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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Hoje na História: 1965 - Malcolm X é assassinado no Harlem‏

Malcolm X, líder religioso e nacionalista afro-americano, foi assassinado em 21 de fevereiro de 1965, no bairro novaiorquinho do Harlem pela entidade rival Black Muslims (Muçulmanos Negros) quando discursava para sua organização, a Unidade Afro-americana.

Malcolm Little nasceu em Omaha, Nebraska, em 1925. Era filho de James Earl Little, um pregador batista que defendia os ideais nacionalistas dos negros de Marcus Garvey. Ameaças vindas da organização racista Ku Klux Klan obrigaram a família a se mudar para Lansing, Michigan, onde seu pai seguiu com seus sermões.

Em 1931, o pai de Malcolm foi brutalmente assassinado pela Legião Negra, uma entidade que defendia a supremacia branca. As autoridades de Michigan se recusaram a processar os responsáveis. Em 1937, Malcolm foi tirado da família por assistentes sociais. Nessa altura, com idade para começar a cursar o ensino médio, abandonou a escola e mudou-se para Boston, onde se envolveu cada vez mais com atividades delituosas.


Em 1946, aos 21 anos, Malcolm foi preso, acusado de roubo. Na prisão, se deparou com os ensinamentos de Elijah Muhammad, o líder da Nation of Islam (Nação do Islã), cujos membros eram conhecidos como Black Muslims. A Nação do Islã defendia o nacionalismo negro e o separatismo racial e condenava os norte-americanos descendentes de europeus como “demônios imorais”. As teses de Muhammad impressionaram vivamente Malcolm, que resolveu fazer um intenso programa como auto-didata. Trocou seu sobrenome por um simples “X” para simbolizar o roubo de sua identidade africana.

Seis anos depois, Malcolm foi libertado e se tornou ministro da Nação do Islã no Harlem. Ao contrário de líderes dos direitos civis, como Martin Luther King, Malcolm X defendia a autodefesa e a libertação dos afro-americanos “por todos os meios necessários”. Orador fogoso, Malcolm era admirado pela comunidade negra de Nova York e de todo o país.

Filosofia própria


No começo dos anos 1960, começou a elaborar uma filosofia mais franca que a de Muhammad, quem a seus olhos não defendia o bastante o movimento dos direitos civis. No final de 1963, Malcolm insinuou que o assassinato do presidente John Kennedy Jr. se resumiria em "quem semeia ventos colhe tempestade". Isto levou Muhammad a acreditar que Malcolm se tornara demasiado poderoso e julgou que sua declaração era a oportunidade conveniente de suspendê-lo da Nação do Islã.

Alguns meses mais tarde, Malcolm deixou formalmente a organização e empreendeu uma peregrinação muçulmana a Meca, onde ficou impactado com a ausência de discordância racial entre os muçulmanos ortodoxos. Voltou aos Estados Unidos como El-Hajj Malik El-Shabazz e em junho de 1964 fundou a Organização da Unidade Afro-americana, que defendia a identidade negra. Ele sustentou que o racismo e não a raça branca era o maior inimigo dos negros norte-americanos.

O novo movimento de Malcolm ganhou continuamente seguidores e sua filosofia mais moderada tornou-se cada vez mais influente no meio do movimento pelos direitos civis, especialmente entre os líderes do Comitê de Coordenação dos Estudantes Não-violentos.

Em 21 de fevereiro de 1965, uma semana após sua casa ter sido atingida por uma bomba incendiária, Malcolm X foi alvejado mortalmente por membros da Nação do Islã enquanto discursava.

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