Brasília - Para o presidente da Associação Nacional dos Empresários e Empreendedores Afro-Brasileiros (Anceabra), João Bosco Borba (foto), as boas notícias na economia que tem sido comemoradas pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, só terão sentido para o futuro do país, se atingirem a população negra. “Este é o momento da inclusão de 80 milhões de afro-brasileiros na economia nacional”, afirmou.
Ele teve, na semana passada, encontro com o diretor executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI), o economista Paulo Nogueira Batista Jr., na condição de membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, da Presidência da República. A reunião aconteceu na sede do BNDES, no Rio.Durante o encontro Nogueira Batista falou das perspectivas de crescimento da economia brasileira, e da atual crise da economia americana. Segundo o diretor do FMI, este é o melhor momento do Brasil no cenário da economia internacional e o país está preparado para enfrentar a crise que pode ser desencadeada com uma recessão nos EUA. Segundo ele, contudo, apesar das boas condições, o Brasil não está imune.
Negros no Bolsa Família
NO ano passado o PIB brasileiro chegou a 5,4%, o melhor resultado desde 2.004 quando atingiu 5,7%. Segundo João Bosco, o crescimento da economia pode ser explicado pelo crescimento do agronegócio (5,4%) e o consumo das famílias de baixa renda, provocado pelo aumento do poder aquisitivo de famílias mais pobres. Ele lembrou dados do IBGE que confirmam que, nos últimos seis meses, cerca de 20 milhões de pessoas migraram das classes D e E para a classe C. “O que explica isso é o aumento do consumo dessas classes sociais, e este aumento de consumo está relacionado aos programas sociais de transferência de renda do governo federal, em especial o Bolsa Família, que beneficia, na sua maioria, a população negra", concluiu.
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