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Cachoeira do Sul, Rs, Brazil
Fundada em 19 de Junho de 2000, com objetivo de pesquisar, resgatar e incentivar a cultura e os costumes da raça negra através de atividades recreativas,desportivas e filantrópicas no seio no seu quadro social da comunidade em geral, trabalhar pela ascensão social, econômica e politica da etnia negra, no Municipio, Estado e no Pais.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A MAIS BELA NEGRA ACCA 2008, Taciane Juliana Silveira


Como está a sua agenda de mais bela negra?
“No momento estou me preparando para representar Cachoeira do Sul no Concurso de Escolha da Mais Bela Negra do Rio Grande do Sul. Estou estudando a cultura afro-brasileira e também ensaiando uma coreografia que irei revelar somente no dia do concurso. Vou me empenhar para tentar trazer para a cidade este título inédito”.
Já sabe sobre a programação da Semana da Consciência Negra em Cachoeira do Sul?
“A programação está sendo elaborada. A Associação Cachoeirense de Cultura Afro-Brasileira (ACCA) já confirmou a realização do concurso de escolha dos mais belos negros infantis e infanto-juvenil, possivelmente no dia 23 de novembro, com local ainda a confirmar”.
E quais os teus planos para o futuro?
“Concluo o ensino médio este ano na Escola Borges de Medeiros e vou me inscrever no curso técnico em enfermagem no HCB. Quero seguir carreira militar como engenheira de navios da Marinha”.

Parcerias com União dos Palmares


O prefeito da cidade de União dos Palmares, Areski Freitas, esteve hoje na sede da Fundação Cultural Palmares para estreitar parceiras com o objetivo de melhorar as condições de visitas à Serra da Barriga, onde está localizado o Parque Memorial Quilombo dos Palmares. Segundo o presidente da FCP, Zulu Araújo, o interesse é recíproco. "O municipio de União dos Palmares é um parceiro sólido e por isso esperamos consolidar ainda mais essa relação para que possamos realizar ações na cidade que fortaleçam o Parque e a sua história", afirmou.
Para o prefeito, a intenção é que a cidade receba as ações que a Fundação Palmares já vem realizando para fazer o envolvimento da população com a história do Quilombo dos Palmares.
Foram discutidas ainda algumas atividades conjuntas para comemorar o dia 20 de novembro, como um show com as cantoras Margareth Menezes e Sandra de Sá e outras atrações, como oficinas, apresentação de capoeira etc.


Reflexão a respeito dos Idosos Negros

Seguramente, as questões que envolvem os idosos negros brasileiros, são questões altamente desafiadoras. É que passa da hora de se alcançar a compreensão plena de que tanto o bem-estar objetivo quanto o bem-estar subjetivo dos nossos negros e negras com idade avançada está diretamente ligado ora aos bens de consumo, ora à saúde, ora à relação feliz com a família, ora à sua participação na sociedade.
Sendo assim, não é possível continuar existindo desinteresse - por parte dos poderes públicos e de boa parcela da sociedade - para com os anseios e as necessidades dos nossos idosos negros, como se essa gente não fizesse parte da família nacional. Provavelmente, o primeiro desafio, consiste na superação do racismo e do preconceito que incidem, sim, sobre os brasileiros negros com idade igual ou superior a sessenta anos. Contudo, para se superar esse desafio inaugural, há de se entender que tanto e quanto os negros não idosos, os idosos negros, também merecem atenção e respeito. Isso significa que poderia e deveria existir preocupação para com aqueles que a despeito da idade avança e da baixa escolaridade continuam disputando mercado de trabalho, para com a violência física e emocional sofrida por eles, para com o abandono em que muitos deles se encontram, para com o estado de miserabilidade em que muitos deles vivem. Deveria, ainda, existir uma cruzada para combater veementemente os estereótipos de idoso negro ainda hoje veiculado pela mídia, além de um coro de vozes afinadíssimas para apregoar bem alto a imensa e diversificada produção literária, artística e científica produzida, sim, por esse público específico. Mas os desafios não param por ai: vão além, muito além. Estudos revelam que o novo comportamento dos idosos brasileiros - por exemplo, participação nos centros de convivência e ingresso nas universidades abertas para a terceira idade - permitiu ao público idoso desempenhar novos papéis no mundo atual, tais como: ser um ator político com mais participação nas decisões da sociedade, além de consumidor ativo. Porém, os mesmos estudos não revelam se dentre esses idosos que atualmente freqüentam centros de convivência e universidades abertas para a terceira idade encontram-se, também, os idosos negros. E outros estudos asseguram, ainda, que atualmente uma pessoa de 70 anos de idade tem bem mais vitalidade do que uma pessoa de 50 anos há três ou quatro décadas. E essas mudanças ocorreram, dizem os estudiosos, sobretudo em razão dos avanços da medicina e da popularização da gerontologia. Todavia, as fontes não esclarecem se a vitalidade mencionada incide também sobre os idosos negros. Talvez sim, talvez não. Mas considerando que nem todo idoso negro tem acesso aos avanços da medicina e, menos ainda, às praticas reunidas na gerontologia, é muito provável que os nossos parentes e amigos idosos negros não façam parte do público contemplado nos estudos mencionados. E se não fazem parte, porquê será? Sim, tem faltado sensibilidade aos poderes públicos, à sociedade - e, inclusive, a nós, os negros não idosos - para perceber a vulnerabilidade dos nossos idosos negros, vulnerabilidade essa que somada ao racismo e ao preconceito, resulta na invisibilidade quase que absoluta dos cidadãos negros com idade igual ou superior a sessenta anos. E tudo isso combinado, claro, credencia o nosso pessoal mais velho a disputar o primeiro lugar no pódio dos excluídos deste país.Porém, não obstante a gravidade da situação é possível reverter o quadro, desde que haja somatória de forças. É que neste ano em que se completa 120 anos da Abolição da Escravidão negra no Brasil - momento em que refletimos mais do que nunca a respeito dos desdobramentos daquela atitude oficial - parece imprescindível incluir na pauta das discussões a situação em que se encontram muitos dos idosos negros deste país. A justificativa para essa inclusão não é outra senão a de que tanto e quanto as crianças, as mulheres, os jovens e os adultos negros, os idosos negros, também são vítimas da denominada abolição inacabada. Assim, a inclusão do tema na agenda negra nacional é algo necessário e urgente não só por tudo isso, mas também pelo que disse o ex-secretário das Nações Unidas - Kofi Anan - durante a Assembléia Geral sobre o Envelhecimento Humano, ocorrida no ano de 2002, em Madri-Espanha: “precisamos reconhecer que as pessoas idosas são únicas, com necessidades, talentos e capacidades individuais, e não um grupo homogêneo por causa da idade”. E embora o ex-secretário não tivesse se referido especificamente aos idosos negros, não creio, que ele não estivesse pensando em si próprio e nos seus iguais.Sim, proponho e acredito na superação desse primeiro desafio não só em razão da necessidade, mas também por acreditar que transformações positivas ocorrem graças ao conhecimento adquirido nas diferentes áreas do saber além, naturalmente, da ajuda valiosa do sadio e sólido idealismo. O título original do artigo é "Breve Reflexão a Respeito dos Idosos Negros Brasileiros".
Fonte: Afropress , Colunista Sonia Ribeiro

domingo, 26 de outubro de 2008

Obama recebe apoios na reta final

Washington/EUA – Na reta final da campanha para se tornar o primeiro negro à Presidência dos EUA, o senador Barack Obama, recebeu o apoio de grandes jornais e de pesos pesados da política americana, entre os quais o The New York Times e do ex-porta voz do Governo Bush, Scott McClellan.No seu editorial intitulado “Barack Obama para Presidente”, o jornal, que havia apoiado a senadora Hillary Clinton, nas primárias defendeu a eleição de Obama "após oito anos do governo falido de George W. Bush". "Obama atraiu legiões de novos eleitores com poderosas mensagens de esperança, e também com pedidos de sacrifício partilhado e de responsabilidade social", afirma o jornal. "Acreditamos que ele tem a vontade e a capacidade de forjar um amplo consenso político que é essencial para encontrar soluções para os problemas deste país." DemocratasDeclaradamente democrata --nas eleições de 2000 e 2004, o jornal apoiou as candidaturas de Al Gore e John Kerry-- o "NYT" defendeu a bandeira da "mudança" pregada por Obama e criticou o candidato republicano John McCain .Além do Times, o Los Angeles Times, o Chicago Tribune e o Washington Post também apóiam o senador negro. McClellan e PowellEntre as figuras de peso, Obama também recebeu o apoio de dois importantes nomes que participaram do Governo Bush: o ex-porta voz da Casa Branca, Scott McClellan e o ex-Secretário de Estado, Collin Powell."Acredito que ele é uma figura que traz transformação, ele representa uma nova geração chegando ao palco do mundo, ao palco americano, e por isso vou votar no senador Barack Obama", afirmou Powell.
Fonte: Afropress



Freakonomics.com: quando é válido votar em um candidato por causa da raça?

Recentemente o "New York Times" publicou uma série de artigos a respeito do papel desempenhado pela raça dos indivíduos na atual eleição presidencial, incluindo uma matéria sobre a raça e a urna, escrito por Adam Nagourney, que inclui a seguinte passagem:"Saul Anuzis, líder do Partido Republicano em Michigan, disse que já se acostumou a ouvir sussurros de eleitores dizendo que não votariam em Obama porque ele é negro. 'Honestamente, nós não conhecemos o tamanho deste problema', disse Anuzis. Mas o deputado Artur Davis, um democrata afro-americano do Alabama, disse que a raça não é mais a barreira automática que costumava ser para o ingresso na Casa Branca. Existe um grupo de eleitores que não votará em pessoas de raça diferente', afirma Davis. 'Mas eu creio que atualmente o número de indivíduos que pensam desta forma é o menor que já tivemos na história'".O que é interessante para mim, e muitas vezes não é comentado, é que o "grupo de eleitores que não votarão em pessoas de outra raça" pode descrever melhor os eleitores negros do que os brancos. É verdade que, com freqüência, os eleitores negros não contam com a opção de um candidato negro em quem votar. Mas pensem no que aconteceu nas eleições primárias democratas deste ano, quando eles tiveram tal opção. Entre os eleitores negros, o senador Obama conquistou vitórias estrondosas na disputa com a senadora Hillary Clinton em quase todos os Estados. Eis aqui alguns dos Estados nos quais esta tendência foi mais marcante:
Na Pensilvânia, Obama conquistou 92% dos votos negros e 38% dos votos brancos.
Em Indiana, 92% dos votos negros e 39% dos brancos.
Em Illinois, 94% dos negros e 62% dos brancos.
Em Ohio, entre 87% e 91% dos votos negros e entre 34% e 44% dos brancos.
Na Carolina do Norte, 91% dos votos negros e de 33% a 44% dos brancos.
(Nota: em algumas pesquisas de boca de urna, a raça do eleitor é registrada juntamente com o seu sexo, não sendo entretanto fornecida como um total independente. Em Ohio, por exemplo, Obama saiu-se melhor entre as mulheres negras do que entre os homens negros, e melhor entre os homens brancos do que entre as mulheres brancas).
Assim, nesses Estados, vários dos quais serão altamente disputados na eleição que está por vir, mais de nove entre cada 10 eleitores negros votaram em candidatos negros, enquanto que de três a seis entre cada 10 eleitores brancos votaram em um candidato negro. Isso me lembra do desconforto que os torcedores brancos sentem em relação ao desejo de dar gritos altos de apoio a um ou dois atletas brancos de um time da NBA. Isso seria um episódio de racismo - ou apenas mais um exemplo de votação na própria raça?McCain, a mídia, o dinheiro e Montesinos (e Obama também)Enquanto a campanha de Obama continua arrecadando milhões de dólares, uma coisa fica clara: caso ele vença a eleição, muita gente certamente atribuirá pelo menos uma parte da sua vitória ao dinheiro. Mas será que tal avaliação é correta?Em "Freakonomics", nós debruçamo-nos sobre esse tópico . O nosso argumento baseou-se em uma pesquisa de Steve Levitt em que ele analisou disputas por cargos legislativos na quais dois oponentes enfrentaram-se mais de uma vez. Eis aqui por que essa pesquisa é interessante:Se o candidato A vencer e gastar 50% mais do que o candidato B, poderia ser natural assumir que foi o dinheiro que fez a diferença. Mas como saber de fato? É difícil separar a atração natural exercida por um candidato da atração criada pelo dinheiro gasto com organização da campanha, propagandas, etc. Assim ao acompanhar o mesmo desafio repetidas vezes - ou seja, campanhas nas quais a atração natural exercida pelos candidatos ficou mais ou menos constante - Levitt foi capaz de isolar o impacto do dinheiro.Eis aqui como ele expôs os resultados: "A quantidade de dinheiro gasto pelos candidatos dificilmente tem qualquer importância. Um candidato vencedor pode reduzir os seus gastos pela metade e perder apenas 1% dos votos. Por outro lado, um candidato que está perdendo e dobra os seus gastos pode esperar uma migração de votos a seu favor de apenas 1%".O que realmente importa para um candidato político não é o quanto ele gasta, e sim quem ele é.Em outras palavras: não é que a arrecadação de muito dinheiro ajude um candidato a ser mais atraente ao eleitorado, e, conseqüentemente, a ter um melhor resultado; e sim que os melhores candidatos arrecadam mais dinheiro porque são mais atraentes sob o ponto de vista político. Basta lembrar: há apenas um ano, Mitt Romney estava nadando em dinheiro, e o senador John McCain encontrava-se praticamente quebrado. Se o dinheiro fosse tão crucial para as eleições, não seria de se esperar que McCain não tivesse conquistado a vaga republicana de candidato à presidência?É também interessante observar que Obama está usando a mídia - vejam, por exemplo, o plano da sua campanha no sentido de apresentar um informe comercial de 30 minutos no final de outubro em horário nobre de televisão - para divulgar a sua mensagem, enquanto parte da mensagem da campanha de McCain consiste em afirmar que a própria mídia é a inimiga. A atitude anti-mídia da chapa McCain/Palin tem conseqüências no circuito da campanha política. Vejamos por exemplo este artigo de 7 de outubro do jornal "The Washington Post" a respeito de um recente evento da campanha de Palin:"Os ataques rotineiros de Palin contra a mídia começaram a traduzir-se em fatos lamentáveis. Em Clearwater, os jornalistas que chegavam foram recebidos com vaias e assédios por uma multidão de cerca de 3.000 pessoas. A seguir Palin culpou as perguntas de Katie Couric pela sua 'nada bem-sucedida entrevista com um tipo de mídia tradicional'. Nesse momento, os apoiadores de Palin voltaram-se contra os jornalistas na área de imprensa, brandindo thunder sticks e gritando palavrões. Outros xingaram uma equipe de televisão. Um apoiador de Palin gritou uma ofensa de cunho racista contra o técnico de som de uma rede de televisão e disse a ele, "Sente-se, boy".Mas isso não significa que a campanha McCain-Palin não tenha nada a ganhar com a mídia. Tanto McCain quanto Palin capitalizaram uma matéria publicada no "New York Times" que falava sobre a relação entre Obama e William Ayers, que no passado foi um terrorista nacional. Portanto, qual é a forma correta de pensar na relação entre o dinheiro, a mídia e os resultados das campanhas políticas? Será que Obama está sendo sábio ao investir tanto nos meios de comunicação? E McCain é inteligente ao arriscar-se a ficar alienado em relação à mídia? Será que todo esse dinheiro e energia não seriam mais bem investidos em alguma outra coisa?Talvez haja alguma sabedoria a ser colhida de um estranho incidente ocorrido no Peru em um passado não muito distante. Há alguns anos, os economistas John McMillan e Pablo Zoido redigiram um trabalho fantasticamente interessante sobre Vladimiro Montesinos, que foi chefe do serviço secreto peruano no governo do presidente Alberto Fujimori. Montesinos oferecia rotineiramente propinas a quem quer que pudesse ajudar Fujimori a manter-se no poder, e ele também mantinha registros dessas propinas - chegando até a filmar as transações. Infelizmente, para ele, Montesinos foi pego, e McMillan e Zoido puderam analisar os dados referentes às propinas. Para quem você acha que Montesinos deu mais dinheiro?Eis a resposta, resumida por Richard Morin no "Washington Post":"Você não chegou nem perto. 'A propina paga a uma única rede de televisão foi quatro vezes maior do que o total das propinas pagas aos políticos de oposição', descobriram os economistas. 'com a revelação desta preferência, ficou claro que o maior obstáculo ao poder do governo era a mídia noticiosa'".Assim, embora Obama esteja torrando milhões de dólares, pelo menos parece que ele está desperdiçando dinheiro na direção certa. Quanto a McCain: bem, ainda não é muito tarde para ele começar a mandar alguma coisinha para os seus amigos na mídia.Stephen J. Dubner e Steven D. Levitt são os autores de "Freakonomics: A Rogue Economist Explores the Hidden Side of Everything" ("Freakonomics: Um Economistas Renegado Explora o Lado Oculto de Tudo").
Fonte: Uol noticias

Freakonomics.com: quando é válido votar em um candidato por causa da raça?

Recentemente o "New York Times" publicou uma série de artigos a respeito do papel desempenhado pela raça dos indivíduos na atual eleição presidencial, incluindo uma matéria sobre a raça e a urna, escrito por Adam Nagourney, que inclui a seguinte passagem:"Saul Anuzis, líder do Partido Republicano em Michigan, disse que já se acostumou a ouvir sussurros de eleitores dizendo que não votariam em Obama porque ele é negro. 'Honestamente, nós não conhecemos o tamanho deste problema', disse Anuzis. Mas o deputado Artur Davis, um democrata afro-americano do Alabama, disse que a raça não é mais a barreira automática que costumava ser para o ingresso na Casa Branca. Existe um grupo de eleitores que não votará em pessoas de raça diferente', afirma Davis. 'Mas eu creio que atualmente o número de indivíduos que pensam desta forma é o menor que já tivemos na história'".O que é interessante para mim, e muitas vezes não é comentado, é que o "grupo de eleitores que não votarão em pessoas de outra raça" pode descrever melhor os eleitores negros do que os brancos. É verdade que, com freqüência, os eleitores negros não contam com a opção de um candidato negro em quem votar. Mas pensem no que aconteceu nas eleições primárias democratas deste ano, quando eles tiveram tal opção. Entre os eleitores negros, o senador Obama conquistou vitórias estrondosas na disputa com a senadora Hillary Clinton em quase todos os Estados. Eis aqui alguns dos Estados nos quais esta tendência foi mais marcante:
Na Pensilvânia, Obama conquistou 92% dos votos negros e 38% dos votos brancos.
Em Indiana, 92% dos votos negros e 39% dos brancos.
Em Illinois, 94% dos negros e 62% dos brancos.
Em Ohio, entre 87% e 91% dos votos negros e entre 34% e 44% dos brancos.
Na Carolina do Norte, 91% dos votos negros e de 33% a 44% dos brancos.
(Nota: em algumas pesquisas de boca de urna, a raça do eleitor é registrada juntamente com o seu sexo, não sendo entretanto fornecida como um total independente. Em Ohio, por exemplo, Obama saiu-se melhor entre as mulheres negras do que entre os homens negros, e melhor entre os homens brancos do que entre as mulheres brancas).
Assim, nesses Estados, vários dos quais serão altamente disputados na eleição que está por vir, mais de nove entre cada 10 eleitores negros votaram em candidatos negros, enquanto que de três a seis entre cada 10 eleitores brancos votaram em um candidato negro. Isso me lembra do desconforto que os torcedores brancos sentem em relação ao desejo de dar gritos altos de apoio a um ou dois atletas brancos de um time da NBA. Isso seria um episódio de racismo - ou apenas mais um exemplo de votação na própria raça?McCain, a mídia, o dinheiro e Montesinos (e Obama também)Enquanto a campanha de Obama continua arrecadando milhões de dólares, uma coisa fica clara: caso ele vença a eleição, muita gente certamente atribuirá pelo menos uma parte da sua vitória ao dinheiro. Mas será que tal avaliação é correta?Em "Freakonomics", nós debruçamo-nos sobre esse tópico . O nosso argumento baseou-se em uma pesquisa de Steve Levitt em que ele analisou disputas por cargos legislativos na quais dois oponentes enfrentaram-se mais de uma vez. Eis aqui por que essa pesquisa é interessante:Se o candidato A vencer e gastar 50% mais do que o candidato B, poderia ser natural assumir que foi o dinheiro que fez a diferença. Mas como saber de fato? É difícil separar a atração natural exercida por um candidato da atração criada pelo dinheiro gasto com organização da campanha, propagandas, etc. Assim ao acompanhar o mesmo desafio repetidas vezes - ou seja, campanhas nas quais a atração natural exercida pelos candidatos ficou mais ou menos constante - Levitt foi capaz de isolar o impacto do dinheiro.Eis aqui como ele expôs os resultados: "A quantidade de dinheiro gasto pelos candidatos dificilmente tem qualquer importância. Um candidato vencedor pode reduzir os seus gastos pela metade e perder apenas 1% dos votos. Por outro lado, um candidato que está perdendo e dobra os seus gastos pode esperar uma migração de votos a seu favor de apenas 1%".O que realmente importa para um candidato político não é o quanto ele gasta, e sim quem ele é.Em outras palavras: não é que a arrecadação de muito dinheiro ajude um candidato a ser mais atraente ao eleitorado, e, conseqüentemente, a ter um melhor resultado; e sim que os melhores candidatos arrecadam mais dinheiro porque são mais atraentes sob o ponto de vista político. Basta lembrar: há apenas um ano, Mitt Romney estava nadando em dinheiro, e o senador John McCain encontrava-se praticamente quebrado. Se o dinheiro fosse tão crucial para as eleições, não seria de se esperar que McCain não tivesse conquistado a vaga republicana de candidato à presidência?É também interessante observar que Obama está usando a mídia - vejam, por exemplo, o plano da sua campanha no sentido de apresentar um informe comercial de 30 minutos no final de outubro em horário nobre de televisão - para divulgar a sua mensagem, enquanto parte da mensagem da campanha de McCain consiste em afirmar que a própria mídia é a inimiga. A atitude anti-mídia da chapa McCain/Palin tem conseqüências no circuito da campanha política. Vejamos por exemplo este artigo de 7 de outubro do jornal "The Washington Post" a respeito de um recente evento da campanha de Palin:"Os ataques rotineiros de Palin contra a mídia começaram a traduzir-se em fatos lamentáveis. Em Clearwater, os jornalistas que chegavam foram recebidos com vaias e assédios por uma multidão de cerca de 3.000 pessoas. A seguir Palin culpou as perguntas de Katie Couric pela sua 'nada bem-sucedida entrevista com um tipo de mídia tradicional'. Nesse momento, os apoiadores de Palin voltaram-se contra os jornalistas na área de imprensa, brandindo thunder sticks e gritando palavrões. Outros xingaram uma equipe de televisão. Um apoiador de Palin gritou uma ofensa de cunho racista contra o técnico de som de uma rede de televisão e disse a ele, "Sente-se, boy".Mas isso não significa que a campanha McCain-Palin não tenha nada a ganhar com a mídia. Tanto McCain quanto Palin capitalizaram uma matéria publicada no "New York Times" que falava sobre a relação entre Obama e William Ayers, que no passado foi um terrorista nacional. Portanto, qual é a forma correta de pensar na relação entre o dinheiro, a mídia e os resultados das campanhas políticas? Será que Obama está sendo sábio ao investir tanto nos meios de comunicação? E McCain é inteligente ao arriscar-se a ficar alienado em relação à mídia? Será que todo esse dinheiro e energia não seriam mais bem investidos em alguma outra coisa?Talvez haja alguma sabedoria a ser colhida de um estranho incidente ocorrido no Peru em um passado não muito distante. Há alguns anos, os economistas John McMillan e Pablo Zoido redigiram um trabalho fantasticamente interessante sobre Vladimiro Montesinos, que foi chefe do serviço secreto peruano no governo do presidente Alberto Fujimori. Montesinos oferecia rotineiramente propinas a quem quer que pudesse ajudar Fujimori a manter-se no poder, e ele também mantinha registros dessas propinas - chegando até a filmar as transações. Infelizmente, para ele, Montesinos foi pego, e McMillan e Zoido puderam analisar os dados referentes às propinas. Para quem você acha que Montesinos deu mais dinheiro?Eis a resposta, resumida por Richard Morin no "Washington Post":"Você não chegou nem perto. 'A propina paga a uma única rede de televisão foi quatro vezes maior do que o total das propinas pagas aos políticos de oposição', descobriram os economistas. 'com a revelação desta preferência, ficou claro que o maior obstáculo ao poder do governo era a mídia noticiosa'".Assim, embora Obama esteja torrando milhões de dólares, pelo menos parece que ele está desperdiçando dinheiro na direção certa. Quanto a McCain: bem, ainda não é muito tarde para ele começar a mandar alguma coisinha para os seus amigos na mídia.Stephen J. Dubner e Steven D. Levitt são os autores de "Freakonomics: A Rogue Economist Explores the Hidden Side of Everything" ("Freakonomics: Um Economistas Renegado Explora o Lado Oculto de Tudo").
Fonte: Uol noticias

VERMELHO & BRANCO na avenida

No ano que o Clube Cultural Beneficente União Independente completou 52 anos de fundação, amigos e simpatizantes do clube e em especial a pessoa do atual presidente Cláudio Bibiano resolveram apoia- lo, e montaram uma comissão organizadora para dirigir o Clube até o final de Fevereiro de 2009, e com visão especial ao Carnaval 2009, o tema enredo está sendo escolhido pela comissão e será divulgado nos próximos dias, o convite está sendo feito para os antigos sócios, a amigos e simpatizantes que ainda guardam em suas lembranças o que o Clube CBUI representou e representa para nossa comunidade carnavalesca.
Um projeto está sendo montado para o ano de 2009 que terá participação fundamental da comunidade vizinha ao clube, hoje em situação difícil castigado pelo tempo e pelos vândalos sua estrutura apresenta necessidade urgente de reparos.

" Acreditamos e valorizamos nossa cultura , o Independente não pode acabar assim por tudo que fomos no passado, sei que é dificil, sem a colaboração de Vcs ,recebi o clube funcionando na epoca já em situação complicada e enquanto estiver vivo não permitirei que parte de nossa historia seja esquecida , estamos ai o VERMELHO & BRANCO não morreu queremos estar presente no carnaval 2009 , queremos abrir nosso clube, queremos voltar a viver" ( palavras do presidente Claudio Bibiano ).

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Comissão aprova oficialização de Hino à Negritude

A Comissão de Educação e Cultura aprovou na última quarta-feira (15) o Projeto de Lei 2.445/07, do deputado Vicentinho (PT-SP), que oficializa o Hino à Negritude, do poeta e professor Eduardo de Oliveira, em todo o território nacional.
A proposta original prevê que o hino seja executado em todas as solenidades dirigidas à raça negra, mas, em voto em separado, a relatora, deputada Fátima Bezerra (PT-RN), acolheu a sugestão dos deputados Lobbe Neto (PSDB-SP) e Ivan Valente (Psol-SP) e suprimiu essa determinação.
De acordo com Vicentinho, o projeto foi apresentado originalmente em 1966, pelo então deputado Dr. Teófilo Ribeiro de Andrade Filho. Foi reapresentado em 1993 pelo ex-deputado Nelson Salomé e em 1997 pelo também ex-deputado Marcelo Barbieri. Segundo o autor, a proposição foi aprovada em todas as comissões, mas, "por razões calcadas apenas na resistência ao reconhecimento da necessidade de se preencher uma lacuna histórica da nossa sociedade, não foi adiante".
Sentimento de fraternidade
O deputado tomou a iniciativa de apresentar novamente o projeto em 20 de novembro de 2007, Dia Nacional da Consciência Negra. Vicentinho argumenta que o objetivo é reconhecer a trajetória do negro na formação da sociedade brasileira.
Não temos símbolos que enalteçam e registrem este sentimento de fraternidade entre as diversas etnias que compõem a base da população brasileira", afirma.
Em seu relatório, a deputada Fátima Bezerra esclarece que a palavra negritude foi empregada pela primeira vez em 1934, pelo poeta francês Aimée Césaire. O poeta, que nasceu na Martinica, exaltava os valores da cultura africana e combatia o colonialismo. "Alguns intelectuais negros adotaram a expressão e passaram a utilizá-la como identidade étnica, bandeira de luta, estandarte de orgulho das suas origens", acrescenta a parlamentar.
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Hino à Negritude (Cântico à Africanidade Brasileira)
I
Sob o céu cor de anil das Américas
Hoje se ergue um soberbo perfil
É uma imagem de luz
Que em verdade traduz
A história do negro no Brasil
Este povo em passadas intrépidas
Entre os povos valentes se impôs
Com a fúria dos leões
Rebentando grilhões
Aos tiranos se contrapôs
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)
II
Levantado no topo dos séculos
Mil batalhas viris sustentou
Este povo imortal
Que não encontra rival
Na trilha que o amor lh destinou
Belo e forte na tez cor de ébano
Só lutando se sente feliz
Brasileiro de escol
Luta de sol a solenidadesPara o bem de nosso país
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, horoi, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)
III
Dos Palmares os feitos históricos
São exemplos da eterna lição
Que no solo Tupi
Nos legara Zumbi
Sonhando com a libertação
Sendo filho também da MãeÁfrica
Arunda dos deuses da paz
No Brasil, este Axé
Que nos mantém de pé
Vem da força dos Orixás
Ergue a tocha no alto da glória

Fonte: Fundação Cultural Palmares

Brasil marca presença em encontro ibero-americano


Ministério da Cultura e Fundação Cultural Palmares participaram, em Cartagena, da discussão e elaboração de uma Agenda Afro-descendente nas Américas. Próximo encontro já está agendado para fevereiro de 2010, em Salvador.
As políticas públicas de ações afirmativas para a igualdade racial adotadas pelo governo brasileiro foram destaque no I Encontro Ibero-Americano - Agenda Afro-descendente nas Américas. O ministro da Cultura, Juca Ferreira, e o presidente da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo, tiveram participação ativa nos debates e mesas de discussão, nos quais predominaram a necessidade de articular a cooperação, o intercâmbio, a promoção e a divulgação da cultura afro nos paises da América Latina e Caribe. Estavam presentes nove ministros de Cultura e organismos internacionais, como a Organização dos Países Ibero-Americanos (OEI), a Unesco e a Organização Internacional para as Migrações.

O evento foi considerado um marco na proposta de cooperação multilateral entre os países ibero-americanos, que elegeram a diversidade cultural como objetivo de um projeto de integração. Estima-se que, hoje, a América Latina e o Caribe concentrem uma população de 150 milhões de afro-descendentes. A diáspora africana na região representa cerca de 30% da população total. Entretanto, ainda há uma desatenção generalizada ao que representaram os vários séculos de aporte cultural material, imaterial e simbólico dos afro-descendentes na região.
Voltando do passado ao presente, coloca-se a necessidade de definir uma agenda comum entre os países, que seja capaz de construir processos de fortalecimento de identidade e integração das manifestações culturais. Para tanto, foram propostos dois grandes fóruns, com os temas Tendências Globais, Diáspora Africana e Necessidade de Inclusão e A Cultura como Base do Reencontro e Recriação de uma Agenda Global Étnica.
A ministra da Cultura da Colômbia, Paula Moreno Zapata, anfitriã do Encontro, ressaltou que "discutir a Agenda Afro-descendente nas Américas significa reconhecer os avanços que alguns movimentos sociais, acadêmicos e os governos têm obtido". Para ela, é necessário que essa discussão, iniciada no marco de uma agenda ibero-americana, adquira a relevância de uma reivindicação histórica. Isso, de acordo com a ministra, significa pensar em uma história com futuro e que possa adquirir toda a relevância de uma reivindicação histórica.

Integração afro-latina
Segundo o ministro Juca Ferreira, a luta contra o racismo, a discriminação e a intolerância não pode ser corporativa, mas de valores, a partir de uma luta política nacional. Para ele, a luta local é também fundamental e os espaços têm de ser ocupados para gerar políticas publicas que reconheçam a diversidade cultural, "porém, o projeto de nação não pode ser ignorado e deve-se creditar ao Estado a responsabilidade por uma transformação social profunda, por meio de instrumentos eficazes, que dêem conta da dimensão da importância de lutar pela igualdade racial".

A expressão maior desse entendimento foi a apresentação no evento do Observatório Afro-Latino, projeto que está sendo gestado pela Fundação Palmares. Ao apresentá-lo, Zulu Araújo afirmou ser esse programa o compartilhamento das idéias e das propostas que ele traz e que estará permanentemente em construção com a colaboração de todos que estão engajados na luta pelo reconhecimento da contribuição afro nas construção das sociedades. "O objetivo é fazer que possamos conhecer melhor as manifestações culturais na América Latina e proporcionar a reflexão crítica, a preservação e o desenvolvimento dessas manifestações" ressaltou.
De acordo com Zulu, a cultura dos negros em diáspora tem sido o principal instrumento de resistência nas terras do além-mar e "é através da cultura que conhecemos também as dificuldades e como nos relacionamos com os outros na perspectiva da cultura enquanto dimensão da cidadania e o direito a bens e serviços públicos e a tudo aquilo que faz que sejamos cidadãos".
O presidente da Fundação Palmares ressaltou a necessidade de os países formularem políticas públicas que levem à valorização e, sobretudo, à cidadania plena dos afro-descendentes na América Latina. Segundo ele, "o que precisamos fazer é dar conhecimento, disponibilizar a rica contribuição dos negros para a cultura. Não só seu reconhecimento, mas a inclusão plena dessas manifestações em cada um de nossos países".
Zulu informou que o Observatório estará efetivamente disponível a partir do dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, quando será lançado oficialmente, mas "para que se transforme no espaço da troca, será necessário contar com a colaboração de todos os países e dos organismos internacionais".

sucesso da proposta foi tão expressivo que a Declaração de Cartagena, aprovada por unanimidade, incluiu a seguinte recomendação: "apoiar a criação e os planos de ação do Observatório Afro-Latino do Brasil como ponto focal para monitorar e coordenar os avanços dos projetos sub-regionais que decorram da presente declaração".
A cultura foi apresentada como eixo central do desenvolvimento e elemento fundamental da identidade e do bem-estar das nações. Ponto de encontro da diáspora, a reflexão sobre o papel da cultura ocorreu sem o confronto das idéias, pois, segundo os participantes, é na riqueza das manifestações culturais que a população afro-descendente de todos os paises encontra um sentimento comum de unidade e de solidariedade para a afirmação de seus valores e de seu patrimônio.
O papel do Estado
A discussão sobre o papel do Estado também relevou a posição do Brasil, citado por vários representantes de outros países como exemplo na luta pela superação do racismo e pelo respeito à diversidade cultural. Tanto o ministro Juca Ferreira quanto Zulu Araújo ressaltaram o êxito dos projetos brasileiros, como a adoção do sistema de cotas raciais nas universidades públicas brasileiras; os pontos de cultura, que são centros de produção e difusão cultural dirigidos a comunidades de periferia; a lei 10.639/2003, que instituiu o ensino de história da África e da cultura afro-brasileira nos ensinos fundamental e médio; o reconhecimento das terras dos remanescentes de quilombos; o combate à intolerância religiosa; a bolsa-família, entre outros.

O esforço foi, então, de oferecer uma valiosa oportunidade para eleger uma posição coletiva dos Estados, e particularmente dos ministérios da Cultura, acerca da indiscutível contribuição afro-descendente para a construção das sociedades pan-americanas e de seus avanços. Neste ponto, o foco foi direcionado aos Ministérios da Cultura dos países da região, tendo em vista que o reconhecimento cultural constitui um importante objetivo de desenvolvimento. A eles foi, então, recomendado o empenho na busca de soluções para o enfrentamento das desigualdades e dos conflitos.
Entre as recomendações aprovadas aos ministérios constam a realização de uma campanha de sensibilização, nos diferentes países, que promova o auto-reconhecimento dos afro-descendentes, bem como incluir a variável de pertencimento étnico, por auto-reconhecimento, nos censos populacionais. Ao que o Brasil, mais uma vez, teve papel de destaque. O presidente da FCP declarou que os afro-descendentes no Brasil atingem hoje mais de 50% da população, devido ao auto-reconhecimento, em conseqüência das políticas públicas brasileiras que tratam de valorizar a identidade de negros e negras através dos programas de inclusão social.
Dá-se, então, a comprovação do sucesso dos programas brasileiros quando foi anunciado que o Programa Regional de Apoio às Populações Afro-descendentes da América Latina (Acua) contemplou três comunidades de quilombolas no Brasil, com um aporte financeiro de 20 mil dólares, durante um período de dois anos. A Acua selecionou ao todo treze projetos, pela sua relevância em ações de sustentabilidade, desenvolvidos para a melhoria da qualidade de vida nessas comunidades. Os projetos brasileiros contemplados foram: Espaço Cultural Vovô Conceição (Aso Orisa; Roupas de Santo - confecção); Associação da Comunidade Quilombola de Cocalinho (A arte do saber, saberes e fazeres de uma comunidade quilombola - artesanato); Sociedade Beneficente de Defesa do Terreiro Sogboadã (Cabeça de Negra; Ensino da cultura dos trançados e turbantes, costumes e tradições de beleza e auto-estima).
A contribuiçao da mídia
Muito se discutiu, durante o evento, como os meios de comunicação podem contribuir para o acesso e a divulgação das manifestações culturais afro-descendentes e para a consolidação de uma sociedade justa e igualitária. Foi aprovada a recomendação de que sejam estimulados processos de comunicação nos diferentes meios para superar a exclusão social, por meio da produção de conteúdos próprios pelas comunidades afro-descendentes e incentivando os meios de comunicação a adotarem formas de representação apropriadas e coerentes com sua cultura e aspirações.
O ministro Juca Ferreira enfatizou as diferenças como grandes valores identitários. "Penso que na América Latina, como um todo, não se constituíram signos fortes de identificação e a comunicação não pode ser discutida fora dessas condições". Segundo disse, no Brasil há uma grande visibilidade musical, da religiosidade, do futebol, do carnaval, do samba, mas o racismo não se manifesta por aí, e sim por diferenças sociais, pois ainda há uma impossibilidade da sociedade produzir oportunidades que superem esse quadro ainda nefasto. O ministro citou as cotas nas universidades para exemplificar como a sociedade reagiu à sua implementação, inclusive intelectuais, sob a crença de que temos democracia racial. A reação social a fatos como esse, na avaliação do ministro, pode ter efeito positivo se bem produzidos pelos meios de comunicação.
Em outra perspectiva, o ministro Juca Ferreira propôs reforçar a importância da inclusão simbólica dos negros na sociedade e criar um clima de solidariedade. Para ele, mais importante é o reconhecimento de um corpo simbólico nas sociedades de nossas nações e incorporar a contribuição que os negros deram através da sua cultura e da sua sensibilidade, de que foram capazes ultrapassando limites.
O relator especial das Nações Unidas sobre Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância, o senegalês Doudou Diene, foi um dos convidados especiais do Encontro. Para ele, essa foi uma ótima oportunidade para a dignificação da memória dos povos afro-descendentes e para encontrar alternativas que melhorem as condições de vida das comunidades.
Ao final do encontro as delegações dos paises foram conhecer o Palenque de San Basílio, comunidade negra da Colômbia, descendentes de escravos, que mantém as suas tradições culturais vivas.

domingo, 19 de outubro de 2008

SEMINÁRIO DE ARTICULAÇÃO DA II MARCHA ZUMBI DOS PALMARES


Acontece Sabado dia 25 de outubro as 13h e 30 min tendo como local Sede do SINDISERF/RS, situado a Trav. Leonardo Truda, 40 - 12 andar - Centro - Porto Alegre/RS, Informação de contato Telefone 53.99491618 , E-mail jassrs@gmail.com ,O presente Seminário tem por finalidade articular o temário da II Marcha Zumbi dos Palmares, que acontecerá na cidade de Porto Alegre/RS no dia 20 de Novembro.

ACCA realiza excursão

A ACCA realizará uma excursão a Santa Cruz do Sul , no dia 08 de Novembro onde acontece a festa do 25ª Aniversario do Concurso a MAIS BELA NEGRA ESTADUAL , evento esse que acontece no Park Central da Ocktoberfest, interessados devem procurar a ACCA nas Terças Feiras das 19 as 21h para reservar lugar ao valor de R$ 20,00 ou pode entrar em contato pelo fone 51-91516364 ou email ramosluciano73@hotmail.com, vagas limitadas, na ocasião Cachoeira estará representada por Taciane Silveira e Max dos Santos eleitos os mais Belos Negros de Cachoeira do Sul escolhidos em concurso no ultimo dia 11.

Jihad na Bahia

Revoltas de escravos em momento algum tiveram grande sucesso no Brasil. Isso se deve ao fato de que os negros nas senzalas eram advindos de grupos étnicos, lingüísticos e religiosos diversos. No início do século XIX, contudo, um grupo se tornou extremamente forte e coeso na Bahia: o dos negros das nações Nagô e Hauçá, do norte da África. Muçulmanos, com experiência em guerras tribais e extremamente cultos (dominando inclusive a escrita em língua árabe), esses negros são chamados genericamente de malês e promoveram uma verdadeira guerra religiosa em Salvador em 1835.
"No começo, os portugueses usavam a estratégia de capturar negros de diversos lugares da África. Na senzala, cada negro tinha sua própria língua e cultura. Assim, os escravos não tinham como se comunicar nem formar uma coesão dentro de seu grupo social. Mas depois, os ingleses passaram a fiscalizar os mares para combater o tráfico negreiro, de modo que não era mais possível escolher tanto os cativos. A partir de então, os traficantes de escravos tiveram que trazer negros de um único ponto, o norte da África, onde a fiscalização não era tão forte. A vinda de tantos africanos de um único lugar, com uma mesma fé, uma mesma cultura e uma mesma língua, permitiu a islamização das senzalas de Salvador", explica Jean Marcel Carvalho França, professor de História do Brasil na Unesp (Universidade Estadual Paulista) - Franca.
Pois é, vindos de antigos reinos islâmicos, os guerreiros malês não aceitavam a imposição da fé católica, o trabalho forçado e os castigos físicos. É verdade que nenhum escravo gosta de ser escravo, mas, no caso dos malês, a revolta com sua condição tinha um ingrediente extra, a religião. O Corão é claro na condenação à opressão e no estímulo à guerra contra aqueles que não aceitam a fé em Alá.
Os negros malês que sabiam ler, pouco a pouco, foram se articulando para deflagrar no momento exato a Jihad (guerra santa islâmica) na Bahia. Para tal tarefa, além de se unirem, os malês buscaram converter outros escravos à religião de Maomé. A destruição de uma mesquita e a prisão de alguns líderes religiosos em 1834 foram o estopim. "Os muçulmanos precisavam agir logo, fazer algo que evitasse uma crise de confiança na causa que representavam e uma debandada geral de adeptos recém-conquistados", conta o historiador João José Reis, uma das maiores autoridades no assunto, em seu livro "Rebelião escrava no Brasil" (Companhia das Letras, 2003). Detalhes da investida que estava sendo planejada só eram conhecidos por um grupo seleto; à massa só era pedido que estivesse preparada, que aguardasse o sinal. Com cartas e bilhetes em árabe, ininteligível para os brancos que mal sabiam ler o português, os malês combinaram matar os brancos e mulatos (que seriam, na visão dos malês, impuros e traidores), banir o catolicismo e fundar uma monarquia islâmica na Bahia.
Por muito tempo a revolta dos malês foi entendida como uma luta de classes, mas a bem da verdade é que a luta não era simplesmente uma luta de escravos contra senhores. A participação de negros libertos, marcante e fundamental para o planejamento da revolta, além da intenção de escravizar os pretos não malês após a instalação da nova ordem, mostram que a rebelião de janeiro de 1835 foi uma Jihad (guerra santa muçulmana) e não uma tentativa de revolução social.
O dia escolhido para o levante foi o dia 25 de janeiro de 1835 - as bases começaram a ser avisadas nos dias 23 e 24. Os meses de planejamento foram por água abaixo por obra da negra alforriada Guilhermina Rosa de Souza, que contou o que sabia a seu antigo senhor branco, por quem tinha afeição e a quem queria livrar do massacre. Guilhermina também avisou um vizinho branco que, por sua vez, alertou o juiz de paz.
Assim, as autoridades baianas tomaram conhecimento na noite do dia 24 e tomaram medidas repressivas, na tentativa de interceptar os malês antes da eclosão da onda de violência. O levante foi antecipado, porém, sem a mesma força que teria se tudo tivesse ocorrido conforme o planejado. Houve um ataque à delegacia, libertação de cativos, assassinatos e muito terror durante várias horas em Salvador e em diversas cidades do recôncavo.
No raiar do dia, entretanto, os mais de 1.500 revoltosos muçulmanos que carregavam símbolos islâmicos e papéis com trechos do Corão (aos quais atribuíam a propriedade de lhes dar força e invencibilidade) estavam presos, mortos ou encurralados na Praça do Teatro (hoje Praça Castro Alves). A revolta foi sufocada.
Em torno de 70 negros morreram nos combates, 500 foram deportados de volta para a África, alguns foram condenados à morte, outros às gales perpétuas e todos à tortura (o que matou mais um punhado).
O levante fracassou, mas serviu para demonstrar a força dos escravos. Os que foram levados de volta à África puderam gozar da liberdade, com sua fé em sua terra. Os que morreram, terminaram seus dias confiantes de que estavam se tornando mártires e que rumariam direto para o Paraíso. Se não lograram êxito nesta vida, tinham a convicção de que na outra estariam por cima de seus algozes.
Texto retirado do www.jornaldopovo.com.br, colunista LEANDRO CRUZ 17/10/2008

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Acca com excursão para Santa Cruz

A Associação Cachoeirense da Cultura Afro-brasileira (Acca) está organizando uma excursão para a escolha da Mais Bela Negra do Rio Grande do Sul. O evento acontecerá no próximo dia 8, em Santa Cruz do Sul. A viagem (incluindo o ingresso para a festa) custa R$ 20,00 por participante. Os convites devem ser reservados na Acca ou com integrantes da diretoria da associação. Cachoeira do Sul será representada no concurso por Taciane Silveira, a mais bela negra de Cachoeira do Sul 2008 e Max dos Santos mais belo negro desta edição.

Acca com excursão para Santa Cruz

A Associação Cachoeirense da Cultura Afro-brasileira (Acca) está organizando uma excursão para a escolha da Mais Bela Negra do Rio Grande do Sul. O evento acontecerá no próximo dia 8, em Santa Cruz do Sul. A viagem (incluindo o ingresso para a festa) custa R$ 20,00 por participante. Os convites devem ser reservados na Acca ou com integrantes da diretoria da associação. Cachoeira do Sul será representada no concurso por Taciane Silveira, a mais bela negra de Cachoeira do Sul 2008 e Max dos Santos mais belo negro desta edição.

Obama vence último debate

Nova York – O candidato democrata, Barack Obama, deu mais um importante passo para se tornar o primeiro negro a chegar à Casa Branca, ao vencer o terceiro e último debate contra o rival – o senador republicano, John McCain - de acordo com pesquisas de opinião divulgadas logo após o encontro ocorrido na noite de ontem na Universidade de Hofstra, em Nova York.
Segundo pesquisa CNN/Opinion Research Corp., 58% dos entrevistados disseram achar que Obama se saiu melhor no debate, contra 31% que disseram acreditar que McCain foi melhor. Como a economia era o tema dominante do encontro, 59% dos entrevistados na pesquisa disseram achar que Obama trataria melhor dos assuntos econômicos, 24 pontos à frente de McCain. Pesquisa da CBS
Resultados parecidos mostra outra pesquisa, dessa vez da rede de televisão CBS. A sondagem aponta que 53% dos eleitores acreditam que Obama superou McCain no debate realizado na noite de ontem e 22% disseram achar que McCain foi o vencedor. Do total, 25% acreditam que o debate terminou empatado. Antes do debate, 54% dos entrevistados pelas pesquisas disseram acreditar que Obama possuía os mesmos valores que eles. Essa porcentagem aumentou para 64% após o encontro. No caso de McCain, 52% acreditavam ter valores parecidos com o dele antes do debate, enquanto 55% disseram o mesmo após o encontro desta noite.
O primeiro debate entre os candidatos ocorreu em Oxford, Mississippi, no dia 26 de setembro. De acordo com a pesquisa CNN/Opinion Research Corp. divulgada à época, 51% dos entrevistados disseram achar que Obama venceu o debate e 38% disseram achar que Mccain se saiu melhor. Já o segundo debate presidencial ocorreu em Nashville, Tennessee, no dia 7 de outubro. Desta vez, a pesquisa indicou que 54% dos entrevistados disseram acreditar que Obama venceu o debate contra 30% de McCain.

Atlética se defende em nota

S. Paulo - A direção da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto, da Universidade Federal de S. Paulo (Unifesp), admite a responsabilidade pela publicação do jornal “O Menisco – Intermed 2008”, com pelo menos 29 piadas de teor racista, associando negros a doenças e crimes, porém, nega a intenção da prática de qualquer conduta de preconceito ou discriminação. Em nota oficial, a entidade anunciou que já está tomando todas as providências para a apuração do fato e garantiu estar à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos necessários no inquérito civil instaurado a pedido da Coordenadoria da Mulher e da Igualdade Racial da Prefeitura de Guarulhos.
A promotora Deborah Kelly Affonso , do Grupo de Atuação Especial de Inclusão Social, acenou com um acordo que “vise reparar os danos”. “Há, por exemplo, sugestões para que a Atlética promova fóruns para discutir racismo”, afirmou.
A responsável pela representação e coordenadora, Edna Roland, entregou nesta quarta-feira (15/10), um exemplar do jornal e pediu a instauração de inquérito criminal. Também a direção da Universidade anunciou em nota que em 23 de setembro passado, abriu processo administrativo na Comissão de Ética e Disciplina da graduação para apurar o fato e acrescentou que repudia atos de racismo.
Fonte: Afropress - 16/10/2008

Mais uma Universidade Federal aprova política de cotas

Aracaju/SE - A Universidade Federal de Sergipe (UFS), aprovou por meio do seu Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Conepe) o Programa de Ações Afirmativas (Paaf), que garante a implementação da política de cotas para negros e indígenas, a partir do Processo Seletivo Seriado de 2010. Com a de Sergipe chega a 53 o número de instituições públicas a adotarem ações afirmativas no país.O Programa garante a reserva de 50% das vagas para estudantes de escolas públicas. Desse total, 70% serão destinadas a estudantes autodeclarados negros, pardos ou indígenas. Também será reservada vaga por curso aos portadores de necessidades especiais.
Segundo o reitor da UFS, Josué Modesto dos Passos Subrinho (foto), a aprovação do sistema “é mais um reflexo da política de expansão e inclusão vivida pelas universidades públicas nos últimos anos”. "Acredito que nossas políticas de ações afirmativas – neste caso, as cotas – é um coroamento para tornar a universidade mais inclusiva. C
omeçamos com o aumento do número de vagas e, posteriormente, a ampliação de vagas nos cursos noturnos. Viabilizamos a interiorização da universidade, através do sistema a distância, e padronizamos o horário de ofertas dos cursos diurnos. Agora, aderimos às cotas. Todas essas medidas tornam a universidade mais receptiva", disse Subrinho.
Programa
O Programa de Ações Afirmativas da Universidade sergipana tem duração prevista de dez anos e passará por uma avaliação da Universidade após a formatura das primeiras turmas nos primeiros cinco anos, por uma comissão criada com o objetivo de monitorar o funcionamento, e sugerir ajustes e modificações.

Igualdade só em 21 anos, diz IPEA

Rio – Estudo do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, feito com base numa análise da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), revela que os brancos no Brasil vivem com o dobro da renda média dos negros.Segundo o estudo, porém, a desigualdade de renda entre brancos e negros vem caindo aceleradamente desde 2.001, depois de oscilar durante 12 anos em torno de 2,4. Atualmente a desigualdade é de 2,06, ou seja, os brancos tem mais que o dobro da renda média dos negros. Se essa tendência permanecer, haverá igualdade racial na renda domiciliar per capita somente em 2.029, portanto, daqui 21 anos.Segundo o diretor de Cooperação e Desenvolvimento (Dicod) do Ipea, Mário Theodoro (foto), os programas sociais criados pelo governo já chegaram no limite de cobertura. "Será muito difícil que essa tendência continue, a não ser que o governo invista em programas de promoção de igualdade racial mais direcionados à população negra", alerta.O fator principal que promoveu a redução da razão de rendas foi a diminuição da desigualdade na sociedade brasileira como um todo, com programas de prestação continuada de benefícios, com o Bolsa Família e os aumentos reais no salário mínimo. Essas políticas públicas impactaram em 72% na redução da desigualdade. Os outros 28% se devem à ascensão social de parte das família negras, ocorrida no período. De acordo com a análise, "os negros estão melhorando sua posição na sociedade com relativa rapidez".CotasUma medida que poderia colaborar com a redução das desigualdades em relação aos negros, segundo Teodoro, seria intensificar a política de cotas. Atualmente apenas universidades utilizam esse método como forma de reduzir desigualdades raciais. "A política de cotas não é uma política de governo, ela é exercida apenas por algumas universidades. O governo não se posicionou ainda com relação à política de cotas. Existe uma discussão interna. Imagino que deva ser uma posição do governo daqui pra frente", acrescentou. Os dados divulgados pelo Ipea fazem parte do quarto volume da série "Pnad - 2007: Primeiras análises".
Fonte: Afropress - 16/10/2008

Quilombolas ganham Plano de Desenvolvimento no norte do Piauí

Técnicos do Projeto - ATER no Quilombo, desenvolvido pelo EMATER - Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí, em parceria com a Coordenação das Comunidades Quilombolas do Piauí, estão desde quinta-feira passada (09) construindo um plano de desenvolvimento rural sustentável para comunidades quilombolas da região de Esperantina.
O trabalho faz parte de convênio com o MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário e segue até o próximo dia 17."A nossa expectativa é de saíamos daqui com um plano bastante qualificado por que nós utilizamos a metodologia do diagnóstico rural participativo, onde a comunidade atua em todo o processo", diz o Eng. Agrôn. Orlando Costa, coordenador do projeto.
De acordo com Orlando, baseado no diagnóstico que foi feito nestas comunidades, numa fase anterior, os quilombolas estão reivindicando, além da titulação das terras, uma assistência técnica mais presente e políticas públicas. "Estas são comunidades bastante excluídas e esta tem sido uma característica das comunidades quilombolas. Eles querem produzir. Mas, querem o acompanhamento técnico. Também querem moradia digna, saneamento básico, energia elétrica, escola, posto de saúde e toda estrutura básica necessária para viverem com dignidade", explica Orlando.As equipes técnicas foram compostas para atuarem em quatro comunidades do município de Campo Largo, três em Esperantina e quatro em Batalha. "Com as 25 comunidades que nós vamos trabalhar até o final deste ano, sendo 11 na região de Esperantina e 14 em São João do Piauí e São Raimundo Nonato, a EMATER perfaz um total de 106 comunidades, onde tem sido construído um plano de desenvolvimento rural sustentável para estas comunidades e tem implementado, naquilo que diz respeito ao EMATER, demandas que saem nestes planos, articulado com os outros órgãos executores das outras políticas publicas", diz Orlando.Como é construído o plano participativoDesde o primeiro momento a comunidade participa, dizendo quais são as potencialidades e os pontos fortes em cada dimensão do desenvolvimento rural sustentável nas dimensões social, econômico, institucional e ambiental.
De acordo com a extensionistas Social do EMATER, Risomar Garcia Fernandes, um dos facilitadores que atuaram na comunidade São Francisco, a própria comunidade identifica também as próprias fraquezas."A partir do que eles têm de potencialidades e fraquezas é que vamos fazer um plano de desenvolvimento. Ou seja, tentar reverter esta situação, deixando a comunidade perceber como eles estão e como querem estar daqui a cinco anos. Com essa pergunta geradora, a gente vai trabalhar as ações estratégicas e os projetos", explica Risomar.
Na comunidade "Manga", em Batalha, a extensionista social Maria Góis, trabalha com o apoio dos técnicos agrícolas João Marques e Aldo Filho, além de um representante da coordenação quilombola. "Nós estamos usando um documento sistematizado das referências da comunidade, buscando fazer uma visualização através de "tarjetas escritas" para que eles analisem cada dimensão, cada colocação que eles fazem", explica Góis.
A vida no quilomboSegundo Cláudio Henrique, da coordenação estadual das comunidades quilombolas na região dos Cocais, atualmente existem 126 comunidades quilombolas em todo o Piauí.
A constatação dele é de que algumas comunidades tiveram pouco desenvolvimento. Em outras, como a comunidade São Francisco, onde ele atuou como facilitador, já existem algumas melhorias como energia elétrica e água. "Esse trabalho vem traçando essa política pública para melhorar a qualidade de vida do povo negro, que há tantos anos ficou esquecido", afirma Cláudio.
Para ele, as comunidades quilombolas precisam ser reconhecidas por todas as políticas governamentais. Eles querem ainda trabalhar por um projeto cultural de reconhecimento das comunidades como negras e a viabilização de projetos produtivos. "Geração de renda é trabalhar na agricultura familiar com projetos de campos agrícolas, criação de caprinos, ovinos e aves.
Na parte cultural é preciso um espaço para que os negros possam apresentar a cultura dos seus antepassados, como o "Tambor de Crioula", "Reisado", "Dança de São Gonçalo", "Samba de Cumbuca", "Caretas", uma infinidade de culturas", explica Cláudio.Sem planejamento, projeto deu prejuízoEm 1998, o assentamento "Caçados", que faz parte de uma das comunidades do projeto Ater no quilombo, foi uma dos últimos a serem contemplados com recursos do antigo Procera. (que mais tarde foi substituído pelo Pronaf - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). "Fizemos 25 hectares de área irrigada. Aí o cara botou para nós produzir arroz por aspersão. (Que não tem como produzir!). Fizemos o projeto e preparamos tudo. Quando terminou, nós ainda compramos um arroz requentado. (Quer dizer. foi colocado para esquentar no forno). Nós não sabíamos. Queríamos era plantar", afirma José Carlos (mais conhecido por Carlitos), vice-presidente da associação do assentamento.Carlitos afirma que os agricultores ficaram endividados e equipamentos como um trator ficaram esquecidos na área central do assentamento. "Nós fizemos o projeto de irrigação, 40 hectares de mandioca e 40 hectares de capim (para criação de gado). O gado foi quem salvou a gente e o governo que deu um rebate de quase 90% de desconto", explica Carlitos.
Fonte: Fundação Cultural Palmares

Agenda Afro-descendente nas Américas

Zulu Araújo, presidente da Fundação Cultural Palmares, fará palestra sobre a contribuição dos afro-descendentes na construção das Américas no Encontro Ibero-Americano - Agenda Afro-descendente, que será realizado em Cartagena, Colômbia, de 16 a 18 deste mês. O Encontro, que está sendo organizado pelo Ministério da Cultura da Colômbia, pretende ser um marco na cooperação multilateral dos países ibero-americanos, que têm definido a diversidade cultural como uma proposta comum de integração. Segundo os organizadores, um dos pilares da política de diversidade cultural da região é a plurietnicidade e a multiculturalidade existente. Por isso, o evento será um marco onde um enfoque diferencial para a comunidade afro-descendente adquire vital importância.
Segundo a organização, este primeiro encontro oferecerá uma valiosa oportunidade para construir uma posição coletiva a partir dos Estados e particularmente dos Ministérios da Cultura da região sobre a indiscutível contribuição afro-descendente na construção da sociedade pan-americana e seus avanços.
O Encontro servirá ainda para criar um espaço de reflexão em torno da cultura afro-descendente nos países da América Latina e Caribe, que implicará a construção de políticas públicas para o reconhecimento da diversidade cultural, e para compartilhar experiências e estimular o desenvolvimento de uma agenda de cooperação cultural, com o objetivo de buscar alternativas para melhorar a condição de vida da população afro-descendente latino-americana.
Logo no primeiro dia do evento, o presidente da Fundação Cultural Palmares apresentará aos participantes um projeto de integração afro-latina desenvolvida pela Fundação. Zulu Araújo mostrará o piloto do Observatório Intercâmbios Afro-Latinos, que tem por objetivo estimular o diálogo entre as comunidades afro nos países latino-americanos.
Como parte do evento, está agendado um encontro de ministros da Cultura dos países ibero-americanos para discutir uma agenda interinstitucional voltada para as questões afro-descendentes nas Américas.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Jornalistas gaúchos lançam Núcleo pela Igualdade de Gênero

Porto Alegre - O Núcleo pela Igualdade de Gênero, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais/RS, será lançado nesta sexta-feira, 17 de outubro, a partir das 19 horas, na sede da Federação dos Comerciários (Andradas, 943, sala 701).
A criação de núcleos como esse nos sindicatos de jornalistas em todo o Brasil foi aprovada por unanimidade no Congresso Nacional da categoria, realizado em agosto, pela compreensão de que o trabalho das mulheres no mundo do jornalismo possui uma singularidade que deve ser debatida. Nesta data e local ocorrerá mais uma edição da Sugestão de Pauta, Mídia Étnica, que traz o tema “Comunicação, Gênero e Raça”, promoção do Núcleo dos Jornalistas Afro-brasileiros. Participam deste painel, as jornalistas Telia Negrão, secretária executiva da Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, Paola Deodoro, repórter do Segundo Caderno de Zero Hora, Sátira Machado, coordenadora da Comissão Estadual da Promoção da Igualdade Racial – Coppir, e o repórter fotográfico Luiz Armando Vaz, do Diário Gaúcho.

Atlética da Unifesp edita jornal com piadas racistas

Guarulhos/SP - O Ministério Público de S. Paulo já instaurou inquérito civil para apurar a prática dos crimes de racismo e discriminação sexual contra os responsáveis pela Associação Atlética do Curso de Medicina da Universidade Federal de S. Paulo (Unifesp) pela edição e divulgação do jornal “O Menisco – Intermed 2008”. O jornal, de responsabilidade da Associação, veiculou 69 piadas de teor racista e sexista.
A Afropress tentou contato com o presidente da Atlética, Carlos Augusto, para falar sobre o caso. Na sede da Associação, porém, uma pessoa que se identificou como Mariah informou que Augusto é o único que pode falar e que só nesta quinta-feira (16/10) estará na sede da entidade.
Crime
A abertura do inquérito foi pedida pela Coordenadoria da Mulher e da igualdade Racial da Prefeitura de Guarulhos, cidade da região metropolitana da Grande S. Paulo, que nesta quarta-feira (15/10) entregou um exemplar da publicação, para que também seja aberto procedimento criminal contra os responsáveis.Segundo a titular da Coordenadoria da Mulher e da Igualdade Racial, Edna Roland, “as imagens são ofensivas à dignidade de negros e mulheres.
Roland foi coordenadora da área de Combate ao Racismo e à Discriminação Racial da Unesco e relatora geral da III Conferência Mundial Contra o Racismo, a Xenofobia e a Intolerância Correlatas, promovida pela ONU, em 2001, na Cidade de Durban, África do Sul.
O jornal circulou no final de agosto passado e distribuído na cidade, inclusive a entidades negras como o Centro de Referência de Cultura Negra e Igualdade Racial Xikelela, de Guarulhos, onde a Universidade mantém um campus.O MP, depois de ouvidos os responsáveis pela publicação, poderá denunciá-los pelos crimes previstos na Lei 7.716/89, que pune o racismo e a discriminação. Se condenados poderão pegar de 2 a 5 anos de prisão.
fonte: AFROPRESS

Mulher negra tem mais aborto

Rio - A ocorrência de abortos clandestinos é maior entre as mulheres negras e pardas no Brasil, do que em mulheres brancas, segundo estudo divulgado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), feito com os dados mais recentes do Ministério da Saúde.
Segundo o estudo, das 565 vítimas de aborto entre 1.999 e 2.005, 50,6% eram mulheres negras e pardas.
A pesquisa da UFRJ também mostra que, embora os homens brancos ainda sejam as maiores vítimas do HIV, no período estudado, a doença avançou mais (44,1%) entre as mulheres negras e pardas, contra 27,7% entre as brancas, 20,4% entre os homens negros e pardos e 0,07% entre os brancos.Segundo o coordenador do estudo, professor Marcelo Paixão, os dados refletem a falta de acesso a políticas públicas. "A exposição a esse contágio está incidindo de forma desigual nesse grupo, provavelmente, relacionado às baixas condições econômicas e de acesso a informações, inclusive, de tratamento da doença, que é gratuito", lembrou.
A publicação da UFRJ mostra também que a população negra e parda, em geral, é a mais afetada por doenças ligadas à pobreza, como a malária, hanseníase e leishmaniose. E, ao contrário de todos os outros segmentos, os homens pretos e pardos têm nos fatores externos, como a violência, a principal causa de morte.

Líder militar do quilombo de Palmares


Zumbi foi o símbolo da resistência negra contra a escravidão e o último chefe do Quilombo dos Palmares, localizado na parte superior do rio São Francisco, na Serra da Barriga, antiga capitania de Pernambuco (atualmente Alagoas).Não se conhece a data exata de seu nascimento. Com poucos dias de vida Zumbi foi capturado na região de Palmares pela expedição de Brás da Rocha Cardoso e dado de presente ao padre Antônio Melo, em Porto Calvo. Batizado com o nome de Francisco, cresceu aprendendo latim e português. Aos 15 anos fugiu para Palmares e adotou o nome Zumbi, que significava guerreiro.Logo passou a comandar militarmente o quilombo, governado por Ganga Zumba. Em 1678, provocou uma guerra civil no quilombo. Assumiu o lugar do líder e chefiou a resistência contra os portugueses, que durou 14 anos. No final do século 16, as terras pernambucanas eram as mais prósperas das novas colônias portuguesas. Havia 66 grandes engenhos na região e, no litoral, uma estrutura que permitia o escoamento dos produtos. A cidade do Recife ficava a cada dia mais organizada. Foi nessa época que Palmares surgiu, quando os primeiros negros ali se refugiaram. Desde então, o mito em torno do quilombo havia crescido. Tinha leis próprias, algumas bastante rígidas.Em 1630, as autoridades pernambucanas calculavam que o quilombo de Palmares contava com uma população superior a 3 mil pessoas que viviam da agricultura. Em uma crônica de 1678 já se contava que os palmarinos eram em número de 20 mil, ou talvez mais. Não era uma cidade, na metade do século 17, mas reunia onze povoados. Macaco, na Serra da Barriga, era a capital. Possuía 1.500 casas, e uma população de cerca de 8 mil pessoas. Amaro tinha 5 mil habitantes e uma estrutura bem organizada. Outros povoados eram Subupira, Zumbi, Tabocas, Acotirene, Danbrapanga, Sabalangá, Andalaquituche...

A Coroa já tinha dado a ordem de acabar com o quilombo. Para destruí-lo, o poder colonial organizou 16 expedições oficiais. Quinze fracassaram devido à região montanhosa e às estratégias militares dos negros, embora fossem carente de armas.

A expedição vitoriosa ficou a cargo de Domingos Jorge Velho, um bandeirante paulista treinado na caça aos índios. Comandou um exército de 2 mil homens, armados de arcos, flechas e espingardas.

Em 1694, chegou a Macaco, descarregando contra a comunidade todo o seu poder de fogo. A cidade resistiu durante 22 dias. Zumbi, depois de lutar bravamente, fugiu e se escondeu. Foi capturado e morto em 20 de novembro de 1695, depois de ter sido traído por companheiros. Seu corpo foi mutilado e a cabeça enviada para o Recife, onde ficou exposta em praça pública.

Universidade para negros forma primeira turma em SP

Primeira instituição de ensino superior para afrodescendentes da América do Sul, a Unipalmares (Universidade da Cidadania Zumbi dos Palmares) formou sua primeira turma na noite desta quinta-feira Na cerimônia, formam-se 120 dos 200 estudantes que se matricularam no primeiro ano do curso de administração de empresas da universidade, em 2004. A idéia nasceu de uma iniciativa de estudantes da Escola de Sociologia e Política de São Paulo -dentre eles, o reitor José Vicente. Eles queriam encontrar formas de promover a inclusão do negro na sociedade. A saída encontrada pelo grupo -a educação- resultou num cursinho pré-vestibular, que não "deu certo". O objetivo inicial era que seus alunos fossem aprovados na USP (Universidade de São Paulo), o que não aconteceu. "Constatamos que, para formar aqueles jovens, que estavam muito distantes do conhecimento, levaríamos dez anos", disse o reitor.Partiram, então, para a assistência de jovens que já estavam em instituições privadas, buscando bolsas de estudo e auxílio financeiro na iniciativa privada, resultando no projeto "Mais negros nas universidades". Da ação, surgiu a ONG Afrobrás e, posteriormente, a Unipalmares.A instituição oferece cota de 50% das vagas do vestibular para afrodescendentes e hoje 90% de seus alunos são autodeclarados negros. Como é a universidadeA Unipalmares começou em 2004 com apenas uma graduação -a de administração - e em 2007 ganhou mais uma- a de direito, que conta com 200 alunos. No total, a universidade tem hoje 1.375 estudantes e 29 salas de aula. Entre os professores -26 mestres, 7 doutores, 35 especialistas e 6 graduados-, cerca de 40% são negros.Em 2004, a mensalidade da Unipalmares custava um salário mínimo -R$ 260. Quatro anos depois, o curso de administração custa R$ 295 e o de direito, R$ 300 -menos do que os R$ 415 que foram aprovados como o novo valor do mínimo no último dia 1º de março.O baixo preço dos cursos é resultado das parcerias com diversas empresas, que ajudam a instituição com recursos e com estágios para os estudantes. Além disso, a Alumni, escola de inglês, cuida das aulas do idioma na graduação.O negro é tema transversal na maioria das disciplinas ministradas na instituição. Há quem qualifique a universidade de racista, mas há também quem defenda a iniciativa. "É uma maneira de equilibrar uma situação naturalmente desigual", diz Vicente.
Segundo o reitor, o país vive um "apartheid dissimulado" (separação de brancos e negros). "Sabe quantos negros há nos altos escalões do Tribunal de Justiça de São Paulo, do governo e da prefeitura? Nenhum."Além de aumentar o número de cursos, a Unipalmares pensa em ir para outros Estados, como a Bahia, que tem a maior concentração de afrodescendentes do país.
No Estado, 15,66% da população é negra, segundo a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2006.De acordo com a pesquisa, apesar de a Bahia ter maior porcentagem de negros entre os Estados do país, São Paulo tem a maior população negra do Brasil em números absolutos. São 2,4 milhões contra 2,2 milhões na Bahia. A capital brasileira com maior número de negros é o Rio de Janeiro, com 1,44 milhão de pessoas, seguida de São Paulo (1,41 milhão) e Salvador (971 mil). (13), em São Paulo. ( materia publicada em 13/03/2008)

Analfabetismo se concentra entre pobres, negros e nordestinos, aponta Unesco

Brasília - O analfabeto brasileiro continua sendo em sua maioria nordestino, negro, de baixa renda e com idade entre 40 e 45 anos. A análise é do especialista em educação de jovens e adultos da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura) no Brasil, Timothy Ireland. Na data de hoje, 8 de setembro, a organização comemora o Dia Internacional da Alfabetização."A questão do analfabetismo sempre foi minimizada como um direito, mas ela é fundamental para que o cidadão participe de forma democrática.
Hoje vivemos na sociedade da informação e do conhecimento, a pessoa que não tem acesso à escrita e à leitura acaba excluída de informações que são necessárias para garantir todos os outros direitos, a saúde, a participação política na sociedade", avalia Ireland.Dados de 2006 da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domícilios), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apontam que 10,38% da população se declara analfabeta absoluta, ou seja, não sabe ler ou escrever um bilhete simples. O percentual representa 14,3 milhões de brasileiros. O relatório de monitoramento do programa Educação Para Todos, da Unesco, mostra ainda que o índice mais do que dobra na área rural (25%). Entre os negros e pardos, o analfabetismo é duas vezes maior do que entre os brancos.
Desigualdades sociaisPara a professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e especialista em jovens e adultos Cláudia Vóvio, o perfil do analfabeto brasileiro reflete as desigualdades sociais do país. "Os dados estratificados mostram as mesmas desigualdades sociais. Onde estão os grupos com maior vulnerabilidade social é onde se encontram as maiores taxas de analfabetismo", analisa.
Na avaliação de Ireland, é preciso reconhecer que o analfabetismo vem diminuindo no país, mas ainda de forma lenta. Em 2000, o Brasil assinou o compromisso Educação para Todos, estabelecido durante a Conferência Mundial de Educação em Dacar. Entre as metas, está a redução das taxas de analfabetismo para 6,7% até 2015. Segundo a Unesco, se os índices continuarem caindo nesse ritmo, o Brasil não cumprirá o acordo."O Brasil tem avançado bastante a partir do momento que estabeleceu uma política nacional de educação para jovens e adultos, mas o esforço ainda não está refletido nos números. Acreditamos que ainda precisamos de mais recursos para atuar nessa área", defende o especialista.

Pesquisa estima que escolaridade de negros e de brancos só se igualará em 17 anos

Estudo divulgado nesta quarta (15) pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) mostra que as desigualdades entre negros e brancos no sistema de ensino diminuíram nos últimos anos, mas revela que os negros estão acima da idade adequada aos níveis que freqüentam e, no ritmo atual, a diferença entre os dois segmentos só acabará em 17 anos.
De acordo com a pesquisa, entre 1995 e 2006 a taxa média de crescimento anual do número de anos na escola foi de 1,03 entre os brancos e de 1,06 entre os pretos e pardos. Apesar do pequeno avanço, em 2006, a população branca acima de 15 anos tinha oito anos de estudo, o equivalente à totalidade do ensino fundamental, contra seis anos entre os negros.
O coordenador da pesquisa, Marcelo Paixão, destaca que o avanço da taxa média de anos na escola pode ser explicado pelo aumento "inédito" do contingente de pretos no ensino fundamental, no entanto, destaca que muitas pessoas entraram na escola em idade superior à adequada, ou seja, mais velhas do que o ideal para a turma.
Ainda segundo a pesquisa, houve aumento no número de alunos pretos e pardos nas universidades. No caso das públicas, o pesquisador destaca a influência das ações afirmativas e nas privadas, o destaque é o ProUni (Programa Universidade para Todos) que destina bolsas de estudo a alunos carentes.
O estudo ressalta, no entanto, que entre os jovens brancos com idade de freqüentar o ensino superior, um em cada cinco estava em sala de aula, enquanto cerca de 90% dos pretos e pardos, fora dela."O dado mostra o quanto temos que caminhar", afirma o professor ao defender a expansão do ensino superior para os negros, inclusive, na própria UFRJ, que resiste às cotas. "As políticas de expansão de vagas têm que dialogar com esses indicadores, senão a gente deixa essas desigualdades persistirem por muito tempo, especialmente aqui na UFRJ", criticou.
O levantamento coordenado pelo professor Marcelo Paixão foi elaborado com base em indicadores do governo federal. Foram utilizados dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), além de informações do Ministério da Educação e da Saúde.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

MAIS BELA NEGRA 2008 - CACHOEIRA DO SUL






Aconteceu no dia 11 (Sábado) a edição Cachoeirense do Concurso A MAIS BELA NEGRA E MAIS BELO NEGRO , numa noite maravilhosa um excelente publico lotou as dependências do Grêmio Náutico Tamandaré, seis canditadas femininas e quatro masculinos mostraram um pouco da beleza de nossa Cultura.


CANDIDATAS:


VALERIA SANTOS DA SILVA - 15 ANOS, representa o GRÉMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA UNIDOS DA VILA.


TACIANE JULIANA DA SILVA SILVEIRA, 17 ANOS, representa o BLOCO TALAGAÇO


RENATA DE OLIVEIRA PEREIRA, 16 ANOS, representa o GRUPO A COR DA PELE


JANAINA SILVEIRA GONÇALVES, 17 ANOS, representa BLOCO AMIGOS DA FOLIA/ SALÃO DE BELEZA POPULAR


DAIANE DA ROSA CARDOSO, 17 ANOS, representa o BLOCO TALAGAÇO


SIRLEI LOPES CRUZ, 15 ANOS, representa bloco TALAGAÇO


JANAINA DE LIMA VIDALES, 15 ANOS, representa a Escola Dr LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA


CANDIDATOS:


LEONARDO GONÇALVES MAGALHÃES , 22 ANOS, representa o BLOCO TALAGAÇO


EDSON MACHADO DOS SANTOS, 20 ANOS, representa GRUPO COR DA PELE
MAIRON CAVALHEIRO DA SILVA, 20 ANOS, representa o CLUBE CULTURAL BENEFICENTE UNIÃO INDEPENDENTE


MAX DOS SANTOS ROSA, 15 ANOS, representa GRUPO COR DA PELE, BLOCO AMIGOS DA FOLIA (INOVAÇÃO).


foram eleitos:
MAIS BELA NEGRA 2008-
TACIANE JULIANA DA SILVA- 17 ANOS
1ª BELEZA: JANAINA DE LIMA VIDALES - 15 ANOS
2ª BELEZA: DAIANE DA ROSA CARDOSO- 17 ANOS
SIMPATIA: RENATA DE OLIVEIRA PEREIRA - 16 ANOS
MAIS BELO NEGRO 2008
MAX DOS SANTOS ROSA- 15 ANOS
NEGRO SIMPATIA: EDSON MACHADO DOS SANTOS- 20 ANOS

Depois do desfile o pagode ficou por conta do PAGODE DA CASA e DANIEL & BANDA, a festa foi até o sol raiar, o próximo evento da ACCA é o torneio JOSÉ NICOLAU BARBOSA que será no dia 15 de Novembro na abertura da Semana da Consciência Negra.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

PRORROGADAS ATÉ 15/10: CODENE CONVOCA ENTIDADES PARA INSCREVEREM-SE NO PROCESSO DE ELEIÇÕES

O CONSELHO DE PARTICIPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE NEGRA DO RIO GRANDE DO SUL – CODENE, no uso de suas atribuições legais, por meio do Presidente da Comissão Eleitoral designado pela Resolução Nº 04/2008 do CODENE, publicada no Diário Oficial do Estado em 09/09/2008, torna público o presente edital de eleição, para o preenchimento dos cargos de conselheiros não governamentais, do Colegiado do CODENE, para o Biênio 2008 – 2010, e convoca as entidades da sociedade civil para a eleição, observando as disposições legais referentes ao assunto e as demais normas aplicáveis.

CODENECriado pelo decreto de nº 32.813, de 04/05/1988, teve sua primeira formação de conselheiros da sociedade civil e de representantes de secretarias do governo, com o objetivo de desenvolver estudos relativos à condição da Comunidade Negra e à sua integração plena na vida sócio-econômica, política e cultural.Sofreu alteração por intermédio dos decretos 33.271 de 1º/08/1989, 36.299 de 24/11/1995 e 37.943 de 20/11/1997.É vinculado à Secretaria da Justiça e do Desenvolvimento Social, através do Departamento da Cidadania e dos Direitos Humanos, e resultado da ação de um grupo que buscava nova frente de luta contra discriminações, espaço de articulação para o desenvolvimento e a ascensão do povo negro.Biênio 2006 - 2008As seguintes entidades não governamentais exercem a representatividade dos afro-brasileiros no CODENE/Biênio 2006 - 2008, conforme publicação no Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul do dia 31 de outubro de 2006:
I - Titulares:Presidência: União de Negros pela Igualdade (Unegro) - Porto Alegre
Vice-Presidência: Associação Satélite Prontidão - Porto Alegre
Associação das Entidades Carnavalescas de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul - Porto Alegre
Centro Alternativo de Cultura Negra (Cadecune) - Porto Alegre
Associação Beneficente e Cultural Africana Templo de Yemanjá (Assobecaty) - Guaíba
Sociedade Beneficente e Cultural Afro-Tchê - Porto Alegre
Associação Cultural Beneficente Ilê Mulher - Porto Alegre
Projeto Mocambo - Porto Alegre
Clube Farroupilha - Santana do Livramento
Cooperativa de Trabalho em Prestação de Serviços Popular Afro-Brasileiro (Coonesm) - Santa Maria
Conselho Comunitário do Bairro Caravagio - Osório
Sociedade Educativa e Cultural 20 de Novembro - Bento Gonçalves
II - Suplentes:
Instituto de Assessoria as Comunidades Remanescentes de Quilombos (Iacoreq) - Porto Alegre
Movimento Ecumênico de Consciência Negra Palmares - Porto Alegre
Casa Africana Reino de Xangô - Porto Alegre
Centro Cultural Cândido Velho - Guaíba
Grupo de Trabalho Angola Janga - Porto Alegre
Associação Comunitária Beneficente Popular ONG Zé Toureiro - Porto Alegre
Academia de Samba Praiana - Porto Alegre
Associação Clara Nunes - Porto Alegre
Movimento de Mulheres Santanenses - Santa Maria
Instituto Pró-Fundação Leopoldo Sedar Senghor - Porto Alegre
Escolas de Samba Acadêmicos da Orgia - Porto Alegre
Associação de Moradores da Vila Conceição - Porto Alegre
CONTATO CODENE –
Conselho Estadual de Participação e Desenvolvimento da Comunidade NegraPresidente: José Antônio Silva
Rua Miguel Teixeira, nº 86, Cidade Baixa – Porto AlegreCEP: 90050-250FONE: (51) 3288-6632E-mail: codene@sjds.rs.gov.br

Concurso Mais Bela Negra e Negro de Cachoeira do Sul



Acontece amanha dia 11 apartir das 23h no Gremio Nautico Tamandaré a escolha dos Mais Belos Negros de Cachoeira do Sul, evento promovido pela ACCA com objetivo de valorizar a beleza da cultura de nosso povo, serão 07 candidatas e 04 candidatos mostrando coreografias que contam um apouco de nossa historia.
Apos o desfile sobem ao palco Pagode da Casa e Daniel Rosa e Banda( fotos) , ingressos antecipados a R$ 8,00 na Loja Multisom , Farmacia Descontão, Mancha Cabelereiro e os candidatos, no dia serão vendido até as 15h no local do evento, após serão vendidos a R$ 10,00, Contamos com sua presença, não perca esse evento, venha curtir uma grande festa , um grande abraço até amanhã.

Comunidade comemora reconhecimento como remanescente de quilombo

Um simples papel, mas de uma importância que só pôde ser traduzida nas lágrimas dos remanescentes de quilombolas do povoado Tabacaria, em Palmeira dos Índios, distante 130 quilômetros de Maceió. O papel em questão: uma cópia da portaria do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) reconhecendo a comunidade como território de remanescentes de quilombos, o primeiro do Estado. Nesta quinta-feira (09/10) foi a vez de a própria comunidade receber oficialmente a notícia.A portaria foi publicada no dia 1º de outubro e, a partir dela, o governo reconhece o território e dá início ao processo de desapropriação da área de 410 hectares onde as 120 famílias estão acampadas. "Até as famílias obterem a posse definitiva da terra, é um processo que ainda deve levar de oito a 10 meses, mas agora elas já podem ter a segurança de que poderão trabalhar na propriedade delas", explica o engenheiro agrônomo Fábio Leite, perito federal agrário do Incra em Alagoas.Essa conquista significa o resultado da luta de uma vida inteira, como no caso de dona Vicentina Maria da Conceição. Do alto dos seus 90 anos de idade, o grande motivo de felicidade para ela, no entanto, é saber que vai ter o que deixar para os filhos. "Eu tô esperando a terra passar para eles, para eles trabalharem, porque só se vive pelo trabalho. Eu sei que Nosso Senhor me leva logo, mas os meus filhos vão ter onde trabalhar", diz.Atualmente, a área onde se encontram os agricultores pertence a três médios produtores, além de duas áreas menores, que pertencem a dois pequenos proprietários. Estudos realizados pela equipe do Incra, no entanto, comprovaram que o povoado Tabacaria está inserido num local que fazia parte do quilombo dos Palmares. "A gente não tinha terra pra trabalhar, o dono dizia pra gente arrancar toco e capim pra ganhar cinco conto (sic)", explica Gerson Paulino dos Santos, 65 anos e 14 netos.EtapasSegundo o diretor do Departamento de Ordenamento Fundiário, Gabriel Arruda, que representou o superintendente Gilberto Coutinho na cerimônia de reconhecimento, a partir de agora começa uma nova etapa. "Daqui a alguns meses, vão cair as cercas e não vai mais haver esses mocambos onde vocês estão morando agora. Serão casas de alvenaria, vai haver escola e toda a infra-estrutura para um vida digna", disse aos quilombolas, antes da entrega simbólica da portaria.Já a antropóloga Mônica Lepri, que coordenou os trabalhos no povoado Tabacaria durante os dois anos do processo de reconhecimento, disse que o imóvel não pode ser alienado de forma alguma, por se tratar de área de remanescentes de quilombolas. "Ainda vai levar um tempo até a terra estar de direito nas mãos de vocês, mas vocês devem aproveitar esse tempo para discutir de que forma querem retomar a comunidade", explicou Mônica aos remanescentes de quilombolas.
Festejos
E como prova da alegria que esse reconhecimento do governo federal trouxe para o povoado, os moradores decidiram retribuir. Prepararam um farto banquete para a equipe do Incra e da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), que também realiza um trabalho na comunidade. Tudo, claro, fruto da terra que eles já cultivam. E, além disso, fizeram questão de mostrar que sabem o que a palavra "quilombola" agora representa para eles.Numa apresentação de improviso, eles cantaram e dançaram a felicidade da conquista da terra, de olho num futuro menos sofrido. "Ô que vida sofrida é a vida de escravidão. Me dói no coração, quando eu lembro do passado", dizia uma das letras entoada a plenos pulmões pelos agricultores.
Fonte: Fundação Cultural Palmares

Louvor a Nossa Senhora do Rosário e São Benedito conclui projeto apoiado pela Fundação Palmares - Festa acontece domingo

Celebração que foi instituída como patrimônio cultural do município de Uberlândia deve reunir cerca de 20 mil pessoas na praça Rui Barbosa

Fiéis se preparam para o desfile de encerramento da festa em louvor a Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, que vai ser realizado neste domingo, dia 12 de outubro, na praça Rui Barbosa, em frente à igreja Nossa Senhora do Rosário, na cidade de Uberlândia.

Também conhecida como Festa do Congado, a comemoração é organizada pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito de Uberlândia, com o apoio da Fundação Cultural Palmares, da Secretaria Municipal de Cultura e da Coordenadoria Afro-Racial (Coafro).

A Festa conclui o projeto "Festa do Congo em Louvor à Nossa Senhora do Rosário e São Benedito da Prefeitura Municipal de Uberlândia" - firmado entre a Fundação Cultural Palmares e a prefeitura de Uberlândia - e que se constituiu de uma série de oficinas de valorização à cultura afro-brasileira.

Nas oficinas foram desenvolvidas atividades como aula de dança, percussão e produção de sandálias. Tudo voltado às famílias carentes da cidade, principalmente, às crianças e adolescentes, "para que possam se transformar em artistas e terem possibilidade no mercado de trabalho", afirma Jeremias Brasileiro, coordenador do evento e assessor da Coafro. A iniciativa também visa trabalhar com a auto-estima e com a possibilidade de inserção dos participantes no mercado de trabalho, além de revelar às crianças e adolescentes as tradições afro-brasileiras na dança, no canto e nos instrumentos de percussão.

"Sentimos a necessidade de implantação da iniciativa na comunidade devido a vários problemas que muitas famílias tinham com suas crianças e adolescentes. Sabemos que existem vários artistas anônimos na comunidade, porém, o que faltava era ter oportunidade e espaço. O que facilitou nossa atuação foi a necessidade de atividades com essas crianças e adolescentes que não tinham para onde ir. Além disso, o desejo de ser diferente, não só para participar da festa do congado, que acontece uma vez no ano, mas também, fazer um trabalho sociocultural e educativo o ano todo. Foi por esse motivo que implantamos o projeto", explica o assessor da Coafro.

A iniciativa trabalhou com crianças e adolescente de 6 a 23 anos e contou também, com a participação de muitos dos familiares deles. As oficinas foram realizadas entre os meses de maio e setembro deste ano.

A festa, além de servir como uma comemoração pelo final do projeto, vai oportunizar também, que tudo o que foi aprendido nas aulas seja colocado em prática. Pois todas as sandálias confeccionadas pelos alunos da oficina serão utilizadas pelos grupos de congado no Louvor deste fim de semana.

De acordo com Jeremias, a comemoração deste ano terá um significado especial, pois será o primeiro ano de realização da festa após o seu registro como patrimônio cultural do município, ocorrida no mês de agosto. "Estamos muito orgulhosos dessa conquista, porque ela representa a valorização e a continuidade de uma manifestação cultural que faz parte da vida de milhares de devotos", comenta. A Festa do Congado foi o primeiro bem intangível do Município a ser registrado como patrimônio cultural, sendo que o registro é um instrumento jurídico de proteção que equivale a um tombamento.

Para celebrar a Festa do Congado junto com os 25 grupos de congados, marujos, catupés e moçambiques de Uberlândia já confirmado, são esperados ainda, grupos das cidades de Ituiutaba, Monte Alegre, Rio Paranaíba, entre outras, com a expectativa de reunir cerca de 20 mil pessoas.

Nos dias que antecedem a Festa, acontecem visitas e novenas, sempre às 19h30, também na praça Rui Barbosa. Esta participação culmina no desfile que percorre a avenida Floriano Peixoto até a igreja Nossa Senhora do Rosário. Na segunda-feira, último dia de festa, os grupos visitam as pessoas que ajudaram os festeiros e os devotos que fizeram promessas. À noite, passam pela última vez na porta da igreja para o encerramento do ritual.

Programação

Até o dia 11 de outubro
Horário: 19h30
Local: Praça Rui Barbosa
Novena com terços e, logo após, leilões de prendas e presença de grupos de congados, marujos, catupés e moçambiques

Dia 08 de outubro: Amarelo Ouro, Congo de São Benedito e Congo São Domingos

Dia 09 de outubro: Congo Branco, Catupé Nossa Senhora do Rosário e Moçambique Princesa Isabel, Congo Prata

Dia 10 de outubro: Congo Santa Ifigênia, Catupé e Moçambique Angola

Dia 11 de outubro: Moçambique Raízes e Moçambique Pena Branca


Dia 12 de outubro

9h: Desfile dos grupos de Congados, Marujos, Moçambiques e Catupés pela avenida Floriano Peixoto até a praça Rui Barbosa


Ordem do Desfile

Marinheiro de Nossa Senhora do Rosário
Marinheiro de São Benedito
Congo Camisa Verde
Congo Branco
Congo Verde e Branco
Congo Amarelo Ouro
Congo de São Benedito
Congo Santa Ifigênia
Congo Cruzeiro do Sul
Congo São Domingos
Congo Prata
Congo Rosário Santo
Congo Sainha
Catupé Azul e Rosa
Catupé
Catupé de Nossa Senhora do Rosário
Marujos de Azul de Maio
Moçambique Angola
Moçambique Raízes
Moçambique Guardiões de São Benedito
Moçambique Estrela Guia
Moçambique Pena Branca
Moçambique Princesa Isabel
Moçambique do Oriente
Moçambique de Belém

10h: Levantamento dos mastros com as Imagens de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito e apresentação de todos os grupos na porta da igreja

15h: Busca de Festeiros na rua Natal, 350, e avenida Mato Grosso, 735

17h30: Encontro dos Festeiros na praça Tubal Vilela

18h: Procissão com as Imagens de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, com a presença de todos os grupos tocando seus instrumentos e logo a seguir missa na porta da igreja, e troca de coroas para escolha dos festeiros do próximo ano


Dia 13 de outubro

Manhã livre

13h30: Visita a festeiros
19h30: Despedida na casa do Presidente
21h: Despedida na porta da igreja