Brasília - A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) discorda da emenda feita na Câmara que introduziu o critério de renda no Projeto das cotas de acesso às Universidades Federais e Escolas Técnicas.
Pela emenda 50% das vagas dos alunos das escolas públicas devem ser reservadas a estudantes de famílias com renda mensal de 1,5 salário mínimo per capita.Segundo a senadora, a reserva para estudantes que cursaram escolas públicas já contempla os alunos de famílias pobres. “O critério de corte por renda vai restringir o acesso dos estudantes”, afirmou.
Na mesma direção, o senador Cristavam Buarque (PDT-DF), historicamente favorável as ações afirmativas, disse que a introdução do critério sócio econômico é uma forma de enganar a população. "É uma cota enganosa para desviar o assunto e dizer que, agora, os pobres podem entrar na universidade. Vai beneficiar muito pouco", criticou. O projeto das cotas, foi aprovado pela Câmara no dia 20 de novembro – Dia Nacional da Consciência Negra – e a emenda para incluir o critério de renda é de autoria do ex-ministro da Educação Paulo Renato, que é contrário as cotas para negros e indígenas.
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