciel; a secretária-geral, Sulamita Santos Cabral; o presidente da CAA/RS, Arnaldo Guimarães; o assessor do Centro Operacional de Direitos Humanos do MPE, Jorge Floriano, advogados, estudantes de Direito e representantes de entidades.

MP do Trabalho instaura procedimento contra a empresa Gol

Aracaju/SE - O Ministério Público Federal do Trabalho, por meio da Procuradoria Regional da 20ª Região, em Aracaju, instaurou procedimento preparatório de investigação para apurar a posição da empresa Gol Transportes Aéreos Ltda., no caso da agressão racista praticada pela médica Ana Flávia Pinto contra o supervisor da companhia, Diego José Gonzaga, em outubro passado.

O Procurador Mário Luiz Vieira da Cruz - cuja intervenção foi pedida pela Ouvidoria da Seppir - já marcou audiência para esta quarta-feira (16/12), e deu a Gol prazo de 10 dias para que informe o endereço do funcionário vítima da agressão.
Audiência Pública
A abertura do procedimento foi anunciada nesta segunda-feira (14/12) em audiência pública, no Auditório da Secretaria da Inclusão Social, no Bairro São José, e que contou com a presença do ouvidor da Seppir, advogado Humberto Adami.
Além de Adami, a audiência contou com a presença da delegada Georlize Teles, coordenadora do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), da Secretaria de Segurança de Sergipe, e do coordenador de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial do Governo do Estado, Pedro Neto.
A delegada Georlize anunciou que já está concluindo o inquérito que deverá indiciar a médica por crimes previstos na Lei 7.716/89.

Descontrole e agressão

A agressão aconteceu no momento em que Ana Flávio Pinto foi impedida de seguir viagem para Buenos Aires, por ter chegado atrasada ao embarque. Recém-casada, ela chegou ao aeroporto, acompanhada do marido, quando o avião ainda estava no páteo, mas já com portas fechadas para a decolagem.
Descontrolada invadiu o balcão do check-in e passou a xingar os funcionários, dizendo “serem um bando de analfabetos, mortos de morto sem dinheiro nem para comprar feijão" e arrematou dirigindo agressões de natureza racial contra Diego. "Esse nego", disse aos gritos em tom ofensivo e depreciativo.
"Expliquei que eles seriam encaixados para embarcar no voo da tarde, mas ela queria embarcar naquele voo, mas não adiantou", contou Gonzaga.
O vídeo mostrando o descontrole e as agressões acabou indo parar no Youtube e já tem mais de 100 mil acessos. Segundo a delegada Georlize, o vídeo será usado como prova. "Todas as provas são fundamentais, mas o vídeo é uma boa prova. Acredito que a perícia não será necessária", informou Georlize. A previsão é que o inquérito policial seja concluído em um prazo mínimo de 30 dias.
O advogado da médica, Emanuel Cacho, disse que a médica estava emocionalmente estressada e perdeu o controle o controle ao saber que não poderia passar a noite de lua de mel em Buenos Aires, conforme programara. “Ela pede desculpas as pessoas e a sociedade pelo que ocorreu”, disse Cacho.

Auxiliar negro é atacado por estudantes

Ribeirão Preto/SP - O auxiliar de produção Geraldo Garcia, 55 anos (foto), foi atacado na manhã deste sábado (12/12) pelos estudantes de Medicina Abrahão Afiune Júnior, 19 anos, Emílio Pechulo Ederson, 20 anos, e Felipe Grion Trevisani, de 21 anos, que o chamaram de “negro”, enquanto o espancavam.

Garcia estava numa bicicleta e transitava pela Avenida Doutor Francisco Junqueira, em Ribeirão Preto. “"Eu estava indo trabalhar e de repente ouvi eles gritando ‘ô seu negro, ô seu negro’ e senti algo em minhas costas", afirmou.
O auxiliar de produção sofreu pequenas escoriações nas mãos ao ser derrubado da bicicleta. "Isso nunca me aconteceu, estou triste, frustrado. Eu não perturbo ninguém, não fiz nada com ninguém, estava indo trabalhar, isso é o fim do mundo", desabafou

Em flagrante

Os agressores foram presos sob acusação de injúria e discriminação racial, depois que testemunhas chamaram a Polícia. O delegado Mauro Coraucci disse que a agressão foi seguida de ofensa e ficou caracterizada também injúria e discriminação racial. “Ao desferir a pancada o chamaram de negro, o que já evidencia o racismo”, afirmou a autoridade.
A prisão em flagrante dos três agressores só ocorreu porque o motorista Adilson Castro de Morais, de 31 anos, e outros seguranças que estavam no posto em frente ao local da agressão, conseguiram alcançá-los na Avenida 9 de Julho, parando o veículo. "Nós fomos atrás deles e conseguimos fechar o carro. Depois, seguramos os meninos e chamamos a polícia", contou Morais.

Calendário Afro

DEZEMBRO


02 - Dia Nacional do Samba
02 - Nascimento de mestre Didi, em Salvador, BA
02 - Nascimento de Francisco de Paula Brito, primeiro editor brasileiro, em Magé, RJ / 1809
05 - A Constituição proíbe negros e leprosos de frequentar escolas no Brasil / 1824
08 - Dia de Oxum
10 - Comemoração da Declaração Universal dos Direitos Humanos
12 - Independência do Quênia / 1963
20 - A lei 7437 condena o tratamento discriminatório no mercado de trabalho, por motivo de raça ou de cor
29 - Nascimento, no Senegal, do Cheik Anta Diop, autor de um trabalho de revisão da história africana

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Revista África e Africanidades

A Revista África e Africanidades, periódico on-line com publicação trimestral (ISBN 1983-2354) recebe até o proximo dia 10 de janeiro artigos, resenhas, relatórios de pesquisa para avaliação e publicação em sua 8ª Edição (fevereiro/ 2010).

Tendo como missão a divulgação de estudos relativos às temáticas africanas, afro-brasileiras e afro-latinas e o subsídio de práticas pedagógicas e formação continuada de professores da educação básica a Revista África e Africanidades tem como principais linhas de estudo: Estudos africanos: pesquisa e divulgação. A cultura afro-brasileira em seus diversos desdobramentos; Literatura, mito e memória; Educação, formação de professores e relações étnico-raciais;
Desenvolvimento econômico social e discriminação; Corpo, gênero e sexualidade; Teoria social e estudos raciais;
Questões negras na educação; Comunicação, mídia e representações: produção, sentidos e veiculação da imagem do negro; Os movimentos sociais negros brasileiros: do pós-abolição à contemporaneidade; Relações raciais em discursos midiáticos e literários; Trajetórias e estratégias de ascensão social de afro-descendentes; Territórios e o patrimônio material e imaterial; Territórios, religiões e culturas negras; A África na sala de aula: questionamentos e estratégias; A literatura africana para jovens e crianças; Ritmos da Identidade: música, territorialidade e corporalidade
Literatura, história e artes: entrelaçamentos possíveis; Estudos de narrativa: tendências contemporâneas; Afrodescendências e africanidades nas artes no Brasil;Direitos Humanos e população negra; O comparativismo literário: interdisciplinaridade e hibridismo; Tradições orais; Religiosidade; Juventude e identidades; Luta e resistência em espaços urbanos e rurais; Saúde da população negra; Preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural; Políticas de ação afirmativas no Brasil e no exterior: avaliações e perspectivas; Participação e representação política; Identidades e trajetórias socais; Educação: mudanças, desafios e novas perspectivas; Mercado de trabalho; Racismo institucional.

Veja as normas para envio de trabalhos em www.africaeafricanidades.com/normas


Cabe ressaltar que todos os trabalhos publicados em nosso periódico passam a participar da seleção para composição da Coletânea Cadernos África e Africanidades, versão impressa organizada por temáticas diversas, atualmente distribuída em 7 volumes, a saber:

Cadernos África e Africanidades 1: Literaturas Africanas e Afro-Brasileiras;

Cadernos África e Africanidades 2: Mulheres Negras;

Cadernos África e Africanidades 3: Memória, Tradição e Oralidade;

Cadernos África e Africanidades 4: Educação e Relações Étnicorraciais;

Cadernos África e Africanidades 5: História

Cadernos África e Africanidades 6: Religiosidade, Identidade e Resistência

Cadernos África e Africanidades 7: Política Educacional

Os volumes acima podem ser adquiridos em nossa livraria virtual - www.africaeafricanidades.com/livraria1

Conheça mais o nosso trabalho em www.africaeafricanidades.com

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Nágila Oliveira dos Santos
Diretora / Editora

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

FERTILIZANDO O ORÍ


Dia Nacional do Samba

Samba, a gente não perde o prazer de cantar

E fazem de tudo pra silenciar
A batucada dos nossos tantãs
No seu ecoar, o samba se refez
Seu canto se faz reluzir
Podemos sorrir outra vez
Samba, eterno delírio do compositor
Que nasce da alma, sem pele, sem cor
Com simplicidade, não sendo vulgar
Fazendo da nossa alegria, seu habitat natural
O samba floresce do fundo do nosso quintal
Este samba é pra você
Que vive a falar, a criticar
Querendo esnobar, querendo acabar
Com a nossa cultura popular
É bonito de se ver
O samba correr, pro lado de lá
Fronteira não há, pra nos impedir
Você não samba, mas tem que aplaudir

Dia Nacional do SAMBA

RODA DE SAMBA COM JANTAR
DIA 04 DEZEMBRO
HORARIO: 21H
LOCAL: CAIÇARA PISCINA TÊNIS CLUBE 
CARDÁPIO:  GALETO, ARROZ, SALADAS DIVERSA
VALOR: R$ 7,00
RESERVAS PELOS FONES 97674153 , 99954957 OU 84621640
PROMOÇÃO: CLUBE CULTURAL BENEFICENTE UNIÃO INDEPENDENTE 

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Homenagem ao Ex-Vereador Nicolau Barbosa

A homenagem a Semana da Consciencia Negra de Cachoeira do Sul, este ano diferente do que acontece todos os anos foi feita  ao  centenario de JOSE NICOLAU BARBOZA na sexta dia 27, teve samba e apresentação de danças. A iniciativa da homenagem foi feita de forma conjunta com o presidente da Associação Cachoeirense da Cultura Afro-brasileira, Luciano Ramos e o ver. Luciano Figueiró proponente da Sessão Solene. José Nicolau foi o vereador com maior número de mandatos em Cachoeira, num total de seis, sendo também o responsável pela construção do hospital da Liga.
O presidente atual do Legislativo, ver. Luciano Figueiró acrescenta que além da homenagem, ficará afixada uma placa com o nome do ex-vereador Nicolau e sua história no prédio da Câmara. As Sessões Solenes são transmitidas via internet pelas rádio e tv Câmara.

JOSÉ NICOLAU BARBOSA

Nascimento: 6 de dezembro de 1909 ,Fazenda do Cedro, propriedade de Leandro  Barbosa, localizada na margem direita do Jacuí e na margem esquerda do Arroio São  Nicolau.
Falecimento: Cachoeira do Sul, 24 de maio de 1988.
filiação: Apolinária Barbosa e Eloy da Silva Lisboa.
Considerava Leandro Ferreira Barbosa, proprietário  da fazenda onde nasceu, seu pai adotivo. 
Casamento: Aurora Gomes, 5 de fevereiro de 1936.
Filhos: Maria de Lourdes, Alfeu José, Edson, Maria Tereza,
Luiz Fernando,Venceslina, João Carlos da Silva e o  filho adotivo Pedro dos Santos Nogueira.
Profissão: Pintor de paredes dos 12 aos 23 anos.
Funcionário da Receita Federal de Cachoeira de  1945 a 1976, aposentando-se como agente de
portaria classe C.

Títulos e Distinções:
1955 - Benfeitor da Igreja Matriz de Santo Antônio
1963 – Sócio Benemérito da Sociedade Floresta   Aurora, Porto Alegre título de Benfeitor da Fundação Vale do Jacuí
1967 - Destaque especial pelo Jornal do Povo
1977 - Homenagem das Bancadas da ARENA e MDB   pelos 25 anos de vereança
1979 - Troféu Viver para Servir, da Sociedade de   Senhoras Metodistas
1983 - Benfeitor da Escola Padre Abílio Sponchiado
1984 - Portaria da Prefeitura Municipal para integrar a   Comissão de Honra do Sesquicentenário da
Revolução Farroupilha
1990 - Denominação patronímica de via pública no   bairro Soares
1994- Inauguração de busto em sua homenagem junto   ao Hospital da Liga Operária

Outras Atividades:
*Fundador, em 1937 juntamente com o primo João Luiz Barbosa e amigos, da Sociedade Carnavalesca Cordão de Ouro, sendo seu primeiro presidente. Esta sociedade abrilhantou os carnavais cachoeirenses, e foi campeã do carnaval da Vitória em comemoração ao fim da segunda Guerra Mundial.
*Fundador juntamente com os amigos Baltazar Machado e Livindo José da Silva, da Sociedade Espírita Caminho da Salvação, sendo seu primeiro presidente, em 1938.
*Membro da Ordem Maçônica, como obreiro da Augusta Loja Liberdade, onde foi orador por diversos anos.
*Fundador e presidente, em 1939, do Esporte Clube Cruzeiro, de futebol amador.
*Músico na Banda Musical Estrela Cachoeirense, do Maestro Miguel Iponema, em 1941, tocando bombardino.
*Presidente da Liga Operária Cachoeirense, em 1945.
*Presidente do Clube União Independente, em 1963, tornando-a uma das mais conceituadas sociedades negras do Estado.
*Presidente da Sociedade Recreativa 13 de maio.
*Vereador em Cachoeira, por mais de 30 anos, da 3ª Legislatura (1955/59) a 9ª Legislatura (1983/88).
*Vereador pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), em 1955, ingressando mais tarde no MDB, hoje PMDB.
* Presidente da Câmara Municipal de Vereadores em 1984, sendo o primeiro vereador da bancada do PMDB a chegar presidência do Legislativo, dedicando seu trabalho à classe operária.

José Nicolau Barbosa
– um operário acima de tudo –
O “Major”, apelido com o qual gostava de ser chamado entre os amigos, tinha 78 anos quando faleceu e sempre se identificou como um operário.
Sempre trabalhou para classe operária, tanto que foi presidente da Liga Beneficente Operária Cachoeirense por 41 anos.
A sede atual da Liga foi inaugurada em 1º de maio de 1955, na Rua Saldanha Marinho, nº 188.
m 1º de maio de 1961, houve o lançamento da pedra fundamental do Hospital da Liga Beneficente Operária Cachoeirense, na Rua Milan Krás, na Vila Barcelos.
O Hospital da Liga Beneficente Operária foi a marca comunitária do trabalho de José Nicolau Barbosa, ele se dedicou para sua construção, obtendo sempre o reconhecimento dos amigos pela obra na qual se empenhava com toda dedicação.
Em 1994 houve a inauguração de um busto em sua homenagem, no hall de entrada do Hospital da Liga.
Além desta graciosa obra, o vereador participou da fundação e de diretorias de muitas entidades, todas ligadas aos operários, como clubes de futebol e sociedades carnavalescas.
Sua simplicidade e seriedade em tudo que fazia eram a marca registrada deste Líder Operário.