Washington/EUA – A senadora e ex-primeira dama Hillary Clinton deveria desistir da disputa com o senador negro Barack Obama (foto), porque já não tem chances de ser a escolhida para candidata do Partido Democrata às eleições americanas de 4 de novembro.
A opinião é do senador democrata Patrick Leahy, branco, presidente do influente Comitê Judiciário do Senado dos Estados Unidos.Leahy disse que a liderança de Obama é inquestionável e que a ex-primeira dama tem “obrigação moral” de desistir e apoiar o senador negro. "Apesar de ter direito, a senadora Hillary Clinton não tem mais nenhum grande motivo para continuar sua candidatura", afirmou.
Obama tem uma vantagem de 171 votos entre os delegados definidos até aqui: 1.413 a 1.242, e o apoio ao seu nome tem crescido entre os super-delegados (integrantes da cúpula partidária, que não precisam ser eleitos em primárias ou caucuses (assembléia de eleitores).Má perdedoraAo invés de reconhecer que não tem chances, contudo, Hillary vem se demonstrando segundo os analistas uma má perdedora.
Na última semana, o correspondente da Folha, em Washington Sérdio Dávilla, revelou que a Hilarry adotou a tática “Tonia Harding”, numa referência à ex-patinadora americana que, em 1994, mandou quebrar os joelhos de Nancy Kerrigan, sua concorrente, durante as eliminatórias de um campeonato.
Segundo a reportagem, membros do comando da campanha da ex-primeira dama admitiram a jornalistas pedindo reserva da fonte, que consciente de que não tem chances de ser a indicada, Hillary determinou sejam intensificados os ataques a Obama, com a idéia de enfraquecer a campanha do senador por Illinois e abrir caminho para a vitória de John McCain, o candidato republicano.
O próprio ex-presidente Bill Clinton, em campanha pela mulher, retomou as críticas ao ex-pastor de Obama, Jeremiah Wright, e afirmou que o senador não era tão patriota quanto sua esposa e o republicano McCain. Segundo Dávila, a tática dos assessores de Hillary leva em conta que McCain, com 72 anos, caso vença, será o político mais velho a assumir a Presidência, e um concorrente mais fácil de derrotar nas eleições para a Casa Branca em 2012 que Obama. Se o senador por Illinois ganhar, ele deve ser o candidato natural à reeleição em 2012. Por isso a idéia de "minar" a campanha de Obama.
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