Quem sou eu

Minha foto
Cachoeira do Sul, Rs, Brazil
Fundada em 19 de Junho de 2000, com objetivo de pesquisar, resgatar e incentivar a cultura e os costumes da raça negra através de atividades recreativas,desportivas e filantrópicas no seio no seu quadro social da comunidade em geral, trabalhar pela ascensão social, econômica e politica da etnia negra, no Municipio, Estado e no Pais.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

ONU lança guia para orientar denúncias de discriminação étnico-racial

BRASÍLIA (Notícias da OIT) – A Organização das Nações Unidas no Brasil desenvolveu um guia de orientação para denúncias de discriminação étnico-racial com o objetivo de orientar as pessoas na busca de seus direitos em casos de discriminação étnica e racial sofridas no país. O guia, organizado em cinco capítulos, apresenta o conjunto de instrumentos e mecanismos nacionais e internacionais que garantem a igualdade étnico-racial, bem como informações sobre o marco legal brasileiro e internacional e ainda endereços de órgãos de atendimento à população nos estados e capitais.
Em junho de 2009, durante a II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial
(II CONAPIR), em Brasília, o Grupo Temático Interagencial de Gênero e Raça das Nações Unidas no Brasil promoveu o evento Diálogos com a ONU pela Igualdade Racial, com o objetivo de fomentar troca de informações e experiências sobre a equidade racial entre o Sistema ONU no Brasil e a sociedade civil brasileira organizada.
O evento, que reuniu mais de 250 lideranças de todo o território nacional, consistiu em espaço inovador para os organismos das Nações Unidas debaterem com a sociedade civil os desafios da política de promoção da igualdade racial no Brasil de maneira a identificar diferentes formas de colaboração e intensificar o apoio ao governo.
O "Guia de orientação das Nações Unidas no Brasil para denúncias de discriminação étnico-racial" é uma resposta às demandas da sociedade civil identificadas durante esse evento.
A publicação, de linguagem simples e amigável, pretende orientar o cidadão e a cidadã na busca dos seus direitos em casos de discriminação étnica e racial sofridas no Brasil, fortalecendo, assim, os canais de comunicação entre o Sistema ONU e a sociedade civil.
Com esta publicação, importante iniciativa no marco do Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes no Brasil, as Nações Unidas esperam contribuir com a sociedade e o governo brasileiro em prol da redução das desigualdades raciais, étnicas, de gênero e para o efetivo alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
Para ter acesso ao guia na íntegra, visite o site da OIT: http://www.oit.org.br/content/onu-lan-guia-para-orientar-den-ncias-de-discrimina-o-tnico-racial                              

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Cia Ramos Buffet- Cachoeira do Sul

Lélia Gonzales

Lélia Gonzalez nasceu em 1º de fevereiro de 1935, em Minas Gerais, filha do negro ferroviário Accacio Serafim d' Almeida e de Orcinda Serafim d' Almeida Lélia de Almeida González. Era a penúltima de 18 irmãos. Com a mãe indígena, que era doméstica, recebeu as primeiras lições de independência. Mudou-se com a família em 1942 para o Rio de Janeiro, acompanhando o irmão Jaime, jogador de futebol do Flamengo. No Rio de Janeiro, cidade que amava, seu primeiro emprego foi de babá .Não raro se identificava como carioca, foi torcedora incondicional do Flamengo. Graduou-se em história e filosofia, exercendo a função de professora da rede pública. Posteriormente, concluiu o mestrado em comunicação social. Doutorou-se em antropologia política /social, em São Paulo (SP), e dedicou-se às pesquisas sobre a temática de gênero e etnia. Professora universitária, lecionava Cultura Brasileira na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC – Rio). Seu último cargo na instituição foi de chefa do departamento de Sociologia e Política.
Viúva de Luiz Carlos González, enfrentou o preconceito por parte da família branca do marido.
Através do candomblé, da psicanálise e da cultura afro-brasileira assumiu sua condição de mulher e negra.
Lélia se destacou pela importante participação que teve no Movimento Negro Unificado (MNU), do qual foi uma das fundadoras .Em 07 de julho de 1978 em ato público oficializou a entidade em nível nacional.
Para ela,o advento do MNU "consistiu no mais importante salto qualitativo nas lutas da comunidade brasileira na década de 70."
Ativista incansável, militou também em diversas organizações, com o Instituto de Pesquisas das Culturas Negras (IPCN) e o Coletivo de Mulheres Negras N'Zinga, do qual foi uma das fundadoras. Em Salvador fez-se presente na fundação do Olodum. Sua importante atuação em defesa da mulher negra rendeu a Lélia a indicação para membro do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM). Atuou no órgão de 1985 a 1989. Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT) e disputou vaga na Câmara Federal,em 1982, alcançando a primeira suplência. Foi candidata a deputada federal em 1982. Em 1986, estava no Partido Democrático Trabalhista (PDT), por onde se candidatou como deputada estadual, também conquistando a suplência. Nos últimos anos, estudava o que ela chamava "negros da diáspora", dando origem ao conceito de amefricanidade Escreveu Festas populares no Brasil,premiado na Feira de Frankfurt, Lugar de negro, em co-autoria com Carlos Hasenbalg, duas teses de pós-graduação, além de diversos artigos para revistas científicas e obras coletivas. Faleceu vítima de problemas cardíacos no Rio de Janeiro no dia 10 julho de 1994.
As reflexões de Lélia Gonzalez também estão contidas em papers, comunicações, seminários, panfletos político-sociais partidários, entre outros em poder de parentes , amigas e religiosos que possuem a curadoria e direitos autorais de sua obra.
consistiu no mais importante salto qualitativo nas lutas da comunidade brasileira na década de 70."
Ativista incansável, militou também em diversas organizações, com o Instituto de Pesquisas das Culturas Negras (IPCN) e o Coletivo de Mulheres Negras N'Zinga, do qual foi uma das fundadoras. Em Salvador fez-se presente na fundação do Olodum. Sua importante atuação em defesa da mulher negra rendeu a Lélia a indicação para membro do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM). Atuou no órgão de 1985 a 1989. Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT) e disputou vaga na Câmara Federal,em 1982, alcançando a primeira suplência. Foi candidata a deputada federal em 1982. Em 1986, estava no Partido Democrático Trabalhista (PDT), por onde se candidatou como deputada estadual, também conquistando a suplência.

Nos últimos anos, estudava o que ela chamava "negros da diáspora", dando origem ao conceito de amefricanidade Escreveu Festas populares no Brasil,premiado na Feira de Frankfurt, Lugar de negro, em co-autoria com Carlos Hasenbalg, duas teses de pós-graduação, além de diversos artigos para revistas científicas e obras coletivas. Faleceu vítima de problemas cardíacos no Rio de Janeiro no dia 10 julho de 1994. As reflexões de Lélia Gonzalez também estão contidas em papers, comunicações, seminários, panfletos político-sociais partidários, entre outros em poder de parentes , amigas e religiosos que possuem a curadoria e direitos autorais de sua obra.
Nos últimos anos, estudava o que ela chamava "negros da diáspora", dando origem ao conceito de amefricanidade Escreveu Festas populares no Brasil,premiado na Feira de Frankfurt, Lugar de negro, em co-autoria com Carlos Hasenbalg, duas teses de pós-graduação, além de diversos artigos para revistas científicas e obras coletivas. Faleceu vítima de problemas cardíacos no Rio de Janeiro no dia 10 julho de 1994.
As reflexões de Lélia Gonzalez também estão contidas em papers, comunicações, seminários, panfletos político-sociais partidários, entre outros em poder de parentes , amigas e religiosos que possuem a curadoria e direitos autorais de sua obra.
"Lélia exerceu um papel fundamental na criação e ampliação do movimento negro contemporâneo. Em termos pessoais,seu grande orgulho foi servir como "catalisadora" dos anseios de uma parcela da juventude negra de Salvador, Bahia,no final dos anos 70 .A partir de um ciclo de palestras que ela realizou na cidade,em maio de 1978.Este fato revela o que,para mim,foi o traço mais característico de Lélia: a capacidade ímpar de nos instigar com a exuberância de sua fala, nos inspirar com a luminosidade de sua personalidade". (Luiza Barros. Extraído do artigo "Lembrando Lélia Gonzalez". In.: Livro da saúde das Mulheres Negras).

Ministra Luiza Bairros faz exonerações.

Brasília – Na tentativa de se fortalecer politicamente e sobreviver no cargo na reforma ministerial anunciada pela Presidente Dilma Rousseff, e que entra esta semana numa fase decisiva, a ministra da Igualdade Racial, Luíza Bairros (foto), pediu ontem a exoneração da Secretária de Políticas para Comunidades Tradicionais (SECOMT), Ivonete Carvalho, que está em férias. O pedido de exoneração saiu do gabinete da SEPPIR para a ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil da Presidência da República.
Ivonete, que é liderança do Movimento Negro gaúcho, e que também fez parte da gestão dos antecessores de Bairros – os ex-ministros Edson Santos e Elói Ferreira de Araújo – ainda não tinha conhecimento da decisão, embora desde dezembro corressem rumores de sua iminente exoneração.
Também circulam informações na Esplanada a respeito da exoneração iminente da Secretária de Políticas de Ações Afirmativas (SPAA), Anhamona de Brito, cujas férias estão agendadas para começar nesta quinta-feira (02/02).
Em resposta a pedido de entrevista feito por Afropress a Secretária Anhamona negou que tenha sido exonerada (segundo informações que circularam em Brasília sua saída teria sido comunicada por telefone), porém, admitiu que, desde outubro informou a ministra Luiza Bairros o desejo de não permanecer na SEPPIR “por razões estritamente pessoais”.
“Em outubro fiz a entrega do cargo a ministra por questões de ordem pessoal. Já tinha feito uma programação de férias para fevereiro. Em dezembro voltei a pedir prá sair e coloquei novamente o cargo à disposição. Como externei para a ministra, as razões do por que não pretendo continuar na SEPPIR são de ordem pessoal”, repetiu.
Tranquila
A Secretária de Ações Afirmativas ainda está trabalhando normalmente nesta quinta-feira (02/02) tem embarque marcado à noite para Salvador, e não quis comentar o que pode acontecer com o seu cargo, no período de férias. Garantiu, contudo, que se mantém em posição de absoluta tranqüilidade e que a ministra deve se sentir à vontade para tomar qualquer decisão. “Trata-se de um cargo de confiança, um cargo de livre nomeação”, afirmou.
Anhamona, que embora tenha perfil técnico é um quadro político do PT da Bahia, tendo tido atuação destacada nos processos eleitorais do Partido, inclusive, na assessoria da campanha do governador Jaques Wagner, desmentiu que a sua saída tenha a ver com a execução orçamentária no ano passado da Secretaria que dirige. “Nós não fizemos nenhuma discussão interna na SEPPIR acerca da execução orçamentária e é preciso considerar que o ano de 2011 foi extremamente atípico no modo de execução orçamentária em todos os órgãos de Governo”, afirmou.
Mudanças
A exoneração da Secretaria de Comunidades Tradicionais, Ivonete Carvalho, que é vista como pessoa próxima ao senador Paulo Paim (PT/RS) – o nome sugerido pelo ex-presidente Lula à Presidente Dilma Rousseff para a Igualdade Racial -, e a eventual saída da Secretária Anhamona de Brito, é encarada por analistas como uma tentativa desesperada da ministra Luiza Bairros e do núcleo que a apóia, de se manter no cargo.
A saída de ocupantes de cargos de segundo escalação na SEPPIR, segundo esses mesmos analistas, cumpriria dois objetivos: repassar a responsabilidade pela gestão considerada “apagada” na Esplanada; e abrir espaço para composição com forças políticas que se queixam da postura da ministra, considerada avessa ao diálogo por setores expressivos do seu próprio Partido, inclusive da Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN).
Um outro analista, com trânsito na Casa Civil, porém, ouvido por Afropress com a condição de não ter seu nome divulgado, lembrou um detalhe que pode resultar em fracasso na estratégia da ministra: quem decide pela exoneração não é Luiza Bairros, mas a Casa Civil. “A decisão de exonerar não é da ministra, ela apenas pode pedir, mas a Casa Civil pode considerar que não é o caso, em se tratando de alguém que não está precisamente numa posição de força para comandar exonerações. A estratégia, pode, inclusive, ter efeito contrário: o de apressar a saída de todos, a começar pela titular”, finalizou.

Fonte: Revista Africa

Dia 2 de Fevereiro dia de Yemanjá - Homenagem a Yemanjá

Unesco, Estados Unidos e Brasil lançam projeto voltado ao ensino do respeito nas escolas

Projeto incentivará o convívio social entre crianças a partir de currículos e políticas voltados à diversidade

No mês de janeiro, a sede da UNESCO em Paris recebeu o lançamento do projeto “Ensinando o Respeito para Todos”. A ação é resultado da cooperação entre os governos do Brasil, dos Estados Unidos e a Unesco, e tem como objetivo desenvolver currículos e estratégias para incentivar a promoção da diversidade nas escolas de todo o mundo.


A ideia, segundo a Unesco, surgiu a partir da observação da existência do racismo, xenofobia e intolerância nas escolas. Tendo a educação como chave para reforçar as bases da tolerância, o projeto pretende desenvolver instrumentos práticos que expliquem como lidar com essas questões nos ambientes escolares, com base em práticas e lições já trabalhadas em algumas escolas.


O lançamento do projeto contou com debates sobre a temática racial na educação, reunindo representantes de governo, especialistas e profissionais de diferentes países. Estiveram presentes o diretor-geral da Unesco, Irina Bokova, a secretária de Estado Adjunta para Assuntos de Organizações Internacionais dos EUA, Esther Brimmer, o secretário Executivo da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial no Brasil, Mário Theodoro, além da diretora executiva do CEERT, Maria Aparecida Bento.


Estudantes da Tallwood High School, em Virgínia Beach (EUA) e do Bagunçaço, Centro Educacional para jovens em Salvador (Brasil), também participaram do evento por videoconferência.


Para Esther Brimmer, o projeto acaba confrontando o legado de desigualdade racial no mundo. Ela citou ainda o Brasil como um exemplo em leis que garantem e incentivam a igualdade racial. “Na sua essência, esse programa faz uma pergunta desafiadora para os jovens de hoje: você é capaz de mudar? Somos capazes de não só enfrentar a intolerância de outras pessoas, mas para enfrentar os nossas próprias? Creio que a resposta a ambas as perguntas é um sonoro sim. Sim, nós podemos mudar, sim, nós podemos melhorar, e sim, nós podemos construir um mundo mais respeitoso”, afirmou Esther em nota oficial divulgada pela Unesco.


Cida Bento ressaltou a receptividade do público diante da perspectiva de abordar relações raciais e étnicas na educação a partir de ações pedagógicas que já trouxeram resultados positivos. “Foram apresentadas experiências práticas desenvolvidas por professores no Brasil, em sala de aula, com a temática racial e que podem dialogar com as vivências dos professores dos EUA. A ligação Brasil e Estados Unidos, que caracteriza esse projeto, seria feita por meio de boas práticas dos dois países. O acervo brasileiro utilizado para tanto seria o construído no processo do Prêmio Educar para a Igualdade Racial realizado pelo CEERT”, afirmou.


A primeira fase do projeto “Ensinando o Respeito para Todos” consiste em analisar e identificar as legislações, os currículos escolares e as políticas de educação voltadas à tolerância. Já a segunda fase do projeto desenvolverá recursos pedagógicos e programas escolares a fim de que esses sejam disponibilizados a todos.


Serão elaboradas ferramentas práticas sobre como integrar a luta contra a discriminação e a tolerância na educação nos livros didáticos, além do lançamento duas plataformas on-line: uma para profissionais da educação e outra voltada ao compartilhamento de experiências e apresentação de sugestões. Segundo a Unesco, os países poderão se adaptar a partir de seus respectivos contextos e necessidades.


Para Cida Bento, o orçamento previsto para as próximas fases do projeto deve ser liberado ainda neste primeiro semestre. “Poderíamos aprofundar um pouco as relações do Brasil com os Estados Unidos para refletirmos sobre o que aprendemos quanto à superação e eliminação do racismo por meio da educação para as crianças. Devemos caminhar nesta direção, e espero que o Ministério das Relações Exteriores, a Unesco, a SEPPIR, entre outros, avancem nesse processo para que já no segundo semestre possamos construir uma base de dados em comum e iniciemos um diálogo entre educadores de ambos os países, trocando formas de superação do racismo”, afirmou.


Esther Brimmer, por sua vez, relembrou o papel de cada um na construção conjunta da proposta lançada pela Unesco. “Eu encorajo todos a continuarem fazendo história, permanecendo sempre vigilantes, desafiando o ódio e o fanatismo onde o vermos, e apoiando iniciativas como a que estamos lançando. Juntos, vamos construir um mundo mais respeitoso.”



Por: Fernanda Pestana
01/02/2012 

“Quilombolas vivem quase como indigentes no Brasil”, critica Paim

O presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, Paulo Paim (PT-RS) reafirmou nesta quarta-feira (1º) o compromisso da casa legislativa federal em aprovar projetos favoráveis a população quilombola no Brasil. “Eles vivem quase como indigentes hoje”, afirmou em conversa com o Sul21.
Entre os projetos mais polêmicos que a Comissão deve aprovar este ano, ele também cita ao PL 122/06, que criminaliza a homofobia. “Será votado até o final do ano”, disse.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos disse que há boa vontade na construção de um acordo para votação do projeto de lei que criminaliza a homofobia. O PL 122/06 está sob relatoria da senadora Marta Suplicy (PT-SP) e do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ). “O projeto está entre os polêmicos do ano e será votado ainda no primeiro semestre”, falou Paim.
De acordo com o substitutivo da senadora Marta Suplicy apresentado ao PLC 122/06, quem não contratar ou não nomear ou dificultar a contratação ou nomeação de alguém que atenda às qualificações exigidas para o trabalho em razão de preconceito de sexo, orientação sexual ou identidade de gênero poderá receber pena de reclusão de um a três anos. A pena também será aplicada, de acordo com a proposta em exame na CDH, a quem induzir à prática de violência de qualquer natureza por essas mesmas motivações.
O substitutivo também criminaliza a discriminação no mercado de consumo e na prestação do serviço público. Em seu relatório, Marta Suplicy excluiu a criminalização em caso de manifestação pacífica de pensamento fundada na liberdade de consciência, de crença e de religião. “Tem evangélico na negociação, mas eles são abertos. Estão buscando um consenso para poder aprovar o projeto e devolvê-lo à Câmara Federal”, disse Paulo Paim.
Quilombolas
Outra proposição que Paim espera ver aprovada este ano é o projeto de lei do Senado (PLS 113/08), de sua autoria, que autoriza o Poder Executivo a criar Centros de Integração Federal em todas as comunidades quilombolas do país. A proposta está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde aguarda a designação de relator.
“Os centros vão oferecer aos moradores das comunidades ensino básico, fundamental e tecnológico, bem como atividades esportivas, culturais, de lazer, de saúde e inclusão digital. Hoje os quilombolas vivem no Brasil quase como indigentes. Não tem titularidade das terras, nem são atendidos pelo estado com as mínimas condições de vida”,criticou.
Para aprovar o projeto Paim também imagina que passará por dificuldades com a bancada ruralista do Senado Federal e as Forças Armadas. “Tem que ter uma linha que caminhe para soluções de conflitos. Os agricultores dizem que as áreas são deles, a Marinha também diz que tem áreas que são dela. Vamos priorizar fazer este debate”, garantiu.

Fonte: Sul 21
Rachel Duarte