S. Paulo - O coordenador nacional dos Agentes de Pastoral Negros (APNs), jornalista Nuno Coelho, disse que a entidade está otimista em relação a gestão da nova ministra da Igualdade Racial, socióloga Luiza Bairros, que toma posse nesta segunda-feira, 03 de janeiro.
“Trata-se de uma pessoa que vai dar uma outra cara a gestão da SEPPIR. É uma pessoa de visão técnica, preparada, e que está chegando com uma bagagem muito grande. Luiza representa uma novidade porque é uma mulher preparada para a gestão pública”, afirmou.
O dirigente dos Agentes de Pastoral Negros, porém, disse acreditar que a nova ministra deverá se compor com as entidades que tiveram posição de protagonismo na direção da Secretaria desde a sua criação, em 2003 – a Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN), composta por lideranças ligadas e ou próximas ao PT, e a UNEGRO (União de Negros pela Igualdade), formada por lideranças ligadas ao PC do B.
“Ela certamente vai se compor com essas forças porque é impossível uma gestão da SEPPIR sem a participação desses partidos”, acrescentou.
Coelho defendeu a continuidade do sociólogo João Carlos Nogueira, do PT de Santa Catarina, de Benedito Cintra, do PC do B, de S. Paulo, e de Ernesto Luiz, do Congresso Nacional Afro-Brasileiro que, segundo ele, tiveram papel importante para a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial – Lei 12.228/2010.
Entre os nomes de personalidades que acredita deverão compor a equipe da nova ministra estão os do jornalista Edson Cardoso, de Brasília, e a médica Jurema Werneck, do Rio.
Por ter sido anunciada como da cota pessoal da presidente eleita Dilma Rousseff, a designação da socióloga para a SEPPIR foi entendida num primeiro momento por alguns setores do Movimento Negro como uma mudança na política da hegemonia mantida pelos dois partidos.
Na semana passada a entidade encaminhou Carta aberta a nova ministra desejando a socióloga "sucesso na gestão”.
Fonte: Afropress - 31/12/2010
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