S. Paulo - O grande desafio do Movimento Negro Brasileiro é credenciar lideranças por meio do voto popular. A opinião é do jurista e ex-secretário de Justiça de S. Paulo, Hédio Silva Jr., para quem o debate nos partidos será tanto mais altivo e produtivo "tanto mais sejamos capazes de credenciar lideranças".
Segundo Hédio, nome destacado no Movimento Negro e que disputou sem sucesso as eleições passadas para deputado federal pelo PFL (atual DEM), há três tipos de relação dos negros com os partidos: o estilo, que ele chama de capitão do mato, "dos que não se cansam de bajular sinhozinhos e sinhazinhas"; os que acreditam que a força nos partidos políticos deve ser buscada nos próprios partidos, o que ele considera um equívoco; e o segmento cada vez maior que se recusa a subordinar os interesses da comunidade negra às conveniências partidária.
Hédio, que está engajado na campanha do ex-governador Geraldo Alckmin, do PSDB, que disputa com o prefeito Gilberto Kassab, a preferência dos tucanos paulistas na disputa para a Prefeitura, conversou com a Afropress, numa longa entrevista ao editor, Jornalista Dojival Vieira, e falou de quase tudo: das possibilidades de aprovação do Estatuto da Igualdade Racial à eleição do senador Barack Obama, nos EUA.
Para Hédio, a base do Governo Lula no Congresso não tem o menor interesse em aprovar o Estatuto. “De modo que as chances de aprovação continuam remotas, para dizer o mínimo”, acrescenta. Quanto as chances dos Estados Unidos terem o primeiro negro eleito presidente é otimista. “A eleição do Obama irá chacoalhar o mundo todo, tanto no plano simbólico, nas reflexões que irá fomentar, quanto na reafirmação da importância do ativismo político”, afirmou.
Veja a entrevista completa no www.afropress.com.br 21/05/2008
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