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Fundada em 19 de Junho de 2000, com objetivo de pesquisar, resgatar e incentivar a cultura e os costumes da raça negra através de atividades recreativas,desportivas e filantrópicas no seio no seu quadro social da comunidade em geral, trabalhar pela ascensão social, econômica e politica da etnia negra, no Municipio, Estado e no Pais.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Promotora diz que é reparar injustiça

S. Paulo - A promotora Déborah Kelly Affonso, do Grupo Especial de Inclusão Social do Ministério Público de S. Paulo, diz que a obrigatoriedade de um percentual de modelos negros nos desfiles da São Paulo Fashion Week representa uma reparação histórica. “O fundamento histórico das cotas raciais é reparar injustiças cometidas desde a escravidão. Se você pegar a imigração japonesa, vai ver que eles não foram comprados para trabalhar aqui como escravos. Ao contrário: muitos vieram com incentivo fiscal. E a população de orientais no Brasil não chega a 1%”, afirmou.

Segundo ela, além do mais há dinheiro público no evento. “O Brasil adotou como política pública a inclusão de afro-descendentes. Então, se tem dinheiro público aplicado, é preciso cobrar coerência com as políticas de governo”, acrescenta.

Emanuela de Paula, 19 anos, uma das cinco modelos negras brasileiras de maior prestígio no mundo da moda, contou em depoimento ao repórter Paulo Sampaio, da Folha, que é visível que “nem todo mundo gosta de ver negras nos desfiles e campanhas publicitárias”.

“Quando ganhei o concurso de Miss Pernambuco Infantil, muitos pais de candidatas gritavam: “Essa negrinha não poderia ter ganhado, essa crioula não”. Eu era criança, não liguei muito, mas minha tia ficou triste. Até hoje noto que nem todo mundo gosta de ver negras nos desfiles e campanhas publicitárias. No Brasil ainda é pior: como não tem muitas marcas e são sempre os mesmos produtores, se uma modelo negra está trabalhando bem, só pegam aquela, esquecem as outras. Você já viu uma negra que não seja famosa na capa da Vogue?”, pergunta.

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