A Marinha liberou, enfim, depois de 97 anos, documentos referentes ao marinheiro de 1ª classe João Cândido Felisberto (1880-1969), o Almirante Negro, líder da Revolta da Chibata, e ajudou a localizar sua ficha funcional no Arquivo Nacional.
Os documentos agora tornados públicos só haviam sido consultados por oficiais e historiadores da própria Marinha e usados para corroborar a versão oficial do episódio que acabou com os castigos corporais nos navios de guerra.
A TRAJETÓRIA DO ALMIRANTE NEGRO
1880 - João Cândido Felisberto nasce em senzala da Encruzilhada do Sul, distrito de Rio Pardo (RS)
1890 - João Cândido briga com o neto do estanceiro e, como castigo, é mandado para Rio Pardo para virar aprendiz de marinheiro
1895 - Entra para a Marinha como praça da 40ª Companhia do Corpo de Marinheiros Nacionais
1909 - Em viagem à Inglaterra, descobre que castigos físicos como a chibata tinham sido abolidos em 1881. Conversa com sindicalistas.
1910 - Lidera revolta pelo fim da chibata. O Congresso anistia os revoltosos, que devolvem os navios. O governo começa a demitir e prender os anistiados. Eclode nova revolta. João Cândido consegue sobreviver à repressão, mas é preso.
1912 - É absolvido no processo, mas afastado da Marinha. Sofre perseguições na Marinha mercante. Nos anos 20, começa a vender peixe.
1930 - É preso após encontro com líderes da Revolução de 1930, mas é solto por falta de provas.
1938 - Após aderir à Ação Integralista Brasileira, envolve-se na fracassada tentativa para depor o presidente Getúlio Vargas.
1964 - Participa de uma reunião dos marinheiros revoltados, que serviu de pretexto para o golpe contra o presidente João Goulart.
1969 - Em 6 de dezembro, morre de câncer no Rio de Janeiro.
1890 - João Cândido briga com o neto do estanceiro e, como castigo, é mandado para Rio Pardo para virar aprendiz de marinheiro
1895 - Entra para a Marinha como praça da 40ª Companhia do Corpo de Marinheiros Nacionais
1909 - Em viagem à Inglaterra, descobre que castigos físicos como a chibata tinham sido abolidos em 1881. Conversa com sindicalistas.
1910 - Lidera revolta pelo fim da chibata. O Congresso anistia os revoltosos, que devolvem os navios. O governo começa a demitir e prender os anistiados. Eclode nova revolta. João Cândido consegue sobreviver à repressão, mas é preso.
1912 - É absolvido no processo, mas afastado da Marinha. Sofre perseguições na Marinha mercante. Nos anos 20, começa a vender peixe.
1930 - É preso após encontro com líderes da Revolução de 1930, mas é solto por falta de provas.
1938 - Após aderir à Ação Integralista Brasileira, envolve-se na fracassada tentativa para depor o presidente Getúlio Vargas.
1964 - Participa de uma reunião dos marinheiros revoltados, que serviu de pretexto para o golpe contra o presidente João Goulart.
1969 - Em 6 de dezembro, morre de câncer no Rio de Janeiro.
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