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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Negros correm mais risco de assassinato que brancos

Brasília – Estudo do Ministério da Saúde revela que nascer negro no Brasil é fazer parte de um grupo natural de risco: por causa das condições de pobreza em que vive a maioria, pessoas negras, tem muito mais chances de serem vítimas de homicídio que pessoas brancas em 25 Estados e no Distrito Federal.

Segundo o Estudo – Saúde Brasil 2007 -, com o perfil da mortalidade dos brasileiros, o Paraná é o único Estado em que o risco é semelhante para negros e brancos. Enquanto isso, na Paraíba, uma pessoa negra tem nove vezes maior risco que uma pessoa branca. Com base nas notificações de mortes por homicídio, o Ministério projeta taxa de 430,2 óbitos por 100 mil para os negros, enquanto que para os brancos esse índice é de apenas 3,3 por 100 mil. No Distrito Federal e em Alagoas, o risco de negros morrerem por causa violenta chega a ser seis vezes superior que uma pessoa branca.

Pobreza
Segundo o diretor do Departamento de análise de Situação de Saúde (DASIS) do Ministério da Saúde, Otaliba Libânio de Morais Neto (na foto à direita), a pobreza é o fator mais determinante dessa situação. “Esses dados mostram quanto é acentuada a gravidade dos homicídios para os negros e refletem, principalmente, a condição social dessa parcela da população, afirma.

O risco de morte feito pelo estudo mede a probabilidade de óbito por uma causa e o cálculo se baseia na quantidade de mortos de uma determinada raça/cor em relação à população pesquisada. O estudo avaliou o risco de morte por homicídio, porque essa é uma das principais causas de mortalidade por origens externas, que inclui ainda, óbitos no trânsito, suicídio, queda, afogamentos, entre outros.

A base de informações utilizada pelo Estudo foi o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da Sáude, que capta todos os dados de óbitos ocorridos no país, dentro ou fora do ambiente hospitalar, com ou sem assistência médica. Os dados são os de 2.005, porém, segundo Morais Neto, como a tendência de morte leva até 10 anos para sofrer mudanças drásticas, as informações refletem a atual situação da mortalidade no país.

Estimativa
Em 2.005, o SIM contabilizou 1.0006.827 óbitos em todo o país, o que projetou coeficiente de 5,5 mortes por mil habitantes. A base populacional utilizada foi a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o ano de 2005 – 184.184.074 habitantes, dos quais 50,8% do sexo feminino.

Os dados do Ministério da Saúde trazem análises por grupo de causas, como as do aparelho circulatório, neoplasias e causas externas, por exemplo; por causas específicas, como as provocadas por AVC, câncer, trânsito, arma de fogo, entre outras; além das informações por região, sexo, faixa etária e raça/cor.
Fonte: Afropress em 10/11/2008

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