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Cachoeira do Sul, Rs, Brazil
Fundada em 19 de Junho de 2000, com objetivo de pesquisar, resgatar e incentivar a cultura e os costumes da raça negra através de atividades recreativas,desportivas e filantrópicas no seio no seu quadro social da comunidade em geral, trabalhar pela ascensão social, econômica e politica da etnia negra, no Municipio, Estado e no Pais.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

BELEZA NEGRA DAS ESCOLAS MUNICIPAIS






As mais belas negras da escolas municipais foram conhecidas na tarde de sábado em festa na Escola Municipal Dora Abreu. Na categoria juvenil a eleita foi Sirlei Lopes da Cruz, representante da Escola Dora Abreu. Na infanto-juvenil, a escolhida foi Virgínia Ferreira Lopes, da Escola Dora. Na mirim a eleita foi Tatiele Regina Ferreira Lopes, também da Escola Dora. A pequena Aline do Rosário Rodrigues, representou a Escola Dinah Néri, e foi escolhida na categoria belezinha. A escolha integrou o calendário da 19ª Semana da Consciência Negra da escola.
O concurso começou na quinta-feira, com a aplicação das provas teóricas, artísticas, dança e culturais, onde as meninas tiveram que apresentar a comissão julgadora seus conhecimentos sobre a cultura afro. Além da faixa, as eleitas receberam brindes da escola. As nove meninas que concorreram foram eleitas. A tarde de sábado teve também apresentações artísticas afro, grupos de pagode e concurso de penteado e prato afro. ( fonte JP edição de 26/11)

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

OPINIÃO !


"20 de Novembro data de relembrar a luta que nosso Rei Zumbi enfrentou até a morte, mostrar para todos que nossa luta não acabou, que cada dia que passa ainda enfrentamos o racismo, mesmo que seja camuflado, temos que provar a cada minuto que ser negro é valorizar nossas origens e resgatar o valor de nossa cultura afro."


Um abraço a todos, axé


Lisiane Diniz, 1ª Beleza Negra de Cachoeira do Sul 2007 e 2ª Colocada no Musa do Samba Rs 2007

SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA


NEGROS QUEREM SEU LUGAR NA COMUNIDADE

Câmara aplaude negros destaques de 2007, os históricos carnavalescos Elusa Alves e Aracy Leite


A Câmara Municipal de Vereadores de Cachoeira do Sul prestou na noite de ontem uma homenagem a Elusa Alves e Aracy Leite, fundadores da Associação Cachoeirense de Cultura Afro-brasileira (Acca) e personalidades carnavalescas de Cachoeira do Sul, pela passagem do Dia da Consciência Negra. Com apresentação do grupo Olorum, da Escola Liberato Salzano Vieira da Cunha, e do filho de Aracy, André Leite, a data serviu para que as lideranças negras se reunissem e se abraçassem no Dia de Zumbi, que marca a Semana da Consciência Negra no Brasil.
A homenagem pela data reaqueceu um debate cada vez mais presente no cotidiano de Cachoeira: por que mais negros não ocupam lugar de destaque na sociedade cachoeirense? Para o advogado e ex-procurador jurídico do Município João Edgar da Silva Filho, Cachoeira do Sul é comandada por uma sociedade rica e elitizada que, em sua maioria, é branca. A falta de negros com cargos importantes na cidade decorre diretamente da situação econômica dos cidadãos negros, entende João Edgar. “Existe uma dificuldade natural, falta de apoio e de instrução, situação colaborada pelas entidades que não possuem recursos para incentivar os movimentos negros”, completa.
No entanto, o advogado nota uma sensível melhora na auto-estima dos próprios negros em busca de suas oportunidades. “Tudo passa pela consciência de se valorizar a raça negra, e isso deve iniciar na família”, aponta o advogado, citando os filhos, Henrique e Iole, como o maior orgulho de sua vida por dedicarem-se aos estudos e estarem inserindo-se ativamente na sociedade.
DISCRIMINAÇÃO - O administrador do parque industrial da Celetro, Ely Antônio Teixeira Duarte, aponta a discriminação como um fator que ainda precisa ser superado no mundo inteiro. “Apesar de nunca ter sofrido nenhum tipo de discriminação, até mesmo freqüentando espaços onde há somente cidadãos da raça branca, não posso fechar os olhos para uma situação que é claramente vista no contexto mundial”, ressaltou. Conhecido pelos amigos como Martelo, ele revela ter entrado no assunto há poucos dias. “Discutíamos que às vezes o próprio negro sente dificuldade de se impor e conquistar o seu espaço. Porém não podemos utilizar a discriminação como desculpa. Os negros não podem se acomodar, precisam mostrar suas potencialidades”, indicou Teixeira.
A jovem Joice Beatriz dos Santos, 22 anos, segunda-princesa negra do Rio Grande do Sul e acadêmica de Educação Física, confirma o fator discriminação, apontando já ter sofrido isto diretamente quando era estudante. Para Joice, a Globo está retratando na novela Duas Caras a realidade de como os negros são vistos no Brasil, como domésticos e favelados. Para Joice, o caminho para mudar essa visão passa pela educação. “Por isso sou a favor das cotas, afinal sei que em alguma altura da minha vida vou sofrer com a discriminação”, apontou, acrescentando ainda que ao participar de um movimento negro foi discriminada por sua pele ser mais clara. “Infelizmente, o problema existe nos dois lados”, reclamou. Joice acredita que os movimentos e associações de defesa da cultura negra deveriam ser menos divergentes e lutar por um objetivo único para serem reconhecidos perante a sociedade.



Os homenageados na Câmara
Elusa Alves, 70 anos> Além de fundadora da Acca, Elusa Alves também ajudou a formar a Escola de Samba Unidos da Vila, entidade hexacampeã do Carnaval cachoeirense. Atualmente, Elusa preside a Unidos da Vila. Elusa foi diretora da Liga Operária Cachoeirense e presidenta da Liga Carnavalesca Cachoeirense de 2005 a 2006. Foi idealizadora do I Seminário Municipal da Etnia Negra, em 2006, que contou com palestras e exposição de fotos, fantasias e troféus alusivos à cultura negra. No aniversário de 19 anos da Unidos da Vila, em março deste ano, Elusa comandou uma série de atividades despertando a valorização do negro na sociedade.
Aracy Leite, 71 anos> Também fundador da Acca, Aracy iniciou no meio carnavalesco aos 12 anos, no bloco já extinto Os Filhos do Dragão, mesma idade em que começou a trabalhar. É fundador do Clube União Independente, da Escola Artilheiros do Samba, Clube dos Subtenentes e Sargentos e Acca. Campeão por sete anos consecutivos, Aracy vê com tristeza o Carnaval nos dias atuais. “O Carnaval está sepultado em Cachoeira do Sul após um incidente de anos atrás. Para que ele volte a ser exemplo como em outras décadas, é necessário que apareça alguém com muita força e boa vontade, disposto a desempenhar um trabalho com seriedade. Com organização para buscar apoio e verba o Carnaval de Cachoeira pode ressurgir das cinzas”, declarou.
(materia do jornal povo , edição de 21/11/07 http://www.jornaldopovo.com.br/ )

domingo, 18 de novembro de 2007

CALENDARIO SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

A ACCA participa e realiza de 19 a 25 de Novembro a Semana da Consciência Negra com a seguinte programação:

Dia 19/11 - 19 hs Reunião da Diretoria com Bate Papo Cultural
20 h Participação na atividade da EE Marieta , no Bairro Promorar roda de pagode.

Dia 20/11 - Descerramento da Galeria de Fotos dos Ex Presidentes da ACCA, local sede

Dia 21/11 - Palestra sobre Consciência Negra , local CIEP no Bairro Funcap 19:30 h Comunidade e 20:30 h Alunos da Escola

Dia 22/11- Participação na escolha dos Mais Belos Negros das escolas municipais, local escola Municipal Dora Abreu as 15 h

Dia 23/11 - Homenagem ao atual Presidente da ACCA na escola municipal Mario Godoy Ilha na Volta da Charqueada as 19h
20:30 h Palestra com Babalorixa Cleiton de Iemanja local sede

Dia 24/11 - Excursão a Encruzilhada do Sul para prestigiar atividade da ASSECAB( Associação Encruzilhadense da Cultura Afro Brasileira) recem fundada, na oportunidade a ACCA se fará presente com duas equipes de futsal uma masculina e outra feminina.

Dia 25/11 - Escolha dos Mais Belos Negros de Cachoeira do Sul, categorias infantil, infanto juvenil e juvenil inicio as 14h , local sede junto ao Circulo Operario Cachoeirense.

20 DE NOVEMBRO, LUTAR POR IGUALDADE E COMBATER O RACISMO

Já se vão 312 anos da morte de Zumbi dos Palmares, o primeiro herói brasileiro. Quilombo era o nome das localidades, geralmente de difícil acesso naquela época, que os escravos procuravam refugio na esperança de uma vida livre da escravidão. O quilombo dos Palmares, localizado na Serra da Barriga (atual estado de Alagoas) foi o maior da história, fruto da organização de resistência dos escravos e da população pobre do Brasil até a lei Áurea que em 1988, extinguiu a escravidão. No dia 20 de novembro o mercenário Domingos Jorge Velho com um exército patrocinado pela Coroa Imperial de Portugal e latifundiários numa batalha de durou meses, neste dia assassinou Zumbi acabando com quase cem anos de resistência do quilombo dos Palmares. O quilombo de Palmares é a marca da resistência do povo oprimido contra o colonialismo de Portugal e a covarde e ignorante elite brasileira, a sua população era composta principalmente de escravos que escapava das fazendas da região, mas também por muitos brancos pobres, índios e mestiços de toda ordem A liderança de Zumbi e a resistência. Relembrar a luta de Palmares, sob a liderança de Zumbi é prestar homenagem a coragem do povo brasileiro e continuar na luta para libertação de todo povo oprimido. Para fazer uma reflexão e discussão de como lutar contra o racismo o MNS organiza no dia 20 de novembro o lançamento do livro Divisões Perigosas com a Presença dos co-autores José Carlos Miranda Coordenador Nacional do MNS; Professora Yvonne Maggie Universidade Federal do Rio de Janeiro e Demétrio Magnoli doutor em Geografia Humana USP. O lançamento será reralizado no Centro Cultural de Caieiras rua Argentina 400 - Centro. Informações 4442-7011 ( fonte Internet )

domingo, 11 de novembro de 2007

Qualidade de Vida do Negro Brasileiro

A Síntese dos Indicadores Sociais 2007- Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira - mostra que taxa de analfabetismo de pretos e pardos é mais que o dobro da dos brancos.
No que diz respeito à distribuição da população por grupos étnicos, os dados de 2006 parecem corroborar as tendências já anotadas para a década, de pequeno aumento da participação da população preta (6,9%) e de diminuição, também pequena, da branca (49,7%) e da parda (42,6%). Entre os indicadores sociais para o grupo de brancos, de um lado, e pretos e pardos, de outro, dois conjuntos merecem destaque: os que se referem à educação e os que dizem respeito à participação econômica.
Em relação à educação, as taxas de analfabetismo, analfabetismo funcional e freqüência escolar continuam apresentando diferenças significativas. Em números absolutos, em 2006, entre cerca de 14,4 milhões de analfabetos brasileiros, mais de 10 milhões eram pretos e pardos. As taxas de analfabetismo para a população de 15 anos ou mais de idade foram de 6,5% para brancos e de mais que o dobro, 14%, para pretos e pardos.
A taxa de analfabetismo funcional também era muito menor para brancos (16,4%) do que para pretos (27,5%) e pardos (28,6%). A média de anos de estudo da população de 15 anos ou mais de idade mostrava uma vantagem de 2 anos para brancos (8,1 anos de estudos), em relação a pretos e pardos (6,2). A distribuição por cor ou raça dos que freqüentavam escola com idade entre 18 e 24 anos mostrava também significativas diferenças: enquanto 56% dos brancos nessa faixa eram estudantes de nível superior ou terceiro grau, entre pretos e pardos, o percentual era de 22%. Em 1996, essa distribuição dos estudantes, nessa faixa de idade, era de 30,2% para os brancos e 7,1% para os pretos e pardos. Tais resultados mostram uma melhora para ambos os segmentos em relação à defasagem idade e curso freqüentado.
Uma conseqüência desses diferenciais pode ser percebida entre as pessoas de 25 anos ou mais de idade que alcançaram 15 anos ou mais de estudo, ou seja, haviam completado o nível superior. No Brasil, em 2006, apenas 8,6% possuíam esse nível de escolaridade, sendo que, nesse grupo, 78% eram de cor branca, 3,3% de cor preta, e 16,5% eram pardos. Mais de 12% dos brancos haviam concluído o terceiro grau, enquanto para pretos e pardos a participação não alcançava 4%.
Brancos ganham em média 40% mais do que pretos ou pardos com mesma escolaridade
Os rendimentos médios de pretos e pardos se apresentavam sempre menores que os dos brancos. Mesmo quando são considerados os rendimentos-hora de acordo com grupos de anos de estudo, as diferenças permaneciam, com o rendimento-hora dos brancos em média 40% mais elevado que o de pretos e pardos para uma mesma faixa de anos de estudo.
Em relação à participação na apropriação da renda nacional, a distribuição entre os 10% mais pobres e o 1% mais rico mostrava que, enquanto entre os brancos eram, em 2006, 26,1% dos mais pobres; entre os que estavam na classe mais favorecida, eles representaram quase 86%. Por sua vez, os pretos e pardos eram mais de 73% entre os mais pobres e somente pouco mais de 12% entre os mais ricos. As desigualdades se verificavam em todas as grandes regiões.
Idosos brancos vivem mais que idosos pretos ou pardos
A Síntese de Indicadores Sociais observou uma menor proporção de idosos que se auto-declararam pretos e pardos (41,6%) em relação aos brancos (57,2%). Entre as pessoas de cor branca, 11,7% ultrapassaram os 60 anos, enquanto entre os pretos e pardos, esse percentual cai para 8,6%, refletindo as condições de vida mais precárias das populações preta e parda comparativamente às da branca, do ponto de vista socioeconômico, especialmente, com relação às mais elevadas taxas de mortalidade em diversos grupos etários e também no nível educacional mais baixo. (fonte Mundo Negro, out 2007)

ZUMBI

A história

Zumbi nasceu livre em Palmares, Pernambuco, no ano de 1655, mas foi capturado e entregue a um missionário português quando tinha aproximadamente seis anos. Batizado "Francisco", Zumbi recebeu os sacramentos, aprendeu português e latim, e ajudava diariamente na celebração da missa. Apesar das tentativas de torná-lo "civilizado", Zumbi escapou em 1670 e, com quinze anos, retornou ao seu local de origem. Zumbi se tornou conhecido pela sua destreza e astúcia na luta e já era um estrategista militar respeitável quando chegou aos vinte e poucos anos.

Por volta de 1678, o governador da Capitania de Pernambuco cansado do longo conflito com o quilombo de Palmares, se aproximou do líder de Palmares, Ganga Zumba, com uma oferta de paz. Foi oferecida a liberdade para todos os escravos fugidos se o quilombo se submetesse à autoridade da Coroa Portuguesa; a proposta foi aceita. Mas Zumbi olhava os portugueses com desconfiança. Ele se recusou a aceitar a liberdade para as pessoas do quilombo enquanto outros negros eram escravizados. Ele rejeitou a proposta do governador e desafiou a liderança de Ganga Zumba. Prometendo continuar a resistência contra a opressão portuguesa, Zumbi torna-se o novo líder do quilombo de Palmares.

Quinze anos após Zumbi ter assumido a liderança, o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho foi chamado para organizar a invasão do quilombo. Em 6 de fevereiro de 1694 a capital de Palmares, Macaco, foi destruída e Zumbi ferido.

Apesar de ter sobrevivido, foi traído por Antonio Soares.Zumbi é surpreendido pelo cap. Furtado de Mendonça em seu reduto (talvez a Serra Dois Irmãos).Apunhalado, resiste, mas é morto com 20 guerreiros quase dois anos após a batalha, em 20 de novembro de 1695.

Teve a cabeça cortada, salgada e levada, com o pênis dentro da boca ao governador Melo e Castro. Em Recife, a cabeça foi exposta em praça pública, visando desmentir a crença da população sobre a lenda da imortalidade de Zumbi.

Em 14 de março de 1696 o governador de Pernambuco Caetano de Melo e Castro escreveu ao Rei: "Determinei que pusessem sua cabeça em um poste no lugar mais público desta praça, para satisfazer os ofendidos e justamente queixosos e atemorizar os negros que supersticiosamente julgavam Zumbi um imortal, para que entendessem que esta empresa acabava de todo com os Palmares."
Zumbi é hoje, para a população brasileira, um símbolo de resistência. Em 1995, a data de sua morte foi adotada como o dia da Consciência Negra.

Revista LINDA Ano 1 Nº 7 Novembro de 2007


LUTA POR IGUALDADE
Como muitos brasileiros, o funcionário público Luciano Ramos, 34, faz parte do grupo que luta por igualdade e melhores condições para a raça negra. Há cerca de 20 anos ele é um ativista da causa contra o preconceito racial e desde julho é vice-presidente da Associação Cachoeirense da Cultura Afro-brasileira (Acca). Segundo Luciano, entre os objetivos da entidade está chamar a atenção da comunidade para a importância do Dia da Consciência Negra, principal data da negritude no Brasil comemorado em 20 de novembro. “Esse é o dia que temos as forças renovadas para seguir lutando pelo fim do preconceito. É a oportunidade de mostrar um pouco da cultura e dos valores do nosso povo”, observa.
( Revista LINDA é uma publicação mensal do Grupo Vieira da Cunha, Rua 7 de Setembro 1015 , Cachoeira do Sul 51-37229656 www.revistalinda.com.br / linda@lindarevista.com.br)

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Pluralidade Cultural Gera Preconceito



Grupo alerta que somos parte de um todo: cada um complementa o outro com suas diferenças

A Cor da Pele: grupo da Escola Angelina busca valorização das diferentes expressões culturais
Pluralidade cultural é a existência de várias culturas. Pode ser a pluralidade de religião (católicos, protestantes, islâmicos, entre outros), de nacionalidade (japoneses, italianos, brasileiros, entre outros) ou de cor (brancos, negros, mulatos, amarelos, vermelhos). É a pluralidade cultural que faz do mundo um lugar rico. Um mundo rico em cultura. Mas o que é a cultura? São as tradições, os costumes, os valores, as crenças, a educação, enfim, tudo o que é criado pelo homem. Mas não é preciso ir longe para perceber essa pluralidade. Cores, crenças, jeito de vestir, gostos musicais, faixa etária, olhos azuis, verdes e castanhos, condições socioeconômicas... Nossas diferenças estão em vários aspectos: em nossas ideias, na pele, nos traços, nas impressões digitais. Fascinante, não é mesmo? Pena que nem sempre encaramos assim.
Pelo noticiário vemos uma triste realidade: negros são maltratados, jesuítas injustiçados e palestinos isolados, pobres ameaçados. Conflitos, brigas, discussões, tudo por causa do preconceito. Tomemos como exemplo os constantes conflitos no Oriente Médio. Quantas pessoas morrem diariamente por culpa do preconceito? Para os integrantes do grupo A Cor da Pele, formado no início deste ano na Escola Estadual Angelina Salzano Vieira da Cunha, em Cachoeira do Sul, se existisse o respeito pelo diferente não haveria a perda desnecessária de tantas vidas. “O grupo nasceu devido ao fato dos integrantes terem observado a necessidade de trabalhar com os alunos a importância do respeito e igualdade. Não pensamos só na questão do negro, mas em conscientizar que somos todos parte de um todo: um complementa o outro com suas diferenças”, explicam as integrantes Rejane Conceição Rosa, Zaira Mazarém, Naura Lúcia Nunes da Silva e Sirlei Gonçalves da Silva, líderes do grupo e funcionárias da escola.
Na Escola Angelina, o grupo colabora na difusão do respeito à pluralidade através de um painel informativo permanente no pátio, palestras, eventos culturais e oficinas, como uma de percussão que ocorre atualmente, utilizando instrumentos alternativos, fabricados com materiais recicláveis conseguidos através de parceria com empresa local. Para os integrantes do A Cor da Pele, a única forma de combater o preconceito é o que eles chamam de atitude: aceitação pessoal, valorização de si mesmo, auto-estima. “A sociedade nos discrimina ou nos acolhe, cabe a nós escolher o que queremos”, finalizam as líderes.

DUAS PERGUNTAS

O que é preconceito? Como o nome já diz é o pré-conceito, ou seja, uma opinião formada antes de se ter os conhecimentos adequados. Há inúmeros tipos de preconceito, como em relação à outra cor, contra loiras, à outra religião, contra as mulheres, quanto à classe social, contra pessoas com outra orientação sexual, contra pessoas de outra nacionalidade, entre outros.Essa mania é uma herança milenar de nossos antepassados: é biologicamente natural sentir preconceito em relação a quem é diferente. O ser humano tem uma tendência a se agrupar e se aproximar de seus semelhantes. No começo, as pessoas se uniam pela sobrevivência e hostilizavam outros grupos. Depois de formar os “pré-conceitos”, normalmente passamos também a fazer classificações de acordo com algumas características principais que percebemos nos primeiros contatos com certas coisas, pessoas ou grupos. Vamos tomar o exemplo do Zeca: você ouviu falar que ele é um chato, e ele parece estar sempre com cara de bravo. Além disso, ele está um pouco acima do peso para a média da sua sala. A sua mente vai colocar todas essas “informações” (que, lembramos, podem fazer sentido ou não) no “liquidificador” e é bem provável que você passe a associar “gordinhos com cara de bravo” a “pessoas chatas”. A esse tipo de classificação dá-se o nome de estereótipo.Como vimos, é natural que você estranhe pessoas que são muito diferentes e até que você faça algumas classificações grosseiras, como, por exemplo, a de que todo garoto que está acima do peso é chato. Ou seja, é possível entender a dinâmica do preconceito, mas nada justifica atitudes discriminatórias. O preconceito machuca as pessoas e gera sofrimento real e desnecessário.
Dá para acabar com o preconceito? Todos temos preconceitos, em maior ou menor grau. Alguns de nós deixam esse sentimento transbordar para as atitudes, machucando as pessoas, discriminando abertamente ou de forma camuflada. Alguns conseguem lidar bem com esse sentimento, aceitando e respeitando ao máximo as diferenças dos outros. Leis e medidas judiciais podem servir para defender suas vítimas, mas não resolvem o problema na raiz. Então, qual será a saída? O combate ao (próprio) preconceito é uma luta constante que precisamos travar a cada contato, a cada nova amizade, a cada conversa, a cada decisão. Todo mundo pode fazer alguma coisa para ajudar a combater o preconceito.

PARA SABER MAIS

A Cor da Pele
O grupo é liderado por quatro funcionárias da Escola Angelina: Rejane Conceição Rosa, Zaira Mazarém, Naura Lúcia Nunes da Silva e Sirlei Gonçalves da Silva. Além das líderes, o A Cor da Pele também tem o apoio da supervisora escolar Alexandra Rosa da Silva e de três oficineiros voluntários: o músico Fábio Silva, que dá aulas de percussão, a acadêmica de Serviço Social Ana Lúcia Magalhães, que coordena o núcleo de dança afro, e a acadêmica de Educação Física, Juliana Santos, que dá aulas de dança de salão. O projeto envolve alunos de todo o ensino fundamental, pais e a comunidade. As oficinas são atividades permanentes com objetivo de levar os jovens a valorizarem diferentes expressões culturais.


(matéria extraída do JORNAL DO POVO de Cachoeira do Sul edição de 05/11/2007)

Uilian da Silva, O Mais Belo Negro 2007


Uilian da Silva, tem 20 anos e trabalha na Clínica Veterinária Mundo Animal, no ultimo dia 13 ganhou a titulo de Mais Negro de Cachoeira do Sul, para ele a participação no concurso foi fundamental, pois é uma maneira de resgatar origens." O negro não deve se envergonhar, ao contrario , deve se orgulhar de sua raízes." enfatiza o comerciário.

Uilian destaca a Importância da ACCA na sociedade." com a ACCA podemos mostrar nossa historia e conquistar o respeito perante a sociedade."

No próximo dia 10 , Uilian e a corte feminina e o Negro Simpatia vão a Santa Cruz concorrer ao titulo de Mais Belo Negro do Estado, o evento será no Ginásio da Oktoberfest. "espero contar com uma grande torcida." finaliza o belo.

Preconceito Racial, uma forma de exclusão social

A exclusão social afasta o individuo da sociedade em que vive, o preconceito racial é uma forma de exclusão social bastante comum no mundo , inclusive no Brasil.
Apesar de ser um pais com população em sua maioria negra ou afro- descendente o racismo é uma prática muito frequente por aqui, o que nos faz questionar qual seria o motivo para tamanha discriminação.
Os antecedentes históricos mundiais podem ser considerado como prova de que o negro sempre foi discriminado em todos os aspectos, não tinham por exemplo direito à escola e até a lei do ventre livre ser decretada não tinham direito nem sobre seus filhos, pois estes na hora do nascimento eram considerados propriedades dos senhores , como eram chamados os homens de pele branca que tinham condições financeiras de manter sobre seu poder vários escravos, e quanto maior a quantidade maior seria o seu prestigio na sociedade, é de fato que no marcado de trabalho e na sociedade os negros são menos aceitos que os brancos.
Sabemos que a cor da pele não julga a competência de ninguém , mas infelizmente o preconceito existe e deve ser combatido no Brasil, um pais negro por natureza que ainda não aceitou esta realidade. Os negros devem ser vistos e tratados como pessoas comuns e normais que são e não como inferiores aos brancos, esse é apenas o primeiro passo para a sociedade se tornar menos preconceituosa.
(Fonte, Cristiane Rodrigues do Jornal o Correio, Cachoeira do Sul 27/10/2007)

domingo, 4 de novembro de 2007

Diretoria da ACCA, Gestão 2007/2009

-Presidente: Evilasio do Nascimento Trindade
-Vice–Presidente:Luciano Ramos
-1ª Secretaria: Maria Helena da Silva
-2ª Secretaria: Janete Regina Pereira Machado
-1º Tesoureiro: Julio César Correa da Luz
-2º Tesoureiro: Patrícia Thomaz Fagundes
-Diretora Social: Sonia Maria Severo dos Santos
-Diriretor de Cultura: Sergio Augusto Ramos dos Santos Junior
- Diretor de Patrimônio: Jorge Alberto Freitas Trindade
- Diretor de Esportes: Adriano Pedroso Pereira
- Diretor do Departamento Jovem: Anderson Gomes Rodrigues
-Procurador Jurídico: João Edgar da Silva Filho
-Relações Publicas: Marcelo Luis da Silva Leite
-Presidente do Conselho Fiscal: Leidinara Ferreira Marques
-Presidente do Conselho Deliberativo: Manoel dos Santos Rodrigues
-Oradora: Adriana Luz do Amaral

Diretoria da ACCA, GESTÃO 2005/2006

- Presidente: JÚLIO CÉSAR CORRÊA DA LUZ
- Vice-presidente: LEIDINARA MARQUES
- 1ª Secretária: JOSIANE DE AZEVEDO
- 2ª Secretária: MARIANA NUNES
- 1º Tesoureiro: LUIS MOREIRA GONZAGA
- 2ª Tesoureira: PATRICIA THOMAZ FAGUNDES
- Diretor de Patrimônio: CLAUDIO BIBIANO
- Diretor de Esportes: MARCELO LUIS DA SILVA LEITE
- Diretor Social: SONIA MARIA SURCEDA DOS SANTOS
- Diretor Cultural: EVILÁSIO NASCIMENTO TRINDADE
- Diretor de Eventos: ALESSANDRO RIBEIRO
- Diretor Publicidade: CARLOS EDUARDO MACHADO

- JOSIANE SURCEDA
**** Conselho Fiscal - CLECI MARLI DORNELLES
- JOSÉ EDSON MACHADO SURCEDA


- MANOEL RODRIGUES
- ARACY LEITE
- JANE FARINHA RODRIGUES
**** Conselho Deliberativo - JOYCE BEATRIZ DOS SANTOS
- CÉLIA MARIA DOS SANTOS NUNES
- MARIA HELENA DA SILVA
- ANA LUCIA MAGALHÃES

MAIS BELO (a) NEGRO (a)


A Associação Cachoeirense da Cultura Afro (ACCA) realizou no dia 13 de outubro, no Grêmio Nautico Tamandaré a escolha dos Mais Belos (a) Negro (a) de Cachoeira do Sul , o evento animado pelo Banda Raça Junior de Rio Pardo e Grupo Sama de Cachoeira do sul contou com um grande publico que pode conferir uma bela apresentação dos candidatos que mostraram um pouco da cultura afro através da religiosidade com coreografias de orixás, exus guerreiro e pretos velhos, isso mostra que aos poucos a comunidade negra vai perdendo a vergonha de mostrar sua reliogisidade confinada poe seculos de escravidão.


Vencedores

Mais Bela Negra 2007

Jaqueline Alves da Conceição, 17 anos

Escola E Candida Fortes Brandão

Primeira Princesa

Lisiane Diniz , 24 anos

Bloco o Talagaço

Segunda Princesa

Juliete Freitas, 17 anos

Escola E Liberato Salzano

Negra Simpatia

Suélen Gomes, 15 anos

Escola Ciep


Mais Belo Negro

Uilian da Silva, 20 anos

Veterinaria Mundo Animal

Negro Simpatia

Anderson Correia, 17 anos

sábado, 3 de novembro de 2007

ACCA escolhe seus Belos(a) Negros (a) categoria infantil, juvenil, infanto e juvenil

E no proximo dia 25/11 no Circulo Operario Cachoeirense com inicio as 16hs, a Escolha dos Mais Belos(a) Negros(a) de Cachoeira do Sul, categoria infantil de 06 a 08 anos, infanto juvenil de 09 a 11 anos e juvenil de 12 a 14 anos, o concurso é livre a toda a comunidade, incrições na ACCA pela manha após as 10 h e a tarde depois das 15h, o evento terá atrações artistiticas como Regis e Naldinho e Grupo Vai Rolahh.

Excursão para Santa Cruz dia 10/11/2007

A ACCA realiza uma excursão para Santa Cruz no dia 10/11/2007, para a escolha dos Mais Belos(a) Negros (a) fase estadual , saida prevista para as 19h e 30mim da sede social junto ao Circulo Operario Cachoeirense valor 20,00 com ingresso, falar com a Evilasio telefone 3722 22 24.

ACCA realiza semana da Consciência Negra

ACCA realiza semana da Conciência Negra em Cachoeira do Sul de 19 a 25 de novembro de 2007, diversas atividades estão sendo programada como palestras em escolas, mostra de cultura e gastronomia e inauguração da galeria de fotos dos seus Ex Presidentes.