As atividades em prol do "Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha" - comemorado em todo país em 25 de julho, começa hoje (25), com o "Diálogo e Conversação das Mulheres Negras", às 13h30, na Associação Campo-grandense de Professores (ACP/MS), no centro da Capital.
As comemorações em celebração às Mulheres Negras da América Latina e do Caribe será realizada das 13h30 às 16h30, na ACPC, iniciando com depoimento sobre "Dialogo e Conversação das Mulheres Negras", - relatos da participação das artesãs de Mato Grosso do Sul no IV Encontro Afro Goiano de 2007, que abordou o empreendedorismo Afro Brasileiro.
Durante toda tarde haverá exposição, comercialização e divulgação dos trabalhos, produzidos pelas mulheres negras artesãs, que buscaram novos conhecimentos no IV Encontro Afro Goiano; Declaração de poesia, pela poeta Delasnieve (Embaixadora Universal da Paz); Explanação e relatos sobre a retórica do dia 25 de junho. E ainda, assuntos contextualizando as lutas das mulheres negras numa abordagem local, regional, nacional e da América Latina e do Caribe.Na opinião da coordenadora estadual de Políticas Públicas para Promoção da Igualdade Racial (Cppir/MS), Raimunda Luzia de Brito, o Dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe foi criado para dar visibilidade à mulher negra. "O Encontro das Américas, que tivemos no mês de junho, em Brasília, com pessoal da América Latina e do Caribe, foi muito bom. Dá para gente formar uma rede de discussão. Vamos enviar e-mails para toda a rede Latina Americana. É uma maneira de Mato Grosso do Sul também acontecer no cenário da nossa região das Américas. O Brasil inteiro está comemorando essa data", disse Brito.
Segundo Raimunda, no Mato Grosso do Sul a mulher negra ainda enfrenta muitas dificuldades. "Mas já temos um pouco mais de visibilidade. Estamos nos tornando visíveis. Acho que isso é mais importante. No governo nós já estamos conseguindo ganhar espaço. A sensibilidade do governador em dar espaço para gente do Movimento Negro é muito grande".
Raimunda de Brito explica que, quando se fala em Movimento Negro no Brasil, a articulação de mulheres negras brasileiras é o movimento mais forte, dentro do Movimento Negro. "E a articulação de mulheres brasileira, independente de branca ou negra, é mais forte do que o movimento dos homens. Então, para nós é importante a articulação de mulheres brasileiras. Bem como, do Fórum Nacional de Mulheres Negras do nosso Estado, que está fazendo parte com a Secretaria Executiva, que é divida com Estado de Goiás", informa a coordenadora da Cppir/MS.As atividades no Estado estão sendo realizadas pelo Coletivo de Mulheres Negras de Mato Grosso do Sul "Raimunda Luzia de Brito", juntamente com o Fórum Nacional de Mulheres Negras (FNMN) e a Coordenadoria de Políticas para Promoção da Igualdade Racial (Cppir/MS), da Secretaria de Estado de Governo (Segov/MS). Em parcerias com a ACP; Associação Beneficente dos Descendentes da Tia Eva; Conselho Estadual dos Direitos do Negro (Cedine/MS); Conselho Estadual de Direitos Humanos (Cedhu) e Associação Trabalho, Estudos, Cultura Afrodescendentes em Movimento (Teçam/MS) "José Mauro Mesias da Silva".25 de Julho O Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha foi criado em 25 de julho de 1992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, em Santo Domingo, República Dominicana. Estipulou-se que este dia seria o marco internacional da luta e da resistência da mulher negra. Desde então, sociedade civil e governo têm atuado para consolidar e dar visibilidade a esta data, tendo em conta a condição de opressão de gênero e racial/étnica em que vivem estas mulheres, explícitas em muitas situações cotidianas.O objetivo da comemoração de 25 de julho é ampliar e fortalecer as organizações de mulheres negras do estado, construir estratégias para a inserção de temáticas voltadas para o enfrentamento ao racismo, sexismo, discriminação, preconceito e demais desigualdades raciais e sociais.
Fonte: Fundação Cultural Palmares
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