Quem sou eu
- ASSOCIAÇÃO CACHOEIRENSE DA CULTURA AFRO BRASILEIRA
- Cachoeira do Sul, Rs, Brazil
- Fundada em 19 de Junho de 2000, com objetivo de pesquisar, resgatar e incentivar a cultura e os costumes da raça negra através de atividades recreativas,desportivas e filantrópicas no seio no seu quadro social da comunidade em geral, trabalhar pela ascensão social, econômica e politica da etnia negra, no Municipio, Estado e no Pais.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
BANDA SAMÔA E CHEIRO DE SAMBA RETORNAM AO PALCO
Dia 08 de Janeiro de 2011
local Grêmio Náutico Tamandaré
o melhor do PAGODE DOS ANOS 90.
local Grêmio Náutico Tamandaré
o melhor do PAGODE DOS ANOS 90.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Homenagen a João Candido em Rio Pardo
A primeira homenagem ontem na região pelos 100 anos da Revolta da Chibata e, especialmente, ao líder João Cândido, ocorreu no final da manhã na Câmara de Rio Pardo, com a presença do neto João Cândido de Oliveira Neto (Candinho).
O evento contou com a participação de representantes de movimentos sociais do município, Cachoeira do Sul, Porto Alegre e outras localidades. O professor e um dos líderes dos movimentos afro em Encruzilhada do Sul, José Roberto Moreira da Silva (Betinho), entregou ao ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Elói Ferreira de Araújo, um abaixo-assinado do documento de apoio indenizatório pecuniário à família de João Cândido, com cerca de 500 adesões.
Também houve a entrega de várias outras reivindicações.
A presidente da Câmara, Marisete Wietzke de Oliveira, solicitou atenção maior ao quilombo existente na localidade de Rincão dos Negros e o reconhecimento de outros dois: de Pederneiras e Cruz Alta. Também entregou uma cópia do seu projeto que busca a aceleração nos processos de adoção. Observou que as estatísticas mostram que a maioria das crianças nos abrigos são negras.
O representante da comunidade quilombola de Rincão dos Negros, Adair Davi, repassou ao ministro um documento com solicitações de apoio a projetos na área da agricultura.
Um grupo de ex-funcionários municipais de Cachoeira do Sul, admitidos mediante concurso pela lei municipal das cotas e exonerados este ano por uma ação da Justiça, também pediu o apoio do ministro. Explicam que a decisão da Justiça alegou vício de origem da lei, pois foi de autoria da Câmara. Os cotistas querem indenização, alegando erro do Estado.
Livro dos 200 anos
O prefeito de Rio Pardo, Joni Lisboa da Rocha, durante o almoço no Clube Recreativo Rio Pardo Taquari, entregou ao ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Elói Ferreira de Araújo, um exemplar do livro Uma luz para a história do Rio Grande: Rio Pardo 200 anos – cultura, arte e memória. A obra foi produzida a partir de pesquisas e reportagens das equipes da Gazeta do Sul, Editora Gazeta Santa Cruz e Departamento de História e Geografia da Unisc. O lançamento oficial ocorreu em 8 de julho deste ano, no Centro Administrativo do Estado, em Porto Alegre.
Joni da Rocha disse que mostrou ao ministro as páginas do capítulo sobre a escravidão dos negros no Rio Grande do Sul. Araújo se impressionou com as informações detalhadas e chamou a sua equipe para conhecer a publicação. O ministro disse ao prefeito que pretendia ler o livro em sua viagem de retorno a Brasília.
O evento contou com a participação de representantes de movimentos sociais do município, Cachoeira do Sul, Porto Alegre e outras localidades. O professor e um dos líderes dos movimentos afro em Encruzilhada do Sul, José Roberto Moreira da Silva (Betinho), entregou ao ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Elói Ferreira de Araújo, um abaixo-assinado do documento de apoio indenizatório pecuniário à família de João Cândido, com cerca de 500 adesões.
Também houve a entrega de várias outras reivindicações.
A presidente da Câmara, Marisete Wietzke de Oliveira, solicitou atenção maior ao quilombo existente na localidade de Rincão dos Negros e o reconhecimento de outros dois: de Pederneiras e Cruz Alta. Também entregou uma cópia do seu projeto que busca a aceleração nos processos de adoção. Observou que as estatísticas mostram que a maioria das crianças nos abrigos são negras.
O representante da comunidade quilombola de Rincão dos Negros, Adair Davi, repassou ao ministro um documento com solicitações de apoio a projetos na área da agricultura.
Um grupo de ex-funcionários municipais de Cachoeira do Sul, admitidos mediante concurso pela lei municipal das cotas e exonerados este ano por uma ação da Justiça, também pediu o apoio do ministro. Explicam que a decisão da Justiça alegou vício de origem da lei, pois foi de autoria da Câmara. Os cotistas querem indenização, alegando erro do Estado.
Livro dos 200 anos
O prefeito de Rio Pardo, Joni Lisboa da Rocha, durante o almoço no Clube Recreativo Rio Pardo Taquari, entregou ao ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Elói Ferreira de Araújo, um exemplar do livro Uma luz para a história do Rio Grande: Rio Pardo 200 anos – cultura, arte e memória. A obra foi produzida a partir de pesquisas e reportagens das equipes da Gazeta do Sul, Editora Gazeta Santa Cruz e Departamento de História e Geografia da Unisc. O lançamento oficial ocorreu em 8 de julho deste ano, no Centro Administrativo do Estado, em Porto Alegre.
Joni da Rocha disse que mostrou ao ministro as páginas do capítulo sobre a escravidão dos negros no Rio Grande do Sul. Araújo se impressionou com as informações detalhadas e chamou a sua equipe para conhecer a publicação. O ministro disse ao prefeito que pretendia ler o livro em sua viagem de retorno a Brasília.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Dia da Consciência Negra
A Câmara Municipal de Vereadores realizou na sexta-feira dia 19/11, Sessão solene em homenagem ao Dia da Consciência Negra, quando foram homenageados a professora da Escola Dora Abreu, Ana Maria Rodrigues e o Sargento bombeiro, Júlio César Correa da Luz, ex-presidente da Associação Cachoeirense de Cultura Afro, sendo proposição da vereadora Mariana Carlos.( foto da esquerda para direita Bispo Dom Irineu, Professora Ana Maria Rodrigues, Pres. da Camara de Vereadores Oscar Sartorio, Sarg. Julio Cesar Correa da Luz, Luciano Ramos -ACCA, Vereador Neiron Viegas)
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Mais belos negros do RS são de Cachoeira
Três cachoeirenses entraram para a corte de Belezas Negras do Rio Grande do Sul. O coordenador do Grupo de Dança Afro Filhos da Noite, Cássio Maciel, de 25 anos, foi eleito o Mais Belo Negro gaúcho.
A rainha infantil do Carnaval 2010 de Cachoeira do Sul, Ketlyn Ledriane de Oliveira, de 10 anos, conquistou o título de Mais Bela Negra Infantil do estado. Já a atual Mais Bela Negra de Cachoeira do Sul, Jéssica Santos, de 19 anos, conquistou o título de Primeira-princesa Negra do Rio Grande do Sul.
Cachoeira do Sul também trouxe o título de Melhor Grupo de Dança Afro do estado. A mais bela negra estadual de 2010 é da cidade de Venâncio Aires. Ela recebeu a faixa de sua antecessora, a cachoei-rense Sirlei Aparecida Lopes Cruz, que ostentou o título no ano passado
Semana da Consciência Negra de Cachoeira do Sul 2010
Reconhecido no ano passado pelo governo brasileiro como um dos heróis negros, o marinheiro João Cândido, natural de Encruzilhada do Sul, que no começo do século passado liderou o movimento que ficou conhecido como Revolta da Chibata, será um dos destaques da Semana Municipal da Consciência Negra de Cachoeira do Sul.
As atividades da Semana da Consciência Negra, que transcorrerá de 13 a 21 de novembro, culminará com kizomba na praça José Bonifácio.
De acordo com o presidente da Associação Cachoeirense da Cultura Afro-brasileira (Acca), Luciano Ramos, além do Almirante Negro, serão lembrados também os negros que foram massacrados por tropas federais no final da Revolução Farroupilha, no episódio que entrou para a história como a chacina dos voluntários e lanceiros negros denominado como Massacre de Porongos. O fato ocorreu no Cerro dos Porongos, no interior do município de Pinheiro Machado, que tornou-se um dos pontos de referência da luta do povo negro gaúcho.
Um dos objetivos da divulgação dos fatos históricos é reforçar o apelo feito pelo movimento negro Brasileiro que defende a indenização aos familiares dos negros assassinados. Na Sexta-Feira dia 05 reuniran-se representantes de outras entidades ligadas à consciência negra na sede da Coordenadoria da Igualdade Racial, no qual ficou definido o calendário de atividades da semana.
As atividades da Semana da Consciência Negra, que transcorrerá de 13 a 21 de novembro, culminará com kizomba na praça José Bonifácio.
De acordo com o presidente da Associação Cachoeirense da Cultura Afro-brasileira (Acca), Luciano Ramos, além do Almirante Negro, serão lembrados também os negros que foram massacrados por tropas federais no final da Revolução Farroupilha, no episódio que entrou para a história como a chacina dos voluntários e lanceiros negros denominado como Massacre de Porongos. O fato ocorreu no Cerro dos Porongos, no interior do município de Pinheiro Machado, que tornou-se um dos pontos de referência da luta do povo negro gaúcho.
Um dos objetivos da divulgação dos fatos históricos é reforçar o apelo feito pelo movimento negro Brasileiro que defende a indenização aos familiares dos negros assassinados. Na Sexta-Feira dia 05 reuniran-se representantes de outras entidades ligadas à consciência negra na sede da Coordenadoria da Igualdade Racial, no qual ficou definido o calendário de atividades da semana.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Estatuto da Igualdade Racial em debate
O senador Paulo Paim, autor do projeto original do Estatuto da Igualdade Racial, sancionado pelo presidente Lula em julho deste ano, será o palestrante do Seminário “O Estatuto da Igualdade Racial – avanços e desafios na superação do racismo no Brasil”. O evento ocorre no dia 4 de novembro, às 19h30min, no Auditório Central da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). A promoção é do Diretório Central de Estudantes da Unisc, com o apoio da Universidade, da Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul e da Comissão Organizadora da Ciranda Afro 2010 de Santa Cruz do Sul. As inscrições são no local, com entrada franca.
O Estatuto, sob forma da Lei Federal nº 12.288/2010, é resultado de décadas de mobilização do movimento negro brasileiro e de outras instituições em defesa de minorias étnicas. Somente em Brasília, foram 10 anos de tramitação. São 65 artigos, contemplando temas como saúde, educação, cultura, habitação e trabalho. O artigo 47 institui o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir) “como forma de organização e de articulação voltadas à implementação do conjunto de políticas e serviços destinados a superar as desigualdades étnicas existentes no País”.
“Talvez o maior avanço do Estatuto seja o reconhecimento oficial da desigualdade racial existente no Brasil, algo escamoteado de diversas formas, mas sempre revelado por inúmeras estatísticas e o cotidiano onde negros e índios vivem em regra nas piores condições socioeconômicas”, avalia Gerusa Bittencourt, acadêmica de Enfermagem e coordenadora do DCE da Unisc.
O objetivo do Seminário é divulgar a legislação e debater a sua aplicação prática na promoção da igualdade racial nas regiões dos Vales do Rio Pardo, Taquari e Jacuí.
Mais informações pelos fones (51) 3717-4151 ou 3717-7320 e através dos e-mails dceunisc@hotmail.com ou proext@unisc.br
O Estatuto, sob forma da Lei Federal nº 12.288/2010, é resultado de décadas de mobilização do movimento negro brasileiro e de outras instituições em defesa de minorias étnicas. Somente em Brasília, foram 10 anos de tramitação. São 65 artigos, contemplando temas como saúde, educação, cultura, habitação e trabalho. O artigo 47 institui o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir) “como forma de organização e de articulação voltadas à implementação do conjunto de políticas e serviços destinados a superar as desigualdades étnicas existentes no País”.
“Talvez o maior avanço do Estatuto seja o reconhecimento oficial da desigualdade racial existente no Brasil, algo escamoteado de diversas formas, mas sempre revelado por inúmeras estatísticas e o cotidiano onde negros e índios vivem em regra nas piores condições socioeconômicas”, avalia Gerusa Bittencourt, acadêmica de Enfermagem e coordenadora do DCE da Unisc.
O objetivo do Seminário é divulgar a legislação e debater a sua aplicação prática na promoção da igualdade racial nas regiões dos Vales do Rio Pardo, Taquari e Jacuí.
Mais informações pelos fones (51) 3717-4151 ou 3717-7320 e através dos e-mails dceunisc@hotmail.com ou proext@unisc.br
Programa de Ação Afirmativa
Programa de Ação Afirmativa
INSTITUTO RIO BRANCO (IRBr)
Carreira Diplomática
Ministério das Relações Exteriores
Instituto Rio Branco
O Instituto Rio Branco (IRBr) e o Conselho Nacional Do Desenvolvimento Científico E Tecnológico (CNPq) estabelecem as normas e tornam pública a realização de Processo Seletivo para o
“Programa de Ação Afirmativa do Instituto Rio Branco – Bolsa-Prêmio de Vocação para a Diplomacia”, que conta com a participação da Secretaria Especial dos Direitos Humanos - SDEH,
da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR - e da Fundação Cultural Palmares - FCP.
Cargo Bolsa-Prêmio de Vocação para a Diplomacia.
Vagas Bolsa-Prêmio de Vocação para a Diplomacia R$25.000,00.
>>> Inscrições <<<
de 08 de novembro a 26 de novembro 2010
Inscrição para concorrer à Bolsa-Prêmio de Vocação para a Diplomacia é gratuita e deverá ser efetuada no período entre 10 horas do dia 8 de novembro de 2010 e 23 horas e 59 minutos do dia 26 de novembro de 2010.
O/a candidato/a deverá preencher ficha cadastral, no endereço eletrônico http://www.cespe.unb.br/concursos/irbrbolsa2010
e remeter via SEDEX, cópias dos documentos exigidos pelo Edital,
INSTITUTO RIO BRANCO (IRBr)
Carreira Diplomática
Ministério das Relações Exteriores
Instituto Rio Branco
O Instituto Rio Branco (IRBr) e o Conselho Nacional Do Desenvolvimento Científico E Tecnológico (CNPq) estabelecem as normas e tornam pública a realização de Processo Seletivo para o
“Programa de Ação Afirmativa do Instituto Rio Branco – Bolsa-Prêmio de Vocação para a Diplomacia”, que conta com a participação da Secretaria Especial dos Direitos Humanos - SDEH,
da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR - e da Fundação Cultural Palmares - FCP.
Cargo Bolsa-Prêmio de Vocação para a Diplomacia.
Vagas Bolsa-Prêmio de Vocação para a Diplomacia R$25.000,00.
>>> Inscrições <<<
de 08 de novembro a 26 de novembro 2010
Inscrição para concorrer à Bolsa-Prêmio de Vocação para a Diplomacia é gratuita e deverá ser efetuada no período entre 10 horas do dia 8 de novembro de 2010 e 23 horas e 59 minutos do dia 26 de novembro de 2010.
O/a candidato/a deverá preencher ficha cadastral, no endereço eletrônico http://www.cespe.unb.br/concursos/irbrbolsa2010
e remeter via SEDEX, cópias dos documentos exigidos pelo Edital,
Abertas inscrições para fórum internacional de diversidade
Entre os dias 25 de outubro e 18 de novembro, estarão abertas inscrições gratuitas para o I Fórum Internacional de Educação, Diversidade e Identidades – Gênero, Raça e Educação nos Países da Diáspora depois de Durban, através do site www.fiedi.com.br.
O evento, dirigido a professores da rede pública municipal e pessoas ligadas a entidades que atuam nas áreas relacionadas ao tema, acontecerános dias 25, 26 e 27 de novembro, no Hotel Pestana (Rio Vermelho).
Os organizadores pretendem reunir cerca de 500 pessoas do Brasil, da Nigéria e dos Estados Unidos em torno de mini-cursos, workshops, mesas de discussões, exposição, lançamento de livros e show de encerramento, onde o tema central será a intersecção de gênero-raça e educação.
Promovido pela Secretaria Municipal de Educação (Secult), através do Fundo Municipal para o Desenvolvimento Humano e Inclusão Educacional de Mulheres Afrodescentes (Fiema) e Coordenadoria de Ensino e Apoio Pedagógico (CENAP), o evento foi idealizado pela Tsedakah – Tecnologia e Humanidades.
Com o Fórum, a Secult pretende multiplicar as discussões e os resultados dentro da rede municipal de educação. Para tanto, todas as propostas retiradas resultarão em recomendações, que nortearão as políticas públicas na capital baiana. "Nosso objetivo é promover a superação das discriminações, sejam elas da ordem do racismo, sexismo ou homofobia”, frisou o secretário Carlos Soares.
Evento:
I Fórum Internacional de Educação, Diversidade e Identidades
Data: 25 a 27 de novembro de 2010
Local: Hotel Pestana - Rua Fonte do Boi, 216 - Rio Vermelho, Salvador (BA)
Mais informações: www.fiedi.com.br
O evento, dirigido a professores da rede pública municipal e pessoas ligadas a entidades que atuam nas áreas relacionadas ao tema, acontecerános dias 25, 26 e 27 de novembro, no Hotel Pestana (Rio Vermelho).
Os organizadores pretendem reunir cerca de 500 pessoas do Brasil, da Nigéria e dos Estados Unidos em torno de mini-cursos, workshops, mesas de discussões, exposição, lançamento de livros e show de encerramento, onde o tema central será a intersecção de gênero-raça e educação.
Promovido pela Secretaria Municipal de Educação (Secult), através do Fundo Municipal para o Desenvolvimento Humano e Inclusão Educacional de Mulheres Afrodescentes (Fiema) e Coordenadoria de Ensino e Apoio Pedagógico (CENAP), o evento foi idealizado pela Tsedakah – Tecnologia e Humanidades.
Com o Fórum, a Secult pretende multiplicar as discussões e os resultados dentro da rede municipal de educação. Para tanto, todas as propostas retiradas resultarão em recomendações, que nortearão as políticas públicas na capital baiana. "Nosso objetivo é promover a superação das discriminações, sejam elas da ordem do racismo, sexismo ou homofobia”, frisou o secretário Carlos Soares.
Evento:
I Fórum Internacional de Educação, Diversidade e Identidades
Data: 25 a 27 de novembro de 2010
Local: Hotel Pestana - Rua Fonte do Boi, 216 - Rio Vermelho, Salvador (BA)
Mais informações: www.fiedi.com.br
ACCA organiza excursão para Santa Cruz do Sul
A ACCA organiza excursão no dia 06/11 para Santa Cruz dso Sul na 26ª Edição do MAIS BELA NEGRA RS, o evento acontecerá no parque da Octoberfest com inicio para as 22hs.
A excursão saira as 20h do Circulo Operario Cachoeirense e custará R$26,00 com ingreso para a festa,
as reservas deverão ser feitas até amanha pelos fones 93311269 com Marcelo, 99954957 Luciano ou 97891165 Maria Helena.
A excursão saira as 20h do Circulo Operario Cachoeirense e custará R$26,00 com ingreso para a festa,
as reservas deverão ser feitas até amanha pelos fones 93311269 com Marcelo, 99954957 Luciano ou 97891165 Maria Helena.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
ACCA escolhe os Mais Belos Negros de Cachoeira do Sul
Casa lotada, super evento, nos 10 anos de atividades da ACCA nada mais justo que super lotar as dependencias do Clube Nautico Tamandaré para eleger os mais Belos Negros de Cachoeira do Sul.
Corte 2010
Mais Bela Negra Jessica Santos
1ª Princesa Mariana Rodrigues
2ª Princesa Ritiele Moraes
Simpatia Viviane Pedroso
Mais Belo Negro Akin Rodrigues
Negro Simpatia Leonardo da Silva
Corte 2010
Mais Bela Negra Jessica Santos
1ª Princesa Mariana Rodrigues
2ª Princesa Ritiele Moraes
Simpatia Viviane Pedroso
Mais Belo Negro Akin Rodrigues
Negro Simpatia Leonardo da Silva
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Agora você tambem pode escolher a Beleza Negra 2010!!!
A partir de Sabado dia 09 de Outubro VOCÊ poderá votar na sua candidata a Mais Bela Negra e Negro de Ccahoeira do sul através do site: http://www.comstylo.com.br/
participe!!!!
Acandidata com maior numero de votos levará pontuação extra.
http://www.comstylo.com.br/
participe!!!!
Acandidata com maior numero de votos levará pontuação extra.
http://www.comstylo.com.br/
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
sábado, 11 de setembro de 2010
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Cotas em Cachoeira do Sul parece filme de terror
A dia que se passa podemos ter certeza que Cachoeira do Sul é realmente uma cidade racista, sim pelos comentários que a sociedade livre, realiza sobre a questão das Cotas Raciais do ultimo concurso publico realizado em nosso município.
A justiça nunca avançou tão depressa como neste caso que em menos de 20 dias dois pareceres foram dados contrários ao afros que como dizem os meios de comunicações locais beneficiados pelas leis das cotas.
Sou favorável deste o inicio deste processo em anular totalmente o concurso, pois todos quando se inscreveram no referido concurso estavam sob respaldo de um edital único não havia dois editais um para afro outro para não afro.
Algumas pessoas ainda tem a cara de pau de vir a imprensa escrita falar sobre a Cultura afro, defender a Historia de nossa raça dizer que conhece toda nossa trajetoria , nossas lutas e ao mesmo tempo se colocam contrario as nossas lutas pois são contra a uma pequena reparação que cobramos da sociedade atual por tudo que nossos antepassados construiram e por todo sangue derramado nesta terra que aprendemos a amar, essas pessoas querem na verdade se promoverem em nome da negrada.
Luciano Ramos
Presidente ACCA
A justiça nunca avançou tão depressa como neste caso que em menos de 20 dias dois pareceres foram dados contrários ao afros que como dizem os meios de comunicações locais beneficiados pelas leis das cotas.
Sou favorável deste o inicio deste processo em anular totalmente o concurso, pois todos quando se inscreveram no referido concurso estavam sob respaldo de um edital único não havia dois editais um para afro outro para não afro.
Algumas pessoas ainda tem a cara de pau de vir a imprensa escrita falar sobre a Cultura afro, defender a Historia de nossa raça dizer que conhece toda nossa trajetoria , nossas lutas e ao mesmo tempo se colocam contrario as nossas lutas pois são contra a uma pequena reparação que cobramos da sociedade atual por tudo que nossos antepassados construiram e por todo sangue derramado nesta terra que aprendemos a amar, essas pessoas querem na verdade se promoverem em nome da negrada.
Luciano Ramos
Presidente ACCA
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
ACCA escolhe seus MAIS BELOS NEGROS
Estão abertas as inscriçoes para a 10ª edição do concurso que escolhe os MAIS BELOS NEGROS de Cachoeira do Sul, o referido evento acontece no dia 16 de outubro de 2010 no Grêmio Nautico Tamandaré e logo após o concurso acontecerá o tradicional baile que nesse ano será animado pela Banda SWINGA BRASIL de Porto Alegre e o Grupo SIMPLICIDADE que tem se destacado nos eventos da cidade .
Para participar os candidatos precisam residir em Cachoeira, ter idade minima 16 anos .
As inscriçoes poderam ser feitas na ACCA, GRÊMIO NAUTICO TAMANDARÉ, JORNAL
OCORREIO.
INFORMAÇÕES:
Fones:
51-99954957
51-91653497
51-97891165
Para participar os candidatos precisam residir em Cachoeira, ter idade minima 16 anos .
As inscriçoes poderam ser feitas na ACCA, GRÊMIO NAUTICO TAMANDARÉ, JORNAL
OCORREIO.
INFORMAÇÕES:
Fones:
51-99954957
51-91653497
51-97891165
terça-feira, 31 de agosto de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Estado de SP agora é condenado por racismo institucional
S. Paulo - O Estado de S. Paulo acaba de ser condenado pela Justiça pela prática do crime de racismo cometido por uma professora da rede pública da Escola Estadual Francisco de Assis, no Ipiranga. Em sentença do dia 10 deste mês, só agora tornada pública, a 5ª Vara da Fazenda Pública considerou que a professora utilizou texto de conteúdo racista em sala de aula e condenou o Estado ao pagamento de R$ 20,4 mil por danos morais à família do estudante.
Sem qualquer razão, uma vez que o processo não tramita em segredo de Justiça, o nome da professora é mantido sob sigilo, o que só tem ocorrido em casos de crimes de racismo. A Afropress ligou para a direção da Escola pedindo informações sobre a identidade da agressora, porém, a diretora e professores que atenderam – de nomes Sônia e Vera – disseram não ter autorização para revelar a identidade, embora lembrassem do caso. “O senhor tem de falar com a Coordenodoria de Ensino”, informaram.
A Afropress também ligou para a Secretaria de Educação e para a professora Roseli de Oliveira, Coordenadora de Políticas para as Populações Negra e Indígena da Secretaria da Justiça, que recomendou fosse encaminhada solicitação por escrito. Até a postagem dessa edição, não tinham sido respondidas as duas perguntas encaminhadas: 1 – nome da professora, uma vez que o processo que tramita na 5ª Vara da Fazenda Pública não tramita em segredo de Justiça: 2 – quais as medidas que o Estado vai tomar, por meio da Procuradoria Geral do Estado, e se entre elas está a ação para que o custo da condenação não seja pago pelos contribuintes.
A sentença é do dia 10 deste mês e a Procuradoria Geral do Estado ainda não decidiu se vai recorrer, ainda que, por imposição legal, o Procurador do Estado é obrigado a recorrer em casos de condenação do Estado. Fontes da Procuradoria, contudo, informaram que, extraordinariamente, o procurador Marcos Fábio de Oliveira Nusdeo (foto) pode pedir ao procurador geral do Estado que poderia decidir pela dispensa do recurso.
Pedagogia racista
O caso aconteceu em 2002, quando a professora passou uma atividade baseada no texto “Uma família Colorida”, escrito por uma ex-aluna do Colégio. Na redação cada personagem era representado por uma cor. O homem mau da história, que tentativa roubar as crianças da família, era negro.
Por causa disso, o garoto, que na época tinha sete anos, passou a apresentar problemas de relacionamento e queda na produtividade escolar. O menino, hoje com 15 anos, acabou sendo transferido de escola. Laudos juntados ao processo apontam que ele desenvolveu um quadro de fobia em relação ao ambiente escolar.
Caso Simone Diniz
Em 2007, em decisão inédita a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, condenou o Brasil, em caso similar de racismo institucional também praticado pelo Estado de S. Paulo, ao recusar-se a apurar o caso de racismo contra a doméstica Simone Diniz. Por conta da condenação, o Estado – por meio de projeto enviado pelo então governador José Serra, e aprovado pela Assembléia Legislativa – pagou R$ 36 mil à título de indenização.
Defesa
Na defesa, a Secretaria da Educação, alegou que não houve má fé ou dolo na ação da professora, porém, o juiz entendeu que o caso configurou uma situação de racismo. “A atividade aplicada não guarda compatibilidade com o princípio constitucional de repúdio ao racismo’, afirma a sentença.
O valor da condenação corresponde a 20 salários mínimos para o aluno e 10 salários mínimos para cada um dos pais. O pedido de danos materiais foi negado por falta de comprovação. A solicitação de recolhimento do livro que continha o texto foi desconsiderada, pois a rede não usa o material.
Segundo pesquisa da UNESCO o racismo afeta o desempenho escolar de negros no Brasil. A média dos brancos no 3.º ano do ensino médio é 22,4 pontos mais alta que dos negros (na escala de 100 a 500 do Saeb). Mesmo quando se leva em consideração a classe social, as diferenças se mantêm. Na classe A, 10,3% dos brancos tiveram avaliação crítica e muito crítica no Saeb. Entre os negros, foram 23,4%.
Sem qualquer razão, uma vez que o processo não tramita em segredo de Justiça, o nome da professora é mantido sob sigilo, o que só tem ocorrido em casos de crimes de racismo. A Afropress ligou para a direção da Escola pedindo informações sobre a identidade da agressora, porém, a diretora e professores que atenderam – de nomes Sônia e Vera – disseram não ter autorização para revelar a identidade, embora lembrassem do caso. “O senhor tem de falar com a Coordenodoria de Ensino”, informaram.
A Afropress também ligou para a Secretaria de Educação e para a professora Roseli de Oliveira, Coordenadora de Políticas para as Populações Negra e Indígena da Secretaria da Justiça, que recomendou fosse encaminhada solicitação por escrito. Até a postagem dessa edição, não tinham sido respondidas as duas perguntas encaminhadas: 1 – nome da professora, uma vez que o processo que tramita na 5ª Vara da Fazenda Pública não tramita em segredo de Justiça: 2 – quais as medidas que o Estado vai tomar, por meio da Procuradoria Geral do Estado, e se entre elas está a ação para que o custo da condenação não seja pago pelos contribuintes.
A sentença é do dia 10 deste mês e a Procuradoria Geral do Estado ainda não decidiu se vai recorrer, ainda que, por imposição legal, o Procurador do Estado é obrigado a recorrer em casos de condenação do Estado. Fontes da Procuradoria, contudo, informaram que, extraordinariamente, o procurador Marcos Fábio de Oliveira Nusdeo (foto) pode pedir ao procurador geral do Estado que poderia decidir pela dispensa do recurso.
Pedagogia racista
O caso aconteceu em 2002, quando a professora passou uma atividade baseada no texto “Uma família Colorida”, escrito por uma ex-aluna do Colégio. Na redação cada personagem era representado por uma cor. O homem mau da história, que tentativa roubar as crianças da família, era negro.
Por causa disso, o garoto, que na época tinha sete anos, passou a apresentar problemas de relacionamento e queda na produtividade escolar. O menino, hoje com 15 anos, acabou sendo transferido de escola. Laudos juntados ao processo apontam que ele desenvolveu um quadro de fobia em relação ao ambiente escolar.
Caso Simone Diniz
Em 2007, em decisão inédita a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, condenou o Brasil, em caso similar de racismo institucional também praticado pelo Estado de S. Paulo, ao recusar-se a apurar o caso de racismo contra a doméstica Simone Diniz. Por conta da condenação, o Estado – por meio de projeto enviado pelo então governador José Serra, e aprovado pela Assembléia Legislativa – pagou R$ 36 mil à título de indenização.
Defesa
Na defesa, a Secretaria da Educação, alegou que não houve má fé ou dolo na ação da professora, porém, o juiz entendeu que o caso configurou uma situação de racismo. “A atividade aplicada não guarda compatibilidade com o princípio constitucional de repúdio ao racismo’, afirma a sentença.
O valor da condenação corresponde a 20 salários mínimos para o aluno e 10 salários mínimos para cada um dos pais. O pedido de danos materiais foi negado por falta de comprovação. A solicitação de recolhimento do livro que continha o texto foi desconsiderada, pois a rede não usa o material.
Segundo pesquisa da UNESCO o racismo afeta o desempenho escolar de negros no Brasil. A média dos brancos no 3.º ano do ensino médio é 22,4 pontos mais alta que dos negros (na escala de 100 a 500 do Saeb). Mesmo quando se leva em consideração a classe social, as diferenças se mantêm. Na classe A, 10,3% dos brancos tiveram avaliação crítica e muito crítica no Saeb. Entre os negros, foram 23,4%.
Beleza Negra 2010
Vem ai dia 16 de Outubro no Grêmio Náutico Tamandaré
o concurso Beleza Negra 2010
animação da banda Swing Brasil de Porto Alegre.
o concurso Beleza Negra 2010
animação da banda Swing Brasil de Porto Alegre.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Inscrição para o edital de literatura de cordel vai até 30/7
Poetas, editores, produtores e pesquisadores que atuam com as culturas populares têm somente mais duas semanas (até o dia 30 de julho) para se inscrever no prêmio de literatura de cordel - edição patativa do assaré, do Ministério da Cultura. serão selecionadas 200 iniciativas culturais vinculadas à criação e produção, pesquisa, formação e difusão da literatura de cordel e linguagens afins, com premiação total de r$ 3 milhões.
São quatro categorias disponíveis e os candidatos podem se inscrever em duas, sendo premiado apenas em uma. Na primeira categoria, voltada para a criação e produção, serão 100 prêmios. do total, 80 serão destinados a publicações de obra inédita ou reeditada em folheto de cordel, no valor de r$ 7 mil cada. Outros 20 são para produtos artísticos formatados em livro, cd e dvd voltados para a literatura de cordel, xilogravura, repente, cantoria, coco, aboio e embolada no valor de r$ 22 mil cada.
Para a categoria de pesquisa (dissertações de mestrado, teses de doutorado ou reedição de livros publicados até 30 de maio de 2010) serão contempladas 10 iniciativas, no valor de r$ 25 mil cada. Outros 50 projetos serão contemplados na categoria de formação, destinada tanto para a qualificação de profissionais como para a formação leitora do público em geral, através do cordel (cursos, seminários, oficinas, dentre outras atividades sócio-culturais de caráter educativo).
O Edital completo encontra-se nos sites: www.cultura.gov.br ou mais.cultura.gov.br
São quatro categorias disponíveis e os candidatos podem se inscrever em duas, sendo premiado apenas em uma. Na primeira categoria, voltada para a criação e produção, serão 100 prêmios. do total, 80 serão destinados a publicações de obra inédita ou reeditada em folheto de cordel, no valor de r$ 7 mil cada. Outros 20 são para produtos artísticos formatados em livro, cd e dvd voltados para a literatura de cordel, xilogravura, repente, cantoria, coco, aboio e embolada no valor de r$ 22 mil cada.
Para a categoria de pesquisa (dissertações de mestrado, teses de doutorado ou reedição de livros publicados até 30 de maio de 2010) serão contempladas 10 iniciativas, no valor de r$ 25 mil cada. Outros 50 projetos serão contemplados na categoria de formação, destinada tanto para a qualificação de profissionais como para a formação leitora do público em geral, através do cordel (cursos, seminários, oficinas, dentre outras atividades sócio-culturais de caráter educativo).
O Edital completo encontra-se nos sites: www.cultura.gov.br ou mais.cultura.gov.br
Seminário destaca a história das mulheres africanas na América
A trajetória das mulheres africanas e afro-brasileiras na América Latina é o tema de mais um seminário dentro do evento Mulheres Negras Latino Americana e Caribenhas. A realização é da Coordenadoria de Assuntos da População Negra e do Conselho Gestor da CONE (Coordenadoria dos Assuntos da População Negra).
O seminário também conta com a parceria da Secretaria Especial de Políticas e Promoção da Igualdade Racial - SEPPIR/PR, da Coordenação de Políticas para a População Negra Indígena da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania / SP e de duas organizações não governamentais: Elas por Elas Vozes e Ações das Mulheres e Fala Preta: Organização de Mulheres Negras.
No primeiro dia, quatro mesas de discussões iniciam os debates em torno da história das mulheres africanas na América. Os desafios e conquistas na luta pelos Direitos Humanos, a participação política e a gestão pública na América, são os temas do primeiro encontro. No segundo dia, as conferências abordarão o impacto da violência contra as mulheres, em suas variadas formas nas Américas e a atuação das mulheres negras na cultura e nos meios de comunicação.
Palestrantes de diversas instituições propõem aprofundar a discussão sobre assuntos relacionados ao processo de colonização até a libertação, retratando e exaltando os movimentos de resistência das mulheres negras. Eles abordarão também as atuações das mulheres negras, a falta de oportunidade e de direitos, a depreciação, o racismo e a própria opressão de gênero vivenciada por elas.
Ascom/Palmares com informações da CONE
Serviço:
Seminário - A trajetória das mulheres africanas e afro-brasileiras na América Latina
Local - Auditório Franco Montoro da Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo - Pateo do Colégio, 148.
Quando - dia 23 das 9h às 18h e dia 24 das 9h30 às 13h
Incrições - pelo telefone (11) 3113-9745 até o dia 22 de julho, às 17 horas
Programação
Dia 23/07
9h30 - Mesa 1: História das Mulheres Africanas na América - da Colonização a Libertação, Movimentos de Resistência
Palestrantes:
Marie Laurence Jocelyn Lacegui - Ministra da Condição Feminina e dos Direitos das Mulheres da República do Haiti. (a confirmar)
Magali Naves - Assessora de Relações Internacionais da Secretaria Espaecial de Política e Promoção da Igualdade Racial - SEPPIR/PR.
11h - Mesa 2: Histórico das Organizações de mulheres negras na América e seus desafios e conquistas na luta pelos Direitos Humanos.
Palestrantes:
Edna Roland - Coordenadora da Coordenadoria da Igualdade Racial de Guarulhos.
Ana Carolina Querino - Coordenadora da Área de Direitos Econômicos e Sociais da UNIFEM Brasil.
14h00 - Mesa 3: Mulheres Negras e Participação Política
Palestrante:
Dra Cláudia Luna - Presidente da Ong. Elas por Elas - Vozes e Ações das Mulheres.
15h30 - Mesa 4: Mulheres Negras e Gestão Pública na América
Palestrantes:
Roseli de Oliveira - Coordenadora da Coordenação de Políticas para a População Negra e Indígena do Estado de São Paulo.
Vanda Menezes - Ex-Secretária da Secretaria da Mulher do Estado de Alagoas e atualmente Integrante da Rede Mulher e Democracia.
Dia 24/07
10h00 - Mesa 5: Mulheres Negras sob o impacto da Violência em suas variadas formas nas Américas.
Palestrantes:
Deise Benedito - Presidente da Fala Preta e Conselheira do Conselho de Gestão da CONE.
Fátima Duarte - Coordenação Estadual da União Brasileira de Mulheres
11h30 - Mesa 6: Mulheres Negras na Cultura e nos meios de Comunicação
Palestrantes:
Juliana Colombo - Atriz
Rosangela Malachias - Consultora em Comunicação, Educação e Advocacia
Membro do Centro de Estudos e Relações de Trabalho e Desigualdades - CEERT
Núcleo NEINB - Núcleo de Apóio à Pesquisa em Estudos Interdisciplinares sobre o Negro Brasileiro
Raquel Moreno - Observatório da Mulher
13h00 - Encerramento
O seminário também conta com a parceria da Secretaria Especial de Políticas e Promoção da Igualdade Racial - SEPPIR/PR, da Coordenação de Políticas para a População Negra Indígena da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania / SP e de duas organizações não governamentais: Elas por Elas Vozes e Ações das Mulheres e Fala Preta: Organização de Mulheres Negras.
No primeiro dia, quatro mesas de discussões iniciam os debates em torno da história das mulheres africanas na América. Os desafios e conquistas na luta pelos Direitos Humanos, a participação política e a gestão pública na América, são os temas do primeiro encontro. No segundo dia, as conferências abordarão o impacto da violência contra as mulheres, em suas variadas formas nas Américas e a atuação das mulheres negras na cultura e nos meios de comunicação.
Palestrantes de diversas instituições propõem aprofundar a discussão sobre assuntos relacionados ao processo de colonização até a libertação, retratando e exaltando os movimentos de resistência das mulheres negras. Eles abordarão também as atuações das mulheres negras, a falta de oportunidade e de direitos, a depreciação, o racismo e a própria opressão de gênero vivenciada por elas.
Ascom/Palmares com informações da CONE
Serviço:
Seminário - A trajetória das mulheres africanas e afro-brasileiras na América Latina
Local - Auditório Franco Montoro da Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo - Pateo do Colégio, 148.
Quando - dia 23 das 9h às 18h e dia 24 das 9h30 às 13h
Incrições - pelo telefone (11) 3113-9745 até o dia 22 de julho, às 17 horas
Programação
Dia 23/07
9h30 - Mesa 1: História das Mulheres Africanas na América - da Colonização a Libertação, Movimentos de Resistência
Palestrantes:
Marie Laurence Jocelyn Lacegui - Ministra da Condição Feminina e dos Direitos das Mulheres da República do Haiti. (a confirmar)
Magali Naves - Assessora de Relações Internacionais da Secretaria Espaecial de Política e Promoção da Igualdade Racial - SEPPIR/PR.
11h - Mesa 2: Histórico das Organizações de mulheres negras na América e seus desafios e conquistas na luta pelos Direitos Humanos.
Palestrantes:
Edna Roland - Coordenadora da Coordenadoria da Igualdade Racial de Guarulhos.
Ana Carolina Querino - Coordenadora da Área de Direitos Econômicos e Sociais da UNIFEM Brasil.
14h00 - Mesa 3: Mulheres Negras e Participação Política
Palestrante:
Dra Cláudia Luna - Presidente da Ong. Elas por Elas - Vozes e Ações das Mulheres.
15h30 - Mesa 4: Mulheres Negras e Gestão Pública na América
Palestrantes:
Roseli de Oliveira - Coordenadora da Coordenação de Políticas para a População Negra e Indígena do Estado de São Paulo.
Vanda Menezes - Ex-Secretária da Secretaria da Mulher do Estado de Alagoas e atualmente Integrante da Rede Mulher e Democracia.
Dia 24/07
10h00 - Mesa 5: Mulheres Negras sob o impacto da Violência em suas variadas formas nas Américas.
Palestrantes:
Deise Benedito - Presidente da Fala Preta e Conselheira do Conselho de Gestão da CONE.
Fátima Duarte - Coordenação Estadual da União Brasileira de Mulheres
11h30 - Mesa 6: Mulheres Negras na Cultura e nos meios de Comunicação
Palestrantes:
Juliana Colombo - Atriz
Rosangela Malachias - Consultora em Comunicação, Educação e Advocacia
Membro do Centro de Estudos e Relações de Trabalho e Desigualdades - CEERT
Núcleo NEINB - Núcleo de Apóio à Pesquisa em Estudos Interdisciplinares sobre o Negro Brasileiro
Raquel Moreno - Observatório da Mulher
13h00 - Encerramento
Goldman sanciona Lei em meio à denúncias
S. Paulo - O governador de S. Paulo, Alberto Goldman (PSDB), assina nesta segunda-feira (19/07), a Lei que dispõe sobre penalidades administrativas para para os atos de discriminação racial no Estado de S. Paulo.
A Lei é resultado de projeto enviado pelo ex-governador José Serra no ano passado, quando tentativa abafar a repercussão de declarações do seu secretário de Relações Institucionais e atual coordenador da campanha à Presidência, José Henrique Reis Lobo, de que ações afirmativas para negros só ocorreriam em 500 anos.
A Lei será sancionada por Goldman (foto) às 15h30 no Salão dos Pratos, Palácio dos Bandeirantes. A sanção acontece, precisamente no momento em que o Governo do Estado, vem sendo denunciado por crimes praticados pela Polícia Militar contra jovens negros e pobres da periferia.
Depois do assassinato dos dois motoboys - Eduardo Luiz Pinheiro e Alexandre Menezes - mortos, o primeiro sob tortura por policiais num quartel, e o segundo, a chutes e pontapés, em frente em sua casa, na presença da mãe, agora surge o caso do ajudante de pedreiro Cristiano da Silva, também assassinado em circunstâncias suspeitas pela PM.
O caso está sendo investigado pela corporação e pela Polícia Civil, por meio de inquérito que tramita no 38º DP, de Vila Nova Cachoeirinha.
A Lei é resultado de projeto enviado pelo ex-governador José Serra no ano passado, quando tentativa abafar a repercussão de declarações do seu secretário de Relações Institucionais e atual coordenador da campanha à Presidência, José Henrique Reis Lobo, de que ações afirmativas para negros só ocorreriam em 500 anos.
A Lei será sancionada por Goldman (foto) às 15h30 no Salão dos Pratos, Palácio dos Bandeirantes. A sanção acontece, precisamente no momento em que o Governo do Estado, vem sendo denunciado por crimes praticados pela Polícia Militar contra jovens negros e pobres da periferia.
Depois do assassinato dos dois motoboys - Eduardo Luiz Pinheiro e Alexandre Menezes - mortos, o primeiro sob tortura por policiais num quartel, e o segundo, a chutes e pontapés, em frente em sua casa, na presença da mãe, agora surge o caso do ajudante de pedreiro Cristiano da Silva, também assassinado em circunstâncias suspeitas pela PM.
O caso está sendo investigado pela corporação e pela Polícia Civil, por meio de inquérito que tramita no 38º DP, de Vila Nova Cachoeirinha.
Congresso no Rio debate Afrodiáspora
Rio - Cerca de 2 mil pesquisadores de todos os Estados do país e também do exterior são esperados no VI Congresso Brasileiro de Pesquisadores (as) Negros (as) (Copene), que acontece na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), entre os dias 26 e 29 deste mês.
O VI Copene terá como tema a "Afrodiáspora" e suas implicações acerca dos saberes pós-coloniais, poderes e movimentos sociais. A temática irá abordar as lutas históricas das populações negras, assim como os aspectos da presença do negro na política, nas artes, na ciência e diversos outros setores da sociedade.
A escolha desse tema para orientar os debates e proposições, segundo os organizadores, leva em consideração a atual conjuntura brasileira, quando os segmentos negros organizados reivindicam e acentuam o incremento de mecanismos jurídicos políticos de constituição material de direitos, tais como: a Lei n.º 10.6391 e suas Diretrizes Curriculares, a implementação de Políticas de Ações Afirmativas, a luta pela aprovação do Estatuto da Igualdade Racial e do Projeto de Cotas para Negros nas Universidades pelo Congresso Nacional.
Objetivos
O Copene tem o objetivo de difundir e debater os saberes produzidos por negros(as) no Brasil. Para isso, organizou uma programação que discutirá 24 eixos temáticos, como: religiosidade, gênero, quilombos, política e educação. Serão 50 palestrantes selecionados para divulgar conhecimentos científicos, técnicos e artísticos.
Para participar é necessário acessar o formulário de inscrição através do site: www.abpn.org.br/copene. As taxas para participação variam entre R$ 50 (estudantes de graduação e pesquisadores de iniciação científica associados à Associação Brasileira de Pesquisadores Negros – ABPN) e R$ 175 (pesquisadores internacionais não associados).
A UERJ está localizada na Rua São Francisco Xavier, n°524 – Maracanã. O evento será realizado nos turnos da manhã, tarde e noite, das 9h às 22h.
Fonte: http://www.afropress.com.br/
O VI Copene terá como tema a "Afrodiáspora" e suas implicações acerca dos saberes pós-coloniais, poderes e movimentos sociais. A temática irá abordar as lutas históricas das populações negras, assim como os aspectos da presença do negro na política, nas artes, na ciência e diversos outros setores da sociedade.
A escolha desse tema para orientar os debates e proposições, segundo os organizadores, leva em consideração a atual conjuntura brasileira, quando os segmentos negros organizados reivindicam e acentuam o incremento de mecanismos jurídicos políticos de constituição material de direitos, tais como: a Lei n.º 10.6391 e suas Diretrizes Curriculares, a implementação de Políticas de Ações Afirmativas, a luta pela aprovação do Estatuto da Igualdade Racial e do Projeto de Cotas para Negros nas Universidades pelo Congresso Nacional.
Objetivos
O Copene tem o objetivo de difundir e debater os saberes produzidos por negros(as) no Brasil. Para isso, organizou uma programação que discutirá 24 eixos temáticos, como: religiosidade, gênero, quilombos, política e educação. Serão 50 palestrantes selecionados para divulgar conhecimentos científicos, técnicos e artísticos.
Para participar é necessário acessar o formulário de inscrição através do site: www.abpn.org.br/copene. As taxas para participação variam entre R$ 50 (estudantes de graduação e pesquisadores de iniciação científica associados à Associação Brasileira de Pesquisadores Negros – ABPN) e R$ 175 (pesquisadores internacionais não associados).
A UERJ está localizada na Rua São Francisco Xavier, n°524 – Maracanã. O evento será realizado nos turnos da manhã, tarde e noite, das 9h às 22h.
Fonte: http://www.afropress.com.br/
Seminário da Acca define palestrantes
A Associação Cachoeirense da Cultura Afro-brasileira (Acca) definiu os palestrantes do seminário 122 Anos após Falsa Abolição: Lutas, Derrotas e Conquistas de uma Raça. Serão integrantes da União de Negros pela Igualdade (Unegro).
De acordo com o presidente da Acca, Luciano Ramos, representantes dos movimentos negros cachoeirenses também participarão da mesa de debates. Entre os assuntos que serão debatidos estão o negro e o mercado de trabalho, saúde da população negra, a mulher negra e juventude negra, políticas públicas da promoção da igualdade racial, estatuto da igualdade racial e religiosidade (intolerância religiosa).
O seminário acontecerá no próximo dia 23, das 18h30min às 22h30min, e dia 24, das 8h30min às 18h30min, na Câmara de Vereadores.
- Os participantes receberão certificado de 12 horas.
- As inscrições custam a doação de um quilo de alimento não-perecível. Os donativos serão repassados ao Lions Clube.
OS PAINELISTAS
- Gisele Vidal de Albuquerque, da juventude estadual da Unegro
- Kátia Regina Oliveira, secretária de organização estadual
- José Antonio dos Santos da Silva, coordenador nacional (foto)
- Elis Regina Gomes de Vargas, secretária de organização de Porto Alegre
- Renato da Silva Borba, secretário de finanças estadual
- Silvia Regina Souza Vieira, coordenadora estadual do Movimento Negro Unificado (MNU)
Fonte: http://www.jornaldopovo.com.br/
De acordo com o presidente da Acca, Luciano Ramos, representantes dos movimentos negros cachoeirenses também participarão da mesa de debates. Entre os assuntos que serão debatidos estão o negro e o mercado de trabalho, saúde da população negra, a mulher negra e juventude negra, políticas públicas da promoção da igualdade racial, estatuto da igualdade racial e religiosidade (intolerância religiosa).
O seminário acontecerá no próximo dia 23, das 18h30min às 22h30min, e dia 24, das 8h30min às 18h30min, na Câmara de Vereadores.
- Os participantes receberão certificado de 12 horas.
- As inscrições custam a doação de um quilo de alimento não-perecível. Os donativos serão repassados ao Lions Clube.
OS PAINELISTAS
- Gisele Vidal de Albuquerque, da juventude estadual da Unegro
- Kátia Regina Oliveira, secretária de organização estadual
- José Antonio dos Santos da Silva, coordenador nacional (foto)
- Elis Regina Gomes de Vargas, secretária de organização de Porto Alegre
- Renato da Silva Borba, secretário de finanças estadual
- Silvia Regina Souza Vieira, coordenadora estadual do Movimento Negro Unificado (MNU)
Fonte: http://www.jornaldopovo.com.br/
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Para UNEGRO, veto ao Estatuto é esquerdismo irresponsável
S. Paulo - Porta-vozes de um “esquerdismo irresponsável que faz coro com a direita reacionária”. Foi dessa forma que o coordenador geral da União de Negros pela Igualdade (UNEGRO), Edson França (foto) reagiu ao movimento desencadeado por mais de uma centena de entidades do Movimento Negro, que hoje se reúne em Brasília para uma Assembléia Popular que tem como objetivo pedir ao próprio Presidente Luiz Inácio Lula da Silva o veto ao Estatuto aprovado pelo Senado.
“Fingem desconhecer o jogo político no parlamento, a correlação de forças que se chocaram na defesa do Estatuto da Igualdade Racial e de todas as propostas que visam promover socialmente a população negra. Baseados numa (afro) ideologia que não se sustenta teoricamente, propõem o sepultamento das conquistas. São forças que sofrem de um profundo autismo político e querem levar o movimento negro ao caminho do isolamento”, afirmou.
França disse que é legítimo perguntar qual a seriedade “dos interlocutores de um movimento social, que apóia 10 anos de luta por uma lei, a rejeita porque não foi atendido na integralidade?”.
“São sérios? Estão em consonância com a base social representada? Qual a garantia de que pleitos futuros serão considerados, visto que a principal bandeira recebeu um tratamento inadequado? Desafio eles a apresentar todos os artigos do Estatuto da Igualdade Racial para população negra e verificar se os negros e negras brasileiras aceitam ou vetam o Estatuto”, concluiu.
Na entrevista que concedeu ao editor de Afropress, o coordenador da UNEGRO, articulação de lideranças negras filiadas ao próximas ao PC do B, aproveitou além de acusar o que chama de “esquerdismo irresponsável”, “sem base social real, que aposta no tudo ou nada”, criticou o que definiu o que chamou de “postura política e ideológica que não reconhece o caminho da promoção da igualdade racial percorrido nesses últimos 30 anos, sob um arsenal teórico frágil, propõe uma espécie de OLP no Brasil”, numa alusão direta ao Movimento Negro Unificado, a principal organização o movimento pelo veto, que teria essa proposta como meta política.
Também em entrevista à Afropress, Reginaldo Bispo, coordenador nacional de organização do MNU, negou que seu movimento proponha a formação de um organismo semelhante à OLP no Brasil. "Esta não é a compreensão e pratica política dos negros e do MNU. Somos pela construção do Projeto Político do Povo Negro para o Brasil e da Reparação Histórica e Humanitária de acordo com convenções internacionais da qual o Brasil é signatário. Nossa opção é a luta direta e política de convencimento e de organização das massas", disse Bispo.
Para o coordenador da UNEGRO, há também os que agem por “revanchismo porque não foram chamados pela SEPPIR para discutir antes da aprovação agora propõem jogar a água e a criança fora”.
Leia, na íntegra, a entrevista concedida por Edson França, coordenador geral da UNEGRO, ao editor de Afropress, jornalista Dojival Vieira no http://www.afropress.com.br/
“Fingem desconhecer o jogo político no parlamento, a correlação de forças que se chocaram na defesa do Estatuto da Igualdade Racial e de todas as propostas que visam promover socialmente a população negra. Baseados numa (afro) ideologia que não se sustenta teoricamente, propõem o sepultamento das conquistas. São forças que sofrem de um profundo autismo político e querem levar o movimento negro ao caminho do isolamento”, afirmou.
França disse que é legítimo perguntar qual a seriedade “dos interlocutores de um movimento social, que apóia 10 anos de luta por uma lei, a rejeita porque não foi atendido na integralidade?”.
“São sérios? Estão em consonância com a base social representada? Qual a garantia de que pleitos futuros serão considerados, visto que a principal bandeira recebeu um tratamento inadequado? Desafio eles a apresentar todos os artigos do Estatuto da Igualdade Racial para população negra e verificar se os negros e negras brasileiras aceitam ou vetam o Estatuto”, concluiu.
Na entrevista que concedeu ao editor de Afropress, o coordenador da UNEGRO, articulação de lideranças negras filiadas ao próximas ao PC do B, aproveitou além de acusar o que chama de “esquerdismo irresponsável”, “sem base social real, que aposta no tudo ou nada”, criticou o que definiu o que chamou de “postura política e ideológica que não reconhece o caminho da promoção da igualdade racial percorrido nesses últimos 30 anos, sob um arsenal teórico frágil, propõe uma espécie de OLP no Brasil”, numa alusão direta ao Movimento Negro Unificado, a principal organização o movimento pelo veto, que teria essa proposta como meta política.
Também em entrevista à Afropress, Reginaldo Bispo, coordenador nacional de organização do MNU, negou que seu movimento proponha a formação de um organismo semelhante à OLP no Brasil. "Esta não é a compreensão e pratica política dos negros e do MNU. Somos pela construção do Projeto Político do Povo Negro para o Brasil e da Reparação Histórica e Humanitária de acordo com convenções internacionais da qual o Brasil é signatário. Nossa opção é a luta direta e política de convencimento e de organização das massas", disse Bispo.
Para o coordenador da UNEGRO, há também os que agem por “revanchismo porque não foram chamados pela SEPPIR para discutir antes da aprovação agora propõem jogar a água e a criança fora”.
Leia, na íntegra, a entrevista concedida por Edson França, coordenador geral da UNEGRO, ao editor de Afropress, jornalista Dojival Vieira no http://www.afropress.com.br/
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Acordo que aprovou Estatuto teve a mão e ajuda do Planalto
Brasília - O Palácio do Planalto se envolveu diretamente nas articulações e no acordo com o DEM para aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, ocorrido na semana passada, e contra o qual se insurgiram setores representativos do Movimento Negro Brasileiro.
Segundo Afropress apurou, o próprio ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, participou das discussões e negociações com o DEM embora os personagens visíveis tenham sido o ministro chefe da SEPPIR, Elói Ferreira de Araújo, o ex deputado Edson Santos, e o autor do projeto original, senador Paulo Paim (foto).
Trunfo de campanha
O empenho do Planalto em votar o projeto - às vésperas do recesso de julho e em plena Copa do Mundo - teria tido, segundo as mesmas fontes, dois motivos: primeiro, o empenho de Santos e Paim em usarem a aprovação do Estatuto - há anos parado nas gavetas do Congresso - como trunfo nas suas respectivas campanhas eleitorais.
No caso do ex-ministro, que se afastou do cargo em abril, deixando no lugar, o seu adjunto, Elói Ferreira de Araújo, mesmo enfrentando questionamento de setores do PT, além de instrumento para o seu marketing de campanha, o Estatuto passa a ser a principal - e para os seus críticos a única - realização da sua gestão à frente da SEPPIR, desde que substituiu a ex-ministra Matilde Ribeiro, exonerada por envolvimento no caso dos cartões corporativos.
Seria essa a razão pela qual, o ex-ministro, embora fora do cargo, tem acompanhado de perto todas as ações de Araújo: esteve em Atlanta para participar da Conferência do Plano de Ação Brasil/EUA para superação da discriminação racial; e - mesmo não sendo senador - participou da mesa da Comissão de Justiça e Redação que aprovou o texto final do Estatuto que, ao final, foi endossado por acordo dos partidos no plenário do Senado.
Ganho político
No caso do interesse do Planalto, a explicação seriam igualmente o fato de Lula ter entendido ser um ganho político da sua gestão, deixar o Estatuto da Igualdade Racial aprovado e, ainda por tabela - agradar dois parlamentares importantes de sua base de apoio: um, que esteve à frente da SEPPIR nos últimos dois anos; e o segundo Paulo Paim, que além de autor de outros Estatutos - como o dos Idosos - vai para uma campanha para conquistar mais um mandato, de onde pretende disputar o Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
Pressão para votar
A admissão do envolvimento do Planalto foi assumida pelo próprio relator do Estatuto, senador Demóstenes Torres (DEM-Goiás), que admitiu ter sido pressionado para submeter o projeto à votação agora.
Depois, na reação de Demóstenes diante de uma declaração do ministro da SEPPIR de que o Presidente com o texto do projeto aprovado, poderia adotar o sistema de cotas por decreto. “É golpe”, reagiu Demóstenes.
Há uma outra evidência que confirmam o apurado por Afropress. As entidades que são a base do Governo no Movimento Negro, como a CONEN, formada por ativistas e lideranças negras do PT, e a UNEGRO, a entidade que reúne os militantes negros do PC do B, bem como as lideranças que fizeram campanha pela retirada do projeto, uma vez aprovado o Estatuto, recolheram-se.
A CONEN não fez, posteriormente qualquer manifestação; a UNEGRO por meio do seu coordenador geral, Edson França, passou a considerar que a data da aprovação do Estatuto relatado por Demóstenes "foi um dia histórico”; e as lideranças que estiveram à frente não deram continuidade ao ensaio de rebelião iniciado propondo, por exemplo, o movimento pela não sanção do Estatuto.
A explicação para o mutismo e o silêncio seria, segundo as mesmas fontes, estaria o cálculo político de não bater de frente com a mão que estaria por trás do acordo: a do próprio Presidente Luis Inácio Lula da Silva.
Fonte: http://www.afropress.com.br/
Palmares lança Manual de Convênios
As entidades públicas e privadas sem fins lucrativos que querem estabelecer convênios com a Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da cultura, podem contar, desde a última segunda-feira (21), com a 1ª edição do Manual de Convênios e Instrumentos de Repasse - Orientações Técnicas ao Convenente, que apresenta orientações sobre os procedimentos, fluxos e normas internas para os processos de apoio a projetos na área da cultura afro-brasileira, mediante convênio e contratos de repasse.
O Manual de Convênios foi elaborado por um Grupo de Trabalho - GT, e consolidado pela Coordenação de Gestão Estratégica da FCP, estando em consonância com as previsões no Decreto nº 6.170, de 25/07/2007 e na Portaria Interministerial nº 127, de 29/05/2008.
Publicado em linguagem simples, para facilitar o entendimento e detalhar os procedimentos que ficam a cargo dos próprios órgãos e entidades proponentes na solicitação de apoio financeiro à Palmares, o Manual já pode ser consultado no site da Fundação. Ele também apresenta as ações da FCP que podem ser utilizadas para apoio a projetos e todas as etapas de um convênio: celebração, execução e prestação de contas.
O Manual de Convênios foi elaborado por um Grupo de Trabalho - GT, e consolidado pela Coordenação de Gestão Estratégica da FCP, estando em consonância com as previsões no Decreto nº 6.170, de 25/07/2007 e na Portaria Interministerial nº 127, de 29/05/2008.
Publicado em linguagem simples, para facilitar o entendimento e detalhar os procedimentos que ficam a cargo dos próprios órgãos e entidades proponentes na solicitação de apoio financeiro à Palmares, o Manual já pode ser consultado no site da Fundação. Ele também apresenta as ações da FCP que podem ser utilizadas para apoio a projetos e todas as etapas de um convênio: celebração, execução e prestação de contas.
Edital de Convocação de Membros para Compor a Comissão Nacional de Incentivo à Cultura 2010
Inscrições até 14 de julho
O Ministério da Cultura, por meio da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura (Sefic), está com seu processo aberto para indicação dos membros que comporão a Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) para o biênio 2011/2012. O Edital, publicado no Diário Oficial da União no último dia 7, torna pública a abertura das inscrições e traz como novidade uma metodologia que visa ampliar a representatividade das cinco regiões brasileiras em seu plenário.
O processo de habilitação dos representantes da sociedade civil organizada para indicarem os membros que comporão a CNIC será realizado entre os dias 13 de maio e 14 de julho de 2010. Poderão participar do processo as entidades de caráter associativo de âmbito nacional representativas de setor cultural, artístico ou do empresariado nacional, devendo preencher o Formulário de Inscrição e encaminhar toda a documentação das seguintes formas:
1- diretamente no protocolo central do MinC ou encaminhada por via postal, com aviso de recebimento, devendo, em ambos os casos, estar acondicionada em envelope endereçado à Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura - MinC, Esplanada dos Ministérios, Bloco B, 1º Andar, CEP 70068-900,Brasília - Distrito Federal, aos cuidados do Presidente da Comissão Avaliadora; ou
2- endereçado à Caixa Postal n.º 8.606, CEP 70.312-970, Brasília - DF, sob a inscrição - Edital de Convocação CNIC 2011/2012″.
A divulgação da lista das entidades habilitadas para o processo de indicação acontecerá no dia 10 de agosto, por meio do sítio do Ministério da Cultura e publicação no Diário Oficial da União. "O novo processo converge com os princípios de representatividade nacional da CNIC, com a proposta de expandir o caráter democrático, plural e aberto à participação da sociedade", disse o secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, Henilton Menezes.
Edital
Formulário de Inscrição
Informações: (61) 2024 2137 - cnic@cultura.gov.br
Erika Freddi, Coordenadora Adminstrativa da CNIC
Informações à imprensa: (61) 2024-2127
Caroline Borralho, Assessoria de imprensa da Sefic/MinC
O Ministério da Cultura, por meio da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura (Sefic), está com seu processo aberto para indicação dos membros que comporão a Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) para o biênio 2011/2012. O Edital, publicado no Diário Oficial da União no último dia 7, torna pública a abertura das inscrições e traz como novidade uma metodologia que visa ampliar a representatividade das cinco regiões brasileiras em seu plenário.
O processo de habilitação dos representantes da sociedade civil organizada para indicarem os membros que comporão a CNIC será realizado entre os dias 13 de maio e 14 de julho de 2010. Poderão participar do processo as entidades de caráter associativo de âmbito nacional representativas de setor cultural, artístico ou do empresariado nacional, devendo preencher o Formulário de Inscrição e encaminhar toda a documentação das seguintes formas:
1- diretamente no protocolo central do MinC ou encaminhada por via postal, com aviso de recebimento, devendo, em ambos os casos, estar acondicionada em envelope endereçado à Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura - MinC, Esplanada dos Ministérios, Bloco B, 1º Andar, CEP 70068-900,Brasília - Distrito Federal, aos cuidados do Presidente da Comissão Avaliadora; ou
2- endereçado à Caixa Postal n.º 8.606, CEP 70.312-970, Brasília - DF, sob a inscrição - Edital de Convocação CNIC 2011/2012″.
A divulgação da lista das entidades habilitadas para o processo de indicação acontecerá no dia 10 de agosto, por meio do sítio do Ministério da Cultura e publicação no Diário Oficial da União. "O novo processo converge com os princípios de representatividade nacional da CNIC, com a proposta de expandir o caráter democrático, plural e aberto à participação da sociedade", disse o secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, Henilton Menezes.
Edital
Formulário de Inscrição
Informações: (61) 2024 2137 - cnic@cultura.gov.br
Erika Freddi, Coordenadora Adminstrativa da CNIC
Informações à imprensa: (61) 2024-2127
Caroline Borralho, Assessoria de imprensa da Sefic/MinC
O que é Consciência Negra para você?
Senhoras e senhores, bom dia,
A Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias tem o prazer de convidá-los(as) a participar da campanha cultural Consciência Negra em Cartaz por meio do site O que é Consciência Negra para você? (www.consciencianegra.com.br).
A "consciência negra" é um dos mais emblemáticos discursos produzidos pelo movimento negro brasileiro e internacional desde a década de 1960. Esse discurso visa fazer com que o cidadão consciente, negro ou não, informe e conscientize os cidadãos não esclarecidos sobre o racismo, a violência, a discriminação que os negros sofrem no Brasil e fora dele, inclusive na África.
A "consciência negra", hoje em dia e nesta campanha, em especial, não é um patrimônio exclusivo do movimento negro, nem tampouco dos negros militantes, mas de todos (brancos, amarelos e indígenas) os indivíduos e grupos que lutam pela melhoria das condições sociais, econômicas e psíquicas da população negra.
Ao participar desta campanha, você estará dizendo o que é "consciência negra" para você, para os seus parentes e amigos, para o mundo que te envolve. Assim, conscientizará pessoas conhecidas e desconhecidas sobre a necessidade de se construir um mundo menos violento, mais fraterno, mais democrático e republicano.
O objetivo desta campanha é realizar uma discussão sobre as várias questões que envolvem a temática da consciência negra. E tal discussão será realizada através da elaboração de uma peça gráfica, o cartaz, buscando com isso o envolvimento e a reflexão da população sobre o tema, sugerido através da pergunta O que é consciência negra para você?.
No site é possível responder à questão acima de três maneiras: enviando uma frase, um cartaz pronto ou montar seu cartaz no próprio site, usando as idéias dos demais participantes. Leia o regulamento no site.
Acesse também o blog O que é Consciência Negra para você? (http://blog.consciencianegra.com.br/) onde você encontrará diversos textos que o farão refletir para responder à questão.
Atenciosamente,
Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias
Secretaria de Estado da Cultura
Governo de São Paulo
http://www.consciencianegra.com.br/
http://blog.consciencianegra.com.br/
A Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias tem o prazer de convidá-los(as) a participar da campanha cultural Consciência Negra em Cartaz por meio do site O que é Consciência Negra para você? (www.consciencianegra.com.br).
A "consciência negra" é um dos mais emblemáticos discursos produzidos pelo movimento negro brasileiro e internacional desde a década de 1960. Esse discurso visa fazer com que o cidadão consciente, negro ou não, informe e conscientize os cidadãos não esclarecidos sobre o racismo, a violência, a discriminação que os negros sofrem no Brasil e fora dele, inclusive na África.
A "consciência negra", hoje em dia e nesta campanha, em especial, não é um patrimônio exclusivo do movimento negro, nem tampouco dos negros militantes, mas de todos (brancos, amarelos e indígenas) os indivíduos e grupos que lutam pela melhoria das condições sociais, econômicas e psíquicas da população negra.
Ao participar desta campanha, você estará dizendo o que é "consciência negra" para você, para os seus parentes e amigos, para o mundo que te envolve. Assim, conscientizará pessoas conhecidas e desconhecidas sobre a necessidade de se construir um mundo menos violento, mais fraterno, mais democrático e republicano.
O objetivo desta campanha é realizar uma discussão sobre as várias questões que envolvem a temática da consciência negra. E tal discussão será realizada através da elaboração de uma peça gráfica, o cartaz, buscando com isso o envolvimento e a reflexão da população sobre o tema, sugerido através da pergunta O que é consciência negra para você?.
No site é possível responder à questão acima de três maneiras: enviando uma frase, um cartaz pronto ou montar seu cartaz no próprio site, usando as idéias dos demais participantes. Leia o regulamento no site.
Acesse também o blog O que é Consciência Negra para você? (http://blog.consciencianegra.com.br/) onde você encontrará diversos textos que o farão refletir para responder à questão.
Atenciosamente,
Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias
Secretaria de Estado da Cultura
Governo de São Paulo
http://www.consciencianegra.com.br/
http://blog.consciencianegra.com.br/
sábado, 12 de junho de 2010
ACCA COMEMORA 10 ANOS
A Associação Cachoeirense da Cultura Afro Brasileira -ACCA- completa 10 anos de atividades e para isso realizara um Jantar festivo no dia 19 de Junho data de sua fundação com inicio as 21h, tendo como local o Circulo Operario Cachoeirense situado a Rua Saldanha Marinho n° 576 nesta cidade.
O Cardapio a ser servido será Frango ao molho laranja, Strogonoge de Carne, Salpicão de Frango, Arroz a branco e a grega, Buffet de Saladas e de Frutas ao valor de R$ 10,00 ( individual) , crianças até 10 anos pagam R$ 4,00.
Reservas poderão ser feitas pelos fones 51-99954957, 51-91653497 ou 51-93626553.
O Cardapio a ser servido será Frango ao molho laranja, Strogonoge de Carne, Salpicão de Frango, Arroz a branco e a grega, Buffet de Saladas e de Frutas ao valor de R$ 10,00 ( individual) , crianças até 10 anos pagam R$ 4,00.
Reservas poderão ser feitas pelos fones 51-99954957, 51-91653497 ou 51-93626553.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
TORNEIO DE FUTSAL JOSE NICOLAU BARBOSA
A ACCA realizará dia 06/06 domingo a 5ª Edição do Torneio de FUTSAL denominado JOSE NICOLAU BARBOSA ( patrono da ACCA) , com inicio as 08h e 30 min. tendo como local a Associação dos Funcionarios da CEEE ( Bairro Barcelos), haverá premiação do 1º ao 5º colocado, goleiro e goleador e trofeu disciplina, inscrição R$ 30,00 por equipe podendo inscrever até 10 atletas, hoje acontece uma reunião com representantes das equipes as 20h no Circulo Operario Cachoeirense.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
C.C.B.União Independente escolhe Imperatriz do Samba 2010
A representante da Escola de Samba Inovação, Ana Paula da Silva dos Santos, de 33 anos, conquistou na noite de sábado o título de Imperatriz do Samba de Cachoeira do Sul. O concurso foi promovido pelo Clube Cultural Beneficente União Independente, no Grêmio Náutico Tamandaré, reunindo sete canditadas dos 30 aos 50 anos de idade. A primeira-princesa é Marilete Dorneles de Oliveira, 43 anos, e a segunda-princesa é Vania Leni de Oliveira, de 43 anos. O título de Miss Simpatia ficou com Elisete dos Santos Rosa, de 38 anos.
A imperatriz Ana Paula mora no Bairro Santa Helena e participou pela primeira vez de um concurso de cultura e beleza. Ela acredita que tenha conquistado os jurados com a sua simpatia, naturalidade e samba no pé. Ana Paula é mãe de Savana Vitória, de 5 anos de idade, passista mirim da Escola de Samba Inovação. A primeira-princesa da corte da imperatriz, Marilete Dorneles, é mãe da rainha infantil do Carnaval de Cachoeira do Sul 2010, Ketlyn Ledriane de Oliveira, de 9 anos de idade. Esse é o terceiro título de Marilete. Ela foi eleita mulata café em 1994 e primeira-passista da Escola de Samba Unidos da Vila em 1997.
A miss simpatia Elisete dos Santos Rosa é mãe do mais belo negro de Cachoeira do Sul 2008, Max dos Santos Rosa, 16 anos, e da garota comunitária juvenil do Bairro Fátima 2010, Eduarda dos Santos Rosa, de 11 anos. Elisete é a única casada da corte. As demais soberanas são separadas. “Foi muito gratificante participar deste concurso. Ele valorizou as mulheres maduras da segunda idade. Sem dúvida, foi uma noite inesquecível para todas nós”, declarou a princesa Marilete. O organizador do evento, Evilásio Trindade, agradeceu as entidades que indicaram candidatas.
Imperatriz do Samba
>> Melhor Torcida: Bloco União da Zona Leste
>> Imperatriz do samba: Ana Paula da Silva dos Santos, 33 anos
1,63 metro de altura, moradora do Bairro Santa Helena
Representou a Escola de Samba Inovação
>> 1ª-princesa: Marilete Dorneles de Oliveira, 43 anos
1,63 metro de altura, moradora do Bairro Augusta
Representou o Bloco Talagaço
>> 2ª-princesa: Vania Leni de Oliveira, 43 anos
1,65 metro de altura, moradora do Bairro Barcelos
Representou o Bloco União da Zona Leste
>> Miss simpatia: Elisete dos Santos Rosa, 38 anos
1,75 metro de altura, moradora do Bairro Fátima
Representou o Clube União Independente
>> Comissão julgadora:
> João Edegar da Silva Filho, advogado
> Tânia Mara Campos Costa, rainha do Carnaval de Cachoeira do Sul em 1972, pelo Clube Tupinambá
> Fernanda Carvalho Lima, rainha do Carnaval de Cachoeira do Sul em 1996, pelo Clube Independente
> Carmem Cristina Bibiano, representante da Escola de Samba Portela do Sul, de Novo Hamburgo
domingo, 11 de abril de 2010
Resultado Étnico da Conferência Nacional de Educação
Em um momento ímpar de exercício coletivo e fraterno do poder argumentativo um equilibrado caldeirão étnico de povos e ideologias mobilizou a plenária da Conferência Nacional de Educação, ocorrida de 28 de março a 01 de abril, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães em Brasília, na aprovação de TODAS as propostas que legitimam os grupos de menor representatividade política na configuração étnico-cultural e sócio-educacional do Plano Nacional de Educação do próximo decênio.
Ganhamos a primeira batalha. Que nossa unidade de luta torne-se cúmplice na utilização de novos mecanismos para mobilizar bases de sustentação no Congresso Nacional para a conseqüente aprovação de um novo Plano Nacional de Educação como política de estado. São as seguintes diretrizes do Eixo VI – Justiça Social, Educação e Trabalho: Inclusão, Diversidade e Igualdade que foram contempladas:
279 I- Quanto às relações étnico-raciais:
a) Garantir a criação de condições políticas,pedagógicas, em especial financeiras,para a efetivação do Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana (Lei nº 10.639/03) no âmbito dos diversos sistemas de ensino, orientando-os para garantir a implementação das respectivas diretrizes curriculares nacionais, desde a educação infantil até a educação superior,obedecendo prazo e metas definidos no Plano Nacional de Educação e novo Plano Nacional de Educação e implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira (Lei n° 10.639/03) e dispondo de recursos provenientes de vinculação ou subvinculação definidas nas Leis nº. 10.639/03 e nº.11.645/2008.
b) Garantir o cumprimento integral dos artigos da Resolução 01/2004 do CNE/CP e que sejam considerados os termos do Parecer CNE/CP 03/2004.
c) Garantir que as instituições de ensino superior cumpram o Art. 1º, § 1º e o Art. 6º da Resolução 01/2004 do CNE/CP.
d) Construir um lugar efetivo no Plano de Desenvolvimento da Educação, para a educação das relações étnico-raciais, de acordo com a Lei n. 10.639/03 e suas modificações posteriores, bem como da Resolução CNE N.01/2004, do Parecer CNE N.03/2004 e do Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e Ensino de História e Cultura Afro-Brasileiras.
e) Implementar dentro da política de formação e valorização dos/das profissionais da educação a formação para de acordo com a Lei n. 10.639/03 e n.11.645/08 e suas diretrizes curriculares.
f) Ampliar a oferta,por parte das instituições de ensino superior públicas, de cursos de extensão, especialização,mestrado e doutorado sobre relações étnico-raciais, afro-brasileira, africana e indígena no Brasil, e a história e cultura afro-brasileira e africana.
g) Criar mecanismos que garantam acesso e permanência de populações de diferentes origens étnicas, considerando a composição étnico-racial da população,em todas as áreas e cursos da educação superior.
h) Garantir as condições institucionais de financiamento, para sensibilização e comunicação, pesquisa, formação de equipes, em regime de colaboração para a efetivação da Lei.
i) Implementar ações afirmativas como medidas de democratização do acesso e da permanência de negros/as e indígenas nas universidades e demais instituições de ensino superior públicas e garantir condições para a continuidade de estudos em nível de pós-graduação aos formandos que desejam avanço acadêmico.
j) Introduzir, junto a Capes e CNPq, a educação das relações étnico-raciais, afro-brasileira e indígena, e a história e cultura africana e afro-brasileira como uma subárea do conhecimento dentro da grande área das ciências sociais e humanas aplicadas.
k) Desenvolver políticas e ações, especialmente na educação básica e superior, que contribuam para o enfrentamento do racismo institucional, possíveis de existir nas empresas, nas indústrias e no mercado de trabalho,esclarecendo sobre as leis que visam combater o assédio moral, sexual e demais atos de preconceito e desrespeito à dignidade humana.
279 A- Quanto à Educação Quilombola
279 B- Garantir a elaboração de uma legislação específica para a educação quilombola, com a participação do movimento negro quilombola, assegurando o direito à preservação de suas manifestações culturais e à sustentabilidade de seu território tradicional.
279 C- Assegurar que a alimentação e a infraestrutura escolar quilombola respeitem a cultura alimentar, observando o cuidado com o meio ambiente e a geografia local.
279 D- Promover a formação específica e diferenciada (inicial e continuada) aos profissionais das escolas quilombolas, propiciando a elaboração de materiais didático-pedagógicos contextualizados com a identidade etnico-racial do grupo.
279 E- Garantir a participação de representantes quilombolas na composição dos conselhos referentes à educação, nos três entes federados.
279 F- Instituir um programa específico de licenciatura para quilombolas, visando garantir a valorização e a preservação cultural dessas comunidades étnicas.
279 G-. Garantir aos professores quilombolas a sua formação em serviço e, quando for o
caso, concomitantemente com a sua própria escolarização.
279 H- Instituir o Plano Nacional de Educação Quilombola, visando à valorização plena das culturas das comunidades quilombolas, a afirmação e manutenção de sua diversidade étnica.
279 I- Assegurar que a atividade docente nas escolas quilombolas seja exercida preferencialmente por professores/as oriundos/as das comunidades quilombolas.
Fonte: Arisia Barros
http://www.cadaminuto.com.br/
Ganhamos a primeira batalha. Que nossa unidade de luta torne-se cúmplice na utilização de novos mecanismos para mobilizar bases de sustentação no Congresso Nacional para a conseqüente aprovação de um novo Plano Nacional de Educação como política de estado. São as seguintes diretrizes do Eixo VI – Justiça Social, Educação e Trabalho: Inclusão, Diversidade e Igualdade que foram contempladas:
279 I- Quanto às relações étnico-raciais:
a) Garantir a criação de condições políticas,pedagógicas, em especial financeiras,para a efetivação do Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana (Lei nº 10.639/03) no âmbito dos diversos sistemas de ensino, orientando-os para garantir a implementação das respectivas diretrizes curriculares nacionais, desde a educação infantil até a educação superior,obedecendo prazo e metas definidos no Plano Nacional de Educação e novo Plano Nacional de Educação e implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira (Lei n° 10.639/03) e dispondo de recursos provenientes de vinculação ou subvinculação definidas nas Leis nº. 10.639/03 e nº.11.645/2008.
b) Garantir o cumprimento integral dos artigos da Resolução 01/2004 do CNE/CP e que sejam considerados os termos do Parecer CNE/CP 03/2004.
c) Garantir que as instituições de ensino superior cumpram o Art. 1º, § 1º e o Art. 6º da Resolução 01/2004 do CNE/CP.
d) Construir um lugar efetivo no Plano de Desenvolvimento da Educação, para a educação das relações étnico-raciais, de acordo com a Lei n. 10.639/03 e suas modificações posteriores, bem como da Resolução CNE N.01/2004, do Parecer CNE N.03/2004 e do Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e Ensino de História e Cultura Afro-Brasileiras.
e) Implementar dentro da política de formação e valorização dos/das profissionais da educação a formação para de acordo com a Lei n. 10.639/03 e n.11.645/08 e suas diretrizes curriculares.
f) Ampliar a oferta,por parte das instituições de ensino superior públicas, de cursos de extensão, especialização,mestrado e doutorado sobre relações étnico-raciais, afro-brasileira, africana e indígena no Brasil, e a história e cultura afro-brasileira e africana.
g) Criar mecanismos que garantam acesso e permanência de populações de diferentes origens étnicas, considerando a composição étnico-racial da população,em todas as áreas e cursos da educação superior.
h) Garantir as condições institucionais de financiamento, para sensibilização e comunicação, pesquisa, formação de equipes, em regime de colaboração para a efetivação da Lei.
i) Implementar ações afirmativas como medidas de democratização do acesso e da permanência de negros/as e indígenas nas universidades e demais instituições de ensino superior públicas e garantir condições para a continuidade de estudos em nível de pós-graduação aos formandos que desejam avanço acadêmico.
j) Introduzir, junto a Capes e CNPq, a educação das relações étnico-raciais, afro-brasileira e indígena, e a história e cultura africana e afro-brasileira como uma subárea do conhecimento dentro da grande área das ciências sociais e humanas aplicadas.
k) Desenvolver políticas e ações, especialmente na educação básica e superior, que contribuam para o enfrentamento do racismo institucional, possíveis de existir nas empresas, nas indústrias e no mercado de trabalho,esclarecendo sobre as leis que visam combater o assédio moral, sexual e demais atos de preconceito e desrespeito à dignidade humana.
279 A- Quanto à Educação Quilombola
279 B- Garantir a elaboração de uma legislação específica para a educação quilombola, com a participação do movimento negro quilombola, assegurando o direito à preservação de suas manifestações culturais e à sustentabilidade de seu território tradicional.
279 C- Assegurar que a alimentação e a infraestrutura escolar quilombola respeitem a cultura alimentar, observando o cuidado com o meio ambiente e a geografia local.
279 D- Promover a formação específica e diferenciada (inicial e continuada) aos profissionais das escolas quilombolas, propiciando a elaboração de materiais didático-pedagógicos contextualizados com a identidade etnico-racial do grupo.
279 E- Garantir a participação de representantes quilombolas na composição dos conselhos referentes à educação, nos três entes federados.
279 F- Instituir um programa específico de licenciatura para quilombolas, visando garantir a valorização e a preservação cultural dessas comunidades étnicas.
279 G-. Garantir aos professores quilombolas a sua formação em serviço e, quando for o
caso, concomitantemente com a sua própria escolarização.
279 H- Instituir o Plano Nacional de Educação Quilombola, visando à valorização plena das culturas das comunidades quilombolas, a afirmação e manutenção de sua diversidade étnica.
279 I- Assegurar que a atividade docente nas escolas quilombolas seja exercida preferencialmente por professores/as oriundos/as das comunidades quilombolas.
Fonte: Arisia Barros
http://www.cadaminuto.com.br/
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Laudelina Campos de Mello
Sob o signo do inconformismo e da militância
A história da neta de escravos, Laudelina Campos Mello, que bateu de frente com políticos poderosos, infernizou a elite racista de toda uma cidade e eternizou seu nome como o grande ícone da luta das empregadas domésticas.
Embora os ocorridos em Montgomery, no primeiro dia de dezembro de 1955, sejam um marco da história da luta pela igualdade racial, poucos lembram com exatidão o que aconteceu na cidade do estado do Alabama, Estados Unidos. Porém, as dúvidas que envolvem a fatídica manhã de verão tornam-se quase nulas quando o nome Rosa Parks é lembrado. Batizada como Rosa Louise McCauley, a costureira nascida em Tugeskee fez história ao negar ceder seu lugar em um ônibus para que um homem branco sentasse. O ato pioneiro de insubordinação contra o apartheid levou Rosa à cadeia, mas serviu de estopim para a criação do Movimento dos Direitos Civis dos afro-descendentes norte-americanos. O que muita gente também não sabe é que enquanto, nos EUA, Rosa Parks eternizava seu nome entre as notáveis negras da história; no Brasil, ainda na década de 1950, uma outra negra de extremo senso de justiça e inquietação, semelhante ao da estadunidense, passava por cima de qualquer obstáculo e infernizava políticos e elitistas preconceituosos. Seu nome, Laudelina Campos de Mello, que veio ao mundo em 12 outubro de 1904, na cidade de Poços de Caldas, Minas Gerais. Fruto da união de uma escrava doméstica e um lenhador, ela nasceu livre devido a Leia Áurea. Se no papel a situação parecia confortável para os negros, a realidade era
Aprendendo a lutar
A relação escravocrata ainda se fazia presente e desde muito cedo a pequena garota sentiu o gosto do racismo, pois vivia agarrada à mãe, Dona Sidônia, serviçal de uma renomada família da cidade. "A sinhá teve uma filha surda e que não andava. Então a minha mãe tinha que pajear a menina. Ela carregava pra dar banho, dava comida na boca. Na hora que ela tinha acesso (crise), ela jogava prato na minha mãe.
Minha mãe não podia falar nada, tinha que ficar quieta, aceitar, agradar". Os vexames e ofensas que a sua mãe recebia da patroa não eram as únicas manifestações de preconceito sofridas por sua família. Na escola, quando provocada por colegas brancas, a espevitada Laudelina não pensava duas vezes antes de revidar aos xingamentos racistas
Diferentemente de sua família que aceitava com resignação as humilhações constantes. Se por um lado, seus familiares mantinham um comportamento respeitoso diante da costumeira opressão, a falante menina deixava transparecer a personalidade forte que marcara sua trajetória. Em 1914, com apenas 10 anos de idade, ela pulo no pescoço e quase sufocou o capataz que, a mando da sinhazinha, tentara, em vão, aplicar chibatas na Dona Sidônia. "A minha mãe dizia para mim que eu deveria ter nascido homem, porque eu já nasci com aquela garra, com aquela coisa que tudo para mim eu não deixava passar, queria enfrentar".
Tempos idos, tempos difícies
A morte do pai Marco Aurélio, no ano de 1917, dificultou a vida dos Campos de Mello e Laudelina foi obrigada a abandonar os estudos na terceira série do primário para se dedicar à profissão de empregada doméstica. A rotina de trabalhadora somada à missão de cuidar dos irmãos menores não impediram que seu senso de liderança se manifestasse. Assim, aos 16 anos, obteve seu primeiro cargo administrativo: a presidência de um clube para jovens, algo até então raríssimo para uma mulher na década de 20, ainda mais negra. Próxima da maioridade, Laudelina conheceu o pedreiro Henrique Geremias por quem se apaixonou e passou a se encontrar secretamente, mas teve o relacionamento impedido por sua mãe.
Carioca radicado em Santos, Henrique deixou Poços assim que a construção do hotel que trabalhara foi concluída. Entristecida com o fim do namoro, Laudelina, empregada de Julia Kubtischek, mãe do jovem político que em algumas décadas iria mudar a história do país, mudou-se para São Paulo com a patroa. Na capital paulista, o destino fez com que a jovem doméstica cruzasse novamente o caminho de Henrique, com quem casou-se em Santos, logo após o término da Revolução de 1924. Depois de uma breve estada no litoral, Laudelina regressou a São Paulo, onde, no dia 13 de maio de 1925, concebeu Alaor.
Entre sonhos e trincheiras
A vida de mãe e dona de casa seguia calma até a Revolução Constitucionalista de 1932, quando oligarquias puseram em prática o plano de dar fim à ditadura imposta por Getúlio Vargas. Presságios anunciavam que São Paulo seria palco de um conflito armado, e às pressas, os Campos de Mello fugiram para Santos. Na volta à cidade portuária, Laudelina e seu marido ingressaram em Saudades de Campinas, associação de caráter cultural e um dos tentáculos da Frente Negra Brasileira (FNB), uma das maiores entidades não governamentais do movimento negro nacional. "Eu era oradora e vice-presidente. O meu marido era o secretário. A fundação foi criada assim que terminou a revolução. Nessa época, eu participava da Associação só por lazer e cultura. Era um espaço do negro, já que os brancos eram muito racistas e não queriam se misturar." Em 1936, a Frente encontrava-se dividida pela incompatibilidade política de seus membros. Entre os descontentes com os novos rumos da FNB estavam os professores Geraldo Campos de Oliveira e Vicente Lobato. Também insatisfeita com as mudanças, Laudelina uniu-se à dupla e deixou transparecer seu grande sonho: incluir as empregadas domésticas no ramo sindical, assim garantindo-lhes direitos trabalhistas. Laudelina via a precariedade das condições de trabalho dessas mulheres e dos preconceitos reinantes, que ela percebia como resíduos da escravidão.
Fonte: Roniel Felipe/ Revista Raça
A história da neta de escravos, Laudelina Campos Mello, que bateu de frente com políticos poderosos, infernizou a elite racista de toda uma cidade e eternizou seu nome como o grande ícone da luta das empregadas domésticas.
Embora os ocorridos em Montgomery, no primeiro dia de dezembro de 1955, sejam um marco da história da luta pela igualdade racial, poucos lembram com exatidão o que aconteceu na cidade do estado do Alabama, Estados Unidos. Porém, as dúvidas que envolvem a fatídica manhã de verão tornam-se quase nulas quando o nome Rosa Parks é lembrado. Batizada como Rosa Louise McCauley, a costureira nascida em Tugeskee fez história ao negar ceder seu lugar em um ônibus para que um homem branco sentasse. O ato pioneiro de insubordinação contra o apartheid levou Rosa à cadeia, mas serviu de estopim para a criação do Movimento dos Direitos Civis dos afro-descendentes norte-americanos. O que muita gente também não sabe é que enquanto, nos EUA, Rosa Parks eternizava seu nome entre as notáveis negras da história; no Brasil, ainda na década de 1950, uma outra negra de extremo senso de justiça e inquietação, semelhante ao da estadunidense, passava por cima de qualquer obstáculo e infernizava políticos e elitistas preconceituosos. Seu nome, Laudelina Campos de Mello, que veio ao mundo em 12 outubro de 1904, na cidade de Poços de Caldas, Minas Gerais. Fruto da união de uma escrava doméstica e um lenhador, ela nasceu livre devido a Leia Áurea. Se no papel a situação parecia confortável para os negros, a realidade era
Aprendendo a lutar
A relação escravocrata ainda se fazia presente e desde muito cedo a pequena garota sentiu o gosto do racismo, pois vivia agarrada à mãe, Dona Sidônia, serviçal de uma renomada família da cidade. "A sinhá teve uma filha surda e que não andava. Então a minha mãe tinha que pajear a menina. Ela carregava pra dar banho, dava comida na boca. Na hora que ela tinha acesso (crise), ela jogava prato na minha mãe.
Minha mãe não podia falar nada, tinha que ficar quieta, aceitar, agradar". Os vexames e ofensas que a sua mãe recebia da patroa não eram as únicas manifestações de preconceito sofridas por sua família. Na escola, quando provocada por colegas brancas, a espevitada Laudelina não pensava duas vezes antes de revidar aos xingamentos racistas
Diferentemente de sua família que aceitava com resignação as humilhações constantes. Se por um lado, seus familiares mantinham um comportamento respeitoso diante da costumeira opressão, a falante menina deixava transparecer a personalidade forte que marcara sua trajetória. Em 1914, com apenas 10 anos de idade, ela pulo no pescoço e quase sufocou o capataz que, a mando da sinhazinha, tentara, em vão, aplicar chibatas na Dona Sidônia. "A minha mãe dizia para mim que eu deveria ter nascido homem, porque eu já nasci com aquela garra, com aquela coisa que tudo para mim eu não deixava passar, queria enfrentar".
Tempos idos, tempos difícies
A morte do pai Marco Aurélio, no ano de 1917, dificultou a vida dos Campos de Mello e Laudelina foi obrigada a abandonar os estudos na terceira série do primário para se dedicar à profissão de empregada doméstica. A rotina de trabalhadora somada à missão de cuidar dos irmãos menores não impediram que seu senso de liderança se manifestasse. Assim, aos 16 anos, obteve seu primeiro cargo administrativo: a presidência de um clube para jovens, algo até então raríssimo para uma mulher na década de 20, ainda mais negra. Próxima da maioridade, Laudelina conheceu o pedreiro Henrique Geremias por quem se apaixonou e passou a se encontrar secretamente, mas teve o relacionamento impedido por sua mãe.
Carioca radicado em Santos, Henrique deixou Poços assim que a construção do hotel que trabalhara foi concluída. Entristecida com o fim do namoro, Laudelina, empregada de Julia Kubtischek, mãe do jovem político que em algumas décadas iria mudar a história do país, mudou-se para São Paulo com a patroa. Na capital paulista, o destino fez com que a jovem doméstica cruzasse novamente o caminho de Henrique, com quem casou-se em Santos, logo após o término da Revolução de 1924. Depois de uma breve estada no litoral, Laudelina regressou a São Paulo, onde, no dia 13 de maio de 1925, concebeu Alaor.
Entre sonhos e trincheiras
A vida de mãe e dona de casa seguia calma até a Revolução Constitucionalista de 1932, quando oligarquias puseram em prática o plano de dar fim à ditadura imposta por Getúlio Vargas. Presságios anunciavam que São Paulo seria palco de um conflito armado, e às pressas, os Campos de Mello fugiram para Santos. Na volta à cidade portuária, Laudelina e seu marido ingressaram em Saudades de Campinas, associação de caráter cultural e um dos tentáculos da Frente Negra Brasileira (FNB), uma das maiores entidades não governamentais do movimento negro nacional. "Eu era oradora e vice-presidente. O meu marido era o secretário. A fundação foi criada assim que terminou a revolução. Nessa época, eu participava da Associação só por lazer e cultura. Era um espaço do negro, já que os brancos eram muito racistas e não queriam se misturar." Em 1936, a Frente encontrava-se dividida pela incompatibilidade política de seus membros. Entre os descontentes com os novos rumos da FNB estavam os professores Geraldo Campos de Oliveira e Vicente Lobato. Também insatisfeita com as mudanças, Laudelina uniu-se à dupla e deixou transparecer seu grande sonho: incluir as empregadas domésticas no ramo sindical, assim garantindo-lhes direitos trabalhistas. Laudelina via a precariedade das condições de trabalho dessas mulheres e dos preconceitos reinantes, que ela percebia como resíduos da escravidão.
Fonte: Roniel Felipe/ Revista Raça
Rumos do hip hop
Fruto das contestações dos moradores da periferia brasileira, o hip hop, introduzido no país, ganha respeito e visibilidade na sociedade, agora, com o apoio do governo federal
O prêmio de hip hop que será de 1,7 milhões, é iniciativa do governo federal, que consolida a cultura de rua, como uma das ferramentas mais importantes do terceiro setor no país e transforma o ano de 2010 no marco da história do hip hop no Brasil. Essa cultura nasceu na Jamaica, se solidificou nos EUA e ganhou o mundo, e em nosso país adquiriu características próprias, e a principal delas é sua forte atuação social, já que espelha as demandas de parte das periferias das nossas cidades. E esse ano o " Prêmio Cultura Hip Hop - Edição Preto Ghóez", realizado pelo Ministério da Cultura, vai prestigiar 128 ganhadores entre ações e ativistas, totali zando 1,7 milhões de reais em dinheiro. "Um grande incentivo pra quem precisa de um incentivo", disse Edi Rock, vocalista dos Racionais, considerado o principal grupo de Rap do país, e completou:
"Ainda mais quando se homenageia um grande ícone do Nordeste que foi Preto Ghóez". Essa iniciativa do Governo Federal para a "música da periferia" em geral, vai fortificar o movimento e suas ações. Além disso vai ajuda a manter viva a sua história, por homenagear o rapper/ativista Preto Ghóez, do grupo Clã Nordestino, que morreu em 2004. "O prêmio é uma forma de mostrar que ele estava certo quando invadia salas de ministérios para defender o hip hop" falou o rapper Gog.
O prêmio de hip hop que será de 1,7 milhões, é iniciativa do governo federal, que consolida a cultura de rua, como uma das ferramentas mais importantes do terceiro setor no país e transforma o ano de 2010 no marco da história do hip hop no Brasil. Essa cultura nasceu na Jamaica, se solidificou nos EUA e ganhou o mundo, e em nosso país adquiriu características próprias, e a principal delas é sua forte atuação social, já que espelha as demandas de parte das periferias das nossas cidades. E esse ano o " Prêmio Cultura Hip Hop - Edição Preto Ghóez", realizado pelo Ministério da Cultura, vai prestigiar 128 ganhadores entre ações e ativistas, totali zando 1,7 milhões de reais em dinheiro. "Um grande incentivo pra quem precisa de um incentivo", disse Edi Rock, vocalista dos Racionais, considerado o principal grupo de Rap do país, e completou:
"Ainda mais quando se homenageia um grande ícone do Nordeste que foi Preto Ghóez". Essa iniciativa do Governo Federal para a "música da periferia" em geral, vai fortificar o movimento e suas ações. Além disso vai ajuda a manter viva a sua história, por homenagear o rapper/ativista Preto Ghóez, do grupo Clã Nordestino, que morreu em 2004. "O prêmio é uma forma de mostrar que ele estava certo quando invadia salas de ministérios para defender o hip hop" falou o rapper Gog.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Jovem negro é alvo, segundo Mapa
Brasília - O risco que corre um jovem negro no país da democracia racial de ser assassinado é 130% maior que o de um jovem branco, segundo o Mapa da Violência, Anatomia dos Homicídios no Brasil, divulgado pelo Instituto Sangari, com base nos dados do Subsistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde.
Os maiores índices de mortes violentas estão concentrados na população jovem, entre 15 e 24 anos. Só no ano de 2007 mais de 17,4 mil jovens foram assassinados no Brasil, o que representou 36,6% do total ocorrido no país. O Estado que apresentou o maior crescimento na taxa de assassinatos de jovens entre 1997 e 2007 foi Alagoas, que passou de 170 mortes em 1997 para 763 mortes dez anos depois (crescimento de 348,8%).
Por outro lado, São Paulo foi o Estado que apresentou a maior queda (- 60,6%), passando de 4.682 mortes em 1997 para 1.846 óbitos em 2007.
Tendências opostas
Segundo o sociólogo Julio Jacobo , autor do estudo, as diferenças no número de homicídios são o resultado de duas tendências opostas. “Nos últimos cinco anos, o número de mortes por assassinato entre a população jovem branca apresentou uma redução significativa: 31,6%.
Entre negros, o movimento na direção contrária, um aumento de 5,3% das mortes no período. Brancos foram os principais beneficiados pelas ações realizadas de combate à violência. Temos uma grave anomalia que precisa ser reparada", afirmou.
O trabalho revela que em alguns Estados as diferenças de risco entre as populações são ainda mais acentuadas. Na Paraíba, por exemplo, o número de vítimas de homicídio entre negros é 12 vezes maior do que o de brancos. Em 2007, a cada cem mil brancos eram registrados 2,5 assassinatos. Entre a população negra, no mesmo ano, os índices foram de 31,9 homicídios para cada cem mil.
"As diferenças sempre foram históricas no Estado. Mas as mudanças nesses últimos cinco anos foram muito violentas", avalia Jacobo. Paraíba seguiu a tendência nacional: foi registrada a redução do número de vítimas entre brancos e um aumento do número de assassinatos entre negros.
Pernambuco vem em segundo lugar: ali morrem 826,4% mais negros do que brancos. Rio de Janeiro ocupa a 13ª posição, com porcentual de mortes entre negros 138,7% maior do que entre brancos. São Paulo vem em 21º lugar, onde morrem 47% mais negros do que brancos. O Paraná é o único Estado do País onde a população branca apresenta maior risco de ser vítima de homicídio - proporcionalmente morrem 36,8% mais brancos do que negros.
Homens
A esmagadora maioria dos assassinatos no País ocorre entre a população masculina. Em 2007, 92,1% dos homicídios foram cometidos contra homens. Na população de jovens, essa proporção foi ainda maior: 93,9%. O Espírito Santo foi o Estado que apresentou maior taxa de homicídios entre mulheres: 10,3 por cem mil, seguida de Roraima, com 9,6. O Maranhão foi o Estado com o menor indicador. Foram registradas 1,9 morte a cada cem mil mulheres.
O Estudo conclui ainda que não é a pobreza absoluta, mas as grandes diferenças de renda que forçam para cima os índices de homicídio no Brasil. O trabalho fez uma comparação entre índices de violência de vários países com indicadores de desenvolvimento humano e de concentração de renda. "Claro que as dificuldades econômicas contam. Mas o principal são os contrastes, a pobreza convivendo com a riqueza", afirma Jacobo.
Os maiores índices de mortes violentas estão concentrados na população jovem, entre 15 e 24 anos. Só no ano de 2007 mais de 17,4 mil jovens foram assassinados no Brasil, o que representou 36,6% do total ocorrido no país. O Estado que apresentou o maior crescimento na taxa de assassinatos de jovens entre 1997 e 2007 foi Alagoas, que passou de 170 mortes em 1997 para 763 mortes dez anos depois (crescimento de 348,8%).
Por outro lado, São Paulo foi o Estado que apresentou a maior queda (- 60,6%), passando de 4.682 mortes em 1997 para 1.846 óbitos em 2007.
Tendências opostas
Segundo o sociólogo Julio Jacobo , autor do estudo, as diferenças no número de homicídios são o resultado de duas tendências opostas. “Nos últimos cinco anos, o número de mortes por assassinato entre a população jovem branca apresentou uma redução significativa: 31,6%.
Entre negros, o movimento na direção contrária, um aumento de 5,3% das mortes no período. Brancos foram os principais beneficiados pelas ações realizadas de combate à violência. Temos uma grave anomalia que precisa ser reparada", afirmou.
O trabalho revela que em alguns Estados as diferenças de risco entre as populações são ainda mais acentuadas. Na Paraíba, por exemplo, o número de vítimas de homicídio entre negros é 12 vezes maior do que o de brancos. Em 2007, a cada cem mil brancos eram registrados 2,5 assassinatos. Entre a população negra, no mesmo ano, os índices foram de 31,9 homicídios para cada cem mil.
"As diferenças sempre foram históricas no Estado. Mas as mudanças nesses últimos cinco anos foram muito violentas", avalia Jacobo. Paraíba seguiu a tendência nacional: foi registrada a redução do número de vítimas entre brancos e um aumento do número de assassinatos entre negros.
Pernambuco vem em segundo lugar: ali morrem 826,4% mais negros do que brancos. Rio de Janeiro ocupa a 13ª posição, com porcentual de mortes entre negros 138,7% maior do que entre brancos. São Paulo vem em 21º lugar, onde morrem 47% mais negros do que brancos. O Paraná é o único Estado do País onde a população branca apresenta maior risco de ser vítima de homicídio - proporcionalmente morrem 36,8% mais brancos do que negros.
Homens
A esmagadora maioria dos assassinatos no País ocorre entre a população masculina. Em 2007, 92,1% dos homicídios foram cometidos contra homens. Na população de jovens, essa proporção foi ainda maior: 93,9%. O Espírito Santo foi o Estado que apresentou maior taxa de homicídios entre mulheres: 10,3 por cem mil, seguida de Roraima, com 9,6. O Maranhão foi o Estado com o menor indicador. Foram registradas 1,9 morte a cada cem mil mulheres.
O Estudo conclui ainda que não é a pobreza absoluta, mas as grandes diferenças de renda que forçam para cima os índices de homicídio no Brasil. O trabalho fez uma comparação entre índices de violência de vários países com indicadores de desenvolvimento humano e de concentração de renda. "Claro que as dificuldades econômicas contam. Mas o principal são os contrastes, a pobreza convivendo com a riqueza", afirma Jacobo.
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Em pleno 2010, negros lutam por igualdade na TV
SÃO PAULO - Fazer parte da história da televisão brasileira, que em 2010 completa 60 anos, não é tarefa fácil. Muitos aceitam o desafio de participar de reality shows, outros usam os mais diferentes artifícios para virar notícia e continuar na mídia. Mas há aqueles que realmente têm talento e enfrentam filas enormes em testes que duram o dia todo por uma pequena vaga na novela. Qualquer ator passa por esse tipo de situação.
Porém, quem é negro ainda tem ainda, infelizmente, um outro obstáculo. Invisível e dissimulado muitas vezes: o preconceito.
No domingo (21) é comemorado o Dia Mundial Contra a Discriminação Racial e, mesmo com tantas formas de entrar na telinha, para quem é negro as portas ainda não estão totalmente abertas.
Aliás, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estática (IBGE), pouco mais de 50% da população brasileira é negra. E, em pleno 2010, 122 anos depois da Lei Áurea, em um país cheio de misturas raciais, ainda há certo preconceito. “Infelizmente não atingimos um nível ideal de humanização da sociedade. Isso também se inclui quando falamos de mídia. O pior de tudo é que a consciência humanista ainda é um desafio. Isso significa avaliar os seres humanos como apenas uma raça, a raça humana, não importando a sua cor, etnia ou estilo de vida”, afirma o sociólogo Cristiano Bassa.
Que o preconceito existe todo mundo sabe. Mas, e no mundo dos famosos? Segundo José Armando Vanucci, crítico de TV, aos poucos, a televisão começa a quebrar alguns convencionalismos e a se aproximar da realidade do País. Tanto isso é verdade que hoje podemos ver duas protagonistas descendentes de negros em novelas. Camila Pitanga, em “Cama de Gato”, e Taís Araújo, em “Viver a Vida”.
Mas, como tudo que é bom tem alguma ressalva, Vanucci lembra: “Infelizmente, ainda é preciso valorizar a presença de duas negras em papéis de destaque. O ideal seria olhar apenas para o trabalho e não para a raça, porque pouco importa a cor da pele para um personagem. Helena e Rose são mulheres fortes, com histórias que podem ser vividas por brancas, orientais, negras ou ruivas”.
É fato: há alguns anos atrás ser negro e fazer parte de uma novela em papel de destaque era muito mais difícil do que hoje. A atriz Dhu Moraes, que recentemente viveu a empregada Dirce em “Caras e Bocas”, conta que houve, sem dúvida nenhuma, muitas mudanças. Mas ainda não é o bastante. “A dificuldade para conseguir bons personagens sempre houve, mas, de uns anos para cá, as portas têm se aberto mais, reflexo de que a mídia tem mudado”, disse.
Dhu também contou que, mesmo com toda essa abertura, em 2008, quando estreou a peça “Divina Elizeth” em São Paulo, aconteceu algo bem curioso. “Quando o espetáculo estreou no Rio de Janeiro, o elenco foi mudado e tivemos uma ruiva fazendo Elizeth Cardoso. Será que se a Sheron Menezes colocasse uma peruca loira se passaria por Marilyn Monroe?”, contestou.
Empregadas, motoristas e escravos
Quando se fala em negros vivendo personagens em novelas é fácil lembrar de empregadas domésticas, motoristas ou assaltantes. Será que essa realidade mudou? Para Zezé Motta, que está de volta à telinha na pele da escrava Virgínea, na reapresentação de “Sinhá Moça”, o problema não é viver esse tipo de papel e sim como ele é tratado pelo autor. “Antigamente os negros não tinham família nas novelas. Eu fiz muitas empregadas domésticas e não há problema algum em interpretá-las, mas antigamente esse tipo de personagem entrava mudo e saía calado”, revelou.
A atriz, que viveu sua primeira empregada na televisão em “Beto Rockfeller”, diz que percebe hoje uma melhor diversidade na distribuição dos papéis. “Já fui até empresária e dona de restaurante”, brincou, aos risos, e lembrou que nas tramas de Manoel Carlos e João Emanuel Carneiro os negros estão incluídos em um contexto, com família e amigos, o que antes era bem raro.
Mesmo sabendo de todas as mudanças, José Armando Vanucci é categórico ao afirmar que não houve tanto avanço com relação à discriminação. “Marginais ainda são interpretados por atores negros. Será que não há brancos entre os criminosos? É preciso quebrar esse preconceito, definitivamente”, disse.
Está virando lei
Muita gente não sabe, mas um projeto do Senador Paulo Paim, o “Estatuto Racial”, está sendo votado no Senado para se tornar lei. O documento exige, entre outras coisas, cotas para negros em novelas, publicidade e filmes. Outro projeto de lei, da deputada federal Nice Lobão, pede que 20% do elenco seja de negros. O assunto é polêmico e causa diversas opiniões.
Zezé Motta que, além de atriz, abraçou a luta pela discriminação racial e em 1984 fundou o Centro Brasileiro de Informação e Documentação do Artista Negro (Cidan), diz ser a favor desse tipo de lei. “No Cidan temos 500 atores negros cadastrados e quantos estão nas novelas hoje? Ser artista no Brasil é difícil para todo mundo e eu sei que é questão de talento, mas podemos fazer mais parte do que fazemos hoje”, afirmou.
O Famosidades entrou em contato com o SBT, Record e Globo para saber se, mesmo informalmente, as emissoras já adotaram a possível legislação.
O SBT revelou que já tem o sistema de cotas, mas não fala sobre porcentagem. Já a Record afirmou ter negros trabalhando na casa, mas não segue nenhum tipo de cota porque a lei ainda não foi aprovada. Em comunicado oficial, a TV Globo respondeu: “Não segmentamos nem o elenco e nem o público por etnia, classe social, sexo nem religião”.
Há muito que ser feito
A discussão sobre negros na televisão é longa e necessária. O sociólogo Cristiano Bassa se afirma otimista com relação aos avanços que foram conquistados. “Aos poucos os negros têm tomado seus espaços na sociedade e com isso o quadro de discriminação tende a ser reduzido”, disse.
E qual será o próximo avanço sobre o assunto? Zezé deu uma dica: “O desafio agora é a igualdade de salários. A atriz branca ganha menos que o ator branco e o ator negro ganha menos ainda. A mulher negra, então, nem se fala. Nossa luta agora é pelo reconhecimento e pelo respeito ao salário igual para todos”, finalizou.
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