Um dos maiores destaques da Semana da Consciência Negra da Escola Municipal Dora Abreu foi o encontro dos griots, nome africano que identifica os contadores de histórias.
Um grupo de afrodescendentes, especialmente idosos, se reuniu na noite de quarta-feira para relembrar histórias de décadas passadas e aquelas ainda mais antigas, contadas por pais e avós.
A ativista negra Maria Eloá dos Santos, uma das participantes, relembrou o preparativo das festas em homenagem ao Dia de Nossa Senhora do Rosário, considerada padroeira dos negros, quando os devotos iam às casas pedir colaborações para a quermesse da data.
A ativista negra Maria Eloá dos Santos, uma das participantes, relembrou o preparativo das festas em homenagem ao Dia de Nossa Senhora do Rosário, considerada padroeira dos negros, quando os devotos iam às casas pedir colaborações para a quermesse da data.
Outra lembrança trazida por Eloá foi o horário das missas da Catedral Nossa Senhora da Conceição: às 6h da manhã eram freqüentadas pelos negros e às 10h pelos brancos da cidade.
RACISMO - Outra história de preconceito racial relembrada pela ativista ocorreu há cerca de 50 anos atrás, quando uma relógio disposto na Rua 7 de Setembro, em frente à Praça José Bonifácio, separava as reuniões entre negros e brancos. Os brancos freqüentavam a área entre o Bar América (hoje uma companhia da Brigada Militar) e o Clube Comercial (hoje Casa de Cultura). Já os negros concentravam-se no pergolado da praça e no bar que existia no outro lado da rua, o Bar Ciganinha.
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