A posse de um filho da África como presidente dos Estados Unidos da América neste ano representou, por vários motivos, um marco histórico em uma jornada que começou há mais de 400 anos.
Por toda a América e Caribe, os descendentes da maior migração forçada da história lutaram – e continuam lutando – por justiça, inclusão e respeito”.
As estimativas sobre o número de homens e mulheres transportados variam, mas o legado desse tráfico vil não pode ser questionado. A África ainda não se recuperou dos estragos causados pelo tráfico de escravos e da era de colonização que veio a seguir. Do outro lado do Atlântico, na Europa e em toda parte, os descendentes de africanos ainda lutam diariamente contra o preconceito enraizado que os mantém de forma desproporcional na pobreza.”
“Apesar de a escravidão ter sido oficialmente abolida, o racismo ainda é uma mácula em nosso mundo. Assim como as formas modernas de escravidão, como o trabalho compulsório, a prostituição forçada, o recrutamento de crianças na guerra e o tráfico internacional de drogas. É essencial que nos manifestemos em alto e bom tom contra esses tipos de abuso. A declaração Universal dos Direitos Humanos estabelece que ‘todo ser humano nasce livre e igual em dignidade e direitos’. O desrespeito a este princípio fundamental leva à desumanidade que é a escravidão e os horrores do genocídio.”
Ban Ki-moon, secretário geral das Nações Unidas
Fonte: ccnrs
Nenhum comentário:
Postar um comentário