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Cachoeira do Sul, Rs, Brazil
Fundada em 19 de Junho de 2000, com objetivo de pesquisar, resgatar e incentivar a cultura e os costumes da raça negra através de atividades recreativas,desportivas e filantrópicas no seio no seu quadro social da comunidade em geral, trabalhar pela ascensão social, econômica e politica da etnia negra, no Municipio, Estado e no Pais.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Ação Afirmativa e Jornalismo de Ficção

É jornalista, poeta e educador. É editor do blog "GAVETA". Contato: jorgiamerico@yahoo.com.br GAVETA - www.materiasdegaveta.blogspot.com
Por se dizer um grupo de empresas de comunicação que luta pela liberdade de imprensa no Brasil, as Organizações Globo deveriam ser favoráveis ao debate racional. Na prática, evitam o enfrentamento e ridicularizam a luta pela inclusão social. De maneira covarde, a Ação Afirmativa foi abolida do noticiário e virou piada no programa humorístico “Casseta e Planeta”. Em sua nova campanha publicitária, as “Organizações Tabajara” se apresentam como “a única empresa que tem na logomarca uma letra afrodescendente admitida pelo sistema de cotas”.
Tamanho impropério fez pairar uma dúvida sobre a expressão “humor inteligente”. Talvez por genialidade, talvez por burrice, as Organizações Tabajara acabam satirizando as Organizações Globo. Uma faz o que a outra finge não fazer: vende produtos obsoletos a pessoas alienadas. Afinal, uma varinha de coçar a bunda tem tanta utilidade quanto uma telenovela ou um telejornal que não são nem ficção nem realidade.
Um pesadelo aterroriza a alta cúpula da “Fábrica de Sonhos”. Se aprovado o Estatuto da Igualdade Racial, todas as empresas de comunicação –inclusive as Organizações Globo– estarão obrigadas a abrir 20% de seus postos de trabalho aos afrodescendentes. É possível que as telenovelas não comportem tamanha oferta de mão-de-obra.
Afinal, não há tantos banheiros a serem lavados nem tanta grama a ser aparada no setor de figuração.
Na área do jornalismo, talvez não seja tão difícil substituir o insubstituível William Bonner. O competente Heraldo Pereira (reserva oficial) não seria tão ingênuo e insensato ao ponto de comparar o público do telejornal mais assistido do país ao Homer Simpson.
Nas palavras do garoto-propaganda e editor do “Jornal Nacional”, o referido personagem da ficção lhe serve de inspiração na fabricação das notícias que entrarão no ar. Em essência, foi dito que o povo brasileiro deve se sentir honrado por ser comparado a um sujeito que nunca leu um livro e segue cegamente os preceitos de uma religião chamada Televisão.
As Organizações Globo ora ridicularizam, ora espalham temores do surgimento de um possível ódio racial. Servem-se das falácias de dois extremistas para defender sua política anti-inclusão. Usam o cinismo do seu assustador de criancinhas e comentarista oficial, Arnaldo Jabor, para dizer que “somos todos iguais”. Não bastasse mentir em rede nacional, ainda encomendam teses “por atacado” de um sujeito que se tornou um perseguidor voraz da Ação Afirmativa com recorte racial.
Ao contrário do que prega o Sr. Demétrio Magnoli, os intelectuais afrodescendentes (financiados pela Fundação Ford) não dividiram a sociedade brasileira em raças. Eles apenas tiveram sensibilidade e faro científico para perceber que o Brasil está racialmente dividido há mais de 500 anos.
Para enxergar isso, não é necessário ser doutor em Geografia Humana pela USP. Qualquer aspirante a militante do Movimento Negro conhece de cor a história da cor no Brasil.
Mesmo que muitos acreditem no contrário, as clarividências provam que as Organizações Globo preferem esconder as mazelas do país a ajudar a eliminá-las.
Quisesse, mobilizaria suas equipes de reportagem para retratar a vida dura dos afrodescendentes que vivem sobre palafitas nos mangues maranhenses. Para citar um exemplo da degradação da vida e do desrespeito aos Direitos Humanos, o caranguejo come a bosta do homem, que depois come o caranguejo.
Tudo isso acontece sob o reinado e descaso de um dos homens mais poderosos da história do Brasil, o coronel e ex-presidente da República e do Senado Federal José Sarney.
O Jornal Nacional e os demais veículos de comunicação precisam dizer que mais de 60% da população do estado do Maranhão vive abaixo da linha da pobreza. Ou seja, mais de 3,5 milhões de pessoas precisam enriquecer para chegar a ser pobres. Coincidência ou não, os dados do último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostram que 72% da população desse estado é afrodescendente. Na região, está concentrado o maior número de comunidades quilombolas do país. Contrariando os interesses dos latifundiários, esses quilombolas podem ser beneficiados pela Ação Afirmativa que as Organizações Globo e seus sequazes tentam barrar no Congresso Nacional.
Não há nada mais anacrônico, nem nada que justifique a existência das capitanias hereditárias e das palafitas no século 21. Ingênuos e astutos de todo o mundo, ouvi: Onde há latifúndio, há miséria! É fundamental que os leigos e os letrados entendam que os defensores da Ação Afirmativa não reivindicam privilégios.
A luta é pela dignidade e pela possibilidade de se poder ter acesso às oportunidades em pé de igualdade.
Ação Afirmativa não é apenas incluir afrodescendentes no Ensino Superior e no mercado de trabalho.
Ação Afirmativa também é matar a fome, o piolho e a lombriga.
Ação Afirmativa não é a cura para as doenças sociais.
Ação Afirmativa é terapia paliativa. Tem o mesmo efeito da pinguinha barata que se toma no lugar do café-da-manhã. Não sara, mas alivia a dor.
Fonte: www.afropress.com.br por Jorge Americo Colunista da Afropress

Brasil terá 1º negro no Hipismo

S. Paulo – O Brasil terá pela primeira vez um negro disputando as Olimpíadas de Pequim, no Hipismo, esporte considerado de elite.
O cavaleiro Rogério Silva Clementino, 26, medalha de bronze por equipe no Adestramento no Pan-americano, entrou para a história do hipismo brasileiro ao conquistar a vaga entrou para a história do hipismo nacional como o primeiro cavaleiro negro a participar dos Jogos Pan-americanos.
Foi no Pan do Rio, em 2007, onde conquistou a Medalha de Bronze por Equipe no Adestramento, modalidade que estreou em pista em 2006. Também é a primeira vez que um cavaleiro negro integra uma equipe brasileira de hipismo e participa no Adestramento na história das Olimpíadas.
A confirmação da vaga aconteceu na última sexta-feira (18/04), no Clube Hípico de Santo Amaro, quando Clementino ultrapassou o índice de 64% numa das notas de dois juízes internacionais, montando o cavalo Nilo V.O., da raça Puro Sangue lusitano, de propriedade de Victor Oliva, da Coudelaria Ilha Verde, de Araçoiaba da Serra, cidade da região metropolitana de S. Paulo,na seletiva anterior ele havia atingido 68% e 66%.
Para entrar numa Olimpíada, o regulamento exige que o índice seja alcançado em duas das cinco seletivas.
História de superação
Rogério Clementino nasceu em Ivinhema, Mato Grosso do Sul e começou a montar cedo. De família humilde, foi peão de fazenda e rodeio, onde também montou em touros.
Há sete anos, foi trabalhar no haras de Oliva, empresário que já foi considerado o “rei da noite paulistana”, ex-marido da jogadora Hortência, da seleção brasileira de basquete.
Oliva apostou no potencial do cavaleiro e ofereceu a infra-estrutura necessária para transformá-lo em um atleta de ponta.
Entre as vitórias conquistadas por Clementino está a medalha de bronze por equipe no Pan do Rio e os títulos de campeão Brasileiro Sênior 2006 e Campeão Brasileiro Sênior Top em 2007.
O adestramento clássico é um esporte que se originou no século XVI, na Itália, à época do Renascimento e foi a primeira modalidade hípica nos Jogos Olímpicos, desde 1.912, em Estocolmo, na Suécia.
No Brasil, o esporte passou a se desenvolver a partir de 1922, quando da vinda da Missão Militar Francesa, e se tornou esporte oficial em 1.941 com a fundação da Confederação Brasileira de Hipismo, com sede no Rio de Janeiro. É praticado, especialmente em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.
Quem é
FORMAÇÃO PROFISSIONAL COMO EQUITADOR:
• Iniciou como equitador com o cavaleiro leandro Silva, primeiro cavaleiro a montar um cavalo Puro Sangue Lusitano em Jogos Pan-americanos, em 2003, no Pan de Santo Domingo.
• Foi aluno de Adestramento de Rosangele Riskalla, Infrid Troyko, Eric Lett – técnico da equipe brasileira no Pan do Rio.
• Atualmente faz clínicas mensais com Johan Zagers, treinador alemão e Campeão Europeu de Adestramento que vem mensalmente ao Brasil ministrar aulas para os ginetes da Coudelaria Ilha Verde.
• Fez cursos de Equitação de Trabalho – modalidade onde conquistou vários títulos.
• Passou uma temporada em Portugal participando de cursos de aperfeiçoamento e de apresentação de animais à mão em pista.
TÍTULOS MAIS RECENTES:
*Campeão Brasileiro Sênior de Adestramento em 2006
* Campeão Brasileiro Sênior Top de adestramento em 2007
* Medalha de Bronze por Equipe nos Jogos Pan-americanos de 2007
Fonte http://www.afropress.com.br/ e G1

terça-feira, 22 de abril de 2008

MORRE AIMÉ CÉSAIRE, O CRIADOR DO CONCEITO 'NEGRITUDE'

Aimé Fernand David Césaire nasceu na Martinica, ilha do Caribe, em 1913 e morreu em 17 de abril de 2008, com 94 anos.
"Existem duas maneiras de se perder: por segregação, emparedado no particular ou por diluição no universal...""Minha concepção do universal é de um universo rico de todo um particular com a existência e aprofundamento de todos os particulares"

Essas palavras, que valem para qualquer grupo étnico, foram escritas por Aimé Césaire, que morreu no dia 17 de abril de 2008, com 94 anos. Aimé Fernand David Césaire, nasceu na Martinica, ilha do Caribe, em 1913.
Em 1931 ganhou uma bolsa de estudos e foi estudar em Paris.
Em 1934 fundou a revista "O Estudante Negro", com Léopold-Sedar Senghor (político e poeta senegalês, morto em dezembro de 2001) e outros militantes do movimento.
Em 1936 começou a escrever e três anos mais tarde retornou à Martinica. Fundou a revista "Trópicos" e a partir de 1945 iniciou carreira na política.
Aimé foi eleito prefeito da capital, Fort de France, chegando mais tarde a ser eleito também deputado. Manteve as duas carreiras até 2001.
Aimé foi um dos militantes negros mais importantes do século 20 e uma das figuras fundamentais na luta contra o racismo.
Foi na revista Estudante Negro, que a palavra “negritude” foi empregada por Aimé Césaire pela primeira vez designando a rejeição da assimilação cultural e de uma certa imagem do negro pacífico, incapaz de construir uma civilização. Como todo movimento reivindicador, a “Negritude” foi marcada por uma literatura que, mais do que um movimento literário, foi um ato político, uma afirmação de independência, um clamor por reconhecimento. Nessa época o objetivo era a união para combater a discriminação, dando-se ênfase à reflexão sobre a condição do negro e sua relação com o colonizador. Assim, intelectuais haitianos, senegalêses, caribenhos, criaram, em Paris, as revistas “La Légitime Défense” (A Legitima Defesa) e “La Revue du Monde Noir” (A Revista do Mundo Negro), considerado por Aimée Césaire, Sénghor e Damas(Guiana Francesa) como parte do movimento da “Negritude”.
O Movimento sofreu muitas contestações, a começar pelo nome. Alguns escritores ocidentais diziam que a negritude era um movimento racista. O que não era verdade porque para a "Negritude", foi importante no início falar da raça, realçar os seus valores, sua dignidade para poder afirmá-los. Senghor ia além, para ele a "Negritude" era um humanismo, porque todas as raças tinham lugar neste universo civilizacional de inspiração do homem.
É importante dizer que a "Negritude" não surgiu apenas para recuperar a dignidade e a personalidade do homem africano, mas também como um movimento que impulsionou a descolonização em África. Cesaire escreveu diversos ensaios, entre eles “Discursos sobre o Colonialismo e “Toussaint Louverture: a Revolução Francesa e o problema colonial”. Escreveu também inúmeras poesias e peças de teatro mas é pouco conhecido no Brasil, onde só esteve uma vez. Ainda assim, não se pode falar de promoção da igualdade sem citar seu nome.
Fonte: Assessoria Internacional da SEPPIR/ PR

Lula é recebido pelo Rei dos Tabom

Acra/Gana - Na visita a Acra, capital de Gana, na semana passada, o presidente Luis Inácio Lula da Silva foi recepcionado e homenageado pelo povo Tabom, grupo étnico pequeno, mas politicamente influente, que mantém-se unido desde o retorno do Brasil para onde foram trazidos no século XIX como escravos.
A origem do nome deve-se ao costume que os ex-escravos levaram do Brasil de terminar as frases com a pergunta “ta bom?”.Lula - recebido pelo rei Nii Azumah 5º, que continua sendo o líder tradicional dos Tabom - foi o convidado de honra na inauguração da Brazil House, um museu que fica no interior de uma das principais favelas de Acra.
O museu foi erguido na casa onde um grupo de oito famílias africanas, os primeiros Ttabom, foi em 1.829, após comprar a alforria de senhores de escravos baianos. Hoje, só em Acra, os Tabom têm cerca de 2 mil descendentes.
Com dois pavimentos e pintada de verde e amarelo foi restaurada pelo governo brasileiro com o apoio do governo ganense. Ao conduzir o visitante na visita ao museu, Azumah 5º estava em trajes tradicionais dos monarca Tabom – túnica, coroa e sandálias. Além de conhecer o trono de Azumah Lula assistiu ao desfile da escola de samba Tabom, com cerca de 100 integrantes.
fonte: www.afropress.com.br

sábado, 19 de abril de 2008

Acca lança concurso de penteados

A Associação Cachoeirense de Cultura Afro promove no dia 18 de maio a primeira edição de seu concurso de roupas e penteados afro. O evento acontecerá às 15h, no Círculo Operário Cachoeirense (COC). As escolas da rede pública e particular de Cachoeira do Sul podem inscrever seus candidatos até 13 de maio, no COC.
A categoria infantil é dos seis aos oito anos e a juvenil dos 12 aos 14 anos. Os ingressos custarão R$ 1,00. Os participantes não precisarão dançar, apenas desfilar, onformaçoes pelo fone 51-3722224 c/ Evilasio ou 51-91516364 c/Luciano.

Mostra de cinema da África e da Diáspora negra "Espelho Atlântico"

Em parceria com o African Filme Festival, de Nova York, a mostra traz um panorama contemporâneo de filmes africanos e filmes brasileiros que refletem a herança daquele continente.
A Caixa Cultural recebe, de 22 a 27 de abril, a mostra "Espelho Atlântico". Com direção geral da cineasta Lilian Solá Santiago, o evento traz uma primorosa seleção de filmes africanos e da diáspora negra para o Rio de Janeiro. Espelho Atlântico é uma abordagem atual e significativa da produção cinematográfica africana contemporânea e também da realizada fora do continente, mas que dialoga diretamente com a herança cultural do continente africano.
A mostra Espelho Atlântico é uma oportunidade única de assistir a importantes títulos de um acervo praticamente inédito no Brasil, capaz de fomentar discussões e ampliar nosso conhecimento da diversidade cultural do vasto continente africano e de seus descendentes pelo mundo, propondo um novo caminho para a leitura e identificação com a identidade africana por parte do público brasileiro.A seleção de filmes foi definida em parceria com a organização sem fins lucrativos AFF - African Film Festival, que contribui para a realização de importantes eventos culturais internacionais, todos de divulgação do cinema africano e da diáspora. Entre esses eventos, podemos destacar a realização do festival de cinema Fespasco - Festival PanAfricano de Cinema e Televisão de Ouagadougou, o mais importante do continente africano, em Burkina Faso, e a recente parceria com o governo australiano para a realização do Sidney African Film Festival.
A mostra Espelho Atlântico foi selecionada pelo edital 2007 de ocupação dos espaços da Caixa Cultural e será oferecida ao público a preços populares.

Itália tem primeiro deputado negro

Roma – Um congolês de 49 anos tornou-se o primeiro deputado negro da Itália, nas eleições realizadas na semana passada, vencidas pelo multimilionário conservador Silvio Berlusconi .
O deputado negro eleito é Jean Leonard Touadi, que foi assessor de Política e Juventude da Comuna de Roma. Touadi se elegeu pelo Partido Itália dos Valores (IDV), do ex-procurador anti-corrupção Antonio Di Pietro.Nascido no Congo-Brazaville, em 1.959, o novo parlamentar vive na Itália desde 1.979. Ele é jornalista e professor universitário e trabalha na TV. "Estou honrado de poder assumir este compromisso pelo país no qual passei a maior parte de minha vida, onde nasceram e estão crescendo meus filhos", declarou a Agência ANSA.
Fonte: www.afropress.com.br

Comissão do Estatuto tem audiência

Brasília – A Comissão Especial criada na Câmara Federal para apreciar o Estatuto da Igualdade Racial, ouvirá nesta quarta-feira (16/04), o presidente da Fundação Palmares, Zulu Araújo, como parte da série de audiências preparatórias à pautação do Estatuto para ser votado. Zulu falará sobre as políticas públicas desenvolvidas pela Fundação, especialmente, na certificação das comunidades remanescentes de quilombos.
Na semana passada, o presidente da Comissão, deputado Carlos Santana (foto), do PT carioca, cobrou maior participação do movimento negro nos debates. “Vamos fazer um esforço de mobilização aqui para aumentar esse número, mas esperamos que os representantes das organizações do movimento negro também venham aos debates. A participação tem sido baixa, assim como a cobertura da mídia”, reclama Santana.
Dúvidas
Ele manifestou dúvidas sobre se o projeto deve ser alterado – hipótese em que teria de retornar para ser novamente apreciado pelo Senado onde já foi aprovado - ou se deve ser aprovado como está. “Precisamos saber o que o movimento negro pensa. O movimento tem que dar respaldo pra gente. Queria ser cobrado 24 horas por dia, mas não sou”, disse Santana.O parlamentar parece ter esquecido que foi a pressão da sociedade iniciada pelo Movimento Brasil Afirmativo e que resultou na criação do Fórum São Paulo da Igualdade Racial, a responsável pelo fato do projeto ter passado a tramitar na Câmara, onde estava parado.
A mobilização permitiu a coleta de 100 mil assinaturas e a ida de uma caravana à Brasília no ano passado para cobrar do presidente Arlindo Chinaglia a pautação da matéria.Depois de um entrevero com manifestantes, em que chegou, inclusive, a mandar ativistas calarem a boca, Chinaglia, pediu desculpas e determinou a tramitação do projeto, criando a Comissão Especial de Parlamentares formada por deputados de todos os partidos. Até o momento ninguém do Fórum foi chamado para ser ouvido nas audiências agendadas por Santana.

Empresários negros no STF

Brasília – O relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pela Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (CONFENEN) e pelo Partido Democratas (DEM, ex-PFL) contra a adoção do sistema de cotas para negros e indígenas no ProUni, ministro Carlos Ayres de Britto, recebeu na semana passada, no Supremo Tribunal Federal (STF) a visita da direção da Associação Nacional dos Coletivos de Empresários e Empreendedores Afro-brasileiro (Anceabra).Segundo o presidente da entidade, João Bosco de Oliveira Borba (foto), a visita serviu para um contato mais próximo e também para levar aos membros do STF, a visão de setores da sociedade e de lideranças negras sobre a importância do Brasil avançar na adoção de ações afirmativas. Borba disse que a Anceabra está preparando um material explicativo sobre o tema a ser entregue a cada membro do Supremo. Borba foi acompanhado na visita pelo diretor de Assuntos Institucionais da Anceabra, Mário Nelson Carvalho. Ambos presentearam o ministro com os livros “Anatomia do ódio” e "A Inveja nossa de cada dia”, de autoria do empresário e escritor baiano Joaci Góes.
Fonte: www.afropress.com.br

terça-feira, 15 de abril de 2008

Educação aprova datas comemorativas para etnias do Brasil

A Comissão de Educação e Cultura aprovou o Projeto de Lei 6369/05, do Senado, que institui datas para celebrar os três principais segmentos étnicos nacionais - indígenas, brancos e negros. A proposta regulamenta o parágrafo segundo do artigo 215 da Constituição.
A proposta define os dias 19 de abril (Dia do Índio) para celebrar os povos indígenas; 22 de abril (Descobrimento do Brasil) para lembrar a chegada oficial do branco europeu em território brasileiro; e 20 de novembro (Dia Nacional da Consciência Negra) em homenagem ao negro e em alusão à data da morte de Zumbi dos Palmares.
O relator da proposta, deputado Rogério Marinho (PSB-RN), recomendou a rejeição do substitutivo aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias, que estabelecia feriado em uma das datas (20 de novembro) e mudava a denominação do Dia do Índio; e do Projeto de Lei 330/07, do deputado José Guimarães (PT-CE), que tramita apensado. "Todas as três datas devem ser consideradas comemorativas e não como feriados nacionais, para que se mantenha a sua paridade e se evitem prejuízos à economia do País", argumentou o relator.
Tramitação
O projeto agora será analisado pela comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e, em seguida, pelo Plenário.Í
ntegra da proposta:- PL-6369/2005
Notícias anteriores:Direitos Humanos aprova datas comemorativas de raças
Fonte Reportagem - Cristiane Bernardes , Agência Camara

Impressões de NY - Lei 1.390, a Lei Afonso Arinos

EDSON CADETE é colunista de Afropress. Escreve sobre Cultura, Artes e sobre temas relacionados à temática étnico-racial, enfocando, em especial, personagens que fazem parte da história afro-americana. E-mail: ecadette@hotmail.com




Nova York, Queens - Esta lei é de 1951, portanto, foi criada 63 anos depois do fim da escravidão no Brasil. Conhecida como Lei Afonso Arinos, por causa do nome de seu autor, sua função era combater e tambem punir o racismo no país. Muita gente no Brasil gosta de citá-la quando surgem argumentos sobre a existência ou não do racismo.





Segundo seus defensores, com sua criação, o racismo teria sido prontamente eliminado. Entretanto, o que a vasta maioria dos brasileiros (aí incluidos tambem os afro-brasileiros) não sabe e que ela foi criada, não porque os negros vinham sofrendo discriminação desde sua Abolição em 1888, e os legisladores no país perceberam que a discriminação racial não era simplesmente latente, mas manifesta, impedindo o seu avanço social.


O que pouca gente sabe é que a Lei Afonso Arinos foi criada porque uma dançarina afro-americana foi barrada em um hotel em São Paulo um ano antes, causando um mal estar tremendo nas relações entre o Brasil e os EUA. Este episódio causou grande embaraço a nossa elite, que vendia ao mundo a imagem de um país em que já havia sido “resolvido” pacificamente o problema racial. O nome da dançarina: Katherine Durham.


Lembro me que escrevi um artigo quando faleceu, em 2006, onde buscava responder a questionamentos sobre sua passagem pelo Brasil. Aparentemente não somente esteve (não se sabe se para dançar), mas foi prontamente discriminada por causa da cor da sua pele. Após o incidente, o então senador mineiro Afonso Arinos, junto com o sociólogo Gilberto Freyre, então deputado por Pernambuco, à toque de caixa, criaram o projeto de Lei, que acabou sendo promulgada em apenas um ano.


O debate sobre a escravidão brasileira sempre foi convenientemente suprimido em âmbito nacional. Debater este tema é o mesmo que arrancar dente sem anestesia. Enquanto isso, a sociedade aceita com poucos questionamentos a posição do negro na hieraquia social. A relutância das escolas estaduais em ensinar sobre a História da África e dos afro-brasileiros é apenas um dos muitos exemplos do racismo manifesto brasileiro.


O mito da democracia racial se auto alimenta, apesar de dados mostrando sua falácia. Falem o que quiserem a respeito da sociedade norte-americana, mas diferentemente do Brasil, eles não empurram seu problema racial com a barriga, por mais espinhoso que o tema seja.Vejam só a diferença, leitor(a).


Recentemente, o candidato negro Barack Obama fez um discurso ao vivo sobre a questão racial. Ele conclamou o país a debater o tema abertamente. Vale à pena relembrar que a população afro-americana é apenas 12% de um total de mais de 250 milhões de cidadãos. Se os donos do poder no Brasil perguntassem ao negro como ele vê o preconceito/racismo, ficariam surpresos com as respostas que certamente receberiam.Infelizmente, quando o tema é racismo no Brasil, a voz de indignação do negro brasileiro é rapidamente abafada. E assim, a sociedade segue esperando que o enorme problema desapareça no ar como as cinzas de um defunto jogadas do alto de algum arranha-céu em São Paulo.





ESGOTO À CEU ABERTO


Foi exatamente isto que uma grande amiga me disse há alguns dias quando nos falamos por telefone e comentei sobre o que estava acontecendo no Rio. Ela me disse que havia estado no Rio, no ano passado, e que a cidade mais parecia um grande esgoto à céu aberto.


Eu estava planejando um outro título para esta coluna, mas o que ela me disse caiu como uma luva para o que eu queria escrever sobre a cidade. O slogan da cidade do Rio de Janeiro deveria ser mudado para VERGONHA MARAVILHOSA. A cidade mais conhecida do Brasil mundialmente se encontra no meio de uma epidemia com o mosquito AEDES AEGYPTI (DENGUE) por causa da corrupção incompetência e burrice daqueles que tem como obrigação zelar pelo bem estar da cidade e por seus cidadãos. O mosquito da Dengue encontrou nas horríveis periferias da cidade, com seus esgotos à céu aberto, um habitat favorável para sua multiplicação.


O número de mortes que vem ocorrendo a cada dia na cidade mostra o total despreparo da administração federal, estadual e municipal. As declarações inóquas, tanto do governador Sergio Cabral como a do prefeito César Maia, não resolvem o problema. Só expõe e revelam a dissonância entre o prefeito e o governador, como também a incompetência de ambos para resolver um problema que deveria ter sido resolvido há pelo menos 50 anos.A semana passada assisti atônito (não sei porque amadorismo, ignorância e corrupção relacionados à políticos brasileiros ainda me causam espanto) alguns vídeos do jornal RJTV.


Mais uma vez, é notório o descaso com as populações de afrodescendentes que sofrem indiscriminadamente com o que anda acontecendo. A pobreza e o descaso estão estampados nos rostos tristes dos cidadãos que se encontram nas filas dos decrépitos hospitais do Estado. Diagnósticos errôneos por médicos incompetentes estão mandando crianças para a sepultura. O triste em tudo o que está acontecendo é que nenhuma autoridade é responsável pelo caos que o Rio vive ha mais de 20 anos.


Corrupção endêmica, proliferação das favelas, violência policial, desrespeitos às regras e leis etc. A cidade com toda sua beleza natural parece como aquela deliciosa maça vermelha que após a primeira mordida você percebe que está toda bichada. O governador e o prefeito do Rio merecem aquilo que a Geni recebeu na famosa música do cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda. Eles merecem bosta na cara.
OBAMETRO
 A campanha do senador Barack Obama arrecadou 40 milhões de dólares no mês passado. O dobro da sua concorrente Hillary Clinton. A celeuma causada pelas declarações do Pastor Jeremiah A. Wright causaram menos estragos do que os céticos esperavam. Barack continua na frente quanto aos números de delegados e também nas intenções de votos. Em um confronto direto com o candidato republicano John McCain ele venceria as eleições em Novembro. O ex-presidente Jimmy Carter está sendo “pressionado” por quase toda sua família para apoiar Obama. Ao ser questionado qual candidato do partido Democrata apoiaria respondeu: “Minha esposa apóia Obama, meus filhos apóiam Obama, meus netos apóiam Obama. Como superdelegado nao posso declarar ainda meu apoio, mas acredito que para o bom entendendor as sugestões da minha família bastam, né?” O ex-presidente Jimmy Carter não é o único político democrata a ser persuadido pela família a votar em Obama. Os governadores dos estados de Pensilvânia, Wisconsin, Missouri e Kansas já foram cooptados por seus filhos a fazerem parte do “Obama Express”.
Fonte: www.afropress.com.br

Experiências da População Negra e os 120 anos da Abolição inacabada em Salvador

Salvador - A Secretaria Municipal de Reparação de Salvador promove entre os dias 07 e 09 de Maio o "Seminário Experiências da População Negra e os 120 anos da Abolição incabada - Discussões sobre Habitação e Territórios, Educação e Trabalho, Saúde, Religião".
A reflexão dos 120 anos de Abolição da escravidão no Brasil é o propósito deste seminário, trazendo o debate através de entidades da sociedade civil, do meio acadêmico e poder público como militantes, representantes de ONG's, grupos de movimentos sociais, estudantes, pesquisadores, professores, profissionais, representantes de instituições e gestores públicos, a respeito da Abolição enquanto um processo inacabado diante das experiências da população negra brasileira.
O Seminário envolverá distintas áreas do conhecimento, com abordagem interdisciplinar, relacionadas transversalmente. A importância e novidade do evento se caracterizam pela forma como os temas - Territórios e Habitação, Educação e Trabalho, Saúde, Religião - serão articulados, discutidos e analisados de forma entrelaçada como forma de entendimento de que a melhoria da qualidade de vida da população negra depende desta interação.
O Seminário tem por objetivo que os resultados das discussões possam ser desdobrados em proposições de políticas públicas específicas e inclusivas da população negra. A estrutura do Seminário consistirá em sessões de palestras e mesas-redondas. As palestras serão proferidas por professores, pesquisadores e produtores de conhecimentos teóricos e empíricos no campo das relações étnicas brasileiras.As mesas-redondas serão compostas de exposições de atividades desenvolvidas, tanto no âmbito prático quanto no âmbito investigativo, relacionadas aos temas Territórios e Habitação, Educação e Trabalho, Saúde, Religião, Juventude/3ªIdade, Comunicação e outros, seguidas de debate aberto com a participação da platéia. A participação nas mesas-redondas será feita por inscrição prévia através de envio de resumos expandidos de 400 a 500 palavras.
Submissão dos Resumos - 15 a 20 de AbrilDivulgação dos Resumos Aprovados - 30 de AbrilInformações: abolicaoinacabada@gmail.com
Envio de resumos: abolicaoinacaba.resumos@gmail.comPromoção: Secretaria Municipal de Reparação / Prefeitura Municipal de Salvador (Gestão: Antônia Garcia)Coordenação: Maria Estela Rocha Ramos - Mestre em Arquitetura e Urbanismo (PPG-AU/UFBA)

MUSA DO SAMBA 2008

A ACCA definiu a data para a 2ª edição do Musa do Samba que acontecerá no dia 07 de Junho tendo como local o Grêmio Nautico Tamandaré, o convite é aberto a toda comunidade Cachoeirense e da região que queira prestigiar o evento, os representantes dos clubes locais, blocos carnavalescos e agremiações desportivas assim como escolas já podem retirar a ficha de inscrição das candidatas na sede da Associação junto ao Circulo Operário Cachoeirense em horário comercial ou entrar em contato com Luciano pelo fone 51-91516364 para agendar inscrição.
Em 2007 Liziane Diniz (foto , direita ) conquistou o titulo de musa do samba de cachoeira e 2ª Princesa no Estadual que acontece em Santa Cruz do Sul no mês de Setembro, assim a candidata vencedora representará o município novamente no estadual.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

ACCA prestigia encontro dos Amigos do Maestro Setembrino



Aconteceu no domingo dia 13 de Abril em Santa Maria o encontro dos Amigos de Maestro Setembrino, sua 77ª edição aconteceu em baixo de muita chuva num ambiente de amizade e confraternização incomparável, uma verdadeira quizomba, pela manha aconteceu a disputa de Futsal no Ginásio do Colégio Medianeira, logo após foi servido um almoço e o pagode seguiu até a noite com dezenas de pessoas vinda de diversos municípios da região onde Setembrino conquistou amigos , aproxima edição acontecerá no dia 03 de Agosto em candelaria, Cachoeira do Sul se fará presente com uma delegação informações já podem ser obitidas com Patricia Mariano pelo fone 3723 28 55, na oportunidade a ACCA se fez presente na foto acima Tatiane Correa Diretora do Departamento Feminino, Evilasio Trinadade Presidente da ACCA, Setembrino, Claudio Bibiano Diretor de Patrimonio e Luciano Ramos Vice Presidente.

Brasil sediará encontro internacional contra o racismo

Com a presença de representantes de 35 países das Américas, será realizada em Brasília entre os dias 17 e 19 de junho a Conferência Preparatória Regional da Conferência de Revisão de Durban, sob o patrocínio da Organização das Nações Unidas e com o apoio do Governo brasileiro.
A iniciativa brasileira de candidatar-se a sediar esse evento está inserida no esforço do Estado brasileiro para contribuir na implementação do Programa e do Plano de Ação da Conferência Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlatas de Durban, África do Sul, ocorrida em 2001.
Antecedendo a Conferência Regional, também será realizada em Brasília uma Conferência da Sociedade Civil sobre o mesmo tema. O evento ocorrerá no período de 13 a 15 de junho próximo e contará com a participação das organizações da sociedade civil do Brasil e das Américas.
Os preparativos para as duas reuniões estão em andamento, em trabalho conjunto das agências interessadas das Nações Unidas, do Ministério das Relações Exteriores e da SEPPIR.
Nos dias 6 e 7 de maio próximo, ocorrerá em São Paulo o I Encontro Preparatório da Comissão Organizadora da Conferência da Sociedade Civil, evento que reunirá representantes das redes de organizações da sociedade civil das Américas envolvidas no tema.
Fonte: www.palmares.gov.br

sábado, 12 de abril de 2008

LEI INSTITUI REGRAS PARA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO AFRO-BRASILEIRO

Porto Alegre- O Governo do Estado dá mais um passo importante na preservação do patrimônio histórico e cultural dos afro-brasileiros e na promoção da igualdade racial.
Foi publicada no Diário Oficial de segunda-feira ( dia7/04) a Lei 12.918, que dispõe sobre a preservação do patrimônio histórico e cultural de origem africana e afro-brasileira no Rio Grande do Sul.
Considera-se como patrimônio histórico e cultural as formas de expressão e celebração; os modos de criar, de fazer e de viver; as obras, os objetos, os documentos, os monumentos; as edificações e os espaços destinados às manifestações artísticas e culturais e os conjuntos urbanos e sitos detentores de reminiscências históricas dos antigos terreiros de cultos afro-brasileiros.
A preservação do patrimônio, conforme a legislação, pode se dar por diferentes formas, como tombamento de bens móveis e imóveis; levantamento, inventário, catálogo, registro, recolhimento e, se for o caso, restauração de obras, monumentos e objetos de valor histórico, artístico e cultural; reparo, recuperação e proteção de documentos; conservação de áreas com reconhecido interesse histórico, científico e cultural; criação de mecanismos que impeçam a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico e artístico.
Para garantir a preservação deste patrimônio, o poder público poderá instituir cadastro de bens móveis e imóveis de interesse histórico e cultural, além de gravações sonoras de depoimentos, filmes, fotos ou outros meios para perpetuar as manifestações culturais deste povo.
Também poderá realizar campanhas de promoção à doação de documentos particulares, visando à formação de um acervo estadual de bens materiais, de origem africana e afro-brasileira.No Estado, a Secretaria da Justiça e do Desenvolvimento Social, por meio da Coordenadoria das Políticas de Igualdade Racial, vinculada ao Departamento de Direitos Humanos, é responsável pela coordenação das políticas destinadas à igualdade racial, com ênfase nas comunidades negras, povos indígenas e outras etnias mais desfavorecidas, num diálogo permanente com os Conselhos de Direito - Codene e Cepi. Também coordena o Comitê Permanente de Coordenação das Ações Relativas às Comunidades Quilombolas no RS.
Fonte: www.sjds.rs.gov.br

ANEMIA FALCIFORME - VITÓRIA NO RIO GRANDE DO SUL

A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius assinou o Decreto 45.555/08, que Institui a Política Estadual de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias. O decreto atende às reivindicações do movimento negro, como a adoção da terceira gotinha no teste do pezinho para o procedimento de diagnóstico precoce da Anemia Falciforme.

Supermodelo Naomi acusa Polícia britânica

Londres – A supermodelo negra Naomi Campbell, 37, acusou a Polícia britânica de racismo por tê-la detido na semana passada, quando desembarcava no aeroporto de Londres.
Segundo o jornal "The Sun", a modelo reclamou do tratamento dado pelos policiais. “Só fui presa por ser negra”, afirmou.
A detenção aconteceu na última quinta-feira (03/04) em um avião da British Airways, no aeroporto Hearthrow, em Londres.
A confusão, segundo testemunhas, começou por conta do sumiço da bagagem da modelo. Naomi teria agredido verbalmente parte da tripulação e também teria cuspido nos oficiais.
Ela deixou o avião algemada e só foi liberada após pagamento de fiança.
A empresa aérea divulgou nota afirmando não comentar em detalhes problemas envolvendo passageiros individuais. “Todos os incidentes de abuso contra passageiros ou equipe serão tomados com extrema seriedade pela British Airways e não serão tolerados. Nós lidamos com casos individualmente e tomaremos atitudes se necessário”, diz a nota.
Fonte : www.afropress.com.br

Cresce rede de jornalistas anti-racistas

SANDRA MARTINS é jornalista, colabora para os jornais Ìrohìn e Educar e com a Afropress, e integra a coordenação da Comissão de Jornalista pela Igualdade Racial do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro.

As ramificações da rede pela igualdade racial no mundo das comunicações crescem, paulatinamente. Pelo menos é o que se pode observar quando temos a notícia da criação de mais uma Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial, desta vez no Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba).
A cerimônia de instalação da Cojira-BA abre os eventos comemorativos da Semana do Jornalista iniciada na segunda-feira (7/4), com término no dia 14, que inclui duas datas significativas: o Dia Nacional do Jornalista (7 de abril) e os 63 anos do Sinjorba (14 de abril).
O tema não é novidade no meio sindical e, certamente, menos ainda no meio jornalístico, até porque a temática racial já foi defendida em dois congressos da Federação Nacional dos Jornalistas e em um painel temático. O primeiro momento foi em 2004, no XXXI Congresso na Paraíba, em que comissões anti-racistas do Rio Grande do Sul, São Paulo e município do Rio de Janeiro apresentaram, em uníssono, a necessidade de se desvelar da invisibilidade as questões étnico-raciais no mundo das comunicações.
Com passos lentos e seguros, estas comissões ampliaram as discussões para o congresso seguinte. No XXXII, realizado em Minas Gerais, em 2006, representantes de vários sindicatos participaram do I Painel de Jornalistas Afro-Brasileiros. Na plenária, duas teses foram apresentadas: a comissão do Rio Grande do Sul defendeu a (in)formação para as questões étnico-raciais tanto para jornalistas como para acadêmicos de Comunicação; e a do Rio de Janeiro argumentou que a falta de dados estatísticos com recorte racial e de gênero sobre a categoria mascara a realidade - restrito mercado de trabalho e mobilidade social - não possibilitando a criação e implementação de políticas de promoção da igualdade racial.
Dos 27 sindicatos estaduais e quatro municipais filiados a Fenaj, seis deles contam com uma comissão anti-racista: município do Rio de Janeiro e os estados de São Paulo, Alagoas, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e agora Bahia. Há previsão de que, em breve, surja outra comissão no Nordeste.
Outro olhar
A lentidão na adesão para este debate suscita várias reflexões. Para muitos, é um processo lento, pouco atrativo e restrito a um determinado grupo. Na realidade, o que se observa é a grande resistência para com o tema sentenciado como espinhoso, complexo, que promove uma divisão das classes, quando não da sociedade e dos frutos interétnicos. Será? A complexidade é real. E mais robustecida ela fica se não a encararmos frontalmente, analisá-la sob diversos prismas e desenvolver políticas específicas para transformar o terrível quadro de desigualdades neste país. O debate está posto, afinal o Brasil já não é um país tão jovem (tem 508 anos) que possa deixar tantas chagas escondidas aguardando que no futuro possam ser processadas possíveis soluções para o presente.
E os profissionais de Comunicação não podem se abster de sua responsabilidade em assumir seu papel para contestar os atuais paradigmas que determinam um padrão hegemônico eurocêntrico que não respeita as múltiplas identidades étnico-raciais deste país plural. Com o advento das instalações das comissões anti-racistas - e com o apoio político e institucional das entidades sindicais - a reflexão sobre a temática racial passa a ser irrevogavelmente internalizada e naturalizada, de forma entusiástica e com apego profissional.
O que estas comissões querem é simples: sensibilizar a categoria para a urgência de um outro olhar para a questão racial no Brasil, avançar nas discussões sobre a igualdade racial e lutar contra o racismo no Brasil, com ênfase para o mercado de trabalho e a formação do jornalista.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Meta-Racismo, o grande inimigo

Juarez C. da Silva Jr é Professor Universitário na área de T.I., ativista do movimento negro com 20 anos de atuação, estudioso da temática étnico-racial brasileira, formação em História e Cultura afro-brasileira e africana, Conselheiro Estadual de Direitos Humanos no Amazonas.
É normal em todos os tipos de movimentos o "faccionamento" , "tendeciamento" ou mesmo a pura e simples atuação dentro de uma vertente sem uma maior preocupação com as outras...

Porém é importante (independente da prioridade pessoal que se dê a determinadas frentes da luta), conhecer (e de preferência mais que superficialmente) os problemas do eixo-comum e que como problemas-raiz estão na base ou se agregam a todos os outros...Ser ativista do MN hoje (na era da informação) exige essa postura..., não é preciso ser Advogado para se interessar sobre aspectos legais envolvidos, não é preciso ser mulher para se solidarizar com a causa feminista (e tentar entender um pouco mais as questões de gênero), não é preciso ser Quilombola para entender as premissas básicas da questão quilombola, não é preciso ser "do Santo" para conhecer um pouco mais a problemática das religiões de matriz africana..., nem morar no Amazonas, ser processado, perseguido politicamente etc..., para se atentar para uma perigosa "ideologia mestiça" que vem do norte e que pode por completa "descrença ou subestimação" dos militantes das outras regiões do país se tornar uma "pedra maior que o sapato" para o movimento todo...

META-RACISMO é o racismo cínico e travestido de "defesa da democracia e igualdade" que visa tão somente manter o Status Quo..., é do META-RACISMO que se utilizam os meios de comunicação que alardeiam que "não há racismo no Brasil" e derrubam ministras negras (por enquanto duas...) e tentam derrubar Reitores aliados da causa negra..., é dele que se utilizam todos os autores que preveêm "ódios e divisões" se as AA forem implantadas..., é ele quem aparece cinicamente no combate das oligarquias contra as terras para os Quilombolas.... . É o meta-racismo que diz que "somos um país mestiço" e cínicamente diz que aqui é "impossivel" saber quem é negro...(só na hora de algum benefício...), é o meta-racismo que permite a "igrejas mundiais" despejarem diuturnamente via concessões públicas de rádio e TV a intolerância contra as religiões de origem Africana..., é o meta-racismo que inventa "mil desculpas" para não empregar nem promover negr@s e "justificar" a baixa representatividade negra nos melhores espaços da sociedade, é o meta-racismo que engaveta os projetos no Congresso e quando enfrentado provoca atos-falhos como agressivos "cala-boca!!!"..., enfim..., é o meta-racismo que se "esbalda" com os "atritos" do movimento negro", é o META-RACISMO que está presente no cotidiano de todos os brasileiros e portanto é ele o principal inimigo do MN ...

É compreeensível que muitos não conheçam o "racismo à brasileira" pelo seu nome internacional... , mas conhecer e não acreditar nele é o mesmo que querer combater a AIDS sem acreditar em HIV...Informação é poder... e todos nós estamos precisando de "poder de fogo" para combater o inimigo real e comum (e tentar evitar fogo amigo...)

Estudantes baianos se mobilizam

Salvador - Preocupados com a possibilidade de perder os benefícios do Programa Universidade para Todos (ProUni), estudantes cotistas de Salvador serão recebidos nesta terça-feira, 08, às 16h, na nova sede da Secretaria Municipal da Reparação - SEMUR (Rua do Tesouro, antigo prédio da SEFAZ), pela secretária Antônia Garcia. Durante a audiência será discutida a mobilização para sensibilizar os juízes do Supremo Tribunal Federal (STF), a votarem contra a ação que pretende declarar a inconstitucionalidade das cotas.
A ação contra o sistema de reserva de bolsas de estudo para negros, indígenas, pessoas com deficiência e alunos da rede pública implementado pelo ProUni foi impetrada pela Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenem) e pelo Partido Democratas (ex-PFL). Na última quarta-feira, 02/04, o projeto foi posto em pauta, porém, a pedido do ministro Joaquim Barbosa, que pediu vistas ao processo, o julgamento foi suspenso. Só em 2007, 855.734 estudantes fizeram a inscrição para concorrer a uma bolsa de estudo em uma das 1.416 unidades de ensino superior que participam do Programa.
A Bahia foi o terceiro estado do Brasil em número de inscritos, com 81.781 candidatos. Preocupada com os resultados desta ação, a secretária receberá dos estudantes um documentos contendo uma pauta de reivindicações. Antônia Garcia, que é uma das defensoras das cotas na universidade, encaminhará o documento ao presidente do STF, justificando a necessidade da manutenção dos critérios de seleção. "Ao ser informada do conteúdo deste processo contra uma das políticas públicas mais importantes do governo federal, fiquei extremamente preocupada. Sei que em Salvador, uma cidade com tantos jovens negros, isto seria um retrocesso. Assim, nesta reunião agendada pelos estudantes, buscaremos formas de pressionar o STF para não aprovar a ação", defendeu Garcia.
ProUni
O ProUni foi criado pela medida provisória (MP) 213/2004, convertida na Lei 11.096, de 13 de janeiro de 2005. Segundo informações que constam no site do programa, ele "tem como finalidade a concessão de bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de baixa renda, em cursos de graduação e seqüenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior, oferecendo, em contrapartida, isenção de alguns tributos àquelas que aderirem ao programa". O ProUni reserva bolsas às pessoas com deficiência e aos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas. "O percentual de bolsas destinadas aos cotistas é igual àquele de cidadãos pretos, pardos e indígenas, por Unidade da Federação, segundo o último censo do IBGE", afirma o referido. Vale lembrar que o candidato cotista também deve se enquadrar nos demais critérios de seleção do programa.
Além de Antônia Garcia, a audiência terá a participação do secretário Luiz Alberto, da Igualdade Racial, parlamentares negros e representantes dos cursos pré-vestibulares alternativos e das entidades do movimento negro.

Zezé Mota assume cargo no Rio


Rio – A atriz Zezé Mota é a nova superintendente da Igualdade Racial do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Zezé tomou posse na última sexta-feira (04/04) e substituiu a atriz Maria Ceiça. A superintendência da Igualdade Racial faz parte da estrutura da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), que tem como titular a ex-governadora Benedita da Silva.
Quem é Zezé
Zezé Mota é uma das mais importantes atrizes brasileiras com trabalhos no cinema e na televisão. Ela estreou como atriz em 1.967, na peça Roda Viva, do diretor José Celso Martinez Corrêa. A partir de 1978 iniciou uma bem-sucedida carreira como cantora.
Entre os seus trabalhos destaca-se o curta Carolina, do diretor Jefferson De, que ganhou vários prêmios no Festival de Gramado. No cinema, celebrizou-se como Chica da Silva, de 1.976.Por várias vezes, foi convidada pelo Itamarati a representar o Brasil em países como Alemanha, Estados Unidos (Carneggie Hall, em Nova York), Fraça, Venezuela, México, Chile, Argentina, Angola e Portugal.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Presidente negro agrada maioria

Washington/EUA - Depois de receber o apoio do ex-presidente Jimmy Carter, o senador negro por Illinois, Barack Obama, recebeu mais uma boa notícia, na caminhada para se tornar o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Segundo pesquisa da CNN/Opinion Research, 76% dos americanos estão preparados Uma pesquisa divulgada ontem mostrou que 76% dos americanos estão prontos para ter um presidente negro. A pesquisa mostrou aumento de 14 pontos percentuais em relação à sondagem anterior e revelou um dado curioso: mais brancos do que negros se disseram preparados para um presidente negro. Entre os brancos entrevistados, 78% aprovam a idéia, enquanto que entre os negros 69% tem a mesma posição.Ao mesmo tempo em que recebe boas notícias, que confirmam o seu favoritismo para se tornar o candidato democrata escolhido na Convenção de agosto, a campanha de Obama bate recordes de arredação: em março o senador arrecadou US$ 40 milhões de 332 mil doadores. Em fevereiro, já havia arrecadado US$ 55 milhões. A campanha da ex-primeira dama Hillary Clinton, arrecadou cerca de US$ 20 milhões.
Apoio de Carter
Da Nigéria, onde se encontra em visita, o ex-presidente Jimmy Carter(foto), um dos mais importantes superdelegados na convenção democrata, confirmou as previsões de que apoiaria o senador negro. “Não se esqueça de que meu Estado, a Geórgia, votou em peso em Obama. Minha cidadezinha também votou nele”, disse Carter a um jornal nigeriano. “Além disso, quase todos os meus filhos, noras e netos apóiam Obama. Como superdelegado, não vou revelar para quem estou torcendo, mas deixo para você adivinhar.”A família Kennedy, por intermédio do senador Edward Kennedy, também já declarou apoio público e se engajou na campanha de Obama.

Heraldo Pereira na TV Justiça

Brasília – O jornalista Heraldo Pereira, 47 anos , o primeiro âncora negro a integrar a bancada de apresentadores do Jornal Nacional, da Rede Globo, é agora também o mais novo integrante do Conselho Editorial da TV Justiça – canal que vai ao ar pela tv paga.
O jornalista, que também é advogado, substituirá, o jurista Walter Ceneviva, que deixou o Conselho. Com a ascenção do ministro Gilmar Mendes à presidência do Supremo Tribunal Federal e ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em substituição a ministra Ellen Gracie, que deixa o cargo este mês, o Conselho passará a ser presidido por Mendes.
Carreira
Heraldo Pereira está na Globo desde 1.980 e, recentemente, também passou a ser comentarista político do Jornal da Globo, na vaga deixada há quase um ano por Franklin Martins, o atual ministro da Comunicação Social do Governo Lula. Heraldo Pereira Carvalho é jornalista, radialista e apresentador do Jornal Nacional da Rede Globo. Ele é de Ribeirão Preto, interior de S. Paulo, onde nasceu e cresceu e desde 1988, vive na capital federal, onde acompanhou quase todos os fatos políticos importantes, inclusive a Assembléia Nacional Constituinte.Desde 2002 é apresentador do Jornal Nacional, que tem uma audiência média/dia de 40 milhões de telespectadores.

Defesa complica estudante

Brasília – Em audiência das testemunhas de defesa nesta terça-feira (1º/abril) no Fórum de Brasília, a situação do ex-estudante da Universidade de Brasília (UnB), Marcelo Valle Silveira Mello, que mantinha sites e mensagens racistas na Internet e atacou a Afropress, se complicou. As testemunhas de defesa que, na prática, deveriam fornecer elementos para a defesa, acabaram confirmando ser ele o autor das mensagens postadas em que ataca negros e a política de cotas da Universidade.Segundo o advogado Renato Borges Rezende, da ONG ABC sem Racismo, que acompanha desde o início o processo, a situação do estudante no processo mudou para pior. “As testemunhas de defesa dele não o inocentam, pelo contrário: confirmam a atitude, objeto da ação – tornar pública pela Internet sua aversão a negros,- tentando justificar o ato ao seu estado psicológico e de sua família como um todo”, afirmou.“ Ora, se isto fosse possível – prosseguiu Borges Rezende - não teríamos condenações de bandidos, psicopatas, como o maníaco do parque, o Bandido da Luz Vermelha, Chico Picadinho, e outros tantos presentes na história forense, que em suas defesas também justificaram seus atos em desequilíbrios psicológicos”.Para o advogado, “o fato criminoso em si não foi objeto de prova contrária". "Nem poderia ser, porque trata-se de réu confesso", acrescentou. O estudante está sendo acusado – em processo que tramita na 6ª Vara Criminal de Brasília – porque mantinha mensagens depreciativas a negros e a política de cotas na Universidade de Brasília. Ele é processado com base no art. 20 da Lei 7.716/89 – a Lei Caó, que pune crimes de racismo.O advogado também destacou a presença no processo da promotora Laís Cerqueira Silva, do Núcleo de Enfrentamento à Discriminação de Brasília, que assumiu a titularidade no processo pelo Ministério Público.Na audiência, a juíza Geilza Fátima Cavalcanti Diniz, deu prazo de dois dias para que a defesa do estudante apresente os endereços de Luiz Filomeno Fernandes e Jean Roberts Batan, testemunhas de defesa arroladas que não compareceram. Aliás, o próprio acusado, também não compareceu, apresentando um atestado médico. fonte www.afropress.com.br 02/04/2008

Pedido de desculpas


Caro amigo leitor que acompanha nosso Blog,
estivemos afastado por alguns dias por motivos de força maior,
mas a partir de hoje dia 08 de abril estaremos retornando , divulgando as noticias que aconteceram e que estão acontecendo no Mundo Afro, peço desculpas e boa leitura.
Luciano Ramos
Vice Presidente da ACCA e editor do Blog