Harlem/Nova York – Milhares de pessoas fizeram fila na tarde desta terça-feira (30/06)que se estendeu por vários quarteirões, no lado Oeste da Rua 125, para prestar no mitológico Apollo Theater, a última homenagem ao popstar Michael Jackson, morto esta semana em Los Angeles, de causas ainda ignoradas.
O correspondente de Afropress em Nova York, Edson Cadette, estava na fila às 16h52 (hora do Brasil), sob uma temperatura de 35º graus (faz muito calor nessa época do ano) e relatou que o clima não era de tristeza. “O clima é de euforia, pessoas de todo o mundo cantando canções de Michael, realmente se despedindo, outras vendendo camisetas, CDs com as músicas do cantor mas sem tristeza, como numa saudação à altura da grandeza de Michael”, afirma. A maior parte dos fães vestia camisas com o rosto do cantor, usava luvas brancas e levava cartazes com sua foto, assim como capas de discos de vinil do artista.
O Teatro, que este ano completa 75 anos com este nome, mas foi erguido em 1.914, tem um significado especial porque foi lá que Michael estreou como cantor, aos cinco anos, com os irmãos, ainda como Jackson’s Brothers (Os Irmãos Jacksons), antes, portanto do lançamento dos Jackson Five, que estourariam no mundo inteiro com sucessos como I Want You Back, e I'll Be There e Ben.“Acabei de conversar com a senhora Wilson, uma coreana que mora no Harlem há 30 anos e ela me disse: “Michael foi o maior”. A fila começou a se formar cedo, segundo Cadette.
Apollo Dentro do Teatro, que tem capacidade para mil lugares, há fotos de Michael espalhadas por todos os lados e estão passando vídeoclips do cantor.
Segundo Cadette, a lenda diz que um artista afro-americano para se tornar famoso tem que, primeiro, se apresentar no Apollo.
Quem conduziu a cerimônia de homenagens foi o reverendo Al Sharpton, ativista e líder da comunidade negra americana.
A última vez que Michael Jackson pisou no palco do Apollo, onde os Jackson Five ganharam um concurso de músicos amadores, em 1.969, foi em 2.002, quando participou de um ato convidado pelo ex-presidente Bill Clinton.
Spike LeeTambém nesta terça, conta o correspondente Edson Cadette, também no Harlem, o cineasta Spike Lee, que participou das homenagens a Michael no Apollo, autografa na livraria Barnes Nobles, um livro para marcar os 20 anos do filme "Faça a Coisa Certa". "Da homenagem a Michael vou à Livraria para tentar falar com Spike Lee.
Quem sabe consiga uma entrevista para a Afropress", concluiu.
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