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Fundada em 19 de Junho de 2000, com objetivo de pesquisar, resgatar e incentivar a cultura e os costumes da raça negra através de atividades recreativas,desportivas e filantrópicas no seio no seu quadro social da comunidade em geral, trabalhar pela ascensão social, econômica e politica da etnia negra, no Municipio, Estado e no Pais.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Modelos Negros são minoria no mercado da Moda

O programa Fantástico que vai ao ar todos os domingos , produzido pela Rede Globo de Televisão exibiu no ultimo dias 06/01/2008 uma matéria que fala sobre a situação de modelos negros, que apesar da população negra representar 45% dos brasileiros o percentual de modelos negros nas passarelas está abaixo de 1%, mas está fatia da população vem subindo na pirâmide social e conquistando seu espaço.
veja a matéria :

Começa nesta segunda, no Rio, a temporada mais quente de desfiles e lançamentos da moda brasileira. E a gente lança a pergunta: por que há tão poucos modelos negros no Brasil?

Nas passarelas, são tantos modelos com um padrão europeu de beleza, que as semanas de moda no Brasil mais parecem desfiles em Paris, Londres, Milão.

"É deprimente você ver um desfile e ver a fila final que é bem bonita assim, você vê só meninas brancas desfilando", aponta Taís Damázio, de 24 anos.

"Nos grandes desfiles, principalmente no inverno, negro está absolutamente cortado”, diz o modelo Tet Mendes.

"Quando é moda praia, coleção primavera-verão, eles associam o negro à sensualidade, à praia, entendeu? Quando é moda outono-inverno falam que o negro, a pigmentação da pele do negro não é compatível com a cartela de cores que eles vão lançar naquela coleção”, conta o dono da agência exclusiva para modelos negros Helder Dias.

"Em sete anos de carreira no Brasil eu só consegui desfilar uma vez. Moda praia", diz a modelo Gisele do Vale, de 24 anos.

"Hoje em dia, o percentual de negros na passarela no Brasil é mínimo, abaixo de 1%", contabiliza a modelo Alanah, de 25 anos.

“Algumas marcas usam essa tática do politicamente correto. Vamos colocar um negro para poder mostrar que nós levantamos, nós somos a favor da causa", afirma o modelo Pedro Caetano, de 25 anos.

Neste país de 184 milhões de pessoas, quase 45% são negros. Uma fatia da população que vem subindo na pirâmide social, conquistando melhores salários.

"Nos últimos anos, o mercado de trabalho para os negros vem crescendo muito na publicidade, o que é muito diferente no mercado fashion, onde ainda existe um preconceito muito grande na escolha de modelos para desfiles e catálogos de moda”, compara o diretor de agência de modelos Fábio Ferrari.

“Temporada de moda lá fora, você vê o negro de terno e gravata. Você vê uma negra fazendo um desfile bacana, com uma roupa bonita. Aqui não”, diz o modelo Daniel Echaniz, de 26 anos.

"Nós somos um país multi-racial. Temos que dar todo valor ao negro”, diz um senhor.

"Sou a favor de promover os modelos negros. Eles são muito bonitos", comenta uma brasileira.

"O preconceito racial existe. A gente não pode negá-lo e ele existe em todas as áreas. Na moda também. Já encontrei alguns estilistas - muito poucos, graças a Deus - que não gostam de modelos negros”, afirma a diretora geral do Fashion Rio Eloysa Simão.

"Acho que uma qualidade inerente das modelos é a beleza, é a atitude e elegância. Não importa a cor da pele. Eu uso modelos negras nos meus desfiles”, aponta a estilista Mara Mac.

"A grande aposta entre as modelos negras do Fashion Rio é Gracie Carvalho, que é uma menina estreante. A gente acredita que ela tenha uma bela carreira pela frente”, aposta a diretora geral do Fashion Rio Eloysa Simão.

Apesar do preconceito, algumas modelos negras conseguem furar o bloqueio e virar o que na carreira se costuma chamar de top. É o caso da paulista Samira Carvalho e da mineira Carmelita Mendes. Meninas de origem humilde, hoje têm uma carreira de sucesso aqui e no exterior.

"No começo foi difícil, foi difícil, foi muito difícil. Não só pelo fato de ser negra, mas porque realmente é difícil mesmo. Mas eu fui, continuei persistindo. Levei não, levei sim. Comecei a trabalhar, me empenhei e fui. Cada vez eu dava o melhor de mim. Independente de você ser negra, ou ser branca, ou ser japonesa, ou ser índia, você tem que dar o melhor de si”, aconselha a modelo Samira Carvalho, de 19 anos.

Eis a receita de Samira: esperança e persistência. Quando se tem um sonho, mesmo com todas as dificuldades, nunca se deve desistir.

"Acredito que num futuro próximo a gente vai usar muito mais essa exuberância da beleza negra. Está na hora das pessoas abrirem o olho para nossa história, para nossa diversidade”, diz o dono de agência de modelos Sérgio Mattos.

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