Um grupo de humoristas racistas, reúne-se para um show em São Paulo. Convidam simpatizantes do racismo, que assinam um termo de compromisso, em não denunciarem a série de crimes, que irão perpetrar ao vivo, com suas piadas contra a constituição brasileira, que através da lei 7716, diz em seu artigo 1º: Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.O Músico foi até uma delegacia, e como sempre o delegado comandou a turma do “deixa disso”. Mais uma vez um negro no Brasil é duplamente discriminado. Discriminado quando é vítima de racismo e discriminado quando vai dar queixa. Este é mais um caso para o ministério público assumir.
Esqueceram-se de avisar ao músico negro Raphael Lopes, que acompanhava o show, sobre o “ACORDO RACISTA À PORTAS FECHADAS”.
O fato-crime: o “humorista” racista Felipe Hamachi, mostrava como prova que AIDS não era transmitida através de macacos, o fato de “transar” todo dia com um macaco–o foco de luz dirige-se para o músico negro e todos riem, só o músico negro, não –.
Esses caras tem mais é que levar um processo, que mexa na parte mais sensível de seus CORPOS racistas, que são os seus bolsos. Imaginem um torturador pedindo ao preso que assine que tortura é brincadeira ou um estuprador apresentando um documento assinado pela vítima dizendo-se –”NÃO OFENDIDA”—. É O FIM DA PICADA! Marcos Romão
Assista o depoimento do Raphael http://r7.com/2DRL
A seguir leiam o editorial de nossa co-irmã, a Afropress.
Basta de humor fascistóide. Não passarão!
Um grupo de pseudo-humoristas sem nenhum talento, com tendências claramente fascistóides resolveu que negros, portadores de deficiência, mulheres, crianças e homossexuais, em suma, os setores sociais mais vulneráveis, tem uma única função: servir de alvo para a expressão da sua mediocridade e da sua total falta de noção quanto aos limites da vida em sociedade e num Estado Democrático de Direito.
O mais recente caso envolvendo o músico Raphael Lopes, comparado a um “macaco” no show de horrores promovido numa casa noturna de S. Paulo, pelo pseudo comediante Felipe Hamachi, expõe e revela que estamos diante, não apenas de uma piada racista (sem a menor graça como toda piada, que tem como fim botar no lixo a dignidade humana) mas de um fenômeno político que se manifesta nesse tipo de humor com traços abertamente fascistóides e nazistóides.
Seu objetivo é depreciar a condição humana, é naturalizar a violência contra negros e demais setores vulneráveis, é banalizar o que há de essencial na vida. Negros, portadores de deficiência, mulheres, crianças são transformados, nesse contexto, na escória, cuja única utilidade é servir de matéria prima do riso fácil para meninos bem-nascidos. É fascistóide precisamente por isso.
É covarde, porque seu alvo são os discriminados, numa sociedade capitalista que se alimenta da exploração e da exclusão.
Por isso quando um certo Bruninho Mano, no mesmo referido bizarro show, afirma que “é melhor comer uma criancinha de 5 anos do que uma cadeirante porque a cadeirante não tem firmeza nas pernas”, e uma platéia idiotizada acha graça na perversão, estamos diante da negação pura e simples, de valores civilizatórios que custaram séculos para se consolidarem na vida em sociedade.
Essa espécie de humor como toda a tendência fascistóide é regressiva. Provavelmente há séculos, antes da humanidade atingir o estágio civilizatório em que nos encontramos, comunidades primitivas deviam achar graça nesse tipo de piada.
Que ainda hoje filhos da classe média paulistana paguem ingresso e se divirtam com esse tipo de aberração, é apenas o sinal o perigo representado por impulsos primitivos e pela barbárie, precisa ser identificado e derrotado. Enquanto é tempo.
Fonte: http://mamapress.wordpress.com/2012/03/18/racismo-a-portas-fechada-termina-em-delegacia-paulista/#respond
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