O Museu Treze de Maio realizará neste dia, a partir das 10 horas, uma homenagem ao poeta Oliveira Ferreira Silveira, recentemente falecido. A data lembra o Massacre de Shaperville, ocorrido em 1960, na cidade de Joanesburgo. Naquele ano, o governo racista da África do Sul passou a exigir que o povo negro sul-africano portasse cartões de identificação, com especificação dos locais por onde poderia circular.
Era uma manifestação pacífica, com 20 mil participantes protestando contra a “lei do passe”, a maioria mulheres e crianças. Ao alcançar o Bairro de Shaperville, os manifestantes foram recebidos a bala pelas tropas do exército, sendo mortas 69 pessoas, ficando 186 feridas.
A notícia e as cenas da tragédia ganharam as páginas dos principais jornais e televisões do mundo. Para não esquecer o acontecido, a Organização das Nações Unidas instituiu essa data, como o “Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial”. O Massacre foi também determinante para que Mandela optasse pela luta armada.
Para lembrar a data, o Museu Treze de Maio (MTM) realizará um sarau literário, com abertura da mostra fotográfica sobre o Poeta Oliveira Silveira. Na sua história de vida, dois fatos sobressaíram: primeiro, ele foi um dos idealizadores do “Dia da Consciência Negra” e segundo, incluiu na sua produção literária a figura do negro como parte integrante da vida campeira gaúcha: na charqueada, na fazenda, carreteando, no galpão...
“Desde os tempos primitivos
Do velho pago nascente
O negro esteve presente
E junto ao guasca bagual
Mostrou valentia igual
Quando não foi mais valente”.
Oliveira Silveira
Fonte: Rubinei Machado
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