Brasília - Embora tenha assumido o cargo nesta segunda-feira (03/01), só a partir desta terça-feira, (04/01) quando sentar na cadeira, a ministra chefe da SEPPIR socióloga Luiza Bairros, definirá quais as mudanças que fará nos cargos de direção – que continuam ocupados pelos dirigentes da gestão anterior.
Na estrutura da SEPPIR existem 20 cargos de confiança, de livre nomeação, os chamados DAS (Direção e Assessoramento Superiores) com salários que variam de R$ 2.115 a R$ 11.179. Um ocupante de DAS-5, por exemplo, ganha R$ 8,9 mil por mês.
Na semana passada, ela esteve reunida com o agora ex-ministro Elói e equipe, porém, não adiantou se pretende manter algum dos atuais nomes. Essa decisão definirá que tipo de diálogo Bairros manterá com as correntes negras do PT e do PC do B – respectivamente a Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN) e a UNEGRO – que estiveram à frente dos principais cargos da SEPPIR nos oito anos de existência da Secretaria.
Com exceção do titular, Elói Ferreira de Araújo, que deixou o cargo - do secretário executivo João Carlos Nogueira aos assessores do gabinete, como a chefe, Sandra Cabral, a Assessora de Comunicação, Sandra Almada, e o Ouvidor Humberto Adami – todos continuam nos cargos.
Posse
Na cerimônia de posse, além de parlamentares e lideranças negras, chamou a atenção a presença do coordenador geral da UNEGRO (União de Negros pela Igualdade), corrente ligada ao PC do B, historiador Edson França, que fez parte da mesa e também da jornalista Jacira Silva, dirigente do Movimento Negro Unificado do DF, que entregou documento da organização saudando a nova ministra.
Embora seja filiada ao PT e tenha chegado ao cargo com o aval do governador da Bahia, Jacques Wagner, de quem foi Secretaria da Igualdade até a semana passada, Luiza Bairros também foi, até 1.994, dirigente nacional do MNU e ainda hoje faz parte do grupo do deputado Luiz Alberto (PT/BA), o parlamentar mais próximo da organização e o único que assumiu posição frontalmente contrária ao Estatuto da Igualdade Racial – considerado por ele como “um acordo contra a população negra”.
Provavelmente, por isso, a nova ministra no discurso de posse, elogiou o Estatuto, porém, foi afirmativa em relação a necessidade de da potencialização de ações governamentais para consolidar a cidadania negra e elegendo as áreas da Educação, Saúde e Segurança como prioridades.
Fonte: http://www.afropress.com.br/
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