Mostras fotográficas, shows, oficinas, exposições, mostra educativa, circuito gastronômico e até um desfile de moda, todos com entrada franca, exibem algumas das principais marcas da cultura afro-brasileira. Trata-se do Festival Cara e Cultura Negra, que encontra-se em sua 4ª edição. “O objetivo deste projeto é promover um resgate das manifestações culturais afro-brasileiras, exibindo toda a sua riqueza, ainda pouco divulgada nos meios de comunicação”, ressalta a arquiteta Flávia Portela, idealizadora do evento e prefeita comunitária do Setor de Diversões Sul.
O secretário-adjunto de Cultura, Beto Sales, conta que havia elaborado há alguns anos um projeto semelhante, mas para o Rio de Janeiro. “Vejo, hoje, que este evento tem muito mais a cara de Brasília. A cidade precisa disso, pois precisamos mostrar ao país que temos aqui pessoas dispostas a criar um ambiente de tolerância”, define Sales. “Nesse sentido, o Festival nasce com a marca da permanência”.Principais atraçõesA abertura oficial do evento, no dia 5, contará com a apresentação do Balé Folclórico da Bahia (BFS), no prestigiado espetáculo Bahia de todas as cores.
Países como os Estados Unidos, França, Canadá, Suíça, Alemanha, Portugal, Finlândia e Suécia já tiveram a oportunidade de conferir as performances do grupo, que já recebeu muitos elogios da crítica especializada do Brasil e do mundo.
No decorrer do Festival, o visitante também poderá conferir algumas exposições, como Mostra Educacional, Mostra Internacional de Fotografia, apresentação de vídeos, artes plásticas e artesanato. Aproximadamente 200 painéis ilustrativos, divididos em 18 espaços ou salas temáticas, contam a história do continente africano. Na sala Negros de expressão, por exemplo, os painéis ilustram a vida de grandes personalidades, como Lélia Gonzáles, Mandela, Zumbi dos Palmares, Abdias Nascimento, Dandara, Grande Otelo, Malcom X e Angela Davis, entre outros. Em outra sala temática haverá uma homenagem especial ao artista Rubem Valentim, com exposição de parte de seu acervo.
Quanto à Mostra Internacional de Fotografia, intitulada No coração da África, fotógrafos estrangeiros que cobrem o dia-a-dia do continente africano exibem ao público cerca de 300 cenas, registradas com sensibilidade e profissionalismo. A curadoria é do fotógrafo Rui Faquini e do jornalista TT Catalão.
Entre os profissionais confirmados para a exposição de seus trabalhos estão o casal holandês Dos e Bertie Winkel, os norte-americanos Steve Evans e Boaz Rottem, e o suíço Marco Paoluzzo. A idéia é que, enquanto estiverem na capital, esses estrangeiros produzam ensaios sobre a arquitetura, o povo e a paisagem de Brasília. Durante os próximos dois anos, vários sites no mundo divulgarão essas imagens, que serão reunidas no livro Outros olhares, a ser lançado em 2010, em decorrência do cinqüentenário da capital da República.
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