... traz diferenças à população baiana
Durante todo o mês de novembro, definido como Novembro Negro, a Bahia vai comemorar o Dia da Consciência Negra, em homenagem à luta e resistência da população afro-descen-dente, que tem Zumbi dos Palmares como mártir.
O dia, comemorado em 20 de novembro, dia da morte de Zumbi, marca a luta negra por uma sociedade mais justa.
Os primeiros negros pisaram em solo brasileiro na época da colonização. Os portugueses os traziam da África e, como todos conhecem a história, por muito tempo foram escravizados. Entre-tanto, com a Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1888, a escravidão teve fim. Pelo menos é o que nos conta a história.
Na prática, a coisa foi bem diferente. Os negros, que eram completamente depen-dentes dos seus patrões, não tinham para onde ir, já que não tinham salário, moradia ou qualquer outra 'regalia'. Assim, o marco do fim da escravização não trouxe, à população negra, direito algum.
A escravidão tinha terminado, mas os negros continuavam à margem da sociedade.
Hoje, 120 anos após a assinatura da Princesa Isabel, vivemos em um mundo onde diz-se que os direitos humanos são respeitados. O Brasil, país onde encontra-se negros de Norte a Sul, sofre, ainda, com o preconceito racial. Devido a isso que o Dia da Consciência Negra foi criado: desmistificar a idéia retrógrada que per-manece, na cabeça de muitos, que é a raça que importa no convívio social.
As comemorações do Mês da Consciência Negra, em Valença, foram iniciadas na segunda-feira (17), com uma palestra que abordou os temas diversidade e globalização, herança cultural africana, consciência negra e relações étnico-raciais na educação básica. Além desta palestra, que aconteceu no Centro de Cultura, foi realizado evento na Fazag, com o mesmo enfoque e acontece nesta quinta-feira (20), uma caminhada pelas principais ruas da cidade.
Na Bahia, o Novembro Negro conta com as iniciativas do Estado de promoção social dos povos e comunidades tradicionais. Uma delas é a criação de sete centros de referência de assistência social (CRAS), exclusivos para a população remanescente de quilombos. Isso contribuirá para a promoção social da população negra do estado, que sofre, há tempos, com a ausência de políticas públicas que lhe garanta direitos.
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