"Terra, trabalho e educação serão temas prioritários. O grande objetivo é consolidar a implantação do Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial", antecipou o ministro. A solenidade realizada no Palácio do Planalto teve a presença dos ministros Orlando Silva, dos Esportes, da Previdência, José Pimental, do Secretário Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, e do presidente da Fundação Palmares, Zulu Araújo.
Até junho serão realizadas conferências estaduais e distritais e também plenárias com comunidades tradicionais de indígenas, ciganos, quilombolas e comunidades de terreiro. Nesses encontros serão discutidos os temas e propostas a serem levadas à Conferência Nacional, quando também será feita avaliação dos avanços alcançados desde a I Conapir, realizada em 2005, sob a gestão da ex-ministra Matilde Ribeiro.
Avanços
Segundo o presidente da Fundação Palmares, Zulu Araújo, há avanços importantes a serem registrados. “Temos dados muito concretos e positivos na área de ações afirmativas, na área educacional temos hoje mais de 270 mil jovens afro-descendentes no ensino superior”, afirmou Zulu.
Segundo ele, ainda é preciso consolidar as conquistas alcançadas e discutir formas de tornar mais velozes questões como a regularização fundiária dos quilombolas e na área de saúde para a população negra.
Ciganos
A Conferência também será espaço para discussão dos problemas do povo cigano. A cigana Miriam Stanescon disse que o encontro será fundamental para discussão de políticas de igualdade e de acesso do povo cigano a educação, que ainda é precário e precisa ser trabalhado no encontro nacional, em junho.
“Meu povo saiu da invisibilidade que há tempos somos submetidos, meu povo não tem direito à educação”, afirma ela.
Para o Secretário de Comunidades Tradicionais, da Seppir, Alexandro Reis, um dos maiores desafios da II CONAPIR será discutir sobre como garantir que as ações de igualdade racial sejam incorporadas pelos estados e municípios.
“Um desafio é transformar as ações que são de governo em ações de Estado. É preciso ter políticas que estejam garantidas em orçamentos não só da União, mas de estados e municípios”.
Já o ministro Orlando Silva, defendeu que o Brasil, com a população negra que tem, deveria contar com mais ministros negros.No momento são apenas dois, o próprio Orlando Silva e Edson Santos, da Seppir.
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