Brasília - A gestão pública e a condução da política de igualdade racial no país foram os principais temas abordados no VII Encontro Nacional do Fipir (Fórum Intergovernamental de Promoção da Igualdade Racial), ocorrido de 25 a 27 de março, em Brasília.
Durante a abertura, o ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, listou a Agenda Social Quilombola e o ensino da História e Cultura Africana e Afro-brasileira como os principais desafios da Seppir ao longo de 2008."Garantir uma melhoria na qualidade de vida da população quilombola e a manutenção dessa cultura no nosso país, além da implementação da legislação que vai possibilitar formar uma nova consciência, principalmente entre nossas crianças e jovens, sobre a presença e o papel do negro na formação do Estado brasileiro", disse Santos.
Dirigindo-se aos 250 gestores estaduais e municipais participantes do encontro e ao deputado federal Carlos Santana (PT-RJ), presidente da Frente Parlamentar de Igualdade Racial, o ministro ressaltou a importância da aprovação do Estatuto da Igualdade Racial.Dentre os resultados concretos apresentados pelas articulações políticas entre a secretaria e outros ministérios, Santos lembra os 490 órgãos vinculados à Seppir e garante que, até 2010, a meta é alcançar 800 órgãos, atingindo uma área de cobertura de 20% dos municípios brasileiros. "Vamos formar gestores, promover encontros regionais e fortalecer conselhos.
O gerenciamento regional do Fipir permitirá atenção e respeito às características locais e interlocução permanente com os atores diretamente envolvidos", apontou o ministro ao destacar a rubrica de R$ 18 milhões a ser aplicada em gestão pública e controle social.Para o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, a política do governo está mudando a vida de negros e indígenas e gerando condições de emancipação dos pobres, negros e negras. "Há 120 anos, quando ocorreu a abolição da escravatura, nenhuma medida concreta foi tomada para incluir nossos antepassados.
A discussão era a indenização aos donos de escravos e não medidas para inclusão dos recém-libertos", considerou o ministro Patrus Ananias ao mencionar o racismo e o preconceito como um dos fatores que atentam contra a dignidade e plenitude humana.A solenidade de abertura contou com as presenças do subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha; do secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação, André Lázaro, do secretário de Gestão Estratégica do Ministério da Saúde, Antônio Alves.
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