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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Declarações racistas de cônsul do Haiti repercutem na Europa

Madri/Espanha – Em meio a corrida para socorrer as milhares de pessoas atingidas pelo terremoto que devastou o Haiti – a pior catástrofe natural, de acordo com a ONU, em toda a história da Organização – continua repercutindo intensamente na Europa, as declarações de caráter racista do cônsul geral daquele país, em S. Paulo, George Samuel Antoine (foto).

“El cónsul de Haití em São Paulo escandaliza a Brasil”, é a manchete do prestigioso El País – o principal jornal espanhol – em sua edição deste sábado, 16/01, a propósito das desastradas declarações do cônsul de que o terremoto foi bom para o seu país, porque "o Haiti se tornou mais conhecido”.
"A desgraça de lá está sendo uma boa pra gente aqui, fica conhecido. Acho que de, tanto mexer com macumba, não sei o que é aquilo... O africano em si tem maldição. Todo lugar que tem africano lá tá f...", disse o cônsul à repórter Elaine Cortez, do SBT, fazendo coro à perseguiçao contra as religiões de matriz africana e apologia à intolerância religiosa.


Repercussão

O jornalista Juan Arias, de El País, relata a tentativa desastrada do cônsul que, ao saber que suas declarações haviam sido gravadas, tentou se desculpar afirmando que seu avô, que foi presidente do país no final do século XIX, havia nascido na África “e que estava nervoso por causa do terremoto”.
Antoine também disse que ainda não dominava o português, embora esteja no Brasil desde 1.975, há 35 anos. “Meu português não é bom. Jamais desejaria mal ao meu país. Não estou falando que estou perfeito e nem estou acostumado com tantas pessoas me acompanhando [referindo-se à imprensa]”, disse Antoine, que é presidente da Associaçao dos Cônsules do Brasil. “Eu falo diversos idiomas, mas não estudei português, erro às vezes”, tentou ainda remendar.

Tragédia humanitária

A tragédia que atingiu o país do Caribe, a primeira República negra, declarada em 1.804 numa rebelião contra a escravidão e que depois passou a sofrer os efeitos de sucessivas ditaduras, mobiliza intensamente a ajuda humanitária em todos os países europeus.
Por exercer a presidência rotativa da Comunidade Econômica Européia, o Governo espanhol de José Luiz Rodriguez Zapatero, é quem tem coordenado, na Europa, o envio da ajuda humanitária, inclusive com o envio de bombeiros e cães farejadores para as buscas às vítimas que ainda se encontram sob os escombros.
No metrô de Madri neste domingo (17/01), por exemplo, nos letreiros que anunciavam a chegada dos trens das várias linhas que cruzam a capital espanhola, era possível ler o apelo à “Solidariedade a Haiti”.
No tradicional mercado El Rastro, que ocupa várias ruas do centro de Madri, foi possível ouvir de duas duas senhoras que comentavam sobre a situaçao: “Pobrecitos em Haiti”, enquanto falavam da importância da participação dos espanhóis na solidariedade.
As primeiras estimativas apontam que de 100 mil a 200 mil pessoas morreram em consequência do terremoto, ocorrido na semana passada, e há milhares de feridos pelas ruas.

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