ACREDITAR NA VIDA
É TER ESPERANÇA NO AMANHÃ.
SABER QUE APÓS A NOITE VEM O DIA.
VIVER INTENSAMENTE AS EMOÇÕES!
SER ESPONTÂNEO.
APRECIAR O NASCER E O PÔR-DO-SOL.
AMAR AS PESSOAS INCONDICIONALMENTE.
APROVEITAR TODOS OS MOMENTOS…
VENCER A DEPRESSÃO!
FAZER TRABALHO VOLUNTÁRIO
CONFIAR NA VOZ DA INTUIÇÃO.
PERDOAR ...
ESTIMULAR A CRIATIVIDADE.
NÃO SE PRENDER A DETALHES.
CHORAR DE FELICIDADE…
DEIXAR PARA LÁ.
TER PENSAMENTO POSITIVO.
RESPEITAR OS SENTIMENTOS DOS OUTROS.
RIR SOZINHO.
SABER TRABALHAR EM EQUIPE.
SER SINCERO.
ENCONTRAR A FELICIDADE NAS PEQUENAS COISAS.
ENTENDER QUE SOMOS PESSOAS ÚNICAS.
É DANÇAR SEM MEDO.
NÃO SE APEGAR A BENS MATERIAIS.
RESPIRAR A BRISA DO MAR.
OUVIR A MELODIA SUAVE DE UMA FONTE.
OBSERVAR A NATUREZA.
ADORAR UM DIA DE CHUVA.
TER MOTIVAÇÃO!
ENXERGAR ALÉM DAS APARÊNCIAS.
DESCOBRIR QUE PRECISAMOS DOS OUTROS.
ESQUECER O QUE JÁ PASSOU.
BUSCAR NOVOS HORIZONTES. PERCEBER QUE SOMOS HUMANOS.
VENCER A NÓS MESMOS.
VER A BELEZA DA ALMA.
SAIR DA PASSIVIDADE.
SABER QUE A VIDA É CONSEQÜÊNCIA DE NOSSAS ATITUDES…
NÃO ADIAR DECISÕES.
MIMAR A CRIANÇA INTERIOR.
DEIXAR ACONTECER…
PRATICAR A HUMILDADE.
CURTIR AS PEQUENAS VITÓRIAS.
VIVER APAIXONADO PELA VIDA!
ENTENDER QUE HÁ LIMITES.
TER AUTO-ESTIMA.
VER A VIDA COM OUTROS OLHOS…
SÓ SE ARREPENDER DO QUE NÃO FEZ.
FAZER PARCERIAS COM OS AMIGOS.
DORMIR FELIZ.
AMAR…
SABER QUE ESTAMOS SÓ DE PASSAGEM.
APROVEITAR AS OPORTUNIDADES.
OUVIR O CORAÇÃO…
ACREDITAR NA VIDA!
FELIZ NATAL,
UM FELIZ 2009 CHEIO DE REALIZAÇÕES,
PAZ E AMOR!!!
Quem sou eu
- ASSOCIAÇÃO CACHOEIRENSE DA CULTURA AFRO BRASILEIRA
- Cachoeira do Sul, Rs, Brazil
- Fundada em 19 de Junho de 2000, com objetivo de pesquisar, resgatar e incentivar a cultura e os costumes da raça negra através de atividades recreativas,desportivas e filantrópicas no seio no seu quadro social da comunidade em geral, trabalhar pela ascensão social, econômica e politica da etnia negra, no Municipio, Estado e no Pais.
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
domingo, 21 de dezembro de 2008
Projeto de sistema de cotas para ingresso nas universidades públicas é racista, dizem participantes de debate na CCJ
Por que introduzir a 'raça' como critério de distribuição de justiça? O objetivo do projeto seria fazer justiça ou dividir o Brasil em brancos e negros para desviar-nos do rumo que devemos seguir, o rumo da melhoria da qualidade do ensino básico para todos os brasileiros?" As dúvidas foram apresentadas pela professora titular do Departamento de Antropologia Cultural do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Yvone Maggie, em debate nesta quinta-feira (18).
Yvonne Maggie foi uma das expositoras da audiência pública realizada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) para discutir o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 180/08, que estabelece sistema de cotas para ingresso nas universidades públicas e escolas técnicas.
Contrária ao projeto, a professora da UFRJ criticou artigo que estabelece o preenchimento das vagas das universidades públicas previstas no sistema de cotas por estudantes negros, pardos e indígenas, na proporção de cada segmento na população do estado onde está localizada a instituição de ensino.
Yvone Maggie afirmou, ainda, não ser contrária à parte do projeto que direciona 50% das vagas das universidades federais e escolas técnicas para estudantes que cursam integralmente o ensino médio em escolas públicas nem à distribuição de metade dessa cota a alunos oriundos de famílias com renda de até um salário mínimo e meio per capita.
- Se o projeto tivesse parado aqui, tudo bem, a reserva de vagas seria para estudantes de escolas públicas e metade delas para os mais pobres entre estes alunos - frisou a professora, ao destacar que o projeto não beneficia os brancos pobres.
Para o advogado da Afrosol-Lux Promotora de Soluções em Economia Solidária, José Roberto Ferreira Militão, o problema é que, ao tentar promover uma política de inclusão por meio de cotas raciais, o governo acaba criando também uma política de exclusão por meio desse mesmo aspecto racial. Para Militão, o sistema de cotas não garante a implantação de ações afirmativas voltadas para resolver o problema da inclusão social, pois "produz efeitos colaterais terríveis".
- É possível promover ações afirmativas sem recurso a corte racial.Nesse sentido, apenas a política de cotas por questões econômicas já nos atende. A luta contra o racismo tem que ser vista sob o prisma de se destruir esse conceito de identidade jurídica de raça - argumentou o representante do Afrosol-Lux.
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) afirmou que o pronunciamento de José Roberto Ferreira Militão foi um dos mais brilhantes dos que já ouviu sobre o assunto.
- Se tinha alguma dúvida sobre o sistema de cotas, já não a tenho mais - revelou o representante por Goiás.
Demóstenes disse também que esse projeto ainda precisa ser discutido e aprofundado antes que seja votado no Senado.
- Não há a menor condição de se votar esse projeto neste momento, de afogadilho - completou Demóstenes.
O coordenador do Movimento Negro Socialista, José Carlos Miranda, reconheceu que existe um enorme abismo entre as classes sociais, mas a saída para a solução desse problema, em sua avaliação, não deve ser buscada por meio de uma política de cotas, mas sim pela adoção de uma educação pública de qualidade desde o ensino básico.
- O vestibular não cria nenhuma desigualdade, mas só mostra a desigualdade existente desde que a pessoa nasce. Combatemos o racismo pela igualdade e pelo socialismo. Lutamos por vaga para todos e por investimentos em educação e em serviços públicos - salientou José Carlos Miranda, para depois afirmar que a aprovação desse projeto só vai gerar "ódio entre raças".
Essa também é a opinião do coordenador do Movimento Nação Mestiça, Jerson César Leão Alves, para quem as políticas de cotas raciais não visam à melhoria de vida dos pardos, negros e outros grupos.
- Essas cotas visam a dividir o país racialmente e eliminar a identidade mestiça brasileira. A lógica é que se invista mais no ensino básico - enfatizou Jerson César.
No lugar das políticas de cotas, ele defendeu a adoção de políticas sociais para o Brasil.
Yvonne Maggie foi uma das expositoras da audiência pública realizada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) para discutir o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 180/08, que estabelece sistema de cotas para ingresso nas universidades públicas e escolas técnicas.
Contrária ao projeto, a professora da UFRJ criticou artigo que estabelece o preenchimento das vagas das universidades públicas previstas no sistema de cotas por estudantes negros, pardos e indígenas, na proporção de cada segmento na população do estado onde está localizada a instituição de ensino.
Yvone Maggie afirmou, ainda, não ser contrária à parte do projeto que direciona 50% das vagas das universidades federais e escolas técnicas para estudantes que cursam integralmente o ensino médio em escolas públicas nem à distribuição de metade dessa cota a alunos oriundos de famílias com renda de até um salário mínimo e meio per capita.
- Se o projeto tivesse parado aqui, tudo bem, a reserva de vagas seria para estudantes de escolas públicas e metade delas para os mais pobres entre estes alunos - frisou a professora, ao destacar que o projeto não beneficia os brancos pobres.
Para o advogado da Afrosol-Lux Promotora de Soluções em Economia Solidária, José Roberto Ferreira Militão, o problema é que, ao tentar promover uma política de inclusão por meio de cotas raciais, o governo acaba criando também uma política de exclusão por meio desse mesmo aspecto racial. Para Militão, o sistema de cotas não garante a implantação de ações afirmativas voltadas para resolver o problema da inclusão social, pois "produz efeitos colaterais terríveis".
- É possível promover ações afirmativas sem recurso a corte racial.Nesse sentido, apenas a política de cotas por questões econômicas já nos atende. A luta contra o racismo tem que ser vista sob o prisma de se destruir esse conceito de identidade jurídica de raça - argumentou o representante do Afrosol-Lux.
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) afirmou que o pronunciamento de José Roberto Ferreira Militão foi um dos mais brilhantes dos que já ouviu sobre o assunto.
- Se tinha alguma dúvida sobre o sistema de cotas, já não a tenho mais - revelou o representante por Goiás.
Demóstenes disse também que esse projeto ainda precisa ser discutido e aprofundado antes que seja votado no Senado.
- Não há a menor condição de se votar esse projeto neste momento, de afogadilho - completou Demóstenes.
O coordenador do Movimento Negro Socialista, José Carlos Miranda, reconheceu que existe um enorme abismo entre as classes sociais, mas a saída para a solução desse problema, em sua avaliação, não deve ser buscada por meio de uma política de cotas, mas sim pela adoção de uma educação pública de qualidade desde o ensino básico.
- O vestibular não cria nenhuma desigualdade, mas só mostra a desigualdade existente desde que a pessoa nasce. Combatemos o racismo pela igualdade e pelo socialismo. Lutamos por vaga para todos e por investimentos em educação e em serviços públicos - salientou José Carlos Miranda, para depois afirmar que a aprovação desse projeto só vai gerar "ódio entre raças".
Essa também é a opinião do coordenador do Movimento Nação Mestiça, Jerson César Leão Alves, para quem as políticas de cotas raciais não visam à melhoria de vida dos pardos, negros e outros grupos.
- Essas cotas visam a dividir o país racialmente e eliminar a identidade mestiça brasileira. A lógica é que se invista mais no ensino básico - enfatizou Jerson César.
No lugar das políticas de cotas, ele defendeu a adoção de políticas sociais para o Brasil.
Esforço
O secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (MEC), André Lázaro, explicou que o esforço do governo brasileiro em reduzir as desigualdades sociais e raciais não se iniciou com essa proposta de lei. Ele opinou que o projeto é bom, mas ainda não é suficiente para garantir a igualdade de direitos a todos, independentemente de raça e cor.
- Precisamos também garantir que a população brasileira tenha sua equivalente representação nos diferentes níveis do poder - ressaltou.
O projeto, que tramita na CCJ, ainda será votado pelas Comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e de Educação, Cultura e Esporte (CE), antes de ser encaminhado para deliberação do Plenário.
O secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (MEC), André Lázaro, explicou que o esforço do governo brasileiro em reduzir as desigualdades sociais e raciais não se iniciou com essa proposta de lei. Ele opinou que o projeto é bom, mas ainda não é suficiente para garantir a igualdade de direitos a todos, independentemente de raça e cor.
- Precisamos também garantir que a população brasileira tenha sua equivalente representação nos diferentes níveis do poder - ressaltou.
O projeto, que tramita na CCJ, ainda será votado pelas Comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e de Educação, Cultura e Esporte (CE), antes de ser encaminhado para deliberação do Plenário.
Fonte: G1
I MARCHA ESTADUAL PELA LIBERDADE RELIGIOSA E PELA VIDA
CEDRAB-RS - Congregação em defesa das Religiões afro-brasileiras do estado do Rio Grande do Sul
Mais uma vez o Povo do Àse Afro-Gaúcho se levanta para defender seus direitos.Já há muito tempo, a intolerância religiosa é pauta em todo o território nacional. Atrocidades tem sido cometidas em defesa de uma fé discriminadora, irracional e racista professada pelos seguimentos Neo-pentecostais e, sobretudo, pela IURD (Igreja Universal do Reino de Deus) no Brasil afora, com o aval dos governos em todas as esferas. Desde 2003 discutimos a sacralização de animais em templos de Religião de Matrizes Africanas em virtude de Lei proposta por um Deputado evangélico na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. Conseguimos modificar tal Lei, excetuando os cultos e liturgias das Religiões de Matrizes Africanas.
Defensores de Animais, insuflados por evangélicos, entraram com uma ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) e na esfera estadual perderam. A Lei desde então está no Supremo Tribunal Federal nas mãos do Ministro Marco Aurélio Mello que por covardia ou omissão não a coloca em Pauta. A partir daí, enfrentamos mais lutas na esfera municipal envolvendo castração e esterilização de animais, bem como enquadrando das práticas religiosas como agentes de poluição e impacto ambiental, tentando imputar multas a quem fosse pego fazendo oferendas para as divindades.
Conseguimos vencer! Agora iniciaremos mais uma batalha contra o racismo religioso imposta por mais um Deputado Evangélico que propõe um projeto lei para discutir a Lei do Silencio, tendo por argumentação "templos religiosos", não bastasse a venda criminosa à burguesia de um dos nossos locais de realização de atos mais sagrados e populares, como as margens do Guaíba - no Estaleiro Só.Precisamos estar vinte e quatro horas por dia atentos, pois a todo o momento podem surgir novas leis e ataques ao Povo Afro Religioso, inclusive de agressões físicas, como já tem sido cometidas não só no Estado do RS, mas por todo o Brasil. Se não tomarmos uma atitude, o Brasil se tornará em um novo Afeganistão. Por isso, no dia 21 de janeiro de 2009, TODOS devemos ocupar as Ruas da Capital e protestar contra o ódio religioso e o processo de demonização engendrado pelos Neo-pentecostais às religiões de descendência de um Povo milenar que construiu este País e merece Respeito!Vamos neste dia formar um Mar de Ojás (pano branco que cobre o Ori) nas Ruas de Porto Alegre!!A Marcha sairá do Largo Glênio Peres às 18 horas (concentração à partir das 16h), que iniciará com uma saudação ao Bará do Mercado, ganhará a Borges de Medeiros até o Largo Zumbi (19h30min), onde se realizará um ato pelo respeito à Territorialidade e Ancestralidade negro-africana e em memória dos quilombolas "assassinados" no Quilombo dos Alpes, vitimados pela violência racista e dali seguiremos até a Volta do Gasômetro onde o evento se encerrará com uma Saudação aos Orixás em uma grande roda, quando será entregue um presente aos Orixás das águas às 21h.
Mais uma vez o Povo do Àse Afro-Gaúcho se levanta para defender seus direitos.Já há muito tempo, a intolerância religiosa é pauta em todo o território nacional. Atrocidades tem sido cometidas em defesa de uma fé discriminadora, irracional e racista professada pelos seguimentos Neo-pentecostais e, sobretudo, pela IURD (Igreja Universal do Reino de Deus) no Brasil afora, com o aval dos governos em todas as esferas. Desde 2003 discutimos a sacralização de animais em templos de Religião de Matrizes Africanas em virtude de Lei proposta por um Deputado evangélico na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. Conseguimos modificar tal Lei, excetuando os cultos e liturgias das Religiões de Matrizes Africanas.
Defensores de Animais, insuflados por evangélicos, entraram com uma ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) e na esfera estadual perderam. A Lei desde então está no Supremo Tribunal Federal nas mãos do Ministro Marco Aurélio Mello que por covardia ou omissão não a coloca em Pauta. A partir daí, enfrentamos mais lutas na esfera municipal envolvendo castração e esterilização de animais, bem como enquadrando das práticas religiosas como agentes de poluição e impacto ambiental, tentando imputar multas a quem fosse pego fazendo oferendas para as divindades.
Conseguimos vencer! Agora iniciaremos mais uma batalha contra o racismo religioso imposta por mais um Deputado Evangélico que propõe um projeto lei para discutir a Lei do Silencio, tendo por argumentação "templos religiosos", não bastasse a venda criminosa à burguesia de um dos nossos locais de realização de atos mais sagrados e populares, como as margens do Guaíba - no Estaleiro Só.Precisamos estar vinte e quatro horas por dia atentos, pois a todo o momento podem surgir novas leis e ataques ao Povo Afro Religioso, inclusive de agressões físicas, como já tem sido cometidas não só no Estado do RS, mas por todo o Brasil. Se não tomarmos uma atitude, o Brasil se tornará em um novo Afeganistão. Por isso, no dia 21 de janeiro de 2009, TODOS devemos ocupar as Ruas da Capital e protestar contra o ódio religioso e o processo de demonização engendrado pelos Neo-pentecostais às religiões de descendência de um Povo milenar que construiu este País e merece Respeito!Vamos neste dia formar um Mar de Ojás (pano branco que cobre o Ori) nas Ruas de Porto Alegre!!A Marcha sairá do Largo Glênio Peres às 18 horas (concentração à partir das 16h), que iniciará com uma saudação ao Bará do Mercado, ganhará a Borges de Medeiros até o Largo Zumbi (19h30min), onde se realizará um ato pelo respeito à Territorialidade e Ancestralidade negro-africana e em memória dos quilombolas "assassinados" no Quilombo dos Alpes, vitimados pela violência racista e dali seguiremos até a Volta do Gasômetro onde o evento se encerrará com uma Saudação aos Orixás em uma grande roda, quando será entregue um presente aos Orixás das águas às 21h.
Dissertação de Mestrado revela baixa participação de negros em propagandas brasileiras
O engenheiro mecânico Luiz Valério de Paula Trindade apresentou na última ter-feira (16/12), sua tese de Mestrado em Administração de Empresas, na qual investigou a representação do negro em propagandas e comerciais brasileiros.
Intitulada de "Participação e Representação Social de indivíduos afro-descendentes retratados em anúncios publicitários de revistas: 1968-2006", o projeto teve início quando sua orientadora, professora doutora Cláudia Rosa Azevedo, apresentou artigo sobre as representações sociais dos retratos afros na mídia. A partir disso, Luiz decidiu fazer sua pesquisa de mestrado baseado no tema, uma vez que já imaginava que os resultados passariam longe da verdadeira representação social que os afro-descendentes têm no Brasil, segundo dados do IBGE no último censo, 47% da população.
O principal objetivo do trabalho foi pesquisar de que forma os anúncios publicitários impressos em revistas têm retratado os indivíduos afro-descendentes, a fim de identificar possíveis progressos, retrocessos ou estabilização na forma de representações no que diz respeito aos papéis sociais desempenhados por eles dentro da mídia nacional.
Foram analisadas 1.279 propagandas dentre 76 edições de seis revistas de circulação nacional (Veja, O Cruzeiro, Exame, Pequenas Empresas Grandes Negócios, Cláudia e Nova), as quais foram subdivididas em três categorias: interesse geral; economia & negócios; femininas. Também foram analisadas duas propagandas de automóveis que continham, pelo menos, um personagem afro-descendente em seu contexto.
Intitulada de "Participação e Representação Social de indivíduos afro-descendentes retratados em anúncios publicitários de revistas: 1968-2006", o projeto teve início quando sua orientadora, professora doutora Cláudia Rosa Azevedo, apresentou artigo sobre as representações sociais dos retratos afros na mídia. A partir disso, Luiz decidiu fazer sua pesquisa de mestrado baseado no tema, uma vez que já imaginava que os resultados passariam longe da verdadeira representação social que os afro-descendentes têm no Brasil, segundo dados do IBGE no último censo, 47% da população.
O principal objetivo do trabalho foi pesquisar de que forma os anúncios publicitários impressos em revistas têm retratado os indivíduos afro-descendentes, a fim de identificar possíveis progressos, retrocessos ou estabilização na forma de representações no que diz respeito aos papéis sociais desempenhados por eles dentro da mídia nacional.
Foram analisadas 1.279 propagandas dentre 76 edições de seis revistas de circulação nacional (Veja, O Cruzeiro, Exame, Pequenas Empresas Grandes Negócios, Cláudia e Nova), as quais foram subdivididas em três categorias: interesse geral; economia & negócios; femininas. Também foram analisadas duas propagandas de automóveis que continham, pelo menos, um personagem afro-descendente em seu contexto.
Resultados surpreendentes
Os principais resultados demonstrados pela pesquisa indicaram que, ao longo do recorte temporal de 38 anos, a freqüência relativa de indivíduos afro-descendentes presentes em anúncios publicitários atingiu o nível médio de 4,20%, bem diferente da representação que a população negra possui nas estatísticas brasileiras.
"Para um estrangeiro que chegasse ao Brasil, folheasse as principais revistas, assistisse a telejornais e alguns programas de entretenimento, poderia ter a nítida impressão de que aqui não existem negros, porque esta é a estética que impera em nossos meios de comunicação de massa. Por outro lado, ao sair às ruas, este mesmo estrangeiro encontraria uma situação bastante diversa daquela", relata Luiz Valério.
Contudo, ao se analisar de forma subdividida os períodos temporais é possível constatar uma tendência na participação, principalmente nos últimos 10 anos, quando atingiu freqüência de 7,18% nas publicações comerciais no ano de 2006.
Os principais resultados demonstrados pela pesquisa indicaram que, ao longo do recorte temporal de 38 anos, a freqüência relativa de indivíduos afro-descendentes presentes em anúncios publicitários atingiu o nível médio de 4,20%, bem diferente da representação que a população negra possui nas estatísticas brasileiras.
"Para um estrangeiro que chegasse ao Brasil, folheasse as principais revistas, assistisse a telejornais e alguns programas de entretenimento, poderia ter a nítida impressão de que aqui não existem negros, porque esta é a estética que impera em nossos meios de comunicação de massa. Por outro lado, ao sair às ruas, este mesmo estrangeiro encontraria uma situação bastante diversa daquela", relata Luiz Valério.
Contudo, ao se analisar de forma subdividida os períodos temporais é possível constatar uma tendência na participação, principalmente nos últimos 10 anos, quando atingiu freqüência de 7,18% nas publicações comerciais no ano de 2006.
participação inferior a 10% é um sinal de certo grau de invisibilidade social, em termos de representações sociais, pois ainda verifica-se a existência de grande hiato entre a diversificada e crescente inserção social dos indivíduos afro-descendentes e a forma como são comumente retratados em anúncios.
"Isso significa dizer que no contexto publicitário os indivíduos brancos são considerados a norma, o padrão ou o representante natural da espécie. Contudo, vivemos em uma sociedade extremamente multiétnica e, desta forma, este padrão destoa completamente da realidade. A baixa participação relativa de indivíduos afro-descendentes nas propagandas corrobora para reforçar a invisibilidade social destes indivíduos", desabafa Luiz.
"Isso significa dizer que no contexto publicitário os indivíduos brancos são considerados a norma, o padrão ou o representante natural da espécie. Contudo, vivemos em uma sociedade extremamente multiétnica e, desta forma, este padrão destoa completamente da realidade. A baixa participação relativa de indivíduos afro-descendentes nas propagandas corrobora para reforçar a invisibilidade social destes indivíduos", desabafa Luiz.
Conclusões
Dentre as principais conclusões obtidas podemos citar que além da invisibilidade, verifica-se também que a baixa participação de negros em propagandas pode causar danos ao processo de construção de identidade étnica dos indivíduos negros, sobretudo nas crianças e jovens, porque eles ficam bastante carentes de modelos em quem se espelharem. Luiz fala sobre o problema: "o que ocorre é que os modelos acabam ficando restritos a esportistas, principalmente, jogadores de futebol, ou artistas, cantores, dançarinas de escolas de samba. Em contrapartida, as crianças e jovens brancas têm a seu dispor uma miríade de possibilidades de papéis sociais, como modelos, executivos de sucesso, empresários, galã de novela, cientistas, professores, políticos, jornalistas, e por aí vai".
Outro aspecto para o qual Luiz chama atenção é que os indivíduos negros retratados em anúncios publicitários, poucas vezes são representados em contextos familiares ou afetivos. Ou seja, "enquanto a família típica dos comerciais de margarina e sabão em pó é composta de pessoas brancas, não se verifica este mesmo tipo de contextualização com afro-descendentes para divulgar produto algum", explica.
Por fim, outra análise que pode ser considerada é o fato de que os negros não estão presentes em anúncios publicitários porque não possuem poder aquisitivo. Porém, Trindade considera que a pesquisa contribui para derrubar mais este mito, na medida em que, de acordo com dados do IBGE, pelo menos 15,3% da classe média brasileira é formada por indivíduos afro-descendentes. "Não faz sentido ter-se 15,3% da classe média composta por negros e, na melhor das hipóteses, este mesmo público apresentar uma participação de apenas 7,18% dos anúncios", revolta-se.
O gráfico abaixo ilustra os principais resultados da pesquisa sob uma perspectiva temporal. Ele foi elaborado com base nos resultados da própria pesquisa de Luiz, bem como, com dados complementares obtidos junto aos trabalhos de Laura Guimarães Corrêa, em "De corpo presente: o negro na publicidade em revista"; e Joel Zito Araújo, em "A negação do Brasil: o negro na telenovela brasileira"; os quais também foram fonte de consulta.
O gráfico abaixo ilustra os principais resultados da pesquisa sob uma perspectiva temporal. Ele foi elaborado com base nos resultados da própria pesquisa de Luiz, bem como, com dados complementares obtidos junto aos trabalhos de Laura Guimarães Corrêa, em "De corpo presente: o negro na publicidade em revista"; e Joel Zito Araújo, em "A negação do Brasil: o negro na telenovela brasileira"; os quais também foram fonte de consulta.
Por intermédio deste gráfico é possível observar que entre meados dos anos 60 até o início dos anos 90, a participação relativa de indivíduos afro-descendentes em propagandas oscilou entre 0% e 3%. A partir de meados de 1990 esta participação atingiu patamares da ordem de pouco mais de 6% e, por fim, entre 2004 e 2006 ficou entre 7% e 8%.
De acordo com Trindade, considerando-se os últimos quinze anos é possível verificar uma tendência de crescimento em termos de participação relativa, embora ainda seja inferior a 10%.
De acordo com Trindade, considerando-se os últimos quinze anos é possível verificar uma tendência de crescimento em termos de participação relativa, embora ainda seja inferior a 10%.
Cotas com cheiro de queimado
Tem cheiro de queimado esse projeto (PLC 180/2008) que dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e instituições federais de ensino técnico de nível médio, recém chegado ao Senado da República para ser votado à toque de caixa, no apagar das luzes da atual legislatura, vésperas de recesso parlamentar.
Trata-se de um frankstein montado pela Câmara dos Deputados, que desfigura e descaracteriza completamente o PL 73/99, que tramitava na Casa e que tinha a grande virtude de combinar a questão social, tão a gosto de certos setores arredios ao enfrentamento da nefasta herança do racismo na realidade brasileira, mas reconhecia a necessidade de ações afirmativas e de cotas para superar o abismo da desigualdade que tem raízes profundas nos quase 400 anos de escravismo e 120 de racismo pós-abolição.
Trata-se de um frankstein montado pela Câmara dos Deputados, que desfigura e descaracteriza completamente o PL 73/99, que tramitava na Casa e que tinha a grande virtude de combinar a questão social, tão a gosto de certos setores arredios ao enfrentamento da nefasta herança do racismo na realidade brasileira, mas reconhecia a necessidade de ações afirmativas e de cotas para superar o abismo da desigualdade que tem raízes profundas nos quase 400 anos de escravismo e 120 de racismo pós-abolição.
O projeto, como apresentado originalmente, era simples: reservava 50% das vagas para estudantes da escola pública e entre esses 50%, fixava uma cota para negros e indígena proporcional a presença desses segmentos em cada Estado.
Com uma velocidade espantosa - o que já por si só desperta suspeitas -, chegou-se a um acordo de lideranças para aprovar o projeto, parado desde 1.999, com um detalhe que o transformou numa medida de caráter universalista, geral, que introduz novas regras no acesso às Universidades brasileiras.
A Emenda Paulo Renato, que estabelece a reserva de 50% das vagas para alunos de famílias com renda per capita de, no máximo, 1,5 salários mínimos, de uma tacada só, inviabiliza o mérito maior da proposta, se é que não a torna impraticável, na hipótese de vir a ser aprovado como está pelo Senado.
A razão é mais do que simples. O frankstein, se interpretado de um jeito, descaracteriza a adoção de cotas como medida reparatória – a velha dívida que até mesmo os conservadores reconhecem no discurso, mas que são incapazes de saldá-la na prática. Por essa interpretação, os 50% de pretos, pardos e indígenas terão que fazer parte das famílias que ganham, em valores de hoje, até R$ 622,50 per capita.
Ou seja, teremos aí dois tipos de negros: o negro pobre e o negro mais ou menos, remediado, ou lá o que seja. Como se a pobreza no Brasil, não fosse, dois terços dela, negra como atestam todos os indicadores – do IPEA, do Governo Federal (de Lula), a Fundação Seade (de Serra).
Daqui prá frente, nós, que defendemos ações afirmativas e cotas, teremos que justificar a redundância: que as cotas que defendemos são só para negros pobres, o que significa jogar para o alto nossas bandeiras históricas por reparação. Também por aí fica subentendido que o Brasil não pode ter uma classe média negra. Classe média branca, pode. Negra, não.
Só pode ter negro objeto da caridade pública.
Os outros 50% das melhores universidades estarão à disposição dos filhos de menos de 2% da elite endinheirada.
Todo mundo sabe como é o nome que se dá a isso: Racismo. Sim, senhores, é o velho Racismo de guerra que diz que negro não pode. Só se for pobre. Porque se for pobre deixa de ser negro e qualquer esmola resolve o problema de consciência das elites bem posicionadas.
É esse o acordo que o Frei David Raimundo dos Santos defende? Se for esse acordo, Frei David, nós dizemos: NÃO. Nós temos a coragem de dizer NÃO. Nada temos a ver com os seus acordos, com o Governo. Nada temos a ver com a sua visão messiânica da luta política por igualdade no Brasil; nada temos a ver com os seus bajuladores toscos, com os seus patrulheiros de plantão defensores de interesses corporativos, com os seus apoiadores – de fora e dentro do Governo – que não lhe dizem o que pensam, apenas por respeito ao hábito.
Esse tipo de acordo não representa nenhum avanço na luta por igualdade no Brasil, paraíso da desigualdade. É apenas o que é: submissão, rendição, ou o adjetivo que se queira dar.
A bandeira das ações afirmativas – das quais as cotas são apenas uma espécie – nada tem a ver com a questão econômica como pretendida pelos tucanos e por Paulo Renato. Tem a ver com a reparação histórica que esse país nos deve pelo fato de, durante quase 400 nossos antepassados escravizados não terem podido botar seus filhos na escola, e é isso que explica a desvantagem que enfrentamos hoje. E não por que sejamos menos inteligentes, menos capazes.
Somos pobres porque somos negros, porque tivemos contra nós quase quatro séculos de escravidão e mais 120 anos de racismo pós-abolição. Portanto, qualquer medida que omita, que escamoteie essa verdade - seja a que pretexto for -, não nos serve, porque é simplesmente uma forma de ilusionismo de quem pretende que nos contentemos com migalhas.
Se, no entanto, a interpretação que prevalecer for outra – a de que, além dos 25% que terão acesso por pertenceram a camada mais pobre – a reserva será dos pretos, pardos e indígenas proporcionalmente a sua representação em cada Estado, aí estaremos diante de um cruel engodo.
O projeto é absolutamente impraticável, inócuo. Só a tolos e ou incautos pode ter passado despercebido a evidência de que não terá efeito algum. O artigo 3º diz: “Em cada instituição federal de ensino superior, as vagas de que trata o art. 1º desta Lei serão preenchidas, por curso e turno, por autodeclarados negros, pardos e indígenas, no mínimo igual à proporção de negros, pardos e indígenas na população da unidade da Federação onde está instalada a instituição, segundo o último censo da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.Parágrafo único. “No caso de não-preenchimento das vagas segundo os critérios estabelecidos no caput deste artigo, aquelas remanescentes deverão ser completadas por estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas”.
Façamos as contas para que não reste dúvida. Em apenas dois Estados do Brasil – Santa Catarina e Rio Grande do Sul – a proporção de negros, pardos e indígenas é inferior aos 25% por cento. Nos outros 24 Estados e mais no Distrito Federal, a proporção de negros é sempre maior. Paraná e São Paulo são os dois Estados com menor presença negra depois de Santa Catarina e Rio Grande do Sul – 25,8% e 30,9%, respectivamente-; como se vê, proporções superiores aos 25%.Portanto, em apenas dois Estados o tal projeto – se aprovado - poderia ser aplicado e, mesmo assim, sem conseqüências práticas, porque terá chegado tarde, uma vez que as próprias Universidades, como de resto outras 60 no Brasil, andaram mais rápido que este Estado paquidérmico. Tanto no Rio Grande, quanto em Santa Catarina, por decisão dos Conselhos Universitários já foram adotadas cotas para negros e indígenas na proporção que varia de 10% a 20%, portanto, equivalente ou bem próximo, a presença desses segmentos na população.
Para que não se diga como sempre fazem alguns afoitos que esse tipo de argumento é coisa da direita, da Oposição ou “das elites”, vejam o que diz a senadora líder do PT, Ideli Salvati. “Agora o Paulo Renato introduziu o ingrediente de renda, que, além de bagunçar todo o texto, acaba colocando um condicionante que à primeira vista é justo, mas na prática se torna restritivo.
Os critérios de renda e raça já estão contemplados no meu projeto".Observem o que diz o senador e ex-ministro da Educação do Governo Lula, Cristovam Buarque. "A versão anterior é melhor porque é mais simples. Ao dar cota à escola pública, a gente vai ajudar a escola pública a melhorar.
Agora, as cotas para renda são ilusórias. Vão beneficiar apenas os raríssimos alunos pobres que chegaram ao ensino médio e vão passar a idéia de que resolveram os problemas dos pobres: "eles já entram na universidade, então não preciso melhorar o ensino básico e médio". Por tudo isso, a pergunta que fica é uma só: a quem a Câmara dos Deputados pretendeu enganar? A quem, certos líderes negros – e os bajuladores de plantão – querem iludir? Com a palavra o Senado da República.
São Paulo, 16/12/2008
São Paulo, 16/12/2008
Fonte: Dojival VieiraJornalista Responsável
Registro MtB: 12.884 -
Proc. DRT 37.685/81
Email: dojivalvieira@hotmail.com; abcsemracismo@hotmail.com
Carta de ativista cubano a Raul denuncia racismo na Ilha
Salvador – Na Cúpula da América Latina e Caribe que terminou nesta quarta-feira (17/12), na Costa do Sauípe, Salvador, com a presença do presidente cubano, Raul Castro, o professor Carlos Moore– um velho combatente anti-racista acusado de subversão racial pelo regime - fez chegar ao dirigente cubano, Carta Aberta em que denuncia que ”até o dia de hoje, a população de raça negra, majoritária no país, está confinada a jogar um papel de subalternidade”. A população negra na Ilha é calculada entre 62% e 64% dos cubanos, porém, os negros estão ausentes dos principais cargos do Partido Comunista e da direção do Estado.
O fato foi ignorado pela mídia. Nenhum veículo de comunicação que cobriu a Cúpula, com dezenas de repórteres de todo o mundo, repercutiu a denúncia.”Cuba é um país onde uma revolução conseguiu derrubar os velhos privilégios de uma oligarquia republicana corrupta e submissa ao estrangeiro, mas onde, até o dia de hoje, a população de raça negra, majoritária no país, está confinada a jogar um papel de subalternidade.
As honrosas exceções negras que ascendem à cúpula do poder o fazem unicamente com o beneplácito da elite dominante, predominantemente de origem européia, e confirmam assim a realidade, também dominante, baseada na subalternidade da raça negra em Cuba, depois de meio século de revolução socialista. Essa é a realidade. E negá-la seria persistir na Grande Mentira”, afirma o professor e etnólogo, autor de vários livros sobre a temática racial, que vive há sete anos exilado em Salvador.
Moore trabalhou como segurança e tradutor de Malcom X, o líder negro norte-americano, no último período de sua vida, em novembro de 1.964. Só pode voltar à Ilha com autorização especial do Estado, e está refugiado no Brasil, depois de viver o exílio em países como Egito, França, Nigéria, Senegal, Jamaica, Guadalupe e Trinidad Tobago.
Na Carta, além de pedir a reabilitação de todas as figuras históricas e pensadores negros proscritos e ou silenciados ao longo da história de Cuba, antes e depois da Revolução, Moore propõe o estabelecimento de um estado social de direito como pré-condição do exercício democrático da cidadania cubana; prescrição de todas as práticas discriminatórias, sejam de natureza política, de gênero, de raça, de orientação sexual ou de confissão religiosa; libertação de todos os presos políticos em Cuba e dos presos de consciência”, como medida a ser adotada paralelamente ao levantamento do embargo pelos Estados Unidos, o que se espera que acontece no Governo Obama. “Seria hipócrita e imoral pedir o cessar do embargo/bloqueio que os Estados Unidos injustamente impuseram a Cuba, sem que os dirigentes de Cuba se comprometam, também, a levantar o embargo/bloqueio que o regime revolucionário impôs à população majoritária do país desde o início da Revolução. Ambos os embargos/bloqueios devem ser levantados, simultaneamente, sem pré-condições de nenhum dos dois lados.
Em dezembro do ano passado, em entrevista a Afropress, Moore, depois de contar os sofrimentos que teve de enfrentar após a Revolução, se disse mais otimista com o afastamento de Fidel e chegada de Raul ao poder. “Depois de 48 anos de repressão, sob essa questão está tomando essa direção sob Raul Castro.
O regime passou a admitir discutir o tema do racismo, porém, apenas entre os quadros do Partido Comunista, que representa somente 5% dos cubanos”. Não se atreve a discutir esse tema na sociedade.”, disse na entrevista que foi postada em 03 de dezembro do ano passado (veja matéria completa com a entrevista de Carlos Moore no http://www.afropress.com.br/).
Negros já são maioria no Brasil, diz IPEA
Brasília – Os negros brasileiros já correspondem a 49,8% da população de acordo com a terceira edição da Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Na população masculina, porém, já são maioria desde 2.005, representando 51,1% da população contra 48,1% dos brancos. Entre as mulheres há a tendência de crescimento, porém, as negras ainda são minoria – 48,5% contra 50,6% da população branca.
A pesquisa realizada em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD 2007), mostra que de 1.993 a 2007, a população negra era 45,1%.
Para os pesquisadores o aumento da população negra no país não é causado por uma maior taxa de natalidade, mas ao auto-reconhecimento das pessoas como negras.
A ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Política para as Mulheres, lembrou que a política de cotas tem sido um elemento absolutamente importante para o crescimento dessa auto-afirmação.
A pesquisa também mostrou que apenas 15% dos negros têm plano de saúde, contra 33% dos brancos, e que são de apenas 76% os domicílios chefiados por negros que tem esgotamento sanitário contra 88% dos domicílios chefiados por brancos.
Fonte: www.afropress.com.br
Primeira negra assume Tribunal em SC
Florianópolis/SC - A juíza Maria Aparecida Caitano se tornará, a partir do dia (17/12), a primeira negra a tomar posse no cargo de juíza Togada do Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina.
A solenidade acontece, às 17h30, na sala de sessões do Tribunal Pleno. A juíza ocupará a vaga deixa pela morte do juiz Marcus Pina Mugnaini, em setembro passado, quando se encontrava na presidência do TRT catarinense. A data da posse foi escolhida por Caitano como uma homenagem ao juiz Marcus que completaria 60 anos nesta quarta-feira.
A indicação da primeira juíza negra a assumir o Tribunal foi feita pelos juízes do Pleno em 20 de outubro. “Sinto muito orgulho por ser a primeira juíza negra a fazer parte do Pleno do TRT”, afirmou.
Maria Aparecida Caitano nasceu em Cambará, Paraná, e graduou-se em Direito pela Universidade de São Paulo, em 1.970. Concluiu mestrado em Direito do Trabalho pela mesma Universidade em 2.002, tendo como orientador o jurista Sérgio Pinto Martins.
O título de sua dissertação de Mestrado foi “Direito do Trabalho x Direito ao Trabalho: Crise de Desemprego.Ela ingressou na magristratura em 1.987 no TRT do Pará e, posteriormente, mediante concurso, passou a atuar em Santa Catarina em novembro do mesmo ano. Antes de ser juíza, exerceu o magistério de primeiro grau, a Advocacia e, por fim, a função de oficial de Justiça na 9ª VT de São Paulo. No TRT de Santa Catarina, atua como juíza convocada há 16 anos. Desde 1.993, vinha exercendo a titularidade da 3ª VT de Florianópolis.
A solenidade acontece, às 17h30, na sala de sessões do Tribunal Pleno. A juíza ocupará a vaga deixa pela morte do juiz Marcus Pina Mugnaini, em setembro passado, quando se encontrava na presidência do TRT catarinense. A data da posse foi escolhida por Caitano como uma homenagem ao juiz Marcus que completaria 60 anos nesta quarta-feira.
A indicação da primeira juíza negra a assumir o Tribunal foi feita pelos juízes do Pleno em 20 de outubro. “Sinto muito orgulho por ser a primeira juíza negra a fazer parte do Pleno do TRT”, afirmou.
Maria Aparecida Caitano nasceu em Cambará, Paraná, e graduou-se em Direito pela Universidade de São Paulo, em 1.970. Concluiu mestrado em Direito do Trabalho pela mesma Universidade em 2.002, tendo como orientador o jurista Sérgio Pinto Martins.
O título de sua dissertação de Mestrado foi “Direito do Trabalho x Direito ao Trabalho: Crise de Desemprego.Ela ingressou na magristratura em 1.987 no TRT do Pará e, posteriormente, mediante concurso, passou a atuar em Santa Catarina em novembro do mesmo ano. Antes de ser juíza, exerceu o magistério de primeiro grau, a Advocacia e, por fim, a função de oficial de Justiça na 9ª VT de São Paulo. No TRT de Santa Catarina, atua como juíza convocada há 16 anos. Desde 1.993, vinha exercendo a titularidade da 3ª VT de Florianópolis.
sábado, 20 de dezembro de 2008
Mulheres negras ganham menos
Levando-se em consideração o recorte de raça, o quadro de desigualdade se agrava. As mulheres negras são as que ganham menos, registram as maiores taxas de desemprego, as menores de emprego formal (com carteira) e formam o maior contingente de domésticas. Ser empregada doméstica ainda é no Brasil do século 21 o emprego mais comum para a mulher negra. A cada cinco negras, uma é doméstica. Para a mulher branca, essa proporção diminui para uma doméstica em cada oito com trabalho remunerado.
Também a pobreza é um flagelo maior para os domicílios de famílias negras. Entre os beneficiados do Programa Bolsa Família, 69% dos domicílios têm chefe de família negro e 31%, branco.
O "Retrato das desigualdades de gênero e raça" analisa microdados coletados pelo IBGE nos últimos 14 anos (Pnads de 1993 a 2007).
Um livro, um CD estatístico (com a série histórica nacional e por região) e um cartaz resumo compõem esta terceira edição da pesquisa, que mostra os números mais completos e mais recentes sobre o perfil da população brasileira a partir de recortes de gênero e raça/cor.
Também a pobreza é um flagelo maior para os domicílios de famílias negras. Entre os beneficiados do Programa Bolsa Família, 69% dos domicílios têm chefe de família negro e 31%, branco.
O "Retrato das desigualdades de gênero e raça" analisa microdados coletados pelo IBGE nos últimos 14 anos (Pnads de 1993 a 2007).
Um livro, um CD estatístico (com a série histórica nacional e por região) e um cartaz resumo compõem esta terceira edição da pesquisa, que mostra os números mais completos e mais recentes sobre o perfil da população brasileira a partir de recortes de gênero e raça/cor.
Proporção de negros na população aumenta e de brancos diminui entre 1993 e 2007
A 3ª edição do "Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça" lançada dia 16/12/2008 pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), SPM (Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres) e Unifem (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher) mostrou que há uma queda nas diferenças nos últimos 14 anos, mas há muito ainda por fazer.
Desde 1993, as mulheres já superaram os homens em anos de estudo. No entanto, ainda sofrem mais com o desemprego, e as que estão empregadas ganham menos que eles. Apesar da lenta mudança de mentalidades, afazeres domésticos, segundo números da pesquisa, ainda são tidos como obrigações femininas. Entre a população de 16 anos ou mais, as mulheres dedicam 27 horas semanais nessas tarefas; os homens apenas 10 horas.
Desde 1993, as mulheres já superaram os homens em anos de estudo. No entanto, ainda sofrem mais com o desemprego, e as que estão empregadas ganham menos que eles. Apesar da lenta mudança de mentalidades, afazeres domésticos, segundo números da pesquisa, ainda são tidos como obrigações femininas. Entre a população de 16 anos ou mais, as mulheres dedicam 27 horas semanais nessas tarefas; os homens apenas 10 horas.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Vitória dos quilombolas e pescadores da Resex do Iguape (Bahia) na luta contra votorantim
MINISTÉRIOS PÚBLICOS FEDERAL E ESTADUAL REALIZA AUDIÊNCIA PÚBLICA NA RESEX DO IGUAPE E TOMA PROVIDENCIAS RELACIONADAS COM OS IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA VOTORANTIM
Ontem foi um dia de festa para os pescadores e marisqueiras da RESEX do IGUAPE. Aconteceu a tão esperada audiência pública na Reserva Estrativista do Iguape convocada pelos ministérios públicos Estadual e Federal. Estiveram presentes representantes das diversas comunidades pesqueiras da resex inclusive muitas comunidades quilombolas. Este ato foi resultado de um processo de anos de luta do movimento dos pescadores que tem denunciado os desastres ambientais na região.
Os pescadores têm denunciado os graves impactos ambientais provocados pela empresa VOTORANTIM através da liberação irresponsável de água doce com objetivo de gerar energia na hidroelétrica Pedra do Cavalo. Desta maneira, tem ocorrido a dessalinização do estuário, causando a mortandade da faun a e da flora, trazendo fortes prejuízos para as comunidades pesqueiras da resex. Diversas denúncias foram realizadas ao longo destes anos tanto para as autoridades brasileiras quanto para foruns internacionais. Isso tem pressionado o governo brasileiro para tomar providências para proteger aquela população. Ao longo destes anos foram realizadas manifestação da população de diversas maneiras para defender seus direitos.
Neste contexto, o Ministério Público tem acompanhado com afinco e seriedade este grave conflito social e nesta audiência pública, além de escutar os reclames da população, que sensibilizaram todos presentes, expõs os resultados acerca dos trabalhos realizados.
A licença de operação da Votorantim está imersa em situações evidentemente estranhas como condicionantes por parte do antigo CRA que não conseguem abranger os impactos do empreendimento no estuário; o não cumprimento de condicionantes impostos pelo I BAMA, o completo desreconhecimento do papel da RESEX no processo de licenciamento; também, existem insistentes queixas de órgãos públicos e de organizações da sociedade civil sobre as dificuldades para obter informações sobre o licenciamento realizado pelo antigo CRA, agora IMA.
Todas estes fatos levantam suspeitas e são alvo de preocupação do conjunto da sociedade. A audiência pública teve como resultado a realização das recomendação expostas a seguir. Também foi afirmado o compromisso pelos Ministérios Públicos Estadual e Federal de oferecer denúncia a justiça caso estas recomendações não sejam cumpridas.
1 - Recomendação de não efetivar a renovação da licença do empreendimento da hidroelétrica Pedra do Cavalo que vence em 05/02/2009 até que:
a - Exista regular autorização do ICMBio
b - Composição de um GT para definir um termo de referência que atenda às necessidade dos pescadores compo sto por diversos órgãos
c - O Termo de Referencia deve integrar os conhecimentos das populações tradicionais e ser submetido ao Conselho Deliberativo da Reserva Extrativista do Iguape
d - Recomendou-se ao IMA realizar o repasse de informações para a sociedade sobre o licenciamento em questão .
Partilhamos assim mais um passo da luta por direitos realizada pela população tradicional no nosso país. Um sinal de que lutar vale e apena e que o poder da ganância e do dinheiro não são capazes de suportar a força do povo organizado!!!
Valeu Zumbi! O povo quilombola mantém viva, na luta, a sua memória!
Movimento dos Pescadores da Bahia.
Ontem foi um dia de festa para os pescadores e marisqueiras da RESEX do IGUAPE. Aconteceu a tão esperada audiência pública na Reserva Estrativista do Iguape convocada pelos ministérios públicos Estadual e Federal. Estiveram presentes representantes das diversas comunidades pesqueiras da resex inclusive muitas comunidades quilombolas. Este ato foi resultado de um processo de anos de luta do movimento dos pescadores que tem denunciado os desastres ambientais na região.
Os pescadores têm denunciado os graves impactos ambientais provocados pela empresa VOTORANTIM através da liberação irresponsável de água doce com objetivo de gerar energia na hidroelétrica Pedra do Cavalo. Desta maneira, tem ocorrido a dessalinização do estuário, causando a mortandade da faun a e da flora, trazendo fortes prejuízos para as comunidades pesqueiras da resex. Diversas denúncias foram realizadas ao longo destes anos tanto para as autoridades brasileiras quanto para foruns internacionais. Isso tem pressionado o governo brasileiro para tomar providências para proteger aquela população. Ao longo destes anos foram realizadas manifestação da população de diversas maneiras para defender seus direitos.
Neste contexto, o Ministério Público tem acompanhado com afinco e seriedade este grave conflito social e nesta audiência pública, além de escutar os reclames da população, que sensibilizaram todos presentes, expõs os resultados acerca dos trabalhos realizados.
A licença de operação da Votorantim está imersa em situações evidentemente estranhas como condicionantes por parte do antigo CRA que não conseguem abranger os impactos do empreendimento no estuário; o não cumprimento de condicionantes impostos pelo I BAMA, o completo desreconhecimento do papel da RESEX no processo de licenciamento; também, existem insistentes queixas de órgãos públicos e de organizações da sociedade civil sobre as dificuldades para obter informações sobre o licenciamento realizado pelo antigo CRA, agora IMA.
Todas estes fatos levantam suspeitas e são alvo de preocupação do conjunto da sociedade. A audiência pública teve como resultado a realização das recomendação expostas a seguir. Também foi afirmado o compromisso pelos Ministérios Públicos Estadual e Federal de oferecer denúncia a justiça caso estas recomendações não sejam cumpridas.
1 - Recomendação de não efetivar a renovação da licença do empreendimento da hidroelétrica Pedra do Cavalo que vence em 05/02/2009 até que:
a - Exista regular autorização do ICMBio
b - Composição de um GT para definir um termo de referência que atenda às necessidade dos pescadores compo sto por diversos órgãos
c - O Termo de Referencia deve integrar os conhecimentos das populações tradicionais e ser submetido ao Conselho Deliberativo da Reserva Extrativista do Iguape
d - Recomendou-se ao IMA realizar o repasse de informações para a sociedade sobre o licenciamento em questão .
Partilhamos assim mais um passo da luta por direitos realizada pela população tradicional no nosso país. Um sinal de que lutar vale e apena e que o poder da ganância e do dinheiro não são capazes de suportar a força do povo organizado!!!
Valeu Zumbi! O povo quilombola mantém viva, na luta, a sua memória!
Movimento dos Pescadores da Bahia.
Bebedouro faz concurso com cotas
Bebedouro/SP - Desde o dia 8 de dezembro estão abertas as inscrições para o concurso público para o preenchimento de 717 vagas na Prefeitura, com reserva de 20% das vagas para negros. O edital pode ser conferido no site da prefeitura: www.bebedouro. sp.gov.br ou www.omegaitu. com.br. O prazo para inscrições vai até 09 de janeiro de 2009.A empresa Omega Consultoria e Planejamento Ltda., de Itu, responsável pelo concurso, realiza as inscrições na Câmara de Vereadores, de segunda a sexta-feira e aos sábados, das 9hs às 16hs, ou pelo site www.omegaitu. com.br. Os valores para as inscrições são: Ensino Fundamental - R$ 17,00; Ensino Médio - R$ 27,00; e, Ensino Superior - R$37,00.As provas serão aplicadas entre o dia 18 e 25 de janeiro com datas, locais e horários a definir.
Cotas
Segue abaixo as vagas reservadas para negros (as) em cumprimento a Lei Municipal 3250 de 13 de fevereiro de 2.003 que prevê cota mínima de 20% para acesso a cargos públicos para negros ou pardos, e o total de vagas oferecidas para todas etnias. As cotas são opcionais.
As vagas ficarão reservadas da seguinte maneira:
- 13 vagas para a função de PROFESSOR PEF
– I- 01 vaga para a função de PROFESSOR EDUCAÇÃO ESPECIAL
- 43 vagas para a função de PROFESSOR EDUCADOR BERÇARISTA
- 01 vaga para a função de DIRETOR DE ESCOLA
- 01 vaga para a função de SUPERVISOR DE ENSINO
- 01 vaga para a função de ESCRITURÁRIO /OFICIAL DE ESCOLA
- 04 vagas para a função de INSPETOR DE ALUNOS
- 11 vagas para a função de SERVENTE
- 06 vagas para a função de ENFERMEIRO
- 01 vaga para a função de TELEFONISTA
- 01 vaga para a função de DIGITADOR
- 01 vaga para a função de FARMACÊUTICO
- 01 vaga para a função de ASSISTENTE SOCIAL
- 08 vagas para a função de ATENDENTE- 01 vaga para a função de DENTISTA
- 01 vaga para a função de MÉDICO
– PROGRAMA SAÚDE DA FAMILIA
- 03 vagas para a função de TÉCNICO DE ENFERMAGEM
- 02 vagas para a função de MÉDICO PSIQUIATRA
- 09 vagas para a função de AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS
- 02 vagas para a função de MOTORISTA
- 01 vaga para a função de TÉCNICO EM RX
- 01 vaga para a função de TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
- 06 vagas para a função de GUARDA CIVIL MUNICIPAL
- 01 vaga para a função de PEDREIRO
- 02 vagas para a função de PINTOR- 01 vaga para a função de MOTORISTA
- 07 vagas para a função de BRAÇAL
A publicação do resultado final do concurso será feita em listas separadas, contendo, a primeira, a pontuação de todos os candidatos, inclusive a dos candidatos declarados negro ou pardo, e a segunda, somente a pontuação destes últimos, observada a respectiva ordem de classificação.
Fonte: www.afropress.com
Cotas
Segue abaixo as vagas reservadas para negros (as) em cumprimento a Lei Municipal 3250 de 13 de fevereiro de 2.003 que prevê cota mínima de 20% para acesso a cargos públicos para negros ou pardos, e o total de vagas oferecidas para todas etnias. As cotas são opcionais.
As vagas ficarão reservadas da seguinte maneira:
- 13 vagas para a função de PROFESSOR PEF
– I- 01 vaga para a função de PROFESSOR EDUCAÇÃO ESPECIAL
- 43 vagas para a função de PROFESSOR EDUCADOR BERÇARISTA
- 01 vaga para a função de DIRETOR DE ESCOLA
- 01 vaga para a função de SUPERVISOR DE ENSINO
- 01 vaga para a função de ESCRITURÁRIO /OFICIAL DE ESCOLA
- 04 vagas para a função de INSPETOR DE ALUNOS
- 11 vagas para a função de SERVENTE
- 06 vagas para a função de ENFERMEIRO
- 01 vaga para a função de TELEFONISTA
- 01 vaga para a função de DIGITADOR
- 01 vaga para a função de FARMACÊUTICO
- 01 vaga para a função de ASSISTENTE SOCIAL
- 08 vagas para a função de ATENDENTE- 01 vaga para a função de DENTISTA
- 01 vaga para a função de MÉDICO
– PROGRAMA SAÚDE DA FAMILIA
- 03 vagas para a função de TÉCNICO DE ENFERMAGEM
- 02 vagas para a função de MÉDICO PSIQUIATRA
- 09 vagas para a função de AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS
- 02 vagas para a função de MOTORISTA
- 01 vaga para a função de TÉCNICO EM RX
- 01 vaga para a função de TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
- 06 vagas para a função de GUARDA CIVIL MUNICIPAL
- 01 vaga para a função de PEDREIRO
- 02 vagas para a função de PINTOR- 01 vaga para a função de MOTORISTA
- 07 vagas para a função de BRAÇAL
A publicação do resultado final do concurso será feita em listas separadas, contendo, a primeira, a pontuação de todos os candidatos, inclusive a dos candidatos declarados negro ou pardo, e a segunda, somente a pontuação destes últimos, observada a respectiva ordem de classificação.
Fonte: www.afropress.com
Senadora diz que renda vai restringir
Brasília - A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) discorda da emenda feita na Câmara que introduziu o critério de renda no Projeto das cotas de acesso às Universidades Federais e Escolas Técnicas.
Pela emenda 50% das vagas dos alunos das escolas públicas devem ser reservadas a estudantes de famílias com renda mensal de 1,5 salário mínimo per capita.Segundo a senadora, a reserva para estudantes que cursaram escolas públicas já contempla os alunos de famílias pobres. “O critério de corte por renda vai restringir o acesso dos estudantes”, afirmou.
Na mesma direção, o senador Cristavam Buarque (PDT-DF), historicamente favorável as ações afirmativas, disse que a introdução do critério sócio econômico é uma forma de enganar a população. "É uma cota enganosa para desviar o assunto e dizer que, agora, os pobres podem entrar na universidade. Vai beneficiar muito pouco", criticou. O projeto das cotas, foi aprovado pela Câmara no dia 20 de novembro – Dia Nacional da Consciência Negra – e a emenda para incluir o critério de renda é de autoria do ex-ministro da Educação Paulo Renato, que é contrário as cotas para negros e indígenas.
Pela emenda 50% das vagas dos alunos das escolas públicas devem ser reservadas a estudantes de famílias com renda mensal de 1,5 salário mínimo per capita.Segundo a senadora, a reserva para estudantes que cursaram escolas públicas já contempla os alunos de famílias pobres. “O critério de corte por renda vai restringir o acesso dos estudantes”, afirmou.
Na mesma direção, o senador Cristavam Buarque (PDT-DF), historicamente favorável as ações afirmativas, disse que a introdução do critério sócio econômico é uma forma de enganar a população. "É uma cota enganosa para desviar o assunto e dizer que, agora, os pobres podem entrar na universidade. Vai beneficiar muito pouco", criticou. O projeto das cotas, foi aprovado pela Câmara no dia 20 de novembro – Dia Nacional da Consciência Negra – e a emenda para incluir o critério de renda é de autoria do ex-ministro da Educação Paulo Renato, que é contrário as cotas para negros e indígenas.
Projeto de Cotas para negros se tornou “babel” no Senado
Brasília – Tornou-se incerta para esta quarta-feira (17/12), depois do fracasso da audiência pública por falta de quórum, a votação do PLC 080/08, que muda o critério de acesso às Universidades Públicas e Escolas Técnicas federais e reserva vagas para negros e indígenas na proporção da presença desses segmentos em cada Estado da Federação.O projeto, da deputada Nice Lobão (DEM-MA) que, inicialmente, reservava 50% das vagas para estudantes de escolas públicas e, dentro disso um percentual para negros e indígenas, de acordo com a presença desses segmentos por cada Estado da Federação, tornou-se uma monumental “babel” depois da aprovação da emenda Paulo Renato, que introduziu o critério sócio econômico. Nem mesmo os senadores se entendem a respeito do que vigorará, em caso de aprovação.
Critério sócio-econômico
Segundo a emenda, metade das vagas dos 50% da escola pública devem ser reservadas a estudantes de famílias com renda per capita não superior a 1,5 salários mínimos (R$ 622,50 em valores atuais.) Como o artigo 3º do projeto mantém a redação original da Câmara, e reserva 50% das vagas a estudantes auto-declarados negros e indígenas, tanto nas escolas técnicas quanto nas federais, ninguém sabe dizer como na prática ficaria, em caso de aprovação.Se passa a existir uma cota para negros condicionada a sua situação econômica - ou seja, apenas negros de famílias com renda até 1,5 salários mínimos; ou, se, as cotas para negros e indígenas se referem as restantes 25% das vagas.Nesta hipótese, como será possível garantir a representação mínima proporcional de negros e indígenas em cada Estado, conforme está previsto no artigo 3º do Projeto, uma vez que, em todos os Estados da Federação - com exceção de Rio Grande do Sul e Santa Catarina - a presença negra é superior a 25%.Nos dois Estados da região sudeste, a presença negra correspondente a, respectivamente, a 15,5%, no Rio Grande do Sul, e 11,7%, em Santa Catarina. O raciocínio, de alguns analistas, ouvidos por Afropress, é simples: como é possível reservar 25% e mais a representação negra de cada estado, sem ultrapassar os 100% de vagas.Lembram ainda estes analistas - negros e não negros - que tanto no Rio Grande do Sul quanto em Santa Catarina, as próprias Universidades, por decisão de seus Conselhos Universitários, já se adiantaram criando cotas para negros e indígenas de pelo menos 20%.
Sem resposta
Afropress mandou e-mails e ligou duas vezes para para o Frei David Raimundo dos Santos – denominado Pastor das Cotas pela sua própria organização, a Educafro – e que tem conduzido a defesa da aprovação do projeto como está, porém, não teve retorno. Na audiência da segunda, o Frei acabou batendo boca com Demétrio Magnoli – um dos ideólogos do movimento anti-cotas liderado por Ivone Maggye e Ali Kamel, da Rede Globo. O Frei culpa o DEM, a quem acusa de ser “a ferramenta base contra as cotas”.
Descaracterização
No domingo, o professor José Jorge de Carvalho, da Universidade de Brasília, e que participaria da audiência marcada para ontem, manifestou a preocupação, com a descaracterização da bandeira histórica das cotas e das ações afirmativas com a aceitação de um critério sócio-econômico. Entre os convidados para a audiência pública, além de Frei David, da Associação Educação e Cidadania de Afro-descendentes e Carentes (Educafro); de Sérgio Custódio, representante de um auto-denominado Movimento dos Sem Universidade (MSU); o professor José Jorge de Carvalho, autor da proposta de introdução das cotas na Universidade de Brasília (UnB); Demétrio Magnoli, José Roberto Militão e a professora titular do Departamento de Antropologia Cultural do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Ivonne Maggie.Depois de suspensa a audiência pública, remarcada para esta quarta-feira, os defensores do projeto chegaram a interpelar o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que garantiu que o projeto não passará no Senado da forma como está, porque ninguém sabe exatamente o que quer dizer a sua redação.. A relatora da matéria, senadora Serys Slhessarenko (foto), do PT matogrossense, contudo, afirmou que os ajustes necessários já foram realizados na Câmara e a distribuição das cotas para os estudantes de baixa renda do ensino público está bem clara.
Critério sócio-econômico
Segundo a emenda, metade das vagas dos 50% da escola pública devem ser reservadas a estudantes de famílias com renda per capita não superior a 1,5 salários mínimos (R$ 622,50 em valores atuais.) Como o artigo 3º do projeto mantém a redação original da Câmara, e reserva 50% das vagas a estudantes auto-declarados negros e indígenas, tanto nas escolas técnicas quanto nas federais, ninguém sabe dizer como na prática ficaria, em caso de aprovação.Se passa a existir uma cota para negros condicionada a sua situação econômica - ou seja, apenas negros de famílias com renda até 1,5 salários mínimos; ou, se, as cotas para negros e indígenas se referem as restantes 25% das vagas.Nesta hipótese, como será possível garantir a representação mínima proporcional de negros e indígenas em cada Estado, conforme está previsto no artigo 3º do Projeto, uma vez que, em todos os Estados da Federação - com exceção de Rio Grande do Sul e Santa Catarina - a presença negra é superior a 25%.Nos dois Estados da região sudeste, a presença negra correspondente a, respectivamente, a 15,5%, no Rio Grande do Sul, e 11,7%, em Santa Catarina. O raciocínio, de alguns analistas, ouvidos por Afropress, é simples: como é possível reservar 25% e mais a representação negra de cada estado, sem ultrapassar os 100% de vagas.Lembram ainda estes analistas - negros e não negros - que tanto no Rio Grande do Sul quanto em Santa Catarina, as próprias Universidades, por decisão de seus Conselhos Universitários, já se adiantaram criando cotas para negros e indígenas de pelo menos 20%.
Sem resposta
Afropress mandou e-mails e ligou duas vezes para para o Frei David Raimundo dos Santos – denominado Pastor das Cotas pela sua própria organização, a Educafro – e que tem conduzido a defesa da aprovação do projeto como está, porém, não teve retorno. Na audiência da segunda, o Frei acabou batendo boca com Demétrio Magnoli – um dos ideólogos do movimento anti-cotas liderado por Ivone Maggye e Ali Kamel, da Rede Globo. O Frei culpa o DEM, a quem acusa de ser “a ferramenta base contra as cotas”.
Descaracterização
No domingo, o professor José Jorge de Carvalho, da Universidade de Brasília, e que participaria da audiência marcada para ontem, manifestou a preocupação, com a descaracterização da bandeira histórica das cotas e das ações afirmativas com a aceitação de um critério sócio-econômico. Entre os convidados para a audiência pública, além de Frei David, da Associação Educação e Cidadania de Afro-descendentes e Carentes (Educafro); de Sérgio Custódio, representante de um auto-denominado Movimento dos Sem Universidade (MSU); o professor José Jorge de Carvalho, autor da proposta de introdução das cotas na Universidade de Brasília (UnB); Demétrio Magnoli, José Roberto Militão e a professora titular do Departamento de Antropologia Cultural do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Ivonne Maggie.Depois de suspensa a audiência pública, remarcada para esta quarta-feira, os defensores do projeto chegaram a interpelar o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que garantiu que o projeto não passará no Senado da forma como está, porque ninguém sabe exatamente o que quer dizer a sua redação.. A relatora da matéria, senadora Serys Slhessarenko (foto), do PT matogrossense, contudo, afirmou que os ajustes necessários já foram realizados na Câmara e a distribuição das cotas para os estudantes de baixa renda do ensino público está bem clara.
sábado, 13 de dezembro de 2008
MEMORIAL UNZÓ TOMBENCI NETO
O 1º MEMORIAL DE RELIGIÃO DE MATRIZ AFRICANA DO INTERIOR DA BAHIA
O memorial Unzó Tombenci Neto foi fundado em novembro de 2006, e fica instalado no Terreiro de Matamba Tombenci Neto. O Memorial constitui-se num núcleo de pesquisa e documentação que abriga um variado acervo de fotografias, documentos históricos, materiais de áudio e vídeo, indumentárias, instrumentos músicais entre outros objetos referentes à religião de matriz africana no município. O Memorial está aberto à visitação pública e propicia acesso à informação de interessados de todo o Brasil e região. O Memorial também recebe visitas programadas de escolas da rede pública e particular, atendendo alunos do primeiro e segundo grau, bem como estudantes universitários , pesquisadores e turistas. Todas as visitas são guiadas por um membro do terreiro especialmente preparado para acompanha os visitantes
FUNCIONAMENTO Os horários de funcionamento do memorial e de segunda a sábado das 9:h ás 12:h e das 14:h ás 18:h o valor do ingresso e de R$ 3,00 (três). O Memorial Unzó Tombenci Neto constitui o primeiro centro de preservação da história material e da memória de matriz africana do sul da Bahia.
COMO CHEGAR Av.Brasil, 485 - Alto da Conquista, próximo do abrigo São Vicente de Paulo e do Hospital Regional e em frente a sede do Bloco Afro Dilazenze Tels. (73) 3086-1871/8809-3958 E-mail: matambatombencineto@yahoo.com.br
Ataque a quilombolas no RS
Quarta - feira dia 10/12, dia em que se comemora os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) ocupou a tribuna da Câmara para fazer um protesto. Ela denunciou o ataque a três membros da Comunidade Remanescente de Quilombo dos Alpes, em Porto Alegre (RS), que resultou na morte de duas pessoas na última quinta-feira (4). Segundo a deputada, o racismo motivou o crime. Foi solicitada uma Comissão Externa da Câmara para acompanhar o caso. Os parlamentares devem fazer uma diligência em Porto Alegre na próxima semana. Ao reconhecer os avanços na consolidação dos Direitos Humanos no Brasil, em especial a partir da Constituição de 1988, Maria do Rosário manifestou inconformidade com o ataque aos membros da família Ellias. "É com tristeza que no aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos temos de fazer um protesto, um pronunciamento veemente de indignação pelo vil assassinato de duas lideranças quilombolas", acrescentou. A deputada informou que a comunidade está em luto pelo assassinato de Joelma da Silva Elias e Volmir da Silva Elias. A terceira vítima, Rosângela da Silva Ellias, liderança maior da comunidade, também foi baleada e continua recebendo ameaças. Nota - Logo após o pronunciamento de Maria do Rosário, o deputado Vicentinho (PT-SP), presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Quilombos, divulgou nota de pesar pelos acontecimentos em Porto Alegre. "Expressamos nossa preocupação com o clima de hostilidades que está trazendo intranquilidade à comunidade. Da mesma forma, manifestamos nossa total solidariedade e apoio para com os moradores do Quilombo de Alpes, por entendermos que as comunidades remanescentes de quilombos são territórios ocupados há várias gerações, permitindo a reprodução física e cultural das comunidades", diz a nota.
Lideranças do Quilombo dos Alpes são assassinadas em Porto Alegre
No dia 4 de dezembro, por volta das 13h30, a Comunidade Remanescente de Quilombo dos Alpes foi brutalmente atacada. Dois líderes quilombolas foram assassinados: Joelma da Silva Ellias (Jô, 36 anos), diretora de eventos e membro do conselho fiscal da Associação do Quilombo dos Alpes, e Volmir da Silva Ellias (Guinho, 31 anos), vice-presidente da Associação do Quilombo dos Alpes. O assassino ainda deixou ferida Rosangela da Silva Ellias (Janja), presidente da associação. O ataque ocorreu dentro da comunidade. Volmir e Joelma foram alvejados pelas costas. Segundo a comunidade, o assassino é conhecido como Alemão, que morava na área do quilombo e há algum tempo vinha ameaçando as lideranças.Na manhã desta segunda-feira (8), representantes das Comissões de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, da Câmara de Vereadores e diversas entidades ligadas ao movimento negro e aos quilombolas realizaram uma manifestação em frente ao Palácio da Polícia. Exigem que a Polícia determine a busca do assassino das duas lideranças. Além disso, pedirão à Polícia Federal para acompanhar o caso. Na quarta-feira, haverá uma missa, às 19 horas, no Quilombo dos Alpes. Na quinta, será realizada uma audiência pública na Câmara de Vereadores. Cerca de 70 famílias vivem no Quilombo dos Alpes Dona Edwiges, localizado no morro dos Alpes, na região da Grande Glória, zona sul de Porto Alegre.Confira abaixo a íntegra da Nota de Pesar da Rede Quilombos do Sul:"Estamos consternados com o acontecimento nefasto que levou a vida dos valorosos quilombolas Binho e Joelma, e colocou Janja no hospital baleada nas pernas.O Quilombo dos Alpes vive talvez sua maior historia de violência e resistência. Assim os fatos se repetem, ainda neste ano assistimos pela imprensa, um caso de assassinato de um visitante em uma festa no Quilombo Silva. Hoje vivemos a saga de um assassinato a sangue frio, de duas lideranças quilombolas e outra com graves ferimentos na cidade de POA. A Porto Alegre, não tão alegre, sobretudo para o Povo Negro, que resiste nos quilombos, nos terreiros, nas periferias da Cidade do Barra Shopping, do Pontal do Guaíba, dos Portais da Cidade.A Porto Alegre das Leis Intolerantes que afrontam a Liberdade de Culto da Religiosidade de Matriz Africana, a Cidade que não pára de aumentar sua violência, contra os pobres, os negros, as mulheres, os moradores de rua e a juventude negra de periferia com a repressão ao crime. Quando este massacre vai terá um fim?Quando veremos uma atitude dos poderes públicos, contra a violência nos territórios negros, que não avançam na garantia e proteção de seus direitos constituídos por leis nacionais e internacionais?Não podemos mais aceitar que nossos líderes sejam mortos, por negligência do poder público.Agradecemos ao acompanhamento do INCRA em processos como este por ex, mas depois que óbitos são constituídos pouco adiantam suas ações.Assim entendemos que o processo de demarcação e regularização fundiária dos territórios quilombolas por parte do governo federal deve ser acelerado, bem como o aumento dos recursos públicos e o maior controle das comunidades sobre os mesmos deve ser marco de luta do movimento quilombola e meta dos governos em todas as suas esferas, bem como centro de debate da constituição de emendas orçamentárias de parlamentares sérios, mais que a garantia de recursos para seus currais eleitorais.O Plano Diretor da Cidade e seu Conselho Gestor, muito vinculado às forças do poder econômico imobiliário de Porto Alegre, devem ser apropriados pelos setores populares e o Estatuto da Cidade deve ser um instrumento de luta pelo Direito a Cidade, com justiça social.Estamos aqui para dizer aos Alpes e todos quilombolas que de alguma forma possuem seu direito à terra e aos territórios ultrajados, seja por um vizinho pobre branco como se caracterizou o autor deste assassinato ou pelo fazendeiro, empreeiteiro ou organizações transnacionais da indústria de celulose, ou seja, pelo Estado paralisado pelo racismo, intolerância e violência brutal institucionalizada, que avancemos em nossa organização e resistência.Estamos aqui para dizer que a Mudança deve continuar SIM Prefeito Fogaça, mas somos nós que a faremos, quando convencermos nosso Povo que seu compromisso com os RICOS e POUCOS não poderá mais prevalecer sobre os interesses coletivos e de MUITOS".
Feira Preta de SP deve reunir 16 mil neste final de semana
. Paulo – Cerca de 16 mil pessoas deverão participar da Feira Preta, que acontece neste final de semana (13 e 14/12) das 12h às 22h, no Palácio das Convenções do Anhembi. Esta é a sétima Edição da Feira, que já reuniu nos seis anos de realização, cerca de 57 mil pessoas, segundo a organizadora Adriana Barbosa.O tema deste ano será “Qual o espaço da cultura negra hoje?”, com ênfase à participação da mulher negra e presença já confirmada de artistas plásticas, escritoras, cineastas, religiosas, estilistas e dançarinas que se reunirão para celebrar a cultura afro-brasileira. "A estrutura da família afro-brasileira é matriarcal. São elas que sustentam a maioria dos oito milhões de afro-descendentes que estão na classe média. Acreditamos que a identidade da mulher negra passa por um processo de redefinição, rompendo barreiras que a limitam a determinados espaços e se redescobrindo como cidadã, contra todos os paradigmas pré-estabelecidos", afirma Adriana. Cada um dos 128 expositores pagou R$ 400,00 por cada estande. A entrada fica em R$ 10,00.
Música e Arte
Também estão previstas apresentações de Dona Ivone Lara, do cantor Walmir Borges e da banda colombiana Chocquitbtown. Durante os dois dias haverá teatro, rodas de dança interativa e de samba e oficinas de reciclagem, de máscaras africanas, tambores e de hip hop. Exposições, saraus literários, mostra de filmes e aulas de samba-rock fazem parte da programação.Na Passarela do Povo, os visitantes é que vão ditar as tendências da moda, desfilando com roupas e estilos de penteado próprios. No Palco Alternativo, o espaço estará livre para experiências sonoras e artistas independentes. E no Púlpito da Preta, o microfone ficará aberto para expressão de idéias.
Preta Pretinha
As irmãs Joyce, Lúcia e Cristina Venâncio, idealizadoras da Preta Pretinha – empresa especializada na confecção de venda de bonecas negras - estão encarregadas da brinquedoteca e da parte de ludoterapia. "Nós resolvemos ficar com o espaço lúdico porque é importante tratar disso na vida da criança e sabemos que isso traz benefícios à sua auto-estima”, afirma Lúcia.Na linha de aprofundar a reflexão e a discussão sobre empreendedorismo, pela primeira vez, a Feira promoverá palestras à cargo do Programa Qualifica. A idéia é dar subsídios para técnicas de produção, venda e administração e ao aprimoramento do trabalho de empreendedores negros ou que trabalham com produtos voltados para esse segmento étnico, além de criar uma ponte com grandes empresários. O caso da Preta Pretinha é um exemplo de como tem crescido o ramo de negócios e empreendimentos negros. De uma empresa familiar dedicada apenas a bonecas negras, as irmãs Venâncio expandiram os negócios para o ramo da diversidade e hoje já é possível encontrar na loja da Rua Aspicuelta, na Vila Madalena, linhas com bonecas gordinhas, cadeirantes, Síndrome de Down, amputadas, muçulmanas, ciganas, GLS, etc. “Não segregamos e fugimos de estereótipos. A burca da nossa muçulmana não é preta, mas toda colorida”, explica Lúcia. Na loja ainda é possível encontrar um Papai Noel negro ou oriental a preços que variam entre entre R$ 10 e R$ 98. Depois da vitória de Barack Obama, como presidente dos EUA, aumentou o interesse das pessoas por produtos negros, segundo Lúcia. “Parece que o mundo enegreceu”, afirma.
Música e Arte
Também estão previstas apresentações de Dona Ivone Lara, do cantor Walmir Borges e da banda colombiana Chocquitbtown. Durante os dois dias haverá teatro, rodas de dança interativa e de samba e oficinas de reciclagem, de máscaras africanas, tambores e de hip hop. Exposições, saraus literários, mostra de filmes e aulas de samba-rock fazem parte da programação.Na Passarela do Povo, os visitantes é que vão ditar as tendências da moda, desfilando com roupas e estilos de penteado próprios. No Palco Alternativo, o espaço estará livre para experiências sonoras e artistas independentes. E no Púlpito da Preta, o microfone ficará aberto para expressão de idéias.
Preta Pretinha
As irmãs Joyce, Lúcia e Cristina Venâncio, idealizadoras da Preta Pretinha – empresa especializada na confecção de venda de bonecas negras - estão encarregadas da brinquedoteca e da parte de ludoterapia. "Nós resolvemos ficar com o espaço lúdico porque é importante tratar disso na vida da criança e sabemos que isso traz benefícios à sua auto-estima”, afirma Lúcia.Na linha de aprofundar a reflexão e a discussão sobre empreendedorismo, pela primeira vez, a Feira promoverá palestras à cargo do Programa Qualifica. A idéia é dar subsídios para técnicas de produção, venda e administração e ao aprimoramento do trabalho de empreendedores negros ou que trabalham com produtos voltados para esse segmento étnico, além de criar uma ponte com grandes empresários. O caso da Preta Pretinha é um exemplo de como tem crescido o ramo de negócios e empreendimentos negros. De uma empresa familiar dedicada apenas a bonecas negras, as irmãs Venâncio expandiram os negócios para o ramo da diversidade e hoje já é possível encontrar na loja da Rua Aspicuelta, na Vila Madalena, linhas com bonecas gordinhas, cadeirantes, Síndrome de Down, amputadas, muçulmanas, ciganas, GLS, etc. “Não segregamos e fugimos de estereótipos. A burca da nossa muçulmana não é preta, mas toda colorida”, explica Lúcia. Na loja ainda é possível encontrar um Papai Noel negro ou oriental a preços que variam entre entre R$ 10 e R$ 98. Depois da vitória de Barack Obama, como presidente dos EUA, aumentou o interesse das pessoas por produtos negros, segundo Lúcia. “Parece que o mundo enegreceu”, afirma.
Posse de Obama terá 4 milhões em Washington
Washington – Cerca de quatro milhões de pessoas de todo o mundo, segundo os organizadores, devem estar em Washington no dia 20 de janeiro para assistir ao juramento do primeiro presidente negro da história dos EUA. "A cerimônia de posse vai refletir o senso de unidade e objetivos compartilhados", afirmou Obama, por meio de nota divulgada pelo comitê de posse da Presidência.O tema da cerimônia, "Renovando a Promessa da América", é o mesmo usado na convenção democrata em Denver, e a programação começa no dia 18 de janeiro em um ato de boas vindas aos visitantes que chegaram à capital. No dia 19, segunda feira, após as tradicionais apresentações de artistas e festas, haverá uma celebração religiosa para comemorar o feriado em homenagem a Martin Luther King (1929/1968). A celebração já tem confirmada a presença de Obama e do vice Joe Biden. Após a cerimônia religiosa, ambos participarão de atos em defesa dos direitos humanos. O dia da posse terá eventos tradicionais, como o juramento nas escadas do Capitólio, a parada no trajeto para a Casa Branca e apresentações de artistas. Nem todos os eventos serão exclusivos, em hotéis de luxo na capital. A equipe de Obama quer organizar uma festa aberta, com a maior participação popular possível. O comitê de posse não quis divulgar nome dos artistas que farão as apresentações, com a alegação de que a programação ainda não está totalmente definida.
Barack Hussein ObamaNa entrevista que concedeu ao jornal Americano “Chicago Tribune" Obama disse que vai manter a tradição e tomará posse utilizando seu nome completo: Barack Hussein Obama. Durante a campanha presidencial, opositores afirmaram que Obama ocultava seu segundo nome para afastar uma ligação com os muçulmanos.Ele disse que não tem razões para omitir seu nome na cerimônia. "A tradição é usar todos os nomes e vou segui-la (...). Não estou tentando enviar nenhuma mensagem. Vou fazer o que todos fazem", afirmou.
Barack Hussein ObamaNa entrevista que concedeu ao jornal Americano “Chicago Tribune" Obama disse que vai manter a tradição e tomará posse utilizando seu nome completo: Barack Hussein Obama. Durante a campanha presidencial, opositores afirmaram que Obama ocultava seu segundo nome para afastar uma ligação com os muçulmanos.Ele disse que não tem razões para omitir seu nome na cerimônia. "A tradição é usar todos os nomes e vou segui-la (...). Não estou tentando enviar nenhuma mensagem. Vou fazer o que todos fazem", afirmou.
Negro fora de anúncios, mostra pesquisa
S. Paulo – No período de 38 anos – de 1.968 a 2.006 – a freqüência relativa de negros em anúncios publicitários no Brasil atingiu o nível médio de apenas 4,20%, embora correspondam hoje a 49,5% da população brasileira.A conclusão está na pesquisa “Participação e Representação Social de Indivíduos afro-descendentes Retratados em Anúncios Publicitários de Revistas: 1.968/2006”, do professor Luiz Valério Trindade e será apresentada como Dissertação de Mestrado em Administração na próxima sexta-feira, na Universidade Universidade Nove de Julho (Uninove), de S. Paulo.
Segundo Trindade, que investigou as representações sociais de negros em anúncios publicitários de revistas de grande circulação como Veja, O Cruzeiro, Exame, Pequenas Empresas Grandes Negócios, Cláudia e Nova, embora tenha crescido, particularmente no últimos 12 anos, a participação dos negros em anúncios publicitários é hoje de apenas 7,18%.
Na pesquisa, Trindade analisou 1.279 propagandas presentes em 76 exemplares das seis revistas para estudar de que forma os anúncios publicitários impressos retratavam os afrodescentes, a fim de identificar possíveis progressos ou retrocessos ou estabilizações na forma de representações dos papéis desempenhados por eles no contexto midiático. Ele também utilizou o método de Análise Qualitativa em duas propagandas de automóveis que continham, pelo menos, um personagem afro-descendente em seu contexto.“Além da participação relativa inferior a 10%, que sinaliza certo grau de invisibilidade social, em termos de representações sociais foi possível constatar a existência de grande hiato entre a diversificada e crescente inserção social dos indivíduos afro-descendentes e a forma como são comumente retratados em anúncios”, conclui Trindade.
Banca examinadora
Quem estiver interessado em acompanhar, a defesa da tese de Dissertação está marcada para as 9h do dia 17/12 (quarta-feira), no prédio da Pós-Gradução da Universidade Nove de Julho (Uninove), no Bairro da Barra Funda.A banca examinadora será formada pelos professores doutores Cláudia Rosa Acevedo (Uninove – Orientadora), Sérgio Luiz do Amaral Moretti (Uninove)e Carmen Lídia Ramuski (PUC-SP).
Segundo Trindade, que investigou as representações sociais de negros em anúncios publicitários de revistas de grande circulação como Veja, O Cruzeiro, Exame, Pequenas Empresas Grandes Negócios, Cláudia e Nova, embora tenha crescido, particularmente no últimos 12 anos, a participação dos negros em anúncios publicitários é hoje de apenas 7,18%.
Na pesquisa, Trindade analisou 1.279 propagandas presentes em 76 exemplares das seis revistas para estudar de que forma os anúncios publicitários impressos retratavam os afrodescentes, a fim de identificar possíveis progressos ou retrocessos ou estabilizações na forma de representações dos papéis desempenhados por eles no contexto midiático. Ele também utilizou o método de Análise Qualitativa em duas propagandas de automóveis que continham, pelo menos, um personagem afro-descendente em seu contexto.“Além da participação relativa inferior a 10%, que sinaliza certo grau de invisibilidade social, em termos de representações sociais foi possível constatar a existência de grande hiato entre a diversificada e crescente inserção social dos indivíduos afro-descendentes e a forma como são comumente retratados em anúncios”, conclui Trindade.
Banca examinadora
Quem estiver interessado em acompanhar, a defesa da tese de Dissertação está marcada para as 9h do dia 17/12 (quarta-feira), no prédio da Pós-Gradução da Universidade Nove de Julho (Uninove), no Bairro da Barra Funda.A banca examinadora será formada pelos professores doutores Cláudia Rosa Acevedo (Uninove – Orientadora), Sérgio Luiz do Amaral Moretti (Uninove)e Carmen Lídia Ramuski (PUC-SP).
Igualdade Racial será discutida em BsB
Brasília - O ministro Edson Santos, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), abre nesta terça-feira (09/12) o projeto Fórum Jornal deBrasília com uma palestra sobre igualdade racial. O Fórum acontece entre as 9 e as 17 horas, noauditório da UDF (antiga UniDF), na 904 Sul.O Projeto Fórum Jornal de Brasília, que tem o apoio da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do Distrito Federal (Cojira-DF) e do Governo do Distrito Federal (GDF) tem como objetivo promover a discussão civilizada, entre imprensa, população e autoridades, dos principais problemas do Distrito Federal. Sua estruturação prevê a escolha de um tema de grande interesse e o debate aprofundado dos principais problemas, para que se consiga encontrar alternativas para solucioná-los."Essa será uma oportunidade substantiva, pois faremos uma reflexão envolvendo o tradicional JBr e gestores públicos do governo do Distrito Federal, dentro dos objetivos da nossa comissão, ou seja, fazer o debate de igualdade racial com foco na grande imprensa", diz o coordenador-geral da Cojira, Sionei Ricardo Leão.Superar o racismoNa palestra do ministro chefe da Seppir e durante todo o dia serão tratados temas como a questão das políticas de superação do racismo no Distrito Federal (11h), o desafio da imprensa e políticas de igualdade racial (14H) e um painel sobre o patrimônio imaterial da cultura afro-brasileira (16h).
Materia publicada em 06/12/2008 em www.afropress.com.br
Materia publicada em 06/12/2008 em www.afropress.com.br
Envolvidos ainda não foram acusados e ganham com silêncio
Brasília - Passados quase dois anos do atentado contra estudantes negros da Universidade de Brasília (UnB), o Ministério Público da 1ª Região ainda não denunciou os três acusados no inquérito aberto pela Polícia Federal. O inquérito – 04.307/2007 – está pronto para conclusão no Ministério Público desde 04 de junho deste ano, segundo o advogado Renato Borges Rezende, que acompanha o caso em nome da ONG ABC sem Racismo.
Os estudantes africanos de países como Nigéria, Guiné Bissau e Senegal, bolsistas da UnB por conta do convênio do Governo brasileiro com seus países, foram atacados enquanto dormiam na madrugada de 28 de março de 2007. Quatro apartamentos, onde moravam na Casa dos Estudantes, na Asa Norte, foram incendiados e o caso ganhou repercussão internacional.
Os estudantes Roosevelt Reis, vulgo Russo, José Francisco Rodrigues de Araújo, mais conhecido como Nazista, e Wagner Guimarães Guedes, foram apontados pela Polícia Federal como os autores do atentado. Ninguém foi preso.
Estaca zero
A investigação, depois de concluída, voltou à estaca zero no início deste ano por determinação do juiz substituto da 10ª Vara Federal, Ricardo Augusto Soares Leite, que pediu a realização de novas diligências. O delegado que presidiu o inquérito, Francisco Serra Azul, disse não haver quaisquer dúvidas sobre a autoria do crime.
Os três acusados continuam a viver normalmente e também não tiveram qualquer punição administrativa da universidade, embora o reitor à época Timothy Mulhohand – afastado da direção da UnB, em abril deste ano, acusado de desvio de recursos públicos e improbidade administrativa – ter prometido que a Universidade tomaria essa providência.
O afastamento do reitor aconteceu de uma revolta dos estudantes que ocuparam o campus da UnB por dias.Russo, Nazista e Guedes têm se beneficiado também do silêncio da mídia em relação ao caso – que chegou a ser tratado como um incidente diplomático por causa da repercussão que teve nos países de origem dos estudantes, provocando uma Nota Oficial do Itamarati. O silêncio da mídia não é isolado: as entidades negras de Brasília e órgãos públicos do Governo, como a Seppir e a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, não se manifestaram mais sobre o tema.
Incidente diplomático
Segundo o advogado processualista de Brasília, Renato Borges Rezende, da ONG ABC sem Racismo, a decisão do Ministério Público, que não ofereceu ainda a denúncia é questionável. “O MP já tem elementos para apresentar a denúncia contra os acusados. Já há nos autos provas suficientes para fundamentar uma denúncia”, afirmou.
Segundo Rezende desde a primeira investigação da Polícia Federal, “já havia nos autos relatórios conclusivos conclusivos identificando quem seriam os autores e já há certamente elementos suficientes para o oferecimento da denúncia”.“A denúncia é apenas uma peça inicial e, infelizmente o MP ainda não tomou uma iniciativa positiva para que a Justiça possa atuar”, concluiu.
Prisão Preventiva
O delegado Francisco Serra Azul, que terminou a investigação no dia 31 de agosto de 2.007, indiciou os acusados em vários artigos do Código Penal e no artigo 20 da Lei 7.716, alterada pela Lei 9.459/97 que trata de crimes de discriminação racial e chegou a pedir a prisão preventiva dos acusados, lembrando que “ a aparente normalidade e descaso com que são tratados os incidentes, estimulam a sua perpretação de forma reiterada e crescente, havendo a necessidade de segregação cautelar dos principais autores para garantia da ordem pública”. A Justiça, contudo, negou o pedido.
No inquérito, o estudante Wagner Guimarães é apontado como líder do grupo atribuindo ao estudante “alto poder de liderança e intimidação dos colegas.
O delegado também acusou a reitoria da UnB de inércia e o decano Reynaldo Felipe Tarelho, à época responsável pelo alojamento e já afastado do cargo de ter sido “criminosamente omisso e conivente” e que no relato dos fatos à reitoria, teria comportamento que dava a impressão de tratamento especial a Wagner”.
Os estudantes africanos de países como Nigéria, Guiné Bissau e Senegal, bolsistas da UnB por conta do convênio do Governo brasileiro com seus países, foram atacados enquanto dormiam na madrugada de 28 de março de 2007. Quatro apartamentos, onde moravam na Casa dos Estudantes, na Asa Norte, foram incendiados e o caso ganhou repercussão internacional.
Os estudantes Roosevelt Reis, vulgo Russo, José Francisco Rodrigues de Araújo, mais conhecido como Nazista, e Wagner Guimarães Guedes, foram apontados pela Polícia Federal como os autores do atentado. Ninguém foi preso.
Estaca zero
A investigação, depois de concluída, voltou à estaca zero no início deste ano por determinação do juiz substituto da 10ª Vara Federal, Ricardo Augusto Soares Leite, que pediu a realização de novas diligências. O delegado que presidiu o inquérito, Francisco Serra Azul, disse não haver quaisquer dúvidas sobre a autoria do crime.
Os três acusados continuam a viver normalmente e também não tiveram qualquer punição administrativa da universidade, embora o reitor à época Timothy Mulhohand – afastado da direção da UnB, em abril deste ano, acusado de desvio de recursos públicos e improbidade administrativa – ter prometido que a Universidade tomaria essa providência.
O afastamento do reitor aconteceu de uma revolta dos estudantes que ocuparam o campus da UnB por dias.Russo, Nazista e Guedes têm se beneficiado também do silêncio da mídia em relação ao caso – que chegou a ser tratado como um incidente diplomático por causa da repercussão que teve nos países de origem dos estudantes, provocando uma Nota Oficial do Itamarati. O silêncio da mídia não é isolado: as entidades negras de Brasília e órgãos públicos do Governo, como a Seppir e a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, não se manifestaram mais sobre o tema.
Incidente diplomático
Segundo o advogado processualista de Brasília, Renato Borges Rezende, da ONG ABC sem Racismo, a decisão do Ministério Público, que não ofereceu ainda a denúncia é questionável. “O MP já tem elementos para apresentar a denúncia contra os acusados. Já há nos autos provas suficientes para fundamentar uma denúncia”, afirmou.
Segundo Rezende desde a primeira investigação da Polícia Federal, “já havia nos autos relatórios conclusivos conclusivos identificando quem seriam os autores e já há certamente elementos suficientes para o oferecimento da denúncia”.“A denúncia é apenas uma peça inicial e, infelizmente o MP ainda não tomou uma iniciativa positiva para que a Justiça possa atuar”, concluiu.
Prisão Preventiva
O delegado Francisco Serra Azul, que terminou a investigação no dia 31 de agosto de 2.007, indiciou os acusados em vários artigos do Código Penal e no artigo 20 da Lei 7.716, alterada pela Lei 9.459/97 que trata de crimes de discriminação racial e chegou a pedir a prisão preventiva dos acusados, lembrando que “ a aparente normalidade e descaso com que são tratados os incidentes, estimulam a sua perpretação de forma reiterada e crescente, havendo a necessidade de segregação cautelar dos principais autores para garantia da ordem pública”. A Justiça, contudo, negou o pedido.
No inquérito, o estudante Wagner Guimarães é apontado como líder do grupo atribuindo ao estudante “alto poder de liderança e intimidação dos colegas.
O delegado também acusou a reitoria da UnB de inércia e o decano Reynaldo Felipe Tarelho, à época responsável pelo alojamento e já afastado do cargo de ter sido “criminosamente omisso e conivente” e que no relato dos fatos à reitoria, teria comportamento que dava a impressão de tratamento especial a Wagner”.
Jundiaí volta atrás e acata Lei de Cotas
Jundiaí – Depois de simplesmente ignorar a Lei que reserva 20% das vagas para afrodescendentes no serviço público, o Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Jundiaí, empresa controlada pela Prefeitura, que cuida do saneamento básico, sob pressão do Movimento Negro, voltou atrás e adiou as provas do concurso público para preenchimento de 143 vagas, marcadas para o dia 21 de deste mês.
Com a decisão da Prefeitura de mandar novo projeto, o edital do concurso será revisto e as inscrições reiniciadas.
A Lei de Jundiaí – a 5.745 de 14 de fevereiro de 2.002 - é considerada a pioneira na adoção de Cotas no serviço público do país, juntamente com a de Cubatão, que também este ano foi ignorada pela Prefeitura em concurso público.
No caso de Cubatão, a revisão só aconteceu depois de decisão judicial nesse sentido.Reação negraO descumprimento da Lei pelo DAE de Jundiaí provocou a reação indignada de militantes negros, liderados pelo advogado Eginaldo Marcos Honório, que procurou o Ministério Público e a Câmara Municipal.
No Legislativo foi entregue moção de repúdio aos vereadores.
A Lei diz, em seu primeiro artigo que “o provimento de cargos nos órgãos e entidades da administração direta, indireta e fundacional (...) far-se-á com reserva com reserva de 20% para afrodescendentes".Inicialmente, porém, o DAE, tentou alegar que, por ser uma empresa de economia mista, não se enquadrava na lei das Cotas, que fala em cargo público e não emprego. Posteriormente, em Nota Oficial, a empresa reconheceu o erro e, após reuniões com a Secretaria dos Negócios Jurídicos da Prefeitura ficou acertada a revisão do edital e o envio em caráter de urgência de projeto acrescentando a palavra empregos públicos. “Eles reconheceram que estavam errados”, afirmou Eginaldo.
Segundo ele, não houve tempo para que as pessoas obtivessem informações sobre o concurso. "O processo foi anunciado no dia 19, véspera do feriado de Consciência Negra, e as inscrições começaram já na segunda, dia 24." Para a assistente social Maria Aparecida Carlos, o “equívoco” do DAE coloca em questão a própria credibilidade do concurso. "Nenhum de nós vai participar deste concurso, mas de nada adianta haver uma lei se eles mesmos não vão cumpri-la", disse indignada.
Pela Lei de Cotas, nos cargos em que houver cinco vagas, pelo menos uma deverá ser reservada a quem se auto-declare preta ou parda, portanto, negra. O concurso tem validade de dois anos.
Fonte : afropress 04/12/2008
Com a decisão da Prefeitura de mandar novo projeto, o edital do concurso será revisto e as inscrições reiniciadas.
A Lei de Jundiaí – a 5.745 de 14 de fevereiro de 2.002 - é considerada a pioneira na adoção de Cotas no serviço público do país, juntamente com a de Cubatão, que também este ano foi ignorada pela Prefeitura em concurso público.
No caso de Cubatão, a revisão só aconteceu depois de decisão judicial nesse sentido.Reação negraO descumprimento da Lei pelo DAE de Jundiaí provocou a reação indignada de militantes negros, liderados pelo advogado Eginaldo Marcos Honório, que procurou o Ministério Público e a Câmara Municipal.
No Legislativo foi entregue moção de repúdio aos vereadores.
A Lei diz, em seu primeiro artigo que “o provimento de cargos nos órgãos e entidades da administração direta, indireta e fundacional (...) far-se-á com reserva com reserva de 20% para afrodescendentes".Inicialmente, porém, o DAE, tentou alegar que, por ser uma empresa de economia mista, não se enquadrava na lei das Cotas, que fala em cargo público e não emprego. Posteriormente, em Nota Oficial, a empresa reconheceu o erro e, após reuniões com a Secretaria dos Negócios Jurídicos da Prefeitura ficou acertada a revisão do edital e o envio em caráter de urgência de projeto acrescentando a palavra empregos públicos. “Eles reconheceram que estavam errados”, afirmou Eginaldo.
Segundo ele, não houve tempo para que as pessoas obtivessem informações sobre o concurso. "O processo foi anunciado no dia 19, véspera do feriado de Consciência Negra, e as inscrições começaram já na segunda, dia 24." Para a assistente social Maria Aparecida Carlos, o “equívoco” do DAE coloca em questão a própria credibilidade do concurso. "Nenhum de nós vai participar deste concurso, mas de nada adianta haver uma lei se eles mesmos não vão cumpri-la", disse indignada.
Pela Lei de Cotas, nos cargos em que houver cinco vagas, pelo menos uma deverá ser reservada a quem se auto-declare preta ou parda, portanto, negra. O concurso tem validade de dois anos.
Fonte : afropress 04/12/2008
sábado, 6 de dezembro de 2008
AGORA É SERIO!
NEGROS GARANTEM NA JUSTIÇA A RESERVA DE COTAS NO CONCURSO
Foi preciso ingressar na justiça para garantir a reserva de Cotas no concurso publico realizado pela prefeitura de Cachoeira do Sul para o cargo de Fiscal de Obras foi julgada na ultima quinta feira dia 04/12 pela 3ª Câmara Cível e obteve a preliminar de decadência que extinguiu o processo sem o julgamento do mérito. A noticia revelada pela Advogada Simone Nunes e divulgada pelo jornal o Correio no dia de hoje nos deixa com esperança de ver nosso objetivo cumprido que era do cumprimento do edital do concurso que previa 30% da vagas destinadas a Afro descendentes.
Conforme a Advogada Simone Nunes, a ação interposta pelo executivo Municipal deu ganho de causa e assim os negros aprovados assumirão seu cargos , o gravo impetrado pela prefeitura deu animo a mais para ela continuar na luta pelo direito de seus clientes, como todos serão julgados pela mesma câmara provavelmente o resultado será o mesmo.
A advogada ressalta que existem dois processos interposto por ela, "vencemos o primeiro obstáculo agora vamos esperar e pensar positivo para os próximos". Simone destaca que o agravo foi julgado e teve unanimidade na decisão, "o que prova que temos chances também de vencer nas próximas", finaliza Simone.
Essa foi uma de nossas primeiras vitorias aqui em Cachoeira , não vamos parar por aqui temos metas a cumprir, lutar pelos nossos direitos é primordial , com certeza essa conquista terá reflexos em outros setores de nossa comunidade.
Luciano Ramos
Foi preciso ingressar na justiça para garantir a reserva de Cotas no concurso publico realizado pela prefeitura de Cachoeira do Sul para o cargo de Fiscal de Obras foi julgada na ultima quinta feira dia 04/12 pela 3ª Câmara Cível e obteve a preliminar de decadência que extinguiu o processo sem o julgamento do mérito. A noticia revelada pela Advogada Simone Nunes e divulgada pelo jornal o Correio no dia de hoje nos deixa com esperança de ver nosso objetivo cumprido que era do cumprimento do edital do concurso que previa 30% da vagas destinadas a Afro descendentes.
Conforme a Advogada Simone Nunes, a ação interposta pelo executivo Municipal deu ganho de causa e assim os negros aprovados assumirão seu cargos , o gravo impetrado pela prefeitura deu animo a mais para ela continuar na luta pelo direito de seus clientes, como todos serão julgados pela mesma câmara provavelmente o resultado será o mesmo.
A advogada ressalta que existem dois processos interposto por ela, "vencemos o primeiro obstáculo agora vamos esperar e pensar positivo para os próximos". Simone destaca que o agravo foi julgado e teve unanimidade na decisão, "o que prova que temos chances também de vencer nas próximas", finaliza Simone.
Essa foi uma de nossas primeiras vitorias aqui em Cachoeira , não vamos parar por aqui temos metas a cumprir, lutar pelos nossos direitos é primordial , com certeza essa conquista terá reflexos em outros setores de nossa comunidade.
Luciano Ramos
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Seminário da Cojira-AL discute presença afro na mídia
A Comissão de jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira/AL) foi criada no dia 24 de novembro de 2007, pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal) e para comemorar um ano de atuação, divulgando as manifestações afros do Estado, realizou no auditório do espaço Linda Mascarenhas, no último dia 29, um seminário abordando temas polêmicos sobre a presença negra na mídia brasileira, além de proporcionar aos participantes momentos de integração, por meio de um almoço no bar da comunicação - que teve a apresentação da banda Civilização Roots - e uma visita ao Quilombo dos Palmares.
O evento contou com a participação do professor de comunicação da Universidade Federal de Brasília (Unb), Nelson Inocêncio e ainda, com a cientista social e mestra em educação pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Ana Claudia Laurindo, a ialorixá e coordenadora do Grupo União Espírita Santa Bárbara (Guesb), Neide Martins e o advogado e presidente da Comissão de Defesa das Minorias Étnico-Sociais da Ordem dos advogados do Brasil (OAB-AL), Alberto Jorge Ferreira.
O evento contou com a participação do professor de comunicação da Universidade Federal de Brasília (Unb), Nelson Inocêncio e ainda, com a cientista social e mestra em educação pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Ana Claudia Laurindo, a ialorixá e coordenadora do Grupo União Espírita Santa Bárbara (Guesb), Neide Martins e o advogado e presidente da Comissão de Defesa das Minorias Étnico-Sociais da Ordem dos advogados do Brasil (OAB-AL), Alberto Jorge Ferreira.
Professora da rede pública do DF ganha prêmio ao ensinar a cultura afro
A professora Nádia Maria Rodrigues, 40 anos, tinha o hábito de alisar os cabelos negros desde criança. Nesse período, não percebia que os termos ovelha e lista negra diziam respeito à raça e à cor de sua pele.
Nem imaginava o quanto existia de preconceito e como era deficiente o ensino da cultura afro nas escolas. Nádia trabalha como professora há 22 anos. Começou a estudar a cultura dos antepassados há pouco mais de um ano. O resultado já deu frutos.
Ela recebe hoje, do Ministério da Educação (MEC), o Prêmio Professores do Brasil, dedicado aos educadores que trabalharam temas importantes da cultura brasileira com criatividade e tiveram resultados interessantes com os alunos. É a única professora do Distrito Federal a receber a premiação."Nós, negros, não temos uma representação positiva. E isso passa para as crianças. Percebi isso e senti a necessidade de trabalhar a cultura afro na escola", afirma a professora, que dá aulas para crianças da 3ª série do ensino básico, com idade média de 8 anos. Ela abordou cinco temas diferentes: identidade negra; formação do povo brasileiro; falta de personagens negros na cultura, como heróis, fadas, anjos etc.; expressões preconceituosas utilizadas no cotidiano e a história da relação de poder entre negros e brancos. Para isso, usou livros, atlas, máscaras típicas e música.
O resultado com os alunos surpreendeu a professora. Ela recebeu relatos dos pais dizendo que estavam aprendendo muito com os filhos. As crianças a procuravam para contar como tinham negros nos shows que haviam ido. E, o que a deixou mais contente, foi perceber que muitos estudantes negros, que no início tinham vergonha de assumir a identidade afro, chegaram ao fim do ano orgulhosos da cor da própria pele. De quebra, aprenderam a criar máscaras africanas, que a professora orgulhosamente expôs no local onde os projetos premiados pelo MEC estavam sendo apresentados.
O trabalho de valorização da cultura negra é obrigatório na educação brasileira desde 2003, quando foi publicada a Lei nº 10.639. Mas o que o decreto não previu era que, antes, seria necessária uma preparação dos professores para tratar o tema. "Muitas vezes os próprios professores incorporam o preconceito e não sabem como agir. Ações como as da professora Nádia não deveriam ser isoladas, e sim uma regra na educação", afirma a professora da UnB Glória Moura, doutora em educação pela Universidade de São Paulo (USP) e especialista em relações étnico- raciais.
De acordo com Glória, atividades que trabalhem o tema da identidade cultura negra são muito importantes. "Muito do preconceito nasce do desconhecimento, e esses alunos desconheciam a cultura afro, o que podia gerar preconceito", diz. Segundo ela, não há como pensar o povo brasileiro sem levar em conta a cultura africana na formação da nossa identidade nacional. Mas ela lembra que ainda falta muito a avançar. "O negro sempre está numa relação pior. Não há igualdade de oportunidades. O país ainda não aceita a miscigenação."Após se envolver com o projeto, a professora Nádia assumiu o cabelo crespo. Percebeu também que existia muito mais preconceito do que imaginava. Sentiu, como nunca, a necessidade de mostrar aos outros professores a importância do estudo da cultura afro. "Em nenhuma das escolas em que trabalhei a cultura negra era trabalhada no currículo escolar", lembra. Agora, com o prêmio de R$ 5 mil, pretende viajar e conhecer mais o universo com que trabalha. "Quero ir para Angola e aprender mais sobre a África."Na apresentação que fez aos outros 30 professores premiados, ela finaliza com um poema de Maria Helena Vargas da Silveira: "As pedras que nos machucam vêm por trás, são atiradas/ Por favor educador!/ Conscientiza teus alunos,/ Que as pedras machucam,/ Não importa a direção./ E não ignore a pedrada,/ Por que ela existe,/ Por que persiste./E precisa,/E necessita,/ Ser trabalhada".
Nem imaginava o quanto existia de preconceito e como era deficiente o ensino da cultura afro nas escolas. Nádia trabalha como professora há 22 anos. Começou a estudar a cultura dos antepassados há pouco mais de um ano. O resultado já deu frutos.
Ela recebe hoje, do Ministério da Educação (MEC), o Prêmio Professores do Brasil, dedicado aos educadores que trabalharam temas importantes da cultura brasileira com criatividade e tiveram resultados interessantes com os alunos. É a única professora do Distrito Federal a receber a premiação."Nós, negros, não temos uma representação positiva. E isso passa para as crianças. Percebi isso e senti a necessidade de trabalhar a cultura afro na escola", afirma a professora, que dá aulas para crianças da 3ª série do ensino básico, com idade média de 8 anos. Ela abordou cinco temas diferentes: identidade negra; formação do povo brasileiro; falta de personagens negros na cultura, como heróis, fadas, anjos etc.; expressões preconceituosas utilizadas no cotidiano e a história da relação de poder entre negros e brancos. Para isso, usou livros, atlas, máscaras típicas e música.
O resultado com os alunos surpreendeu a professora. Ela recebeu relatos dos pais dizendo que estavam aprendendo muito com os filhos. As crianças a procuravam para contar como tinham negros nos shows que haviam ido. E, o que a deixou mais contente, foi perceber que muitos estudantes negros, que no início tinham vergonha de assumir a identidade afro, chegaram ao fim do ano orgulhosos da cor da própria pele. De quebra, aprenderam a criar máscaras africanas, que a professora orgulhosamente expôs no local onde os projetos premiados pelo MEC estavam sendo apresentados.
O trabalho de valorização da cultura negra é obrigatório na educação brasileira desde 2003, quando foi publicada a Lei nº 10.639. Mas o que o decreto não previu era que, antes, seria necessária uma preparação dos professores para tratar o tema. "Muitas vezes os próprios professores incorporam o preconceito e não sabem como agir. Ações como as da professora Nádia não deveriam ser isoladas, e sim uma regra na educação", afirma a professora da UnB Glória Moura, doutora em educação pela Universidade de São Paulo (USP) e especialista em relações étnico- raciais.
De acordo com Glória, atividades que trabalhem o tema da identidade cultura negra são muito importantes. "Muito do preconceito nasce do desconhecimento, e esses alunos desconheciam a cultura afro, o que podia gerar preconceito", diz. Segundo ela, não há como pensar o povo brasileiro sem levar em conta a cultura africana na formação da nossa identidade nacional. Mas ela lembra que ainda falta muito a avançar. "O negro sempre está numa relação pior. Não há igualdade de oportunidades. O país ainda não aceita a miscigenação."Após se envolver com o projeto, a professora Nádia assumiu o cabelo crespo. Percebeu também que existia muito mais preconceito do que imaginava. Sentiu, como nunca, a necessidade de mostrar aos outros professores a importância do estudo da cultura afro. "Em nenhuma das escolas em que trabalhei a cultura negra era trabalhada no currículo escolar", lembra. Agora, com o prêmio de R$ 5 mil, pretende viajar e conhecer mais o universo com que trabalha. "Quero ir para Angola e aprender mais sobre a África."Na apresentação que fez aos outros 30 professores premiados, ela finaliza com um poema de Maria Helena Vargas da Silveira: "As pedras que nos machucam vêm por trás, são atiradas/ Por favor educador!/ Conscientiza teus alunos,/ Que as pedras machucam,/ Não importa a direção./ E não ignore a pedrada,/ Por que ela existe,/ Por que persiste./E precisa,/E necessita,/ Ser trabalhada".
Advogado diz ser perseguido por acusar racismo em juiz
S. Paulo – O Tribunal de Justiça de S. Paulo decidiu nesta quarta-feira (03/12), por meio do seu órgão Especial, devolver a 7ª Câmara Criminal os dois habeas corpus impetrados pelo advogado José Roberto Militão, em que o mesmo pede o direito de produzir provas contra o juiz Renato Corrêa Meyer Marino, da 6ª Vara Regional Cível de Santana, a quem acusa de atitude racista numa petição judicial, e para não ser indiciado criminalmente em inquérito policial instaurado a pedido do mesmo juiz.
Trata-se, segundo o advogado, de mais um capítulo de uma longa novela iniciada em 2.004, quando, numa petição judicial, acusou o magistrado de racismo. Militão diz estar sofrendo, desde então, uma campanha de retaliações do juiz, que passou a acionar a máquina do Judiciário contra ele.
Campanha
O advogado é militante negro e anti-racista desde a década de 80, quando presidiu o Centro de Estudos das Relações Raciais e do Trabalho (CEERT), dirigido atualmente pelo ex-Secretário de Justiça, Hédio Silva Jr. Por conta da polêmica com o juiz, tornou-se alvo de inquérito policial, no qual deve ser indiciado, de uma ação penal por injúria, calúnia e difamação, de uma representação junto ao Tribunal de Ética da OAB/SP e de uma ação de indenização onde já foi condenado ao pagamento de R$ 7 mil. Posteriormente, o Tribunal de Justiça, julgando o recurso, confirmou a condenação do advogado e aumentou a indenização a ser paga para R$ 20 mil.
Na sessão desta quarta-feira, o órgão especial do Tribunal – formado pelos 25 desembargadores mais antigos – decidiu por unanimidade que o caso deve ser tratado pela 7ª Câmara Criminal, o que, segundo Militão foi uma decisão que não o favorece, uma vez que, anteriormente, a própria Câmara havia encaminhado o habeas corpus para julgamento no órgão especial. “Todo esse vaivém acaba resultando em desgaste emocional e custos”, desabafou o advogado.
Até o momento o juiz ganhou todas, com exceção da representação no Tribunal de Ética, em que Militão foi absolvido pelos seus pares da OAB.
Segundo o Tribunal de Ética da Ordem ele apenas usou a prerrogativa de advogado quando, numa petição, considerou a opinião do juiz Meyer Marino em um despacho a favor do Colégio Salesiano, “imprestável e desprezível” e que o mesmo havia se aliado “aos critérios racistas da instituição”. Afropress não conseguiu localizar o juiz Meyer Marino para falar sobre o caso.
Entenda o caso–
As retaliações do juiz começaram, segundo Militão, quando ele entrou com uma ação contra o Colégio Salesianos pedindo bolsas de estudos para os dois filhos, ambos afrodescendentes e alunos da instituição, baseado na defesa da adoção de ações afirmativas e no fato de que a Escola, não estaria cumprindo o percentual de 20% previsto na Lei.
O caso que no início tramitou pelo Juizado da Infância e da Adolescência, portanto, em segredo de Justiça, acabou na 6ª Vara Civil de Santana, onde o juiz Meyer Marino, ao despachar favoravelmente ao Salesianos, teria tido atitude considerada por Militão de "teor racista". “A par disso, de se ver também - e sobretudo - que no mínimo soa contraditória a pretensão dos autores em prosseguirem seus estudos na instituição demandada, quando, a embasar seus argumentos, imputam à ela prática odiosa de discriminação racial”, escreveu o magistrado.Segundo Militão, o despacho do juiz “foi o mesmo que dizer: “ora, os incomodados que se mudem”. “Com isso autorizava os critérios racistas de exclusões denunciados”, justificou. Até o fim
Inconformado, na petição judicial em que recorreu da sentença disse que o juiz havia externado opinião “imprestável e desprezível e que estava se aliando aos critérios racistas da instituição escolar ré no processo”. A partir daí, segundo ele, passou a sofrer a retaliação do magistrado, que ele denuncia ter caráter de campanha para prejudicá-lo, inclusive, profissionalmente. Segundo o advogado, a campanha passou a ter caráter corporativo, envolvendo outras esferas do Judiciário, e está longe de terminar. “Não vou recuar. Pretendo sustentar as afirmações feitas e estende-las também ao Tribunal, onde não há pretos, como forma de denunciar que as exclusões feitas pelo Colégio Salesiano (é filantrópico, e as bolsas são recursos públicos devidos pela renúncia fiscal), representam ações afirmativas ao contrário, ou seja, para exclusão de oportunidades”, concluiu.
Trata-se, segundo o advogado, de mais um capítulo de uma longa novela iniciada em 2.004, quando, numa petição judicial, acusou o magistrado de racismo. Militão diz estar sofrendo, desde então, uma campanha de retaliações do juiz, que passou a acionar a máquina do Judiciário contra ele.
Campanha
O advogado é militante negro e anti-racista desde a década de 80, quando presidiu o Centro de Estudos das Relações Raciais e do Trabalho (CEERT), dirigido atualmente pelo ex-Secretário de Justiça, Hédio Silva Jr. Por conta da polêmica com o juiz, tornou-se alvo de inquérito policial, no qual deve ser indiciado, de uma ação penal por injúria, calúnia e difamação, de uma representação junto ao Tribunal de Ética da OAB/SP e de uma ação de indenização onde já foi condenado ao pagamento de R$ 7 mil. Posteriormente, o Tribunal de Justiça, julgando o recurso, confirmou a condenação do advogado e aumentou a indenização a ser paga para R$ 20 mil.
Na sessão desta quarta-feira, o órgão especial do Tribunal – formado pelos 25 desembargadores mais antigos – decidiu por unanimidade que o caso deve ser tratado pela 7ª Câmara Criminal, o que, segundo Militão foi uma decisão que não o favorece, uma vez que, anteriormente, a própria Câmara havia encaminhado o habeas corpus para julgamento no órgão especial. “Todo esse vaivém acaba resultando em desgaste emocional e custos”, desabafou o advogado.
Até o momento o juiz ganhou todas, com exceção da representação no Tribunal de Ética, em que Militão foi absolvido pelos seus pares da OAB.
Segundo o Tribunal de Ética da Ordem ele apenas usou a prerrogativa de advogado quando, numa petição, considerou a opinião do juiz Meyer Marino em um despacho a favor do Colégio Salesiano, “imprestável e desprezível” e que o mesmo havia se aliado “aos critérios racistas da instituição”. Afropress não conseguiu localizar o juiz Meyer Marino para falar sobre o caso.
Entenda o caso–
As retaliações do juiz começaram, segundo Militão, quando ele entrou com uma ação contra o Colégio Salesianos pedindo bolsas de estudos para os dois filhos, ambos afrodescendentes e alunos da instituição, baseado na defesa da adoção de ações afirmativas e no fato de que a Escola, não estaria cumprindo o percentual de 20% previsto na Lei.
O caso que no início tramitou pelo Juizado da Infância e da Adolescência, portanto, em segredo de Justiça, acabou na 6ª Vara Civil de Santana, onde o juiz Meyer Marino, ao despachar favoravelmente ao Salesianos, teria tido atitude considerada por Militão de "teor racista". “A par disso, de se ver também - e sobretudo - que no mínimo soa contraditória a pretensão dos autores em prosseguirem seus estudos na instituição demandada, quando, a embasar seus argumentos, imputam à ela prática odiosa de discriminação racial”, escreveu o magistrado.Segundo Militão, o despacho do juiz “foi o mesmo que dizer: “ora, os incomodados que se mudem”. “Com isso autorizava os critérios racistas de exclusões denunciados”, justificou. Até o fim
Inconformado, na petição judicial em que recorreu da sentença disse que o juiz havia externado opinião “imprestável e desprezível e que estava se aliando aos critérios racistas da instituição escolar ré no processo”. A partir daí, segundo ele, passou a sofrer a retaliação do magistrado, que ele denuncia ter caráter de campanha para prejudicá-lo, inclusive, profissionalmente. Segundo o advogado, a campanha passou a ter caráter corporativo, envolvendo outras esferas do Judiciário, e está longe de terminar. “Não vou recuar. Pretendo sustentar as afirmações feitas e estende-las também ao Tribunal, onde não há pretos, como forma de denunciar que as exclusões feitas pelo Colégio Salesiano (é filantrópico, e as bolsas são recursos públicos devidos pela renúncia fiscal), representam ações afirmativas ao contrário, ou seja, para exclusão de oportunidades”, concluiu.
Atriz Solange Couto sofre isquemia em Goiás
Goiânia – A atriz Solange Couto, da novela “Três Irmãs”, da Rede Globo, está internada desde domingo (30/11), na Clínica Santa Mônica, de Goiânia. Segundo o médico responsável pela Clínica, Durval Peixoto de Deus, Solange, que sofreu uma isquemia cerebral, está bem, porém, não tem previsão de alta.A atriz, que foi uma das mulatas do Sargentelli, nos anos 70, ficou conhecida na Televisão como a Dona Jura, personagem da novela O Clone, considerado um de seus maiores sucessos. Na trama, Dona Jura era dona de um bar e em uma das cenas recebeu a visita de Sargentelli. Emocionado com o encontro, Sargentelli sentiu-se mal, foi levado dos estúdios do Projac para um Hospital e morreu de enfarte agudo no dia seguinte – 13 de abril de 2.002.Solange Couto participou ainda das novelas América, Da Cor do Pecado, Começar de Novo, Kubanacan, e da minissérie Chiquinha Gonzaga, entre outras. Recentemente, na vida real, depois de ser barrada por várias vezes na porta giratória de uma agência da Nossa Caixa no Rio, perguntou ao guarda o que mais faltava ela tirar para poder entrar no banco e quando este respondeu – a roupa - ela não teve dúvidas: tirou a bermuda e ficou de calcinhas. O caso terminou na Polícia, com a atriz dando queixa por constrangimentos.
PM destrói Escola de Jongo da Serrinha
Rio – Dirigentes da Escola de Jongo do Grupo Cultural Jongo da Serrinha – um dos símbolas da preservação da memória e das tradições jongueira e do samba carioca – querem ampliar para todo o país, a denúncia da destruição da Escola pela Polícia do Rio, em mais uma das invasões de morro determinadas pela Secretaria de Segurança para prender traficantes. A comunidade da Serrinha fica em Madureira. A ação da Polícia aconteceu na sexta-feira quando a escola foi invadida e, segundo a coordenadora executiva da ONG, Dyone Chaves Boy, teve armários revirados e móveis destruídos. A invasão provocou a indignação do presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolecescente do Rio, desembargador Ciro. “Essa rara escola de cultura e tradição acaba de ser destruída pela incompetência dos policiais do Senhor Beltrame que sob pretexto de combater a violência, usando da mesma, deixou órfãos crianças e jovens que mesmo tendo sido roubados em seus direitos fundamentais de cidadania, porque lá o governo não chega com creches, educação, saneamento básico, se dedicavam a preservação de sua cultura e arte, mas tal qual o exército nazista foram atacados por fuzis e armas pesadas, enquanto se defendiam com sua chupetas, mamadeiras e o som de seus jongos e instrumentos. Até quando, Governador, insistirão nessa política de desrespeito ás crianças do Rio de Janeiro. Não seria a hora de usar um pouco de respeito e inteligência?”, indagou Darlan.
Berço do sambaO Jongo da Serrinha é um dos mais tradicionais grupos de cultura do país tendo recebido diversos prêmios por seu trabalho artístico e social. Com 40 anos de história, o grupo de Madureira foi fundado por Mestre Darcy e sua mãe, Vovó Maria Joana Rezadeira que, preocupados com a extinção do jongo na cidade, transformaram a antiga dança praticada nos quintais da Serrinha num espetáculo. O Morro da Serrinha, localizado na zona norte do município do Rio de Janeiro, é uma comunidade urbana com aproximadamente 5.000 moradores na sua maioria negros.Com cerca de 110 anos de existência, a Serrinha é uma das primeiras favelas do país, tendo recebido no início do século passado um enorme contingente de escravos negros recém-alforriados. Os moradores da Serrinha constituíram um núcleo religioso e cultural potencial, visitado não só pelos moradores das cidades próximas, como também por jornalistas, artistas e turistas de vários pontos do Estado do Rio, do Brasil e exterior, interessados em cultura e tradições afro-brasileiras. HerançaO Jongo é uma herança cultural trazida pelos negros bantos que vieram da região do Congo-Angola, na África, para as fazendas de café do Vale do Paraíba no século 19 que ficou preservado na região. Graças a uma iniciativa do grupo, o ritmo foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em 2005, como o primeiro Bem Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. Ao transformar a antiga dança de roda num espetáculo, Mestre Darcy e Vovó Maria inovaram ao introduzir violão e cavaquinho no jongo e ao ensinar crianças a dançar, antigamente só permitido aos "cabeça branca", criando uma nova referência do jongo na cidade e garantindo sua sobrevivência no contexto da globalização.Em 2000, o grupo criou a ONG Grupo Cultural Jongo da Serrinha (GCJS) para desenvolver estratégias de preservação da memória da comunidade Serrinha e do jongo e de educação e capacitação profissional para jovens e crianças, através da Escola de Jongo (EJ). Recebeu diversos prêmios entre eles o Escola Viva (2007), Cultura Nota Dez (2006), Cultura Viva (2006), Itaú-Unicef (2007 e 2005), Petrobrás Rival BR (2002), Orilaxé (2002) e o prêmio mais importante do Ministério da Cultura, a Medalha de Ordem ao Mérito Cultural (2003).
Berço do sambaO Jongo da Serrinha é um dos mais tradicionais grupos de cultura do país tendo recebido diversos prêmios por seu trabalho artístico e social. Com 40 anos de história, o grupo de Madureira foi fundado por Mestre Darcy e sua mãe, Vovó Maria Joana Rezadeira que, preocupados com a extinção do jongo na cidade, transformaram a antiga dança praticada nos quintais da Serrinha num espetáculo. O Morro da Serrinha, localizado na zona norte do município do Rio de Janeiro, é uma comunidade urbana com aproximadamente 5.000 moradores na sua maioria negros.Com cerca de 110 anos de existência, a Serrinha é uma das primeiras favelas do país, tendo recebido no início do século passado um enorme contingente de escravos negros recém-alforriados. Os moradores da Serrinha constituíram um núcleo religioso e cultural potencial, visitado não só pelos moradores das cidades próximas, como também por jornalistas, artistas e turistas de vários pontos do Estado do Rio, do Brasil e exterior, interessados em cultura e tradições afro-brasileiras. HerançaO Jongo é uma herança cultural trazida pelos negros bantos que vieram da região do Congo-Angola, na África, para as fazendas de café do Vale do Paraíba no século 19 que ficou preservado na região. Graças a uma iniciativa do grupo, o ritmo foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em 2005, como o primeiro Bem Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. Ao transformar a antiga dança de roda num espetáculo, Mestre Darcy e Vovó Maria inovaram ao introduzir violão e cavaquinho no jongo e ao ensinar crianças a dançar, antigamente só permitido aos "cabeça branca", criando uma nova referência do jongo na cidade e garantindo sua sobrevivência no contexto da globalização.Em 2000, o grupo criou a ONG Grupo Cultural Jongo da Serrinha (GCJS) para desenvolver estratégias de preservação da memória da comunidade Serrinha e do jongo e de educação e capacitação profissional para jovens e crianças, através da Escola de Jongo (EJ). Recebeu diversos prêmios entre eles o Escola Viva (2007), Cultura Nota Dez (2006), Cultura Viva (2006), Itaú-Unicef (2007 e 2005), Petrobrás Rival BR (2002), Orilaxé (2002) e o prêmio mais importante do Ministério da Cultura, a Medalha de Ordem ao Mérito Cultural (2003).
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