Salvador - A criação de um Comitê de Gestão de Negócios Brasil/África foi a principal resolução do Colóquio promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e Governo da Bahia para intensificar as relações - nos campos comercial, econômico e cultural - com os 54 países africanos.
O Encontro, além de autoridades do governo e dirigentes de empresas, reuniu treze embaixadores africanos durante dois dias (26 e 27/10) no Hotel Stella Maris. Segundo o coordenador Nacional da Associação Nacional do Coletivo de Empresários e Empreendedores Afro-Brasileiros, João Bosco Borba, o encontro foi um marco nas relações com a África.
“A proposta do Comitê será encaminhada para que seja respaldada pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e assumida pelo Governo brasileiro”, afirmou.
Falta de voos
Além de propostas para aumentar as relações comerciais e a integração cultural, quase todos os participantes das mesas de debates concordaram que um dos maiores entraves ao aumento das relações comerciais é a falta de ligação aérea regular com o continente africano.
O embaixador Pedro Luiz Rodrigues, diretor da Secretaria de Relações Internacionais da Presidência do Senado e ex-embaixador na Nigéria, disse que "as empresas aéreas brasileiras se mostraram até o momento, incapazes de assumir o desafio de voos regulares para a África, apresentado pelo próprio presidente da República”.
As ligações aéreas são restritas a um vôo diário S. Paulo/Luanda pela companhia angolana TAAG.
Um outro vôo diário feito pela companhia Amirates liga S. Paulo a Joanesburgo, na Africa do Sul. Há ainda o voo ligando Cabo Verde a Fortaleza, duas a três vezes por semana.
O representante da ANAC, Carlos Eduardo Pereira Duarte, informou que a solução do problema da ligação aérea, não é simples.
O Brasil, segundo ele, tem acordos com 13 países da África e das 103 freqüências, apenas doze são utilizadas. Quarenta acordos possíveis ainda não foram negociados. Ele destacou que há necessidade de se eliminar restrições de rota e capacidade e tipo de aeronave.
A outra solução seria a adoção de algum tipo de subsídio. “Isso esbarra em um problema, o Governo brasileiro só pode subsidiar empresas brasileiras; é preciso ver como os Estados africanos vêem tais questões“, afirmou.
Boa vontade
O embaixador da Nigéria, Kayode Garrik, disse esperar que a política do governo brasileiro de considerar a África uma prioridade continue e destacou o clima de boa vontade para o estabelecimento de parcerias. “Existe um sentido genuíno de admiração pelo que o Brasil conseguiu nos anos mais recentes. Se o Brasil fosse polígamo teria 54 esposas africanas", disse numa alusão ao número de países no continente e para demonstrar "o clima de boa vontade que o Brasl encontra hoje na Africa”.
Já o embaixador do Senegal, Fodé Seck, lembrou que as empresas que já estão operando na África como a Petrobrás e a Odebrecht superaram os mitos de que a África é muito longe do Brasil. Thomas Bvuma, o embaixador do Zimbábue, lembrou as dificuldades para que as empresas africanas comprem produtos do Brasil, por falta de capital e linhas de crédito. E enfatizou a importância de que empresas pequenas e médias sejam encorajadas a buscar oportunidades na África.Programas sociaisOs participantes também destacaram a importância de se assegurar nas relações econômicas entre Brasil e África, o cumprimento dos direitos fundamentais do trabalho como a erradicação do trabalho infantil e a garantia de acesso a programas sociais.
O diretor-executivo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Assane Diop, disse que o Brasil tem demonstrado que é possível fazer políticas públicas por um custo razoável para melhorar a vida das populações. "Devemos fortalecer a parceria entre Brasil, a OIT e África”, destacou.
Fonte: www.afropress.com.br
Por: Redação: O jornalista Dojival Vieira viajou à Bahia à convite do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Governo Federal -
Quem sou eu
- ASSOCIAÇÃO CACHOEIRENSE DA CULTURA AFRO BRASILEIRA
- Cachoeira do Sul, Rs, Brazil
- Fundada em 19 de Junho de 2000, com objetivo de pesquisar, resgatar e incentivar a cultura e os costumes da raça negra através de atividades recreativas,desportivas e filantrópicas no seio no seu quadro social da comunidade em geral, trabalhar pela ascensão social, econômica e politica da etnia negra, no Municipio, Estado e no Pais.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Unegro estará hoje em Cachoeira
A Associação Cachoeirense de Cultura Afro-brasileira trará amanhã a Cachoeira do Sul representantes da executiva da Unegro, movimento ligado à defesa da igualdade racial. O encontro acontecerá no Caiçara Piscina Tênis Clube a partir das 19h e será debatida a política municipal de cotas para afro-descendentes, que teve a lei derrubada no Tribunal de Justiça por inconstitucionalidade. A Acca reivindica a criação de uma Coordenadoria de Igualdade Racial, porém a Prefeitura não quer no momento, conforme o procurador jurídico Loir Oliveira.
Fonte: www.jornaldopovo.com.br
Fonte: www.jornaldopovo.com.br
Sindicato Operario em SP, se posiciona contra as leis raciais!
O Sindicato dos Trabalhadoores na Industria de Vidros no Estado de São Paulo, realizou nos dias 23,24 e 25 de outubro, seu 6º Congresso. Reuniram na Colônia de Féria do Sindicato cerca de 150 delegados representando mais de 20.000 trabalhadores de 15 cidades do Estado de São Paulo. A pauta do congresso era: Conjuntura Nacional e Internacional e plano de lutas para o próximo período. Estive na presente em todo o Congresso e pude testemunhar a falta de informação a respeito das leis que tramitam no Congresso Nacional PL 3198 estatuto racial e o PL 73/99 Lei das cotas para universidades públicas. Apesar desta falta de informação o plenário do Congresso aprovou por unânimidade uma emenda que reafirma a posição do Sindicato em relação a luta contra o racismo e as leis raciais, veja a resolução: "Somos todos irmãos trabalhadores Os trabalhadores já aprenderam que o racismo e a discriminação são uma arma dos patrões para dividir e explorar mais todos os trabalhadores. O 6º Congresso dos Vidreiros reafirma a luta contra toda forma de discriminação por cor de pele, sexo, religião ou nacionalidade. O sindicato dos vidreiros continuarão na luta pela igualdade juridica de todos os trabalhadores (as) e contra as formas que os patrões e os governos encontram para dividir os trabalhadores em especial com o racismo, Nos posicionamos contra as leis que vem dividir os trabalhadores e o povo. Nos posicionamos contra as leis que transferem recursos as empresas que reservam vagas para trabalhadores da pele escura. Pele escura ou pele clara, entre os trabalhadores somos todos iguais e irmãos de classe. Emprego para todos! Nossa luta continua por trabalho igual, salário igual!" Esta importante resolução é mais um ponto de apoio á luta contra as leis raciais. Parabéns aos delegados do 6º Congresso dos Vidreiros de SP.
Marxismo nada tem a ver com racialismo - Resposta ao artigo do Economista Rodrigo Constantino publicado no "O Globo" 26/10/209
Extratos: "....Há muito tempo, muitos intelectuais, líderes políticos se dizem marxistas, socialistas, comunistas e fazem e dizem todo o contrário. As palavras, como todos sabemos, podem ser fraudadas. Á poucos dias um dos maiores líderes da burguesia brasileira, Sr.Paulo Skaff, presidente da poderosa FIESP, no ato de sua filiação ao PSB, declarou que o socialismo já esta sendo realizado atravéz da pulverização das ações das empresas na bolsa de valores (sic)! Pode ser que o grande empresário acredite realmente no que ele declarou, mas seguramente, essa concepção nada tem de socialismo e muito menos de marxismo. De nossa parte, acreditamos que quanto mais igualdade, menos racismo. As imensas desigualdades sociais e econômicas e a busca insana pelo lucro são o principal motivo da existência desta odiosa e intolerável ideologia que justifica uma dominação e uma exploração injustificável..." Visitem a nossa página e leiam o texto integral: www.mns.org.br
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Família Simpson ganha traços afro para estreia em Angola
Iniciativa de agência de publicidade visa melhor aceitação do público.'Homer negro' aparecerá somente na vinheta de abertura da animação.
Homer, Marge, Bart, Lisa e Maggie Simpson mudaram sua cor amarela tradicional pelo marrom escuro para a estreia da série em Angola, segundo informa nesta sexta-feira (21) o jornal britânico "Daily Mail".
A iniciativa é uma uma manobra promocional de uma agência de publicidade para fazer a conhecida família de Springfield aterrissar pela primeira vez no continente africano, embora nos próximos capítulos os personagens continuarão com a aparência original.
Um Homer negro e calçando chinelo, calça curta e camiseta com motivos afros - e com uma pulseira artesanal em vez de relógio - substitui o da versão ocidental.
Transformação parecida sofreu a matriarca da família, Marge, cujo cabelo já não é azul mas preto, e exibe um pêndulo no pescoço no lugar do colar vermelho habitual, assim como um vestido amarelo.
Bart Simpson já não tem o cabelo espetado e veste camiseta sem mangas, enquanto sua irmã Lisa aparece com tranças afro no cabelo e a pequena Maggie muda seu pijama azul por uma espécie de fralda branca enrolada no corpo.
Um Homer negro e calçando chinelo, calça curta e camiseta com motivos afros - e com uma pulseira artesanal em vez de relógio - substitui o da versão ocidental.
Transformação parecida sofreu a matriarca da família, Marge, cujo cabelo já não é azul mas preto, e exibe um pêndulo no pescoço no lugar do colar vermelho habitual, assim como um vestido amarelo.
Bart Simpson já não tem o cabelo espetado e veste camiseta sem mangas, enquanto sua irmã Lisa aparece com tranças afro no cabelo e a pequena Maggie muda seu pijama azul por uma espécie de fralda branca enrolada no corpo.
Presos PMs envolvidos na morte de diretor do Afroreggae
Rio - O capitão da PM carioca Denis Leonard Nogueira Bizarro e o cabo Marcos de Oliveira Salles, que já cumpriam prisão administrativa, agora estão presos preventivamente por não socorrerem o coordenador do Afroreggae, Evandro João da Silva - que agonizava na calçada após ser mortalmente ferido por assaltantes - e ainda levarem uma jaqueta e um par de tênis da vítima.
Os dois oficiais também são acusados de terem liberado os suspeitos pelo crime, que continuam soltos.A prisão preventiva foi decretada pela juíza Yeda Cristina Filizzola. Evandro João da Silva foi morto na madrugada de domingo, no centro do Rio. Os policiais foram filmados na cena do crime, abordando os ladrões que foram depois liberados, e desapareceram com pertences do coordenador do Afroreggae.
Bandidos fardados
Nesta sexta-feira,(23/10), o coordenador do Afroreggae, José Jr. (foto), chamou os policiais de “marginais, criminosos fardados”, ao conceder entrevista no Quartel Central da PM carioca, ao lado do comandante, coronel Mário Sérgio Duarte.
O comandante da PM disse que se sentiu ofendido com os termos usados pelo coordenador do Afroreggae.”Não gostei. Não havia necessidade de o José Júnior ter dito bandidos fardados. Tenho isso como uma ofensa, não porque os PMS cometeram o que cometeram, mas porque declarações desse tipo acabam ofendendo toda a corporação”, reagiu.
Duarte não explicou como deveriam ser chamados os oficiais que, além da omissão do socorro, liberaram os acusados - como mostram as câmeras - e ainda levaram a jaqueta e o par de tênis da vítima.
O governador Sérgio Cabral chamou os envolvidos de “bandidos ao quadrado” e determinou a exoneração do Oficial Responsável pelas Relações Públicas, que minimizou a conduta criminosa dos acusados.Policiais ouvidos pelo Jornal Folha de S. Paulo avaliaram que há indícios de que os PMs Bizarro e Salles tinham algum tipo de combinação com os assassinos do diretor do
Afroreggae.
Os dois oficiais também são acusados de terem liberado os suspeitos pelo crime, que continuam soltos.A prisão preventiva foi decretada pela juíza Yeda Cristina Filizzola. Evandro João da Silva foi morto na madrugada de domingo, no centro do Rio. Os policiais foram filmados na cena do crime, abordando os ladrões que foram depois liberados, e desapareceram com pertences do coordenador do Afroreggae.
Bandidos fardados
Nesta sexta-feira,(23/10), o coordenador do Afroreggae, José Jr. (foto), chamou os policiais de “marginais, criminosos fardados”, ao conceder entrevista no Quartel Central da PM carioca, ao lado do comandante, coronel Mário Sérgio Duarte.
O comandante da PM disse que se sentiu ofendido com os termos usados pelo coordenador do Afroreggae.”Não gostei. Não havia necessidade de o José Júnior ter dito bandidos fardados. Tenho isso como uma ofensa, não porque os PMS cometeram o que cometeram, mas porque declarações desse tipo acabam ofendendo toda a corporação”, reagiu.
Duarte não explicou como deveriam ser chamados os oficiais que, além da omissão do socorro, liberaram os acusados - como mostram as câmeras - e ainda levaram a jaqueta e o par de tênis da vítima.
O governador Sérgio Cabral chamou os envolvidos de “bandidos ao quadrado” e determinou a exoneração do Oficial Responsável pelas Relações Públicas, que minimizou a conduta criminosa dos acusados.Policiais ouvidos pelo Jornal Folha de S. Paulo avaliaram que há indícios de que os PMs Bizarro e Salles tinham algum tipo de combinação com os assassinos do diretor do
Afroreggae.
Ministro Barbosa renunciará TSE e não presidirá eleições
Brasília - O ministro Joaquim Barbosa – o único negro no Supremo Tribunal Federal – deverá renunciar à presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – e com isso deixará de presidir as eleições presidenciais 2010, segundo informa a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna do Jornal Folha de S. Paulo, edição desta quarta-feira (21/10).
A saída de Barbosa deverá ser anunciada em novembro, quando termina o prazo de sua licença por motivos médicos. O ministro enfrenta há três anos uma inflamação na coluna que lhe provoca dores terríveis e que o força a pedir licenças seguidas da vaga que ocupa no TSE. Este ano já foram duas as licenças, num total de seis meses de afastamento.
Barbosa teria confessado aos colegas – com os quais mantém relação apenas cordial, em especial, depois do embate com o presidente do STF, Gilmar Mendes, transmitido ao vivo pela TV Senado -, que “está cada vez mais convicto de que sua permanência no TSE se tornou “praticamente impossível”.
Com a renúncia de Barbosa, assume em seu lugar a ministra Carmen Lúcia, sua substituta, e as eleições do ano que vem serão comandadas pelo ministro Ricardo Lewandoski. A mudança deverá, segundo analistas, levar ao TSE o novo ministro José Antonio Toffoli, que já foi advogado do PT em campanhas eleitorais passada, recentemente indicado por Lula para o Supremo Tribunal Federal.
A saída de Barbosa deverá ser anunciada em novembro, quando termina o prazo de sua licença por motivos médicos. O ministro enfrenta há três anos uma inflamação na coluna que lhe provoca dores terríveis e que o força a pedir licenças seguidas da vaga que ocupa no TSE. Este ano já foram duas as licenças, num total de seis meses de afastamento.
Barbosa teria confessado aos colegas – com os quais mantém relação apenas cordial, em especial, depois do embate com o presidente do STF, Gilmar Mendes, transmitido ao vivo pela TV Senado -, que “está cada vez mais convicto de que sua permanência no TSE se tornou “praticamente impossível”.
Com a renúncia de Barbosa, assume em seu lugar a ministra Carmen Lúcia, sua substituta, e as eleições do ano que vem serão comandadas pelo ministro Ricardo Lewandoski. A mudança deverá, segundo analistas, levar ao TSE o novo ministro José Antonio Toffoli, que já foi advogado do PT em campanhas eleitorais passada, recentemente indicado por Lula para o Supremo Tribunal Federal.
AFROJÔ
AFROJÔ moda Afro-Brasileirahá anos modelando para negras e negrosfaz questão de vestir o orgulho e a dignidade a gente brasileiraAFROJÔCRIOU para o mês da Consciência Negra
AFROJÔCRIOU para o mês da Consciência Negramodelos em HOMENAGEM A ZUMBI
A marca AFROJÔ continuará vestindo nossa gente de orgulho durante todo o anoEntre em contato para conhecer a coleçãohttp://br.mc1123.mail.yahoo.com/mc/compose?to=AFROJOWIL@TERRA.COM.BRtel.: 21-9617-2754 – Josinafotos em tamanho grande, além de outros modelos estão desfilando no orkut
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Projeto de Lei poderá criar Coordenadoria de Igualdade Racial em Cachoeira do Sul
Uma das reivindicações da comunidade negra de Cachoeira do Sul poderá ser concretizadas nos próximos dias com um projeto de lei que partirá do executivo criando a Coodenadoria Municipal de Politicas Publicas da Igualdade Racial , que dentre seus objetivos será promover a igualdade e a proteção dos direitos de pessoas e grupos étnicos- raciais afetados pela discriminação, preconceito e demais formas de intolerância com ênfase na população negra e indígena.
o referido projeto de lei deverá ser apresentado nos próximos dias para aprovação da câmara de vereadores.
o referido projeto de lei deverá ser apresentado nos próximos dias para aprovação da câmara de vereadores.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Salvador sediará reunião Brasil/EUA
Salvador - Salvador sediará na próxima quinta e sexta-feira (22 e 23/10) a III Reunião para Implementação do Plano de Ação Conjunta Brasil-Estados Unidos para a Eliminação da Discriminação Étnico-Racial e Promoção da Igualdade.
O encontro será aberto pelo Ministro da Igualdade Racial, Edson Santos , pela Subsecretária Geral de Política I do Ministério das Relações Exteriores, Embaixadora Vera Lúcia Barrouin Machado, e pelo Subsecretário de Estado adjunto para Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos EUA, Thomas Shannon.
A reunião marcará mais uma etapa da cooperação bilateral, que envolve a sociedade civil e os setores públicos e privados.
Conforme documento assinado em 13 de março de 2008 pelo Ministro Edson Santos e pela então Secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, o Plano visa a estabelecer parcerias de longo prazo no combate à desigualdade racial, a partir de cincoeixos temáticos: educação; trabalho e desenvolvimento econômico; saúde; direitos humanos; e segurança pública e comunidades remanescentes de quilombos.
Intercâmbio Brasil/EUA
A primeira reunião plenária do Grupo Diretor do Plano foi realizada em outubro de 2008, em Brasília. A segunda aconteceu em abril deste ano, em Washington. No encontro de Salvador, o Grupo Diretor - que se reúne a cada seis meses - divulgará as diretrizes para apresentação de propostas de projetos, além de estimular o intercâmbio de experiências e formas de atuação da iniciativa privada.
A reunião terá espaço para a participação de aproximadamente 80 lideranças de movimentos sociais de todo o Brasil, que estarão reunidas desde a véspera (21/10) em Salvador, quando receberão esclarecimentos sobre as metas do Plano e indicarão seus representantes nas futuras discussões dos eixos temáticos.
Sem veto tucano, é aberto espaço para votação de Estatuto
Brasìlia - A tentativa do deputado Arnaldo Madeira, do PSDB de S. Paulo, de impedir o envio do projeto do Estatuto da Igualdade Racial (PL 6264/2005) para votação do Senado, rompendo o acordo feito na Comissão Especial da Câmara, que o aprovou com caráter conclusivo, não vingou. O requerimento de Madeira foi retirado graças ao requerimento 5681/2009, do deputado Fernando Ferro, do PT de Pernambuco, que conseguiu a retirada da assinatura de 59 parlamentares dos 91 que, inicialmente, haviam apoiado a proposta tucana.
Sem número suficiente de assinaturas, a Mesa da Câmara, presidida pelo deputado Michel Temer (PMDB-SP), recusou o requerimento de Madeira, e o projeto do Estatuto agora irá ao Senado para apreciação e votação. Se for votado antes da primeira quinzena de novembro receberá a redação final e poderá ser sancionada pelo Presidente Luis Inácio Lula da Silva, no dia 20 de Novembro – Dia Nacional da Consciência Negra.
Inflexível
Na semana passada, o deputado tucano de S. Paulo mostrou-se inflexível dizendo que não retiraria o requerimento exigindo a votação em plenário, mesmo diante de apelos de setores do PSDB e ou próximos.
Lideranças tucanas e ligadas a Alternativa Negra para a Social Democracia - ANSD - corrente de ativistas não filiados, porém, próximas aos tucanos, chegaram a tentar demover Madeira, sem sucesso.
O texto do PL 6264 foi fruto de um acordo envolvendo parlamentares, inclusive do DEM (Partido Democratas), inicialmente contrários por conta de reivindicações da bancada ruralista, temerosas com o reconhecimento dos direitos das comunidades remanescentes de quilombos.
Por conta do acordo, o ministro chefe da Seppir, deputado Edson Santos , passou a ser acusado por setores do Movimento Negro – de ter deixado de lado reivindicações históricas da população negra – de olho nas eleições do ano que vem.
O ministro e entidades do Movimento Negro, que fazem parte da base de apoio do Governo Lula – como CONEN, UNEGRO – e mesmo algumas próximas aos tucanos e independentes favoráveis ao Estatuto, afirmam que o projeto, mesmo com mudanças, é uma conquista porque coloca reivindicações históricas dentro de um marco legal.
Se o requerimento de Madeira tivesse prevalecido, dificilmente o Projeto poderia ser apreciado e votado pela Câmara e Senado, a tempo de ser sancionado em novembro.
Sem número suficiente de assinaturas, a Mesa da Câmara, presidida pelo deputado Michel Temer (PMDB-SP), recusou o requerimento de Madeira, e o projeto do Estatuto agora irá ao Senado para apreciação e votação. Se for votado antes da primeira quinzena de novembro receberá a redação final e poderá ser sancionada pelo Presidente Luis Inácio Lula da Silva, no dia 20 de Novembro – Dia Nacional da Consciência Negra.
Inflexível
Na semana passada, o deputado tucano de S. Paulo mostrou-se inflexível dizendo que não retiraria o requerimento exigindo a votação em plenário, mesmo diante de apelos de setores do PSDB e ou próximos.
Lideranças tucanas e ligadas a Alternativa Negra para a Social Democracia - ANSD - corrente de ativistas não filiados, porém, próximas aos tucanos, chegaram a tentar demover Madeira, sem sucesso.
O texto do PL 6264 foi fruto de um acordo envolvendo parlamentares, inclusive do DEM (Partido Democratas), inicialmente contrários por conta de reivindicações da bancada ruralista, temerosas com o reconhecimento dos direitos das comunidades remanescentes de quilombos.
Por conta do acordo, o ministro chefe da Seppir, deputado Edson Santos , passou a ser acusado por setores do Movimento Negro – de ter deixado de lado reivindicações históricas da população negra – de olho nas eleições do ano que vem.
O ministro e entidades do Movimento Negro, que fazem parte da base de apoio do Governo Lula – como CONEN, UNEGRO – e mesmo algumas próximas aos tucanos e independentes favoráveis ao Estatuto, afirmam que o projeto, mesmo com mudanças, é uma conquista porque coloca reivindicações históricas dentro de um marco legal.
Se o requerimento de Madeira tivesse prevalecido, dificilmente o Projeto poderia ser apreciado e votado pela Câmara e Senado, a tempo de ser sancionado em novembro.
Mídia comanda campanha contra cotas
Rio - Pesquisas feitas entre os anos de 2001 e 2009 apontam que o Jornal O Globo – da família Roberto Marinho e que tem como diretor da Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, um dos líderes da campanha contra cotas – foi o jornal que mais publicou textos sobre as ações afirmativas – 46% deles contra e apenas 24% a favor.
O mesmo Estudo aponta que a Revista Veja teve 100% de matérias contrárias às Ações Afirmativas.
O resultado do levantamento foi apresentado por João Feres, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ), no Seminário “Comunicação e Ação Afirmativa: o papel da mídia no debate sobre igualdade racial”, promovido esta semana (14 e 15/10) pela Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial, Comdedine, Cepir e Seppir, na Associação Brasileira de Imprensa. “A Veja escolheu um lado, o lado contra as cotas”, disse o pesquisador do IUPERJ.
A Veja e o apartheid
A Revista Veja é sócia do conglomerado de mídia que apoiou o regime racista do apartheid na África do Sul - o Grupo Naspers que, em novembro do ano passado passou a ser proprietário de 30% das ações do Grupo Abril, que edita a Revista.
O negócio, estimado em US$ 422 milhões, foi o maior investimento feito pelo Grupo apoiador do apartheid no exterior. Apesar da família Civita, proprietária da Abril, permanecer no controle do Grupo Abril e da Veja, o Naspers passou a ter assento no Conselho de Administração.
O Grupo Naspers, fundado em 1.915, é uma multinacional que atua nos segmentos da mídia eletrônica e impressa. Com faturamento de US$ 2,2 bilhões, publica mais de 30 revistas e cerca de 25 jornais, dos quais o maior é o "Dayly Sun", na África do Sul. Atua em 50 países e tem negócios de Internet, TV paga e editora de livros. Foi uma das principais bases de sustentação do apartheid – regime racista sul africano – enquanto este vigorou no país.
Seminário
O Seminário teve mesas de debate com Muniz Sodré, Ancelmo Gois e Mírian Leitão do O Globo, o antropólogo e jornalista Kássio Motta, a diretora de redação da revista Cláudia Márcia Neder, Carlos Medeiros, da CEPIR, Rosângela Malachias do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT) e o próprio Feres do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ).
Mírian Leitão explicou que “o problema é quando a opinião sai do editorial ou artigo e vai para as matérias”, isto é, estas deixam de ser imparciais, o que acontece em vários veículos da grande imprensa. Entre as principais justificativas apresentadas pelas posições contrárias estão afirmações como a que as ações afirmativas não levam em conta o mérito, acirram o conflito racial e que não tem como dizer quem é negro no país. “Os brasileiros acreditam que discutir o racismo provoca racismo”, disse Carlos Medeiros da CEPIR. Mírian Leitão completou, “o que mais incomoda é escutar que o Brasil não é racista, pois isto impede o diálogo”.
Medeiros disse ainda que a ação afirmativa não deve se resumir a cotas e que este diálogo deve avançar. “As ações afirmativas não vão acabar com o racismo, mas vão promover igualdade de oportunidades”. Muniz Sodré acredita que por meio da aproximação o preconceito se torna menor. “É importante que o negro esteja em lugares onde barreiras históricas foram construídas, como é o caso das universidades”.
Identidade negra na mídia
Ao ser questionada sobre o fato da mulher negra ainda não se identificar e se enxergar nas páginas de uma revista como a Cláudia, Márcia Nader rebateu afirmando que quem diz isto não lê a revista. “A mulher negra se vê sim na Cláudia, a Taís Araújo, por exemplo, já foi capa duas vezes”.
Márcia defendeu a atitude “libertária” da revista, mas não soube dizer qual a média de matérias voltadas para este público, quantas capas de Cláudia já tiveram negras e nem o número de profissionais negros na redação.
A jornalista reconheceu que a freqüência de negras retratadas na revista ainda é pouca, mas justificou dizendo que “a mídia é um reflexo da sociedade”.
Em contrapartida, Muniz Sodré foi um dos participantes que discordaram da afirmação e disse que a mídia cria o seu próprio público, construindo a realidade, não retratando-a. “E há uma imensa saudade da escravidão por parte da mídia brasileira”, acrescentou.
Além disso, para reforçar a questão da identidade visual, o sociólogo disse que a relação de classe social, como muitos acreditam, não esgota a questão étnica.
“O pobre branco já se encontra em vantagem, pois a cor se tornou objeto patrimonial”, concluiu.
Fonte: www.afropress.com.br
Jornalista Milena Almeida do jornal Raizes D'Africa
O mesmo Estudo aponta que a Revista Veja teve 100% de matérias contrárias às Ações Afirmativas.
O resultado do levantamento foi apresentado por João Feres, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ), no Seminário “Comunicação e Ação Afirmativa: o papel da mídia no debate sobre igualdade racial”, promovido esta semana (14 e 15/10) pela Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial, Comdedine, Cepir e Seppir, na Associação Brasileira de Imprensa. “A Veja escolheu um lado, o lado contra as cotas”, disse o pesquisador do IUPERJ.
A Veja e o apartheid
A Revista Veja é sócia do conglomerado de mídia que apoiou o regime racista do apartheid na África do Sul - o Grupo Naspers que, em novembro do ano passado passou a ser proprietário de 30% das ações do Grupo Abril, que edita a Revista.
O negócio, estimado em US$ 422 milhões, foi o maior investimento feito pelo Grupo apoiador do apartheid no exterior. Apesar da família Civita, proprietária da Abril, permanecer no controle do Grupo Abril e da Veja, o Naspers passou a ter assento no Conselho de Administração.
O Grupo Naspers, fundado em 1.915, é uma multinacional que atua nos segmentos da mídia eletrônica e impressa. Com faturamento de US$ 2,2 bilhões, publica mais de 30 revistas e cerca de 25 jornais, dos quais o maior é o "Dayly Sun", na África do Sul. Atua em 50 países e tem negócios de Internet, TV paga e editora de livros. Foi uma das principais bases de sustentação do apartheid – regime racista sul africano – enquanto este vigorou no país.
Seminário
O Seminário teve mesas de debate com Muniz Sodré, Ancelmo Gois e Mírian Leitão do O Globo, o antropólogo e jornalista Kássio Motta, a diretora de redação da revista Cláudia Márcia Neder, Carlos Medeiros, da CEPIR, Rosângela Malachias do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT) e o próprio Feres do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ).
Mírian Leitão explicou que “o problema é quando a opinião sai do editorial ou artigo e vai para as matérias”, isto é, estas deixam de ser imparciais, o que acontece em vários veículos da grande imprensa. Entre as principais justificativas apresentadas pelas posições contrárias estão afirmações como a que as ações afirmativas não levam em conta o mérito, acirram o conflito racial e que não tem como dizer quem é negro no país. “Os brasileiros acreditam que discutir o racismo provoca racismo”, disse Carlos Medeiros da CEPIR. Mírian Leitão completou, “o que mais incomoda é escutar que o Brasil não é racista, pois isto impede o diálogo”.
Medeiros disse ainda que a ação afirmativa não deve se resumir a cotas e que este diálogo deve avançar. “As ações afirmativas não vão acabar com o racismo, mas vão promover igualdade de oportunidades”. Muniz Sodré acredita que por meio da aproximação o preconceito se torna menor. “É importante que o negro esteja em lugares onde barreiras históricas foram construídas, como é o caso das universidades”.
Identidade negra na mídia
Ao ser questionada sobre o fato da mulher negra ainda não se identificar e se enxergar nas páginas de uma revista como a Cláudia, Márcia Nader rebateu afirmando que quem diz isto não lê a revista. “A mulher negra se vê sim na Cláudia, a Taís Araújo, por exemplo, já foi capa duas vezes”.
Márcia defendeu a atitude “libertária” da revista, mas não soube dizer qual a média de matérias voltadas para este público, quantas capas de Cláudia já tiveram negras e nem o número de profissionais negros na redação.
A jornalista reconheceu que a freqüência de negras retratadas na revista ainda é pouca, mas justificou dizendo que “a mídia é um reflexo da sociedade”.
Em contrapartida, Muniz Sodré foi um dos participantes que discordaram da afirmação e disse que a mídia cria o seu próprio público, construindo a realidade, não retratando-a. “E há uma imensa saudade da escravidão por parte da mídia brasileira”, acrescentou.
Além disso, para reforçar a questão da identidade visual, o sociólogo disse que a relação de classe social, como muitos acreditam, não esgota a questão étnica.
“O pobre branco já se encontra em vantagem, pois a cor se tornou objeto patrimonial”, concluiu.
Fonte: www.afropress.com.br
Jornalista Milena Almeida do jornal Raizes D'Africa
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Retratos do Brasil Negro
Editora lança coleção de biografias sobre ícones da cultura afro brasileira
A Selo Negro Edições promove, em outubro, duas noites de autógrafos da coleção Retratos do Brasil Negro. No dia 6 de outubro (terça-feira), das 18h30 às 21h30h, a coordenadora da coleção, autores e biografados recebem amigos e convidados na Livraria Cultura (Conjunto Nacional), em São Paulo. No dia 8 de outubro (quinta-feira), das 19h às 22h, será na Livraria Argumento (Leblon), no Rio de Janeiro.
A Selo Negro Edições promove, em outubro, duas noites de autógrafos da coleção Retratos do Brasil Negro. No dia 6 de outubro (terça-feira), das 18h30 às 21h30h, a coordenadora da coleção, autores e biografados recebem amigos e convidados na Livraria Cultura (Conjunto Nacional), em São Paulo. No dia 8 de outubro (quinta-feira), das 19h às 22h, será na Livraria Argumento (Leblon), no Rio de Janeiro.
A coleção, que começa com as biografias de Nei Lopes, Sueli Carneiro e Abdias Nascimento, aborda a vida e a obra de figuras fundamentais da cultura, da política e da militância negra.
A primeira biografia da coleção Retratos do Brasil Negro, escrita pelo jornalista Oswaldo Faustino, é de Nei Lopes, um brasileiro comprometido com sua terra e com a cultura de seu povo. Sempre criativo em suas realizações, ele vem enriquecendo o panorama da cultura nacional com a singular capacidade de elaborar e interpretar a dimensão mais densa e profunda da africanidade no país. Sua vasta obra intelectual e musical constitui um rico acervo de informações e ideias sobre a cultura afro-brasileira, além de refletir de maneira magistral a luta antirracista no país.
Já a segunda biografia, da jornalista Rosane Borges, contempla a história de Sueli Carneiro, ativista antirracismo do movimento social negro brasileiro. Feminista e intelectual, fundadora do Geledés - Instituto da Mulher Negra, Sueli é uma das personalidades políticas mais instigantes da atualidade. Entender sua história de vida, suas influências e as mudanças concretas geradas por sua militância é compreender parte do cenário espacial, político e geográfico do movimento social negro contemporâneo.
Abdias Nascimento, o terceiro biografado da coleção, é um dos maiores pensadores negros do mundo. Sua luta pela igualdade racial e sua vida marcada por desafios são fielmente registradas nesta biografia: da infância humilde à criação do Teatro Experimental do Negro, passando por sua atuação como deputado federal. No livro, a jornalista Sandra Almada recupera a vida e a obra desse dramaturgo, ator, acadêmico, político, artista plástico, poeta e militante reconhecido internacionalmente, resgatando as origens de sua combatividade.
A primeira biografia da coleção Retratos do Brasil Negro, escrita pelo jornalista Oswaldo Faustino, é de Nei Lopes, um brasileiro comprometido com sua terra e com a cultura de seu povo. Sempre criativo em suas realizações, ele vem enriquecendo o panorama da cultura nacional com a singular capacidade de elaborar e interpretar a dimensão mais densa e profunda da africanidade no país. Sua vasta obra intelectual e musical constitui um rico acervo de informações e ideias sobre a cultura afro-brasileira, além de refletir de maneira magistral a luta antirracista no país.
Já a segunda biografia, da jornalista Rosane Borges, contempla a história de Sueli Carneiro, ativista antirracismo do movimento social negro brasileiro. Feminista e intelectual, fundadora do Geledés - Instituto da Mulher Negra, Sueli é uma das personalidades políticas mais instigantes da atualidade. Entender sua história de vida, suas influências e as mudanças concretas geradas por sua militância é compreender parte do cenário espacial, político e geográfico do movimento social negro contemporâneo.
Abdias Nascimento, o terceiro biografado da coleção, é um dos maiores pensadores negros do mundo. Sua luta pela igualdade racial e sua vida marcada por desafios são fielmente registradas nesta biografia: da infância humilde à criação do Teatro Experimental do Negro, passando por sua atuação como deputado federal. No livro, a jornalista Sandra Almada recupera a vida e a obra desse dramaturgo, ator, acadêmico, político, artista plástico, poeta e militante reconhecido internacionalmente, resgatando as origens de sua combatividade.
Ministério fechará parceria para treinar defensores públicos
A prática do Poder Judiciário de desqualificar crimes de racismo transformando-o em injúria já é de conhecimento da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).
E, segundo o ministro Edson Santos, ocorre principalmente porque falta qualificação para os operadores de direito que lidam com essa questão em seu cotidiano. Antes da falta de qualificação, no entanto, vem o preconceito, diz o ministro.
- É patente a existência do racismo no Brasil e ele está presente nos setores da sociedade que são responsáveis pelos órgãos de segurança e Poder Judiciário, que não conseguem absorver a ideia de que existe um segmento da sociedade que sofre historicamente com o racismo - lamenta o ministro.
Para Santos, as pessoas que se sentem prejudicadas em seus processos devem procurar instâncias superiores para protestar.
- É patente a existência do racismo no Brasil e ele está presente nos setores da sociedade que são responsáveis pelos órgãos de segurança e Poder Judiciário, que não conseguem absorver a ideia de que existe um segmento da sociedade que sofre historicamente com o racismo - lamenta o ministro.
Para Santos, as pessoas que se sentem prejudicadas em seus processos devem procurar instâncias superiores para protestar.
O ministro, no entanto, reconhece a dificuldade de boa parte das vítimas de racismo reclamar seus direitos já que existem poucos defensores públicos no país, "principalmente no Rio de Janeiro", onde 92% das ações penais por crime de racismo foram transformadas em processos de injúria entre 2005 e o final do primeiro semestre de 2007, segundo a tese de doutorado do Direitos Humanos e as práticas de racismo, defendida na Universidade de Brasília.
- Quando há desvio de conduta por parte do operador do direito, as instâncias da Justiça devem punir seu servidor - afirmou Santos, que assumiu, no entanto, não ter procurado o Conselho Nacional de Justiça, órgão de controle que fiscaliza o Judiciário, para tratar da questão.
Segundo Santos, a Secretaria pretende formar uma parceria com os ministérios públicos dos estados para tentar qualificar os operadores de direito para tratarem os processos de racismo. Parceria semelhante já foi fechada há duas semanas entre a Secretaria e a Defensoria Pública da União. Para tratar da questão quilombola, 60 defensores públicos da União estão sendo capacitados .
- Quando há desvio de conduta por parte do operador do direito, as instâncias da Justiça devem punir seu servidor - afirmou Santos, que assumiu, no entanto, não ter procurado o Conselho Nacional de Justiça, órgão de controle que fiscaliza o Judiciário, para tratar da questão.
Segundo Santos, a Secretaria pretende formar uma parceria com os ministérios públicos dos estados para tentar qualificar os operadores de direito para tratarem os processos de racismo. Parceria semelhante já foi fechada há duas semanas entre a Secretaria e a Defensoria Pública da União. Para tratar da questão quilombola, 60 defensores públicos da União estão sendo capacitados .
No caso dos quilombolas, cabe à Seppir fazer a interlocução entre a DPU e os remanescentes de quilombos e oferecer instrumentos para que os defensores públicos possam adquirir o conhecimento necessário para lidar com a realidade dessas populações.
A DPU, por sua vez, vai promover a conciliação entre as partes em conflito de interesses, propor ações civis públicas, tentar garantir o acesso a benefícios de prestação continuada e realizar oficinas para esclarecer as comunidades sobre os seus direitos.
Fonte: Fundação Cultural Palmares
Engenheiro é preso por injúria racial
S. Paulo - O engenheiro Alexandre Semenoff, morador no Campo Belo, bairro da zona Sul de S. Paulo, foi preso na tarde desta terça-feira (06/10) acusado da prática de injúria racial, por ofensas com frases racistas contra o segurança Délcio Gonçalves, 53 anos.
A pena para esse tipo de crime varia de um a três anos de reclusão. O acusado passou a noite na Delegacia e foi liberado só ontem (07/10), depois da Justiça julgar o pedido de liberdade provisória.
Segundo o segurança, cujo depoimento foi confirmado por duas testemunhas que o acompanharam até a Delegacia, Semenoff, xingou funcionários da escola particular Núcleo Querubim, no final da manhã.
O engenheiro mora ao lado da Escola e costumeiramente reclama do barulho das crianças. Ao sair para passear com o seu cão e passar em frente à Escola, Semenoff teria xingado novamente o segurança. "Sai daqui porque com preto eu não converso", teria dito, ao ser indagado por Gonçalves sobre qual era o problema. O segurança disse que não é a primeira vez que isso acontece.
Polícia
A Polícia foi chamada por funcionários de uma imobiliária que também fica ao lado da escola e o soldado Daniel Gonzaga Costa, 37 anos, negro e formado em letrás, pós-graduando em História da África e conhecer da legislação sobre racismo, levou o engenheiro à Delegacia."É lamentável que em pleno século 21 ainda ocorra esse tipo de situação", disse o soldado.
Leonardo Watermannn, advogado de Semenoff afirmou que "tudo não teria passado de um mal-entendido e que o cliente não teve intenção de agredir.
Segundo, o advogado e ex-secretário da Justiça de S. Paulo, Hédio Silva Jr., do Centro de Estudos das Relações de Trablaho e Desigualdades (CEERT), nos últimos seis anos, foram julgados no país, 1.100 casos de discriminação racial ou intolerância religiosa e destes, mais de dois terços resultaram em condenação.
A pena para esse tipo de crime varia de um a três anos de reclusão. O acusado passou a noite na Delegacia e foi liberado só ontem (07/10), depois da Justiça julgar o pedido de liberdade provisória.
Segundo o segurança, cujo depoimento foi confirmado por duas testemunhas que o acompanharam até a Delegacia, Semenoff, xingou funcionários da escola particular Núcleo Querubim, no final da manhã.
O engenheiro mora ao lado da Escola e costumeiramente reclama do barulho das crianças. Ao sair para passear com o seu cão e passar em frente à Escola, Semenoff teria xingado novamente o segurança. "Sai daqui porque com preto eu não converso", teria dito, ao ser indagado por Gonçalves sobre qual era o problema. O segurança disse que não é a primeira vez que isso acontece.
Polícia
A Polícia foi chamada por funcionários de uma imobiliária que também fica ao lado da escola e o soldado Daniel Gonzaga Costa, 37 anos, negro e formado em letrás, pós-graduando em História da África e conhecer da legislação sobre racismo, levou o engenheiro à Delegacia."É lamentável que em pleno século 21 ainda ocorra esse tipo de situação", disse o soldado.
Leonardo Watermannn, advogado de Semenoff afirmou que "tudo não teria passado de um mal-entendido e que o cliente não teve intenção de agredir.
Segundo, o advogado e ex-secretário da Justiça de S. Paulo, Hédio Silva Jr., do Centro de Estudos das Relações de Trablaho e Desigualdades (CEERT), nos últimos seis anos, foram julgados no país, 1.100 casos de discriminação racial ou intolerância religiosa e destes, mais de dois terços resultaram em condenação.
Edson Santos abre ciclo de palestras para diplomatas
Eu sou exceção em uma sociedade ainda muito desigual. A regra no Brasil é o negro não ocupar função de ministro”, disse o titular da SEPPIR, Edson Santos, nesta segunda-feira (5/10), durante palestra para diplomatas em curso de aperfeiçoamento no Instituto Rio Branco, em Brasília.
Edson Santos lembrou que atualmente quase metade da população brasileira é negra (pretos e pardos, conforme o IBGE) e que, no próximo censo demográfico, esse segmento será maioria, o que reforça a necessidade de políticas diferenciadas. O ministro acrescentou que o país ainda não incluiu o negro no processo produtivo, mas a experiência brasileira tem sido objeto de atenção em todo o mundo, especialmente depois da criação da SEPPIR, em 2003. “Poucos têm um órgão de primeiro escalão para cuidar da igualdade racial”, afirmou.
Edson Santos lembrou que atualmente quase metade da população brasileira é negra (pretos e pardos, conforme o IBGE) e que, no próximo censo demográfico, esse segmento será maioria, o que reforça a necessidade de políticas diferenciadas. O ministro acrescentou que o país ainda não incluiu o negro no processo produtivo, mas a experiência brasileira tem sido objeto de atenção em todo o mundo, especialmente depois da criação da SEPPIR, em 2003. “Poucos têm um órgão de primeiro escalão para cuidar da igualdade racial”, afirmou.
Além da criação da SEPPIR, uma das medidas ressaltadas por Edson Santos para dar oportunidades de acesso às populações historicamente excluídas é a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial (PL nº 6.264/2005) e do Projeto de Lei que cria cotas para o ingresso de negros nas universidades, ambos em tramitação no Congresso Nacional.
A palestra do ministro foi descontraída e pontuada por perguntas dos diplomatas.
A palestra do ministro foi descontraída e pontuada por perguntas dos diplomatas.
O embaixador Fernando Guimarães Reis, diretor geral do Instituto Rio Branco, elogiou:
“Nossos contatos com a SEPPIR são frequentes. O ministro nos prestigia pela terceira vez.
Abrimos com chave de ouro este ciclo de palestras”.
Representação – O ministro aproveitou o encontro para questionar por que o Itamaraty tem uma representação diplomática branca se o país possui a segunda maior população negra do mundo.
Representação – O ministro aproveitou o encontro para questionar por que o Itamaraty tem uma representação diplomática branca se o país possui a segunda maior população negra do mundo.
Enfatizando que, para tentar reduzir a distorção, existe o Programa de Ações Afirmativas do Instituto Rio Branco, que conta com o apoio da SEPPIR.
Pelo Programa, são selecionados bolsistas para participar do curso preparatório para o ingresso na carreira diplomática. Em 2008, foram selecionados 32.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Leis das QUOTAS em Cachoeira do Sul- Rs
A Lei municipal nº 3550/04 apresentada pela ex - vereadora Dina Marilu do Pc do B na época (2004) e sancionada pelo então prefeito municipal também da época Marlon Santos, que reconhecendo as necessidades dela para assegurar o ingressos de servidores afrosdescendentes ao serviço publico foi julgada em primeira instancia pela justiça como inconstitucional por apresentar vicio de origem, ou seja deveria ter sido apresentada pelo executivo e não pelo legislativo.
A prefeitura recorreu e o caso foi parar no TJ que mantendo a decisão de primeira instância tornando a sem efeito.
O senador Paulo Paim ficou sabendo do caso pela reportagem do JORNAL O CORREIO e em seguida acionou sua assessoria em canoas para que se colocasse a disposição da ACCA, órgão oficial de Cachoeira que procura defender os direitos dos afrosdecendentes para saber da situação.
O advogado Thiago Thobias assessor do senador procurou o atual prefeito o Sergio Chignatti e o sugeriu que se refaça a lei acabando assim com o vicio de origem, para isso a prefeitura precisa impetrar o pedido de liminar junto ao STF para que os 25 servidores nomeados no ultimo concurso e mais os que prestaram concurso em 2004 e foram beneficiados pelas quotas raciais não sejam demitidos.
Assim em nome da ACCA que represento convoco todos os nomeados e não nomeados nos últimos concurso da prefeitura municipal para que compareça na Terça -feira dia 13 as 19h e 30min no Caiçara piscina Ténis Clube para assinar documento que será enviado a orgaos competentes.
Luciano Ramos
Presidente da ACCA
51-99954957
Zito, da CONAD, é o preferido para integrar chapa da OAB/SP
S. Paulo - O nome do presidente da Comissão do Negro e Assuntos Anti-Discriminatórios da OAB/SP (CONAD), Marco Antonio Zito Alvarenga (foto), é o preferido do grupo de advogados negros para integrar a próxima diretoria, como parte do movimento que reivindica a ampliação da presença de afrodescendentes na OAB paulista.
O grupo, integrado pelo próprio Zito e pelo ex-secretário de Justiça de S. Paulo, Hédio Silva Jr., chegou a lançar Manifesto em defesa da re-reeleição do atual presidente Luiz Flávio Borges D’Urso, nas eleições marcadas para o dia 17 de novembro.
Atualmente, embora os advogados afrodescendentes correspondam a cerca de 10% dos 285 mil advogados paulistas, não há nenhum negro na diretoria da Ordem, que é composta por um presidente, um vice-presidente, um diretor adjunto e um diretor geral.
Maior presença negra
A sugestão do nome de Zito para integrar a chapa de D’Urso foi cogitada pelo próprio Hédio, em entrevista à Afropress, ao assumir que não será candidato a nenhum cargo, alegando que estará ocupado em outras atividades.
Por ser o nome de maior projeção entre advogados negros, Hédio era visto como candidato natural. “O doutor Marco Antonio Zito Alvarenga é um expoente da advocacia brasileira, conselheiro respeitado e realizou um trabalho corajoso e exemplar à frente da CONAD. Ele possui credenciais e experiência que o qualificam para assumir um cargo na diretoria ou outra função de destaque, tem o nosso apoio e inclusive é amigo do presidente D´Urso, a quem compete a prerrogativa de escolher os nomes para diretoria da OAB e da Caixa de Assistência dos Advogados”, afirmou.
Apoio incondicional
Hédio, contudo, não condiciona o apoio a D’Urso a inclusão de nomes na composição da próxima diretoria.
O prazo para registro se esgota no próximo dia 16. Até o momento D'Urso não se manifestou a respeito da reivindicação da presença de um negro na chapa que liderará, nem revelou quais serão os nomes que a comporão.
Outras três chapas disputarão a direção da OAB paulista, lideradas, respectivamente, pelos advogados Rui Reale Fragoso, Raimundo Barbosa e Leandro Pinho. “Meu apoio ao presidente D´Urso é incondicional porque baseia-se na folha de serviços que ele tem prestado à causa da igualdade racial e ao reconhecimento e valorização dos advogados e advogadas afro-brasileiras.
Não tenho nenhuma dúvida de que o presidente D´Urso continuará prestigiando advogados e advogadas negros no Conselho, na Caasp, nas indicações para espaços de poder e prestígio, tal como fez em suas gestões anteriores”, acrescentou.Hédio disse que não é candidato a nenhum cargo no Conselho Seccional da OAB.
“No próximo ano terei que assumir tarefas que me impedirão de participar inclusive do Conselho.
Nestes cinco anos fui Conselheiro, Presidente da Comissão de Direitos Humanos, representei a Ordem em bancas de concurso para Juiz, visitei dezenas de subseções do interior do estado e atualmente presido a Comissão de Liberdade Religiosa. A partir de 2010, entretanto, terei que me dedicar a outras atividades”, concluiu.
O grupo, integrado pelo próprio Zito e pelo ex-secretário de Justiça de S. Paulo, Hédio Silva Jr., chegou a lançar Manifesto em defesa da re-reeleição do atual presidente Luiz Flávio Borges D’Urso, nas eleições marcadas para o dia 17 de novembro.
Atualmente, embora os advogados afrodescendentes correspondam a cerca de 10% dos 285 mil advogados paulistas, não há nenhum negro na diretoria da Ordem, que é composta por um presidente, um vice-presidente, um diretor adjunto e um diretor geral.
Maior presença negra
A sugestão do nome de Zito para integrar a chapa de D’Urso foi cogitada pelo próprio Hédio, em entrevista à Afropress, ao assumir que não será candidato a nenhum cargo, alegando que estará ocupado em outras atividades.
Por ser o nome de maior projeção entre advogados negros, Hédio era visto como candidato natural. “O doutor Marco Antonio Zito Alvarenga é um expoente da advocacia brasileira, conselheiro respeitado e realizou um trabalho corajoso e exemplar à frente da CONAD. Ele possui credenciais e experiência que o qualificam para assumir um cargo na diretoria ou outra função de destaque, tem o nosso apoio e inclusive é amigo do presidente D´Urso, a quem compete a prerrogativa de escolher os nomes para diretoria da OAB e da Caixa de Assistência dos Advogados”, afirmou.
Apoio incondicional
Hédio, contudo, não condiciona o apoio a D’Urso a inclusão de nomes na composição da próxima diretoria.
O prazo para registro se esgota no próximo dia 16. Até o momento D'Urso não se manifestou a respeito da reivindicação da presença de um negro na chapa que liderará, nem revelou quais serão os nomes que a comporão.
Outras três chapas disputarão a direção da OAB paulista, lideradas, respectivamente, pelos advogados Rui Reale Fragoso, Raimundo Barbosa e Leandro Pinho. “Meu apoio ao presidente D´Urso é incondicional porque baseia-se na folha de serviços que ele tem prestado à causa da igualdade racial e ao reconhecimento e valorização dos advogados e advogadas afro-brasileiras.
Não tenho nenhuma dúvida de que o presidente D´Urso continuará prestigiando advogados e advogadas negros no Conselho, na Caasp, nas indicações para espaços de poder e prestígio, tal como fez em suas gestões anteriores”, acrescentou.Hédio disse que não é candidato a nenhum cargo no Conselho Seccional da OAB.
“No próximo ano terei que assumir tarefas que me impedirão de participar inclusive do Conselho.
Nestes cinco anos fui Conselheiro, Presidente da Comissão de Direitos Humanos, representei a Ordem em bancas de concurso para Juiz, visitei dezenas de subseções do interior do estado e atualmente presido a Comissão de Liberdade Religiosa. A partir de 2010, entretanto, terei que me dedicar a outras atividades”, concluiu.
Febraban transforma Mapa da Diversidade em marketing
. Paulo - O Mapa da Diversidade, a resposta da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) às denúncias de discriminação contra negros feitas pelo Ministério Público Federal do Trabalho, em 2005, foi transformado em instrumento de marketing, a ser apresentado em platéias especiais, como aconteceu na última quinta-feira, em audiência pública convocada pelo Senado, por iniciativa do senador Paulo Paim (PT-RS).
O Mapa já havia sido apresentado em julho na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.
Na apresentação, desta vez no Senado, o diretor de Relações Institucionais da Febraban, Mário Sergio Vasconcelos, disse que resultados consistentes só devem ser esperados para “daqui a de 3 a 5 anos”. “É um processo longo. Envolve relações humanas possibilitando situações delicadas e imprevistas. Expõe conteúdos subjetivos com potencial de conflitos.
Políticas de promoção da igualdade alteram a cultura das organizações”, afirmou.Ele não informou que medidas concretas foram adotadas para superar os indicadores que apontam a presença de apenas 19% de negros no mercado de trabalho bancário, com salários 64,2% inferiores aos não negros.
Sem transparência
Há cerca de três meses, Afropress havia solicitado, sem sucesso, à Assessoria de Imprensa da Febraban, uma entrevista sobre o processo de execução do Mapa.
Nesta sexta-feira (02/10), depois de um protesto pela sonegação de informações públicas, o assessor Danilo Vivan, da Superintendência de Comunicação, encaminhou a apresentação em power point feita por Vasconcelos no Senado, no dia anterior. Não respondeu, porém, ao pedido de entrevista.
Na audiência do Senado, participaram o ministro Edson Santos, da Seppir, a professora Cida Bento, do Centro de Estudos de Relações do Trabalho e Desigualdades (CEERT) e o diretor executivo da Educafro, Frei David Raimundo dos Santos.
Nenhum deles fez qualquer questionamento aos números nem aos prazos.Bento, responsável pela elaboração do Mapa, também não fala sobre o assunto alegando razões de ordem ética. Segundo ela, a responsabilidade pela execução e, portanto, por falar sobre o Mapa, é da Febraban.
Denúncia do MPFTO
Mapa da Diversidade foi a resposta dos bancos às pressões do Ministério Público Federal do Trabalho que, em 2005, denunciou a discriminação de negros no mercado de trabalho, após constatar a não existência de diferenças educacionais para justificar as desvantagens salariais nas instituições pesquisadas.
O Instituto de Advocacia Racial e Ambiental, presidido pelo advogado Humberto Adami, hoje Ouvidor da Seppir, foi a entidade que inicialmente levou ao Ministério Público, a existência da discriminação nos bancos.
O Mapa da Diversidade foi concebido pelo CEERT, empresa contratada pela Febraban, sob a direção da professora Cida Bento, especialista em políticas de diversidade, a um custo não conhecido.
A estratégia de transformar o Mapa em um plano de marketing já havia sido esboçada na apresentação do plano, em abril de 2.008, em um megaevento no Hotel Inter-Continental da Alameda Santos, nos Jardins, zona nobre de S. Paulo, com a presença do próprio presidente da Febraban, Fábio Barbosa.
Como parte da campanha de comunicação para “vender” o produto foram contratados, além do CEERT, os atores negros globais, Ailton Graça e Solange Couto.
O primeiro passo da estratégia de marketing foi diluir a discriminação que atinge prioritariamente negros - com números eloqüentes, presentes em todos os indicadores, inclusive no Censo da Febraban -, em tema em que, portadores de necessidades especiais, indígenas e orientais, são apresentados, igualmente como alvos.
Ignora-se que negros representam 49,7% da população brasileira, portadores de deficiência cerca de 14% e indígenas e orientais menos de 1% e que estes não são vítimas de exclusão por motivação racial.
Mapa
Segundo o próprio Censo dos bancos, em que foram consultados 204.794 trabalhadores em todo o país, os números não mudaram, desde 2.005.
Negros ganham 64,2% e pardos 67,6% dos salários dos não negros.
O salário médio de um negro no setor bancário é de apenas 2.870,00, contra R$ 3.4211,00 do salário de um branco.
Na distribuição por grupo de cargos, os negros ocupam 4,8% dos cargos de Diretoria e Superintendência contra 91,6% dos brancos;
14,9% dos cargos de Gerência contra 81,7% de brancos;
17% dos cargos de Supervisão, Chefia e Coordenação contra 79,78% de brancos e,
nos cargos Funcionais, 20,6% contra 75,7% de brancos.
No total, apenas 19,5% dos trabalhadores no setor bancário são negros (pretos ou pardos) e ganham em média, 84,1% dos salários dos brancos.
A discriminação é ainda maior em relação às mulheres negras: somente 8% delas conseguem emprego nos bancos, apesar de representarem 18% da População Economicamente Ativa (PEA).
Fonte: www.afropress.com.br
O Mapa já havia sido apresentado em julho na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.
Na apresentação, desta vez no Senado, o diretor de Relações Institucionais da Febraban, Mário Sergio Vasconcelos, disse que resultados consistentes só devem ser esperados para “daqui a de 3 a 5 anos”. “É um processo longo. Envolve relações humanas possibilitando situações delicadas e imprevistas. Expõe conteúdos subjetivos com potencial de conflitos.
Políticas de promoção da igualdade alteram a cultura das organizações”, afirmou.Ele não informou que medidas concretas foram adotadas para superar os indicadores que apontam a presença de apenas 19% de negros no mercado de trabalho bancário, com salários 64,2% inferiores aos não negros.
Sem transparência
Há cerca de três meses, Afropress havia solicitado, sem sucesso, à Assessoria de Imprensa da Febraban, uma entrevista sobre o processo de execução do Mapa.
Nesta sexta-feira (02/10), depois de um protesto pela sonegação de informações públicas, o assessor Danilo Vivan, da Superintendência de Comunicação, encaminhou a apresentação em power point feita por Vasconcelos no Senado, no dia anterior. Não respondeu, porém, ao pedido de entrevista.
Na audiência do Senado, participaram o ministro Edson Santos, da Seppir, a professora Cida Bento, do Centro de Estudos de Relações do Trabalho e Desigualdades (CEERT) e o diretor executivo da Educafro, Frei David Raimundo dos Santos.
Nenhum deles fez qualquer questionamento aos números nem aos prazos.Bento, responsável pela elaboração do Mapa, também não fala sobre o assunto alegando razões de ordem ética. Segundo ela, a responsabilidade pela execução e, portanto, por falar sobre o Mapa, é da Febraban.
Denúncia do MPFTO
Mapa da Diversidade foi a resposta dos bancos às pressões do Ministério Público Federal do Trabalho que, em 2005, denunciou a discriminação de negros no mercado de trabalho, após constatar a não existência de diferenças educacionais para justificar as desvantagens salariais nas instituições pesquisadas.
O Instituto de Advocacia Racial e Ambiental, presidido pelo advogado Humberto Adami, hoje Ouvidor da Seppir, foi a entidade que inicialmente levou ao Ministério Público, a existência da discriminação nos bancos.
O Mapa da Diversidade foi concebido pelo CEERT, empresa contratada pela Febraban, sob a direção da professora Cida Bento, especialista em políticas de diversidade, a um custo não conhecido.
A estratégia de transformar o Mapa em um plano de marketing já havia sido esboçada na apresentação do plano, em abril de 2.008, em um megaevento no Hotel Inter-Continental da Alameda Santos, nos Jardins, zona nobre de S. Paulo, com a presença do próprio presidente da Febraban, Fábio Barbosa.
Como parte da campanha de comunicação para “vender” o produto foram contratados, além do CEERT, os atores negros globais, Ailton Graça e Solange Couto.
O primeiro passo da estratégia de marketing foi diluir a discriminação que atinge prioritariamente negros - com números eloqüentes, presentes em todos os indicadores, inclusive no Censo da Febraban -, em tema em que, portadores de necessidades especiais, indígenas e orientais, são apresentados, igualmente como alvos.
Ignora-se que negros representam 49,7% da população brasileira, portadores de deficiência cerca de 14% e indígenas e orientais menos de 1% e que estes não são vítimas de exclusão por motivação racial.
Mapa
Segundo o próprio Censo dos bancos, em que foram consultados 204.794 trabalhadores em todo o país, os números não mudaram, desde 2.005.
Negros ganham 64,2% e pardos 67,6% dos salários dos não negros.
O salário médio de um negro no setor bancário é de apenas 2.870,00, contra R$ 3.4211,00 do salário de um branco.
Na distribuição por grupo de cargos, os negros ocupam 4,8% dos cargos de Diretoria e Superintendência contra 91,6% dos brancos;
14,9% dos cargos de Gerência contra 81,7% de brancos;
17% dos cargos de Supervisão, Chefia e Coordenação contra 79,78% de brancos e,
nos cargos Funcionais, 20,6% contra 75,7% de brancos.
No total, apenas 19,5% dos trabalhadores no setor bancário são negros (pretos ou pardos) e ganham em média, 84,1% dos salários dos brancos.
A discriminação é ainda maior em relação às mulheres negras: somente 8% delas conseguem emprego nos bancos, apesar de representarem 18% da População Economicamente Ativa (PEA).
Fonte: www.afropress.com.br
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Mercado de trabalho do negro em discussão no Senado Federal
Ao participar de audiência pública nesta quinta-feira (1º) sobre a situação do negro no mercado de trabalho, o ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, demonstrou otimismo em relação aos avanços alcançados até o momento nas políticas em favor da redução das desigualdades e da ascensão das populações historicamente excluídas na pirâmide social.
A audiência foi realizada na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal.
O ministro disse que as ações em favor da redução de quaisquer tipos de discriminação e preconceito estão sendo formuladas com toda a sociedade: “Estamos dialogando com todos os segmentos, incluindo os corporativos, para que se produza a promoção da igualdade racial".
Apesar dos avanços, o negro continua em desvantagem: recebem os menores salários, têm o mais baixo nível de escolaridade e representam a maioria da mão-de-obra informal.
Apesar dos avanços, o negro continua em desvantagem: recebem os menores salários, têm o mais baixo nível de escolaridade e representam a maioria da mão-de-obra informal.
Quando comparado com o salário recebido por um branco, o negro ganha menos, mesmo quando possui a mesma escolaridade.
A audiência, solicitada pelo senador Paulo Paim (PT-RS), reuniu representantes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Rede Pré-Vestibulares Comunitários e Educação para Afrodescentes e Carentes (Educafro), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre outras entidades.
A audiência, solicitada pelo senador Paulo Paim (PT-RS), reuniu representantes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Rede Pré-Vestibulares Comunitários e Educação para Afrodescentes e Carentes (Educafro), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre outras entidades.
Servidores públicos federais discutem discriminação e preconceito
O ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, participou na manhã desta quinta-feira (1º), em Brasília, da solenidade de abertura do 1º Fórum sobre Discriminação e Preconceito nas Relações de Trabalho na Administração Pública. Na ocasião, ele lembrou que o enfrentamento do racismo não é uma tarefa exclusiva da SEPPIR, mas deve ensejar o compromisso de todos os órgãos do governo.
O fórum é uma realização conjunta da Ouvidoria-Geral do Servidor, subordinada à Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, e da Ouvidoria-Geral do Sistema Único de Saúde, ligada à Secretaria de Gestão Participativa do Ministério da Saúde.
A intenção do evento é fomentar o debate sobre formas de assegurar a igualdade de direitos entre os servidores públicos federais.
Também está em debate a criação de um grupo de trabalho para propor ações de prevenção e combate à discriminação e ao preconceito, a partir da capacitação do funcionalismo.
O fórum é uma realização conjunta da Ouvidoria-Geral do Servidor, subordinada à Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, e da Ouvidoria-Geral do Sistema Único de Saúde, ligada à Secretaria de Gestão Participativa do Ministério da Saúde.
A intenção do evento é fomentar o debate sobre formas de assegurar a igualdade de direitos entre os servidores públicos federais.
Também está em debate a criação de um grupo de trabalho para propor ações de prevenção e combate à discriminação e ao preconceito, a partir da capacitação do funcionalismo.
Tratamento da anemia falciforme deve ser compromisso do Estado, aponta Seminário
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entende que é preciso consolidar o Programa Nacional de Saúde da População Negra. A mensagem foi transmitida pelo ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, aos presentes à solenidade de abertura do V Simpósio de Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias, realizado no último domingo (4/10) em Belo Horizonte (MG).
Edson Santos lembrou que o projeto de lei do Estatuto da Igualdade Racial, em tramitação no Congresso, faz referência direta à garantia de diagnóstico precoce e assistência às pessoas com doença falciforme. “Isso significa que as conquistas já asseguradas na Política Nacional de Atenção Integral às pessoas com Doença Falciforme não serão prioridade apenas deste governo mas, sim, um compromisso de Estado”, advertiu.
O ministro saudou a participação dos movimentos sociais, como os militantes da Federação Nacional das Associações de Pessoas com Doença Falciforme (Fenafal), que até o dia 7 de outubro terão a oportunidade de compartilhar informações com profissionais da saúde de todo o país e pesquisadores de mais de 20 nações africanas, dentre os quais o pediatra Kwaku-Ohene Frempong, presidente da Fundação de Doença Falciforme de Gana, uma das referências mundiais no assunto. Minas Gerais foi escolhida para sediar o simpósio por desenvolver trabalho pioneiro, atualmente considerado modelo internacional.
“Que daqui saiam ideias e sugestões que vão nos alimentar enquanto gestores públicos”, disse o ministro. Estão em debate neste simpósio, de caráter multidiscplinar, práticas inovadoras no campo assistencial, clínico e científico do tratamento da doença, incluindo os recentes progressos com a terapia celular.
Um dos momentos mais emocionantes da abertura do simpósio foi o pronunciamento da pediatra Joice Aragão de Jesus, representante do Ministério da Saúde e reconhecida pela liderança no esforço coletivo para se discutir a doença falciforme – que segundo a médica atinge uma em cada mil crianças brasileiras.
Ela lembrou que a doença era considerada rara até que os programas de triagem neonatal indicaram se tratar da enfermidade genética mais comum no país, com prevalência sobre a população negra. “A questão da doença falciforme foi uma das bandeiras do movimento negro, gritada em 1995 na Marcha Zumbi. Chegar a esse momento que vivemos hoje, em que já há uma rede nacional, era algo impensável há alguns anos”, afirmou a médica, lembrando que no Sistema Único de Saúde ainda existem grandes desafios, como a adoção da triagem neonatal em todos os estados brasileiros.
Edson Santos lembrou que o projeto de lei do Estatuto da Igualdade Racial, em tramitação no Congresso, faz referência direta à garantia de diagnóstico precoce e assistência às pessoas com doença falciforme. “Isso significa que as conquistas já asseguradas na Política Nacional de Atenção Integral às pessoas com Doença Falciforme não serão prioridade apenas deste governo mas, sim, um compromisso de Estado”, advertiu.
O ministro saudou a participação dos movimentos sociais, como os militantes da Federação Nacional das Associações de Pessoas com Doença Falciforme (Fenafal), que até o dia 7 de outubro terão a oportunidade de compartilhar informações com profissionais da saúde de todo o país e pesquisadores de mais de 20 nações africanas, dentre os quais o pediatra Kwaku-Ohene Frempong, presidente da Fundação de Doença Falciforme de Gana, uma das referências mundiais no assunto. Minas Gerais foi escolhida para sediar o simpósio por desenvolver trabalho pioneiro, atualmente considerado modelo internacional.
“Que daqui saiam ideias e sugestões que vão nos alimentar enquanto gestores públicos”, disse o ministro. Estão em debate neste simpósio, de caráter multidiscplinar, práticas inovadoras no campo assistencial, clínico e científico do tratamento da doença, incluindo os recentes progressos com a terapia celular.
Um dos momentos mais emocionantes da abertura do simpósio foi o pronunciamento da pediatra Joice Aragão de Jesus, representante do Ministério da Saúde e reconhecida pela liderança no esforço coletivo para se discutir a doença falciforme – que segundo a médica atinge uma em cada mil crianças brasileiras.
Ela lembrou que a doença era considerada rara até que os programas de triagem neonatal indicaram se tratar da enfermidade genética mais comum no país, com prevalência sobre a população negra. “A questão da doença falciforme foi uma das bandeiras do movimento negro, gritada em 1995 na Marcha Zumbi. Chegar a esse momento que vivemos hoje, em que já há uma rede nacional, era algo impensável há alguns anos”, afirmou a médica, lembrando que no Sistema Único de Saúde ainda existem grandes desafios, como a adoção da triagem neonatal em todos os estados brasileiros.
Inscrições para audiência sobre cotas no STF estão abertas
Os movimentos sociais terão a oportunidade de se manifestar sobre a instituição de cotas para o ingresso nas universidades. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski convocou audiência pública para ouvir a sociedade civil sobre o assunto.
A audiência será de 3 a 5 de março de 2010, mas os interessados –especialistas em matéria de políticas de ação afirmativa no ensino superior– devem requerer a participação até o dia 30 de outubro pelo endereço eletrônico acaoafirmativa@stf.jus.br.
Na requisição, os interessados precisam explicar os pontos que pretendem defender e indicar o nome de seu representante. A relação dos inscritos habilitados será publicada no portal eletrônico do STF a partir de 13 de novembro.
O ministro Lewandowski é relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 186, proposta pelo partido Democratas (DEM), que questiona a criação de cotas para negros na Universidade de Brasília (UnB).
A audiência será de 3 a 5 de março de 2010, mas os interessados –especialistas em matéria de políticas de ação afirmativa no ensino superior– devem requerer a participação até o dia 30 de outubro pelo endereço eletrônico acaoafirmativa@stf.jus.br.
Na requisição, os interessados precisam explicar os pontos que pretendem defender e indicar o nome de seu representante. A relação dos inscritos habilitados será publicada no portal eletrônico do STF a partir de 13 de novembro.
O ministro Lewandowski é relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 186, proposta pelo partido Democratas (DEM), que questiona a criação de cotas para negros na Universidade de Brasília (UnB).
BELEZA NEGRA 2009 - Cachoeira do Sul
Mais Bela Negra - Joseane da Rosa Barbosa
1ª princesa - Sirlei Aparecida Lopes Cruz
2ª princesa - Isar Domingues Teixeira
Simpatia - Paula Janice Rosa Menezes
Mais Belo Negro - Marcelo da Silva Lopes
Simpatia - Vagner Alves de Moura
Foi com festa até o clarear do dia que os jovens Joseane da Rosa Barbosa e Marcelo da Silva Lopes comemoraram a conquista de mais belos negros 2009 de Cachoeira do Sul, festa promovida pela Associação Cachoeirense de Cultura Afro (Acca).
A festa que aconteceu no Grêmio Náutico Tamandaré reuniu 13 candidatos (seis meninos e sete meninas), em busca do título máximo dentro da cultura afro no município.
Joseane, escolhida a Mais Bela Negra, tem 19 anos e é caixa do Supermercado Tischler da Rua Sete de Setembro.
Esta não é a sua primeira faixa, mas será a que levará a jovem a sua mais difícil missão: representar Cachoeira do Sul ao lado de Marcelo no Concurso Estadual de Mais Belos Negros, em Santa Cruz do Sul, dia 7 de novembro.
Joseane representou a Escola de Samba Estação Expresso. “Não tive nem tempo de pensar em não aceitar o convite. Eles me convidaram e logo já tinha que preencher a ficha de inscrição.
Mas eu tinha um sonho de participar do Mais Bela Negra e ele se realizou.
Participar do concurso foi um experiência enriquecedora.
Aprendi muito com os outros candidatos”, comenta Joseane.
O apoio e as dicas para Joseane durante a preparação do concurso vieram das irmãs Roberta, que já foi princesa do pagode do RS e da irmã Édila, Mais Bela Negra de Cachoeira do Sul em 2003.
Foi a irmã Roberta que também auxiliou na preparação da dança onde ela representou a “Deusa do Fogo”.
O estudante Marcelo da Silva Lopes, 17 anos, aluno do 2º ano do ensino médio do Instituto João Neves da Fontoura, representou o grupo de danças afro Filhos da Noite. Marcelo conta que chegou a pensar em não aceitar o convite para participar do concurso. “É muita responsabilidade. Cheguei a pensar que não ia conseguir. Antes do curso, quando ainda estava em casa, cheguei a ficar muito nervoso. Mas chegando lá fiquei mais calmo”. Na dança, Marcelo representou um “Guerreiro de Zumbi”, com coreografia de Cássio Maciel.
Preparação do concurso estadual já começou
Para quem pensa que depois da festa da madrugada de domingo, Joseane da Rosa Barbosa e Marcelo da Silva Lopes, escolhidos os Mais Belos Negros de Cachoeira descansaram, está enganado.
Ainda na tarde de ontem eles começaram a se preparar para a fase estadual do concurso, dia 7 de novembro, em Santa Cruz do Sul. Joseane já começou a preparar a sua coreografia, contando com a ajuda da irmã Roberta, que na manhã de hoje voltou para Porto Alegre, onde esta residindo.
Para se preparar para o concurso de sábado, Joseane ensaiou durante uma semana inteira, de duas a três horas por dia. Agora, que a disputa será ainda maior, ela acredita que o esforço terá que ser superior. Marcelo preferiu reservar a tarde de ontem para se dedicar a parte teórica do concurso. “Vou focar na parte do estudo da história da cultura afro. Acredito que esta parte será bem cobrada de nós, mas sem esquecer dos fatos da atualidade”, observa ele.
Fonte: Materia JORNAL DO POVO
1ª princesa - Sirlei Aparecida Lopes Cruz
2ª princesa - Isar Domingues Teixeira
Simpatia - Paula Janice Rosa Menezes
Mais Belo Negro - Marcelo da Silva Lopes
Simpatia - Vagner Alves de Moura
Foi com festa até o clarear do dia que os jovens Joseane da Rosa Barbosa e Marcelo da Silva Lopes comemoraram a conquista de mais belos negros 2009 de Cachoeira do Sul, festa promovida pela Associação Cachoeirense de Cultura Afro (Acca).
A festa que aconteceu no Grêmio Náutico Tamandaré reuniu 13 candidatos (seis meninos e sete meninas), em busca do título máximo dentro da cultura afro no município.
Joseane, escolhida a Mais Bela Negra, tem 19 anos e é caixa do Supermercado Tischler da Rua Sete de Setembro.
Esta não é a sua primeira faixa, mas será a que levará a jovem a sua mais difícil missão: representar Cachoeira do Sul ao lado de Marcelo no Concurso Estadual de Mais Belos Negros, em Santa Cruz do Sul, dia 7 de novembro.
Joseane representou a Escola de Samba Estação Expresso. “Não tive nem tempo de pensar em não aceitar o convite. Eles me convidaram e logo já tinha que preencher a ficha de inscrição.
Mas eu tinha um sonho de participar do Mais Bela Negra e ele se realizou.
Participar do concurso foi um experiência enriquecedora.
Aprendi muito com os outros candidatos”, comenta Joseane.
O apoio e as dicas para Joseane durante a preparação do concurso vieram das irmãs Roberta, que já foi princesa do pagode do RS e da irmã Édila, Mais Bela Negra de Cachoeira do Sul em 2003.
Foi a irmã Roberta que também auxiliou na preparação da dança onde ela representou a “Deusa do Fogo”.
O estudante Marcelo da Silva Lopes, 17 anos, aluno do 2º ano do ensino médio do Instituto João Neves da Fontoura, representou o grupo de danças afro Filhos da Noite. Marcelo conta que chegou a pensar em não aceitar o convite para participar do concurso. “É muita responsabilidade. Cheguei a pensar que não ia conseguir. Antes do curso, quando ainda estava em casa, cheguei a ficar muito nervoso. Mas chegando lá fiquei mais calmo”. Na dança, Marcelo representou um “Guerreiro de Zumbi”, com coreografia de Cássio Maciel.
Preparação do concurso estadual já começou
Para quem pensa que depois da festa da madrugada de domingo, Joseane da Rosa Barbosa e Marcelo da Silva Lopes, escolhidos os Mais Belos Negros de Cachoeira descansaram, está enganado.
Ainda na tarde de ontem eles começaram a se preparar para a fase estadual do concurso, dia 7 de novembro, em Santa Cruz do Sul. Joseane já começou a preparar a sua coreografia, contando com a ajuda da irmã Roberta, que na manhã de hoje voltou para Porto Alegre, onde esta residindo.
Para se preparar para o concurso de sábado, Joseane ensaiou durante uma semana inteira, de duas a três horas por dia. Agora, que a disputa será ainda maior, ela acredita que o esforço terá que ser superior. Marcelo preferiu reservar a tarde de ontem para se dedicar a parte teórica do concurso. “Vou focar na parte do estudo da história da cultura afro. Acredito que esta parte será bem cobrada de nós, mas sem esquecer dos fatos da atualidade”, observa ele.
Fonte: Materia JORNAL DO POVO
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